quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Mais uma na conta de Muricy...

São Paulo 1x0 Atlético – Campeonato Brasileiro: 

Luís Fabiano (esquerda) bateu, soou a música d'Os Trapalhões e Wellinton (direita) marcou

A mudança de treinador é a tabua de salvação no futebol! Tanto para dirigentes como para torcedores, os cartolas para tirarem o seu da reta e “os da arquibancada” para cobrarem providencias. Por vezes dá certo, e a explicação, além das questões técnica que poucas vezes são a motivação, passa muito pelo emocional dos jogadores. Muito eles próprios acreditam que “agora vai”! Por si só já é motivador.

Muricy não armou seu 3-5-2, proposta recorrente no mal falado Muricybol. Termo muitas vezes usado com maldade, mas que tem base na realidade sim. No jogo contra o Galo, a formação tinha um 4-2-3-1, com Paulo Mirando e Reinaldo como laterais, Denilson e Maicom volantes. Jadson pela direita, Ganso por dentro e Welliton na esquerda formavam a trinca de meias. Luís Fabiano na frente. O esquema proposto por Muricy se desenhava claramente na defesa, e com a bola em seus pés o time se portava mais com um clássico 4-4-2. Jadson puxava para o meio e fazia dupla com Ganso, e essa movimentação bagunçava a defesa mineira e proporcionava boa articulação são paulina.

A estratégia de Muricy teve ainda mais sucesso pelas características do time de Cuca. Galo armado no 4-2-3-1 da Libertadores, na defesa procura bastante as perseguições individuais por setor, e muitas vezes fora dele. A movimentação tricolor arrastava os defensores para lugares no campo menos confortáveis. Na gol de Welliton, além da imensa bobagem de Marcos Rocha e uma boa dose de azar, Luís Fabiano recebe enfiada de Ganso para girar e bater cruzado. O centroavante estava “no mano” com Réver, se Junior Cesar estivesse formado na linha de zagueiros, poderia ter dobrado a marcação. Mas o lance tem parte de orientação do estilo de marcação, e parte de falha do lateral mesmo. Porque na sequencia no lance, também não acompanha Jadson dentro da área.

Muricy arrumou a tal da casinha. Mas apesar do recuo exagerado na segunda etapa, não tem proposto um jogo retranqueiro. Quando o São Paulo tem a bola em seus pés, procura trocar passes e articular-se ofensivamente. Claro que o resultado não contou com o Galo em seus melhores dias. E para o estilo de jogo atleticano, as vitórias individuais na partida são fundamentais.

Notinha C&B: Fazer vilões nas análises é muito ruim, e injusto. Não é minha intenção, e conto com a inteligência de vocês para entenderem que é só um comentário. Além da evidente trapalhada de Marcos Rocha no gol sofrido, o excelente lateral perdeu gol feito na cara de Rogerio Ceni depois de linda jogada de Jô. Deu de tornozelo!

Felipe Xavier Pelin, gosta desse negócio chamado Futebol...
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