São Paulo 1x0 Atlético – Campeonato Brasileiro:
Luís Fabiano (esquerda) bateu, soou a música d'Os Trapalhões e Wellinton (direita) marcou
A mudança de treinador é a tabua de salvação no futebol!
Tanto para dirigentes como para torcedores, os cartolas para tirarem o seu da
reta e “os da arquibancada” para cobrarem providencias. Por vezes dá certo, e a
explicação, além das questões técnica que poucas vezes são a motivação, passa
muito pelo emocional dos jogadores. Muito eles próprios acreditam que “agora
vai”! Por si só já é motivador.
Muricy não armou seu 3-5-2, proposta recorrente no mal falado Muricybol. Termo muitas vezes usado com maldade, mas que tem base na realidade sim. No jogo contra o Galo, a formação tinha um 4-2-3-1, com Paulo Mirando e Reinaldo como laterais, Denilson e Maicom volantes. Jadson pela direita, Ganso por dentro e Welliton na esquerda formavam a trinca de meias. Luís Fabiano na frente. O esquema proposto por Muricy se desenhava claramente na defesa, e com a bola em seus pés o time se portava mais com um clássico 4-4-2. Jadson puxava para o meio e fazia dupla com Ganso, e essa movimentação bagunçava a defesa mineira e proporcionava boa articulação são paulina.
A estratégia de Muricy teve ainda mais sucesso pelas características
do time de Cuca. Galo armado no 4-2-3-1 da Libertadores, na defesa procura
bastante as perseguições individuais por setor, e muitas vezes fora dele. A movimentação
tricolor arrastava os defensores para lugares no campo menos confortáveis. Na
gol de Welliton, além da imensa bobagem de Marcos Rocha e uma boa dose de azar,
Luís Fabiano recebe enfiada de Ganso para girar e bater cruzado. O centroavante
estava “no mano” com Réver, se Junior Cesar estivesse formado na linha de
zagueiros, poderia ter dobrado a marcação. Mas o lance tem parte de orientação
do estilo de marcação, e parte de falha do lateral mesmo. Porque na sequencia
no lance, também não acompanha Jadson dentro da área.
Muricy arrumou a tal da casinha. Mas apesar do recuo
exagerado na segunda etapa, não tem proposto um jogo retranqueiro. Quando o São
Paulo tem a bola em seus pés, procura trocar passes e articular-se
ofensivamente. Claro que o resultado não contou com o Galo em seus melhores
dias. E para o estilo de jogo atleticano, as vitórias individuais na partida
são fundamentais.
Notinha C&B: Fazer vilões nas análises é muito ruim, e
injusto. Não é minha intenção, e conto com a inteligência de vocês para
entenderem que é só um comentário. Além da evidente trapalhada de Marcos Rocha
no gol sofrido, o excelente lateral perdeu gol feito na cara de Rogerio Ceni
depois de linda jogada de Jô. Deu de tornozelo!
Felipe Xavier Pelin, gosta desse negócio chamado Futebol...
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