Chelsea 2-0 Fulham:
Chelsea x Fulham é um dos clássicos de Londres, pela
proximidade das equipes que são do mesmo bairro. Mas é daqueles clássicos
engraçados, onde um é o maior rival do outro, e o outro não está nem ai para o
um. Chelsea depois da injeção da grana russa, cresceu muito mais que o
adversário local. Não na mesma dose, mas como Everton x Liverpool. Os Reds, a
pouco tempo atrás, davam muito mais importância ao clássico nacional contra o
Manchester United do que ao próprio Everton. Ou também entre os “Manchesters” City
e United, antes dos investimentos nos azuis. Ou então porque não entre Santos x
Portuguesa Santistas. Não! Essa é brincadeira.
Mas vamos ao jogo! Chelsea venceu, mas ficou claro a
dificuldade de criação do time. Como já havia acontecido na derrota para o
Basel pela Champions. Não significa que não atacou. Chegava ao gol do Fulham,
mas na pressão e não com criatividade. Os gols de Oscar e Mikel mostram um
pouco isso. O brasileiro pegou rebote em que Shurrle e Eto’o finalizaram, antes
de cair em seus pés. No gol do volante, bola ajeitada de cabeça depois da
cobrança de escanteio, que ele emendou para as redes.
A inoperância na articulação ofensiva do Chelsea dá força
para a discussão sobre “barração” de Mourinho a Juan Mata. O espanhol, muito
importante no ano passado para os azuis, não é titular e nem reserva imediato.
Mou tem jogado no 4-2-3-1. Hoje com Schurrle na direita, Oscar por dentro e
Hazard na esquerda. Mata poderia ser aproveitado nessa linha, mas parece que o técnico
português quer dar maior dinâmica para a trinca de meias, ofensiva e
defensivamente. E Juan em comparação aos “moleques” que estão jogando, de fato tem
menos mobilidade. Na defesa, para atuar com dois volantes bem leves, como
Lampard e Ramires. Hoje com Mikel ao lado do ex-cruzeirense. E no ataque para
as constantes inversões e aproximação dos meias, que muitas vezes se concentram
todos no mesmo setor.
4-2-3-1 do Chelsea, com movimentação de Shurrle da direita para a esquerda. Movimentação dos meias, muitas vezes no mesmo setor
Apesar de tudo, não foi trágico para o Chelsea pelo placar favorável.
Mas fica o alerta. Vitória que contou com Fulham que se deixou ser empurrado
contra a linha de fundo no seu 4-4-2 em linha. E na frente, com Bent e Kasami,
a opção pelo contra golpe não era a melhor. Apesar da grande oportunidade dos
visitantes terem sido em contra-ataque que Bent desperdiçou na cara de Cech.
Felipe Xavier Pelin, gosta desse negócio chamado Futebol...
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