segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Placar mínimo e variações do Bayern...

Bayern Munique 1-0 Wolfsburg – Campeonato Alemão:
Muller, como ponta marcou o gol da vitória

Bayern venceu o Wolfsburg pelo placar mínimo, não fez um bom jogo, se comparado ao padrão que vem acostumando os espectadores. Muito pelas próprias forças, mas também pelo valente time adversário que se fechou bem. E conta com Diego, Luiz Gustavo e o zagueiro Naldo. Mas a ocasião serviu muito para observar certas propostas de Guardiola.

Pep parece que vem conseguindo passo a passo colocar seu estilo no time bávaro. A formação básica é no 4-1-4-1. Rafinha e Alaba nas laterais, Boateng e Dante como zagueiros de área. Lahm é o primeiro volante, com uma linha de quatro homens a sua frente. Robben e Ribery nos flancos, Muller e Schweinsteiger como organizadores. Mandzukic na frente. E é assim que se defendem.
4-1-4-1. Primeira foto é a linha de fensores com Lahm na cabeça da area. A segunda é a linha de quatro meias, Ribery mais adiantado atacando a bola

Mas na transição ao ataque o desenho se alterna. Lahm afunda entre os zagueiros, para formar uma linha de três. Os laterais, Alaba e Rafinha, entram no meio de campo e formam os vértices laterais do losango. Schweinsteiger fica como primeiro volante, e Muller como vértice ofensivo. Na frente os pontas espetam, e Mand fica na área. Um 3-4-3, em losango.
3-4-3, em losango. Linha Lahm como líbero, Boateng na direita e Dante fora da foto na esquerda. Schwein primeiro volante, laterais vertices laterais, e Muller (fora da foto) como ponta de lança

E a maior dificuldade do time de Munique foi se estabelecer no ataque. Se defendia bem e a transição era efetiva para frente. Mas não conseguia rondar a área e permanecer mais próximos ao gol para criar chances. Característica marcando do Barça de Guardiola. O gol sairia uma hora ou outra. Mas teve influência a alteração que o treinador fez um minuto antes. Saíram Schweinsteiger e Robben, entraram Kroos e Shaqiri. E com isso, Muller passou para a ponta direita onde estava Robben, e Shaqiri e Kroos eram os organizadores na linha de quatro meias.

Mas a formação da transição também tomou características diferentes. Lahm continuava se colocando como libero na zaga. Os laterais continuava entrando no meio de campo, mas agora não mais no losango. Se estabeleciam mais abertos e em linha tinha Shaqiri e Kroos organizando por dentro, e não Schwein atrás e Muller de ponta de lança. Agora tinham um 3-4-3, em linha.
Parte ofensiva do 3-4-3, em linha. Laterais abertos, Shaqiri e Kros por dentro. E na direita os três atacantes

E a alteração é importante, porque a partir daí o time teve um pouco mais de capacidade de trocar passes na intermediaria rival. Kroos e Shaqiri alternando o jogo e carimbando a pelota pelo meio. Tanto que antes de Shaqiri acionar Ribery na ponta esquerda, troca passes com Kroos. Então Ribery cruza e Muller marca. Muller aliás que rende muito mais como ponta nesse sistema, o camisa 25 tem ótima chegada na área, marca muitos gols, e é não um organizador para ser esse ponta de lança.

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Bombardeio em Dortmund...

Borussia Dortmund 5-0 Freiburg – Campeonato Alemão:
 Lewandowski e Reus, dois de cada. Mais pênalti sofrido pela 9 e assistência do loirinho

Bombardeio pesado em Dortmund! Borussia goleou o Freiburg, com dois Reus e dois de Lewandowski. Mas vale dizer que o pênalti cometido por Diagne em Lewandowski nos acréscimos da primeira etapa, que resultou no gol de Reus e na expulsão do zagueiro, transformaram em placar elástico uma vitória que certamente viria.

Dortmund se armou no 4-2-3-1, com os volantes Sahin e Bender, a trinca de meias com Reus na esquerda, Mkhitaryan por dentro e Aubameyang na direita. Kuba ficou no banco para o jogador do Gabão iniciar entre os titulares, e Klopp tem duas ótimas opções para a posição. O meia armênio e Reus são titulares absolutos, mas para jogar aberto na direita a vaga parece não estar definida. Quem começa a despontar para ser excelente opção na frente é Hofmann, para o jovem de 21 anos entrar nesse time para substituir Gotze seria um peso enorme, mas com chegada de Mhiktayan e Aubameyang esse problema está resolvido. E ele tem tranquilidade para se desenvolver como jogador, e pode ainda nessa temporada pedir passagem.

Borussia foi senhor do jogo, pressionou a todo momento. Abriu o placar em rebote de chute de fora da área, Lewandowski tentou na força e foi travado, Reus meteu a cavadinha para resolver. O segundo gol ainda no primeiro tempo, veio no pênalti já citado. E na segunda etapa desandou. Lewandowski aprendeu com Reus no primeiro gol, recebeu lançamento do próprio camisa 11 e meteu sua cavada para as redes. Marcou o seu segundo em passe de Hofmann. E Kuba, que entrou na etapa final, aberto na direita deslocando Aubameyang para o lado oposto, passou a régua.
Finalizações de Dortmund e Freiburg no jogo: 27 contra 2!!

Apesar da senhora goleada, o time auri negro parece ainda sentir algumas ausências do time vice campeão europeu. Piszczek machucado está fora, mas substituído pelo improvisado Grosskreutz não é o grande problema, o atacante tem sido boa arma por ali e não tem comprometido atrás. Mas a maior carência é de Gundogan, sem o volante o time perde demais na saída de bola e chegada a área adversária, os substitutos são muito mais marcadores e não oferecem opções do meio para frente.

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domingo, 29 de setembro de 2013

Cruzeiro dispara...

Internacional 1-2 Cruzeiro – Campeonato Brasileiro:
 Willian assegurou a vitória

Futebol do Cruzeiro contagiou até o Internacional para fazerem um belo jogo! Rápido e bem disputado, mas que prevaleceu a ótima fase dos azuis de Minas. Que abrem 11 pontos para o segundo colocado, nessa fase da competição já dá para dizer que temos um virtual campeão. Pelo desempenho impressionante dos cruzeirense, mas mais ainda pela incompetência dos rivais. Como o Botafogo, que nos melhores momentos tem estilo de jogo tão qualificado como os mineiros, mas a constância e elenco são os diferenciais.
Internacional teve hoje com o comando de Dunga formação e jogadores mais leves, e se armaram no 4-2-3-1, no lugar do costumeiro 4-3-1-2, com três volantes na frente da zaga. Nem a ausência de seu melhor jogador, D’Alessandro, pareceu fazer tanto falta. Willians e Josimar eram os volantes. Otavinho na direita, 

Alan Patrick por dentro e Jorge Henrique na esquerda, com Caio como referência.
Marcelo Oliveira manteve o 4-2-3-1 que vem atuando. Mas com a ausência de Ricardo Goulart, Everton Ribeiro fez a armação central, Willian na esquerda e Dagoberto na direita, com muita movimentação como sempre, formavam a trinca de meias. Everton que talvez sinta-se mais à vontade atuando por ali, mas com a boa fase de Goulart, se adaptou bem pelos flancos.

Partida começou muito intensa, dois gols em menos de 6 minutos. Nilton desviou cobrança de falta lateral e Otavinho fechou da direita para dentro e empatou o jogo. Willian fez a diferença, em jogada muito consciente, bateu cruzado no cantinho e determinou a vitória.

Pelos relatos na imprensa, Dunga balança no cargo. Confesso que mesmo com formações mais pragmáticas me parece que faz bom trabalho, mesmo sem os resultados que o nível do elenco parecia poder proporcionar. Mas com nomes com Leandro Damião na reserva de Caio e Alex de Alan Patrick, pode dar pista que a responsabilidade não é só do penúltimo técnico da seleção brasileira.

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Barcelusa?! Semelhanças existem...

Portuguesa 4-0 Corinthians:
 Gilberto, acabou com o jogo!

Barcelusa! Claro, que o codinome dado para a Portuguesa no ano passado tem muito de brincadeira, mas semelhanças existem. Não! Gilberto não tem nada de Messi, apesar dos três gols. Moises pouco parece Xavi, apesar do lançamento sensacional para o terceiro gol. E o Corinthians?! A situação que se encontra o alvinegro, para mim, transcende a questões técnicas e táticas.

Apesar de parecer absurdo a comparação da Lusa com o Barça, o posicionamento em campo é semelhante. Se forma num 4-3-3 que se defende no 4-1-4-1, com o recuo dos pontas. Ferdinando é o primeiro volante, Moises e Bruno Henrique são os segundo volantes de saída a frente dele. No ataque, Souza aberto na esquerda, Bergson e Gilberto se alternam entre a referência na área e a ponta direita. Bergson começou aberto, e dá o posse para Correa, na lateral direita, cruzar e Gilberto marcar. No segundo a mesma movimentação, Corre de novo, Gilberto de novo.

Que o Corinthians tem tido muitas dificuldades é claro, todos sabem. Mas hoje pegou um time muito bem montado e que encaixou no seu 4-2-3-1 perfeitamente, com muito mais vontade de ganhar. No balanço do jogo pode se dizer que tomou de 4 e com um homem a menos, apesar de verdade, é uma declaração mentirosa. Corinthians tomou uma goleada e a expulsão, exagerada, de Gil só deixou mais vexatório o desempenho. Apesar do time de Tite ir para cima, dificilmente conseguiria descontar o placar, pelo adversário e por seu desempenho.

Essa ascensão da Portuguesa premia o trabalho de Guto Ferreira, assim como diz quão era ruim era o trabalho do treinador anterior. Lusa com os pés no chão, tem grupo competitivo. No Parque São Jorge, a questão parece estar além do Campo e Bola, e o buraco ser muito mais em baixo. Não costumo embarcar nas fumaças jogadas ao vento de boa parte do jornalismo esportivo, e mesmo não tendo nenhum contato ou informação que me diga algo, alguma coisa estranha parece estar acontecendo no famigerado vestiário. Demitir Tite?! Bobagem! Muita coisa está errada?! Claro, senta conversa e arruma. Tite é uma peça da engrenagem e não pode ser o único culpado.

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Liverpool precisou da individualidade de suas craques...

Sunderland 1-3 Liverpool – Campeonato Inglês:
 Sturridge, Gerrard e Suarez. Os nomes do jogo!

Vitória importante do Liverpool, para se afirmar como talvez a grande surpresa dos ponteiros da Premier League! Mesmo sem jogar bem venceu, adversário que é o lanterna da competição, mas com elenco para papel melhor. E a partida foi de Sturridge, Suarez e Gerrard, as três principais individualidades dos Reds.

Time de Brendan Rodgers não se acertou ainda com a saída de Philippe Coutinho e volta de suspensão de Luizito. A formação básica é um 4-4-2, mas que a todo momento flerta com um 3-5-2. E essa constatação não se dá por Toure se posicionar na lateral direita, sendo zagueiro de área. Mas porque muitas vezes, principalmente nas ações ofensiva, o marfinense fecha com Skrtel e Sakho, o lateral esquerda Enrique abre na ala, Henderson, que atua como meia aberto pela direita, vira ala, e Moses sai da esquerda para armar o time no meio. Com Gerrard e Lucas como volantes, Sturridge e Suarez no ataque.

Mas esse desenho muitas vezes não dá ao time consistência tática e acaba por depender muito da individualidades, que sobram lá na frente. No início do jogo o Sunderland, no 4-2-3-1, pressionava na frente e tomoava bolas em seu campo de ataque, o Liverpool era pressionado. Na defesa, com boa organização, conseguia dobrar e as vezes triplicar a marcação sobre as principais armas ofensivas do Liverpool. Mas mesmo sendo dominado e sem conseguir sair jogando, as individualidades começaram a aparecer. Gerrard bateu escanteio na área e Sturridge, meio de ombro/braço/tentativa de cabeça marcou. Depois lindo lançamento longo, lembra que não conseguia sair jogando (?), de Gerrard, Sturridge partiu para a jogada individual, ganhou do zagueiros e serviu Suarez que ampliou.

Só na segunda etapa Sunderland conseguiu transformar sua superioridade em gol. Chute do volante sul coreano Ki, e Giaccherini, que atuava aberto na esquerda da linha de três meias, pegou o rebote para diminuir. No finalzinho, contra-ataque puxado por Suarez que acionou Sturridge, que de novo serviu o uruguaio. Dois gols de Suarez, duas assistência e um gol de Sturridge, uma assistência e o lançamento do segundo gol de Gerrard. Precisando garantir no técnica? Ai está!

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Juve virou benchmarking tático?!

Torino 0x1 Juventus – Campeonato Italiano:
 Pogba, como joga o volante! E tem apenas 20 anos

Esse ano parece que não será tão simples para a Juve, atual campeã italiana. Roma, que não perdeu pontos ainda (joga nesse domingo, mais tarde), está na sua frente, e Inter Napoli e Fiorentina estão ali no bolo com a alvinegra.

Venceu o Torino no clássico de Turim, com certa tranquilidade. Se não criou muitas chances de construir o placar, também não correu riscos. E o gol da vitória saiu em escanteio batido na área, que Tevez meteu de ombro na trave, e Pogba completou. O argentino estava em posição irregular após o desvio no primeiro pau.

As duas equipes vieram no 3-5-2, com três zagueiros, três volantes, dois alas e dois atacantes. Esquema tático que vem sendo muito utilizado na Itália. Sinceramente não sei o quanto era comum por lá, mas parece que depois da grande temporada, na Série A e na Champions, da Juve, esse desenho se tornou um dos mais utilizados na Bota. Benchmarking tático!

Hoje a Velha Senhora não tinha um dos pilares de sua formação. Pirlo ficou no banco, poupado. E para exercer sua função, Pogba, o menino francês bom de bola, foi escalado (na segunda etapa Vidal também ocupou o setor). Missão que não é simples, já que esse primeiro volante do 3-5-2 parece ser feito para Andrea Pirlo. E é exatamente por isso, que o sistema, que tinha tudo para ser uma retranca, ganha molho, com a armação vindo de trás.

Pogba e Vidal não conseguiram suprir de fato a necessidade da equipe, mas é compreensível. Outro aspecto que torna interessante o 3-5-2 de Antônio Conte é o posicionamento dos alas. Lichtsteiner e Asamoah raramente alinham-se com os zagueiros na marcação, adiantando a marcação para pegar os alas ou meias abertos do outro time lá em cima. Correto, para que recuar e deixar trabalharem com liberdade. Bom! Tem Pirlo, tem os alas, mas também tem aspectos muito modernos em um sistema “antiquado”, como marcação pressão e compactação.

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sábado, 28 de setembro de 2013

Vitória gigante do Atlético em Madrid...

Real Madrid 0-1 Atlético de Madrid – Campeonato Espanhol:
 Diego Costa, o cara do jogo!

Vitória gigante do Atlético! Time com mais raça, mais alma, que sentiu mais o jogo. Mas principalmente porque teve mais conjunto que o grande rival. Equipe muito bem montada por Diego Simeone, e o gol de Diego Costa é muito significativo para o brasileiro. Brasileiro?! Nascido aqui, mas que muito provavelmente irá defender a Roja no futuro.

Atlético se montou no 4-4-2. Tinha Koke e Arda Turam abertos, com Tiago e Gabi como volantes por dentro. Na frente, David Villa e Diego Costa. Muita mobilidade tática de Simeone, que na Super Copa da Espanha armou seu time para jogar no 4-1-4-1, e que em confrontos com menor grau de dificuldade arma um 4-2-3-1. Ou seja, El Cholo tem seus atletas na mão e os posiciona conforme a necessidade do jogo. O que não é que simples.

Mas se por um lado o placar Colchonero pode se justificar pela entrega do Atleti. Fato mais palpável é que tem mais conjunto que o atual elenco do Real Madrid, nem tanto entrosamento com o esquema, que pode variar, mas como grupo que sabe as características dos companheiros.

Ancelotti não conseguiu dar um cara a esse milionário Real Madrid. Vem atuando com duas linhas de quatro homens para se defender, com Cristiano Ronaldo e Benzema na frente. E o deslocamento de Isco da esquerda para o meio, centralizando na armação da equipe. Pode até ser interessante como ideia, mas não engrenou. Na segunda etapa com Bale em campo, a variação ofensiva, 4-2-3-1, ficou mais fixa com o galês pela direita, Isco por dentro e CR7 na esquerda. Mas com o placar contra, não deu resultados.

Gol de Diego saiu logo no inicio em bola roubada no ataque e passe de Koke. E depois disso o Atlético se fechou para segurar o resultado, mas sempre deixando a pulga atrás da orelha merengue nos contra golpes. 
Na primeira etapa as melhores chances foram com Benzema, duas vezes de cabeça, e ambas em bolas alçadas por Di Maria, que fazia a direita da segunda linha. Argentino aliás, que na lista de muita gente é o primeiro a ser sacado nesse estrelado meio de campo, mas é um dos que mais produz para o time. No segundo tempo, as chances claras dos blancos estiverem nos pés de Morata. Fato que reflete que Ronaldo, Benzema e Isco não estavam bem tecnicamente, mas também que a engrenagem por hora não funciona.

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Milan magrinho, magrinho...

Milan 1-0 Sampdoria – Campeonato Italiano:
 Robinho, demonstrou vontade. Mas pouco futebol

Se o futebol do Milan fosse um cachorrinho, estava aparecendo as costelas! Venceu a Sampdoria em casa, mas apresentando um futebol muito limitado. Sem Kaká contundido, sem Boateng transferido e sem Balotelli suspenso.

Milan se organizou como costuma jogar, linha de quatro homens atrás e três volantes no meio de campo. De Jong na cabeça da área, Muntari e Poli saindo um pouco mais e marcando pelo flancos. Na meia uma leve diferença, com Robinho e Birsa na meia e Matri na frente, um 4-3-2-1. Normalmente varia dessa forma, ou com os dois meias abertos num 4-3-3, ou com um mais a frente e outro sendo o vértice ofensivo do losango de meio de campo. Hoje teve os dois mais pelo meio. Sampdoria se fechou com num 4-4-2 em linha.

O primeiro tempo foi fraquíssimo, como a maior parte do jogo. E no primeiro minuto da segunda etapa, Birsa recebeu de Robinho e bateu de fora da área para marcar. Esse que foi o primeiro arremate certo da partida. Os dois times tinham chutado 16 bolas em direção a meta, 8 cada, e apenas Birsa acertou o retângulo com redes. O time visitante, que ocupa a zona de rebaixamento do campeonato, jogou para se defender, e tem mais motivos para produzir tão pouco. Já o time de Milan tinha obrigação de produzir mais, terminou a partida com 58% da posse de bola, que chegou a ser de 70%.
Finalizações de Mila e Sampdoria até o gol de Birsa (via StatsZone)

Parte da baixa técnica do rubro negro com certeza passa pela posição de criação da equipe. Lógico que parece um pouco injusto dizer enquanto Kaká está machucado, mas a “troca” dele por Boateng (que foi para a Alemanha) parece ser um tiro n’agua. Birsa ocupa o que seria a posição de um dos dois, mas apesar do gol, cria muito pouco. Já Robinho, demonstrou alguma vontade, mas nem de longe lembra o jogador de outrora.

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Com reserva de luxo, vitória tranquila do Napoli...

Genoa 0-2 Napoli
 Pandev, o homem do jogo

Napoli teve tranquilidade para vencer o Genoa mesmo fora de casa. Com o resultado assumi a liderança da Série A com um jogo a mais que Inter e Juve que ainda podem alcança-lo e a Roma se mantiver o 100% de aproveitamento assume a ponta. E quem brilhou nem titular é.

Genoa se armou no 3-5-2, no ataque tinha Gilardino e Calio. Napoli manteve o seu 4-2-3-1. A dupla de volantes de sempre, Inler e Behami. Mas hoje Pandev era o armador por dentro, substituindo o importantíssimo Hamsik, que ficou no banco. Abertos os titulares Callejon e Insigne. A como referência de ataque outro reserva, Zapata, com Higuain no banco. Nem tanto por Zabata e mais por Pandev, mas ter Higuain e Hamsik no banco (para poupa-los, claro) só mostra a força desse Napoli. Que se na temporada passada fez campanha surpreendente, nessa temporada não surpreenderá ninguém se crescer ainda mais.

E o homem do jogo foi o reserva de luxo, Pandev. Com dois gols ainda na primeira etapa decidiu o jogo. Genoa não ameaçou o jogo em nenhum momento. No dois tentos, o macedônio recebeu na posição do ponta de lança, na primeira driblou e bateu de fora, e na segunda partiu do meio para a direita e bateu cruzado. Depois dos gols, Napoli arrefeceu suas forças e deixou o Genoa com a bola, que nada fez para merecer melhor sorte no jogo.

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Depois de goleada no United, derrota para o Villa. City oscila...

Aston Villa 3-2 Manchester City:

Último jogo do City foi contra seu rival United, e um passeio. Mas hoje no Villa Park nem pareceu o mesmo time. Apesar do imenso domínio perdeu para o Aston Villa de virada! A primeira etapa, e praticamente o jogo todo, foi do City. Mas não exatamente criando chances, a superioridade era mais territorial e de posse de bola, do que técnica. Abriu o placar em bola desviada que Yaya Toure mandou para as redes, depois de escanteio pela esquerda.

Villa sabia de suas limitações, e se armou para a defesa no 3-5-2. Três zagueiros de área, Delph era o primeiro volante a frente deles, El Ahmadi na direita e Sylla na esquerda completavam o trio de volantes. Bacuna na ala direita e Luna na esquerda. Na frente, Weimann na movimentação e Kozak na área. Já o time de Pellegrini veio no 4-4-2 em linha, como vem atuando. Milner e Nasri eram os meias abertos, Fernandinho e Yaya Toure por dentro, Dzeko e Nergredo na área.
No jogo anterior que goleou o United, Kolarov pela esquerda foi importantíssimo. E contra o Villa a estratégia se repetiu, com os avanços e ultrapassagens por ali. Apesar do Villa ter três zagueiros, o ala Bacuna muitas vezes jogava muito baixo, se alinhando aos beques. E dava liberdade para o lateral adversário trabalhar. Quando Bacuna avançou um pouco, acompanhando de perto Kolarov dificultava a articulação do City.

Mas a segunda etapa já começou com El Ahmadi empatando o jogo, com passe de Bacuna. Em seguida Dzeko colocou de novo os azuis de Manchester na frente, outra vez em cobrança de escanteio. O que dava noção da pouca criação dos citizens. E ai começou! Bacuna bateu falta por cima da barreira e bateu Hart, um pouco mal posicionado. E em contra-ataque, Weimann passou a régua, com um toquinho tirou o goleiro e a bola foi entrando mansinha. Derrota sofrida para o Manchester City, que apesar dos desfalques de Aguero e David Silva, tinha elenco para resultado melhor contra o Villa. Que se armou bem, soube de suas limitações e aproveitou para matar o jogo.

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Clássico londrino e português...

Tottenham 1-1 Chelsea – Campeonato Inglês:
 Vertonghen e Fernando Torres, arranca rabo o jogo todo

Um dos clássicos de Londres em White Hart Lane, Tottenham recebeu o Chelsea. E duelo nos bancos de reservas chamava a atenção antes da partida. Frente a frente os portugueses, André Villas-Boas e José Mourinho. Quase criatura e criador, dois frutos da vanguarda que é Portugal no estudo e metodologia do futebol.

Spurs começaram melhor, tinham mais imposição individual no espelho dos 4-2-3-1 das equipes. Com Ramires aberto na direita da linha de três meias azuis. Um dos duelos no meio de campo era entre Paulinho e Lampard, o brasileiro levou vantagem com suas entradas na área que não eram acompanhadas pelo inglês. Mas enquanto a arma do Little Paul é a infiltração, Lampard tem ótimo passe longo, e acompanhado a distância por Paulinho era uma arma interessante. Mas não surtiu efeito. Gol de time da casa saiu em linda trama do meia central Eriken que caindo pela esquerda, que passa para Soldado fazer o pivô e Sigurdsson cortar na diagonal para marcar.
 Mesmo com o poste na frente, da para perceber o 4-2-3-1 dos Spurs
4-2-3-1 do Chelsea, com Ramires aberto na direita

Na segunda etapa, o Special One agiu. Sacou Mikel para a entrada de Mata. Ramires passou a ser volante, Mata abriu na direita e Oscar na esquerda, com Hazard e Torres na frente, 4-4-2 em linha. Esse posicionamento variou muito entre os meias abertos e o companheiro de El Niño. Mas a mudança fundamental do Chelsea foi compactar as linhas de meio e defesa, conseguindo travar os Spurs que não ultrapassavam a intermediaria ofensiva e consequente não se aproximarem da meta de Lloris. E o gol do Chelsea, que já era melhor na partida, saiu em falta sobre Ramires. A falta nasce do novo posicionamento, sem um meia central, o campo se abria para Ramires e Lampard. Mata bateu a falta e John Terry empatou de cabeça.
Painel de ações do Tottenham no segundo tempo até a expulsão de Torres, mostra como não entravam na intermediária do Chelsea (via StatsZone)

Faltando 10 minutos para o fim da partida, Torres, que se estranhou o jogo todo com Vertonghen, foi expulso. E ai o Tottenham passou a pressionar até o final, sem tirar o empate do placar. Grande jogo! Muitas alternativas táticas, destaques individuais, rivalidade, duelos.
Proposta e Mourinho para o segundo tempo, compactando defesa e meia

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quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Na raça a virada no Meazza...

Internazionale 2-1 Fiorentina – Campeonato Italiano:
 Cambiasso, o raçudo volante foi autor do golaço do jogo!

Na raça a virada da Inter! Com direito a golaço de Cambiasso! Internazionale e Fiorentina se pegaram no Meazza com os mesmos 10 pontos, e respectivamente em quarto e quinto na Série A. A vitória jogou a Inter para vice líder, só atrás da Roma com 100% de aproveitamento.

Inter se postou no 3-5-2 que vem utilizando, a frente dos três zagueiros, Cambiasso na cabeça da área, Guarin e Taider ao seu lado e dois alas abertos. Na frente os argentinos Ricky Alvarez, na ligação, e Palacio. Já a Viola no 4-3-1-2 em losango. Ambrosini, ex-Milan, na cabeça da área, Aquilani, também ex-rubro negro, e Borja Valero nos vértices laterais, Matias Fernandez fazendo a ligação. Na frente Rossi na área e Joaquin caindo pela direita.

Fiorentina mesmo fora de casa dominou a maior parte do jogo, mas só com 15 do segundo tempo abriu o placar. Em pênalti infantil do zagueiro brasileiro Juan em Joaquim, que era o melhor jogador em campo. Rossi mandou para as redes. Em seguida, o técnico da Inter, Mazzari, sacou Taider e depois Guarin para Kovacic e Icardi irem para o jogo. Com isso remontou seu time, agora no meio tinha Cambiasso e Kovacic como volantes, Ricky na ligação. E Palacio tinha a companhia de Icardi, que tanto fazia falta.
Escanteio batido pela esquerda, bate e rebate na área, a bola sobra para Cambiasso e o argentino mata no peito para virar uma meia bicicleta, golaço! E na pressão a virada veio com o ala brasileiro Jonathan.

Inter faz bom começo de temporada. Mas seu 3-5-2 pode ser melhor aproveitado, hoje contra a Fiorentina, os alas se posicionaram muito baixos, alinhados aos zagueiros. Assim, os volantes são obrigados a dar combate em área muito grande, na partida de hoje os espaços para os laterais rivais foi grande. E, claro, apenas Ricky Alvarez e Palacio no ataque é pouco, muito pouco. Não pela qualidade, mas sim pela quantidade de homens na frente. Viola poderia ter conseguido melhor resultado, e um dos fatores foi a apatia de Matias Fernandez. Impressionante como ele, que deveria armar sua equipe, esteve muito distante da partida.

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quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Empate truncado, brigado e mal jogado no Pacaembu...

Corinthians 0-0 Grêmio:
 Gil e Kléber

Jogo truncado, brigado, e mal jogado no Pacaembu. Corinthians não marca gols, Grêmio mesmo sem ter três zagueiros também se preocupou mais em marcar do que arrancar um gol, que seria valioso fora de casa. A decisão segue na Arena do tricolor no sul do país.

Renato desmontou o 3-5-2 que vinha praticando, sacou um zagueiro para ter mais um atacante. Manteve a formação do trio de volantes, com Souza na cabeça da área, Ramiro saindo pela direita e Riveros pela esquerda. Na frente Kléber e Vargas pelos lados e Barcos na frente. Escolha do técnico gaúcho, não pareceu a mais adequada para a situação. Os três volantes atuando pelo meio do campo, batiam com o meia Douglas e os dois volantes Ralf e Maldonado do 4-2-3-1 corinthiano. Dois volantes que não tinham ímpeto ofensivo.

Tanto que ainda na primeira etapa, Ramiro abriu na direita para bater com as subidas de Igor, no lado oposto Vargas com Edenilson, quase formando uma segunda linha de quatro homens com os volantes, com Kléber e Barcos na frente. Tite manteve o 4-2-3-1 de sempre, com Sheik na esquerda e Danilo na direita. E continuou estático e com pouquíssima criatividade.

Corinthians que até foi melhor na primeira etapa e caiu depois do intervalo. Continuo com a tese de que um novo esquema tático poderia ter tirado os jogadores da acomodação que se encontram, exigindo mais concentração nos treinos e jogos. O problema tão falado do ataque alvinegro não pode ser simplificado, tem boa dose de má fase dos atacantes, mas também raiz no time como um todo. No jogo de hoje por exemplo, com dois volantes essencialmente defensivos, as saídas de bola exigiam com Guerrero saísse demais da área para o pivô. Os meias abertos na trinca de meias quase nunca fecham nas diagonais para entrarem na área. E outras razões devem existir.

Grêmio gera espanto em qualquer um que não acompanha os jogos do time, com Zé Roberto e Elano no banco. Mesmo com um ataque de respeito, e desmontando os três zagueiros, ainda pode evoluir muito em seu jogo. E contar com os dois meias, por hora reservas, para tornarem esse time mais envolvente.

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Jogo decidido em menos de 15 minutos em Criciúma...

Criciúma 1x1 Atlético-MG:
 Luan, marcou o primeiro gol do jogo

Jogo se decidiu em pouco mais de 15 minutos! Nos minutos finais do primeiro tempo, Galo abriu o placar com Luan e logo em seguida o Tigre empatou com Lins de bicicleta. Meio sem roda, sem banco, mas andava. E com menos de dez minutos da segunda etapa, em vacilo da zaga atleticana, Victor saiu de forma estabanada para cortar Lins, meteu a mão na bola e foi expulso. E o resultado seguiu até o apito final.

Criciúma se postou no 4-2-3-1 com Lins e João Vitor abertos, Daniel Carvalho por dentro e Wellington Paulista na frente. Mas para se defender, João Vitor recuava na esquerda e fechava alinhado aos volantes Amaral, na cabeça de área, e Leandro Brasília no lado oposto. Para Lins na direita não voltar marcando.
Já o Galo tinha o seu 4-2-3-1 de quase sempre. Mas sem Ronaldinho, tinha Tardelli por dentro e circulando. Fernandinho e Luan abertos. Jô na frente. A proposta de muita ligação direita continua intacta, mas sem seu articulador cadenciou pouco o jogo, e criava muito mais na base do abafa. E com o avanço dos laterais.

A movimentação do Tigre puxava João Vitor mais para o meio do gramado, o que fazia com que João Vitor vigiasse Marcos Rocha mais de longe. Opção infeliz do técnico Argel que permitia espaços ao excelente lateral. Mas da mesma forma que desequilibrava de um lado, Lins também não voltava acompanhando Junior Cesar, que em um desses avanços cruzou muito bem para Luan marcar. Em seguida a zaga mineira cortou muito mal bola alçada na área que Lins completou. Com a expulsão de Victor o Galo se fechou bem e não permitiu o Criciúma aproveitar a vantagem.

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Real jogou mal, e precisou de 12o jogador para vencer...

Elche 1x2 Real Madrid – Campeonato Espanhol:
 Cristiano Ronaldo comemora, com Isco e Benzema, seus 2 gols na vitória merengue. Um pelo meio da barreira e goleiro, de manteiga. E em pênalti sem vergonha

Os blancos venciam mal e porcamente até os 45 do segundo tempo, Elche subiu ao ataque e com Boyake empatou. Castigo justo ao péssimo desempenho do time da capital. Mas com os acréscimos já estourados, escanteio para os de branco (hoje de azul). Bola cruzada na área. Pepe prende o braço do jogador do Elche em baixo do braço, os dois se atracam e caem. Adivinha?! Na cal! Cristiano Ronaldo bateu e marca o gol da vitória. Antes que polarizem com clubismos (ainda mais bizarro pela distância), Barça muitas vezes também é ajudado pela arbitragem. Dó mesmo da dos pequenos.

Real bateu o pequenino Elche, mas com um futebolzinho mequetrefe! Quando o total de arremates no gol dos madridista é parecido com o do adversário muito menor, é que a coisa não está boa. E com posse de bola infinitamente superior. A situação só piora quando o gol saiu em cobrança de falta de Cristiano Ronaldo que passou no meio da barreira e goleiro, ambos de manteiga. E com em penalidade já descrita.
Finalizações de Elche e Real Madrid no jogo (via StatsZone)

Elche fez partida honesta, se arrumou no 4-2-3-1 para atacar. E defensivamente o meia central, Marquez, se incorporava a linha de volantes, assim como os wingers. O volante Sanchez dava um passo atrás e ficava na cabeça de área, 4-1-4-1. E gol no finalzinho da partida foi prêmio merecido, e arrancado pelo homem de preto!

Quem fez partida muito ruim foi o time de Ancelotti. E se comparada a expectativa, o adjetivo pode ser ainda pior. Muito porque o técnico italiano não achou a formação ideal para o estrelado time. Vem desenhando o Real no 4-2-3-1, que defensivamente forma um 4-4-2. Pois, Isco sai da meia central para fechar a esquerda, para Cristiano Robaldo permanecer na frente com Benzema. Contra o frágil time do Elche, essa movimentação, como vem sendo feita, não causa transtornos. Mas contra times mais qualificados pode ser um desastre. Se na frente, Isco pode demorar muito para sair da ponta para armar por dentro, defensivamente dará espaços ao adversário.

As possibilidades de formação são inúmeras, ainda mais com versatilidade de Isco e Di Maria. Vale um post só para isso. Ainda com Gareth Bale para entrar entre os 11 iniciais.

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Liverpool pressionou, mas quem avança é o United...

Manchester United 1-0 Liverpool:
Shrek cruzou e a Pequena Ervilha marcou

United venceu os Reds e avançou na Copa da Liga Inglesa! Pelo início de temporada das equipes o resultado inverso talvez fosse o mais provável, mas os vermelhos de Manchester levaram essa. Com gol de Chicharito em cobrança de escanteio de Rooney, antes de completar o primeiro minuto da segunda etapa.

O favoritismo dos Reds, mesmo se tratando de um grande clássico, é fruto de um desempenho oscilante do United e um começo de temporada muito bom do time de Liverpool. Mas que para esse jogo veio muito confuso taticamente, enquanto o rival ainda com insegurança técnica, se postou de forma mais acertada.

Liverpool não atuou com três zagueiros, Kolo Toure era o lateral pela direita. No meio de campo, Lucas e Gerrard eram os volantes, Moses e Henderson os meias. O nigeriano Moses muitas vezes atuou mais centralizado do que na esquerda, como a teoria podia prever. Já que Henderson fazia a direita, enquanto Suarez e Sturridge se posicionavam no ataque. A primeira preocupação seria a defensiva, já que Moses muitas vezes demorava a recompor fechando a direita de ataque do United. Mas esse fato não fez grandes estragos, pois o Manchester não soube aproveitar o espaço dado.

Pior que o desequilíbrio defensivo, foi ofensivamente. Moses centralizado no meio de campo, além de não dar alternativas pelos flancos, facilitando a marcação, impedia o avanço de Gerrard, congestionando o setor. Olhando para o outro lado, por exemplo, com Kagawa e Nani abertos, Giggs participa muito do jogo.

Mas de qualquer forma o jogo foi decidido em bola parada, em que o Liverpool foi bem melhor na maioria do jogo. Desafio para Rodgers será montar seu Liverpool com a volta de Suarez, e a impossibilidade de sacar Sturridge, pela ótima fase técnica. Para isso terá que posicionar melhor seus meias. E, claro, Philippe Coutinho fez falta.

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Faltou criação ao Dortmund, mas avançou...

Munique 1860 0x2 Borussia Dortmund:
O armênio autor do golaço do jogo

Dortmund suou a camisa para vencer na Allianz Arena! Importante lembrar que não foi contra a outra potência alemã que atua nessa casa, e sim contra o Munique 1860 que divide o estádio colorido com o Bayern de Munique. Quando o mando é do 1860 fica azul, quando o atual campeão da Champions manda seus jogos ele é vermelho.

A maior dificuldade do Borussia foi criar. Na primeira e segunda etapas poucas oportunidades o time de Kloop teve para arremates próximos à meta adversária. Esse fato se deve a organização defensiva do 1860 que se formava num 4-1-4-1, encaixado no 4-2-3-1 aurinegro, como também a uma atuação irregular do meia central Mkhitatyan. Mas acredito que o principal motivo seja a falta de um volante de chegada como Gundogan, as subidas do meio campistas desorganizariam a trancada defesa rival. Na segunda etapa, o atacante Hofmann entrou na vaga do volante Bender, e pode fazer um pouco essa função, apesar da ligeira melhora, sem grande sucesso.
4-1-4-1 do 1860, lateral direito esta escondido
4-2-3-1 do Dortmund. Reus na esquerda, Mikhtaryan por dentro e Kuba na direita, Lewandowski na frente

A dificuldade foi tanta de bater o time de Munique que o jogo só se resolveu na prorrogação (partida disputada pela Copa da Alemanha, torneio mata-mata). O primeiro gol em pênalti sofrido por Reus, que Aubameyang, que entrou no segundo tempo, converteu. E o segundo, que matou o jogo, em contra golpe rápido que Hofmann deu lindo passe para Mkhitaryan. O armênio driblou o goleiro, entortou o beque e mandou para as redes. O segundo melhor time europeu na temporada passada, ainda não engrenou. Mas Kloop, com certeza, reinventará esse time.
Notinha C&B: E não é que Mario Gotze estava na Allianz Arena assistindo a partida. Ano passado jogou muito com a camisa amarela e preta do Borussia, mas esse ano está no Bayern de Munique, maior rival do ex-clube. O meia gosta de uma polêmica também!

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terça-feira, 24 de setembro de 2013

Novos elementos no Barcelona...

Barcelona 4x1 Real Sociedad:
Messi e Neymar, um gol e uma assistência para cada um

Dizer que o tik taka acabou é exagero! Perder a posse de bola depois de mais de 300 partidas é significativo e um marco para a mudança no Barça, mas não um atestado de óbito. Acabou, com certeza, a era Guardiola que levava o estilo catalão as raiais da loucura (a melhor delas).

Barça venceu com tranquilidade, e muita intensidade. Com 20 e poucos minutos o jogo já se desenhava decidido. Neymar marcou aos 4 minutos em bobeira da zaga. Depois o próprio cruzou para Messi. E no terceiro, Lionel meteu de letra, o goleiro pegou, mandou uma bala na trave, para só depois sobrar para Busquets estufar.

O momento do Barcelona é de transição, e se no outro jogo teve posse menor que a de seu adversário, na partida de hoje 70% do tempo de jogo a pelota ficou em seus pés. Duas características me parecem ter atenção especial de Martino. A primeira é a inversão longa do corredor onde se desenvolve o ataque. Pode-se ver muitas invertidas de um lado para o outro, ou mesmo do meio para os flancos. Quando antigamente a regra era fazer essa passagem com toques curtos e rápidos. A segunda é de no ultimo terço do campo, de ataque, a definição mais rápida da jogada. Muitos dribles e passes mais agudos se viu perto da área adversária e por consequência uma avalanche de arremates contra a meta rival. 23 azul e grená, contra 9 da Real Sociedad. E nesse aspecto é que Neymar é, e será, importantíssimo ao time.
Passes longos para inverter o corredor de ataque (via StatsZone)
 Messi foi quem mais driblou no jogo, acertou 6 de 10 tentados. Pela direita e centralizado (via StatsZone)
Neymar foi o segundo que mais driblou no jogo, 4 de 10. Pela esquerda (via StatsZone)

No parte de movimentação, Messi variou um pouco e com novas alternativas. Muitas vezes se viu o argentino recuando na direita de ataque, ou invertendo com Alexis na função de referência. Nessa noite no Camp Nou, a pulga muitas vezes recuou para a posição de ponta de lança mais centralizado e tinha a opção de sair para os dois lados. Se em alguns momentos a esquerda de ataque ficou um pouco esquecida, com Neymar, e Messi se movimentando mais pelo meio, o equilíbrio tende a ser maior.
Messi (estrela) pela direita, Alexis (quadrado) centralizado, Neymar (triângulo) na esquerda. Xavi e Iniesta vindo de trás
Messi recua pelo meio (estrela), tem Neymar e Alexis abertos. Xavi e Iniesta vindo de trás

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Chelsea, de Ramires, passa pelo Swindon...

Swindon 0-2 Chelsea – Copa da Liga Inglesa:
 Ramires. Entrou, participou dos gols, decidiu e saiu

Molezinha não foi, mas tranquilo! Chelsea bateu o Swindon, da terceira divisão, fora de casa. Com gols de Fernando “ex-El Niño” Torres e Ramires, brasileiro que entrou no jogo para decidir a partida e saiu. Aos 10 minutos da primeira etapa, o volante van Ginkel saiu machucado e deu lugar para o Queniano Azul. Ao entrar iniciou a jogada do primeiro tento, passando para Mata que bateu e no rebote do goleiro Torres marcou. E fez o seu, em ótima jogada de Fernando Torres que saiu da área, driblou dois e meteu linda enfiada para o gol. E no intervalo já saiu de campo.

Saiu para dar lugar à Terry, o capitão foi para a zaga e David Luiz virou volante. David Luiz que sempre é cogitado para atuar no meio de campo, inclusive na seleção brasileira. Tenho certo preconceito com essa possibilidade, e acho que por isso, vejo atuações não convincentes dele por ali. Tem muito mais a oferecer como bom zagueiro com saída de bola e passes longos, do que como volante. Sabe a história do bom vendedor que vira gerente, quase isso.

Swindon perdeu, não ameaçou de fato o resultado londrino. Mas teve atuação digna pelas possibilidades do elenco, indo ao ataque com seus volantes e laterais. Ainda na primeira etapa teve momentos em que foi melhor, e depois do intervalo, mesmo com a acomodação azul, teve bons minutos. Interessante observar, que na segunda etapa os mandates se armaram no 4-3-1-2 em losango. Saindo o atacante Ranger para a entrada de L. Thompson, que se postou ao lado de Kasim e Luongo no trio de volantes. Esquema raríssimo na Inglaterra, muito mais comum aqui no cone sul.

Destaque do Swindon para o volante Kasin, de boa chegada ao ataque. Iraquiano de 22 anos e com passagens por outros times ingleses.

Mata foi titular no Chelsea. Teve boa atuação, deu passes importantes, em um deles Torres perdeu na cara do goleiro, e participou do gol inicial. Mas fato é que em comparação aos outros meias da equipe (Oscar, Hazard, Willian, De Bruyne, Shurrle), o espanhol tem menos intensidade. Mas com muita criatividade.

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segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Empate milionário na França e boas movimentações no PSG...

PSG 1x1 Monaco – Campeonato Francês:
 Ibra comemora o primeiro gol do jogo

Dinheiro traz felicidade?! No clássico dos milhões franceses sim! Mas só para deixar claro, os milhões injetados no futebol só trazem felicidade aos torcedores pois hoje o esporte é regido por isso. Se não fosse, o futebol ainda assim traria muita, talvez mais, felicidade.

PSG vem atuando no 4-3-3, com Thiago Motta na cabeça da área, Matuidi e Verratti completam o trio de volantes. E na frente, Cavani pela direita, Ibrahimovic centralizado e Lavezzi na esquerda. Mas parece que o técnico Blanc está achando movimentações muito interessantes para esse estrelado time. Monaco atacou no 4-2-3-1, mas se defendia com duas linhas de quatro atrás, Moutinho e Falcão na frente.

O jogo terminou empatado, com gols de Ibra e Falcão ainda no primeiro tempo. Paris Saint Germain dominou a maior parte do jogo, com posse de bola de 58%, e nos pés (e cabeças) de Ibra e Cavani tiveram chances mais claras de vencer a partida. E mereciam um resultado melhor, ainda que o treinador tenha mexido mal na segunda etapa. Com a entrada de Lucas no lugar de Lavezzi, que vinha bem no jogo.

As movimentações de Blanc tornaram o PSG muito mais dinâmico que o Monaco. Na transição ao ataque, o time francês recua Ibra para fazer o pivô ou disputar a primeira bola, e Lavezzi e Cavani passam nas suas costas. Quase um 4-3-1-2 em losango com o sueco no vértice ofensivo, e liberando os laterais. Quando já instalado no ataque, Lavezzi e Cavani procuram buscar mais o jogo da ponta para o meio à frente da área. 
Em ambas as ocasiões liberdade grande aos laterais. No gol parisiense, linda enfiada de Thiago Silva para Maxwell que ultrapassa Lavezzi e cruza para Ibra. Essas alternativas dão molho especial ao time e podem fazer engrenar um elenco cheio de craques.
Lavezzi e Cavani centralizam, Ibra na área e passam os laterais
Ibra puxa para o meio e vira vértice ofensivo do losango no meio de campo, Lavezzi e Cavani nas costas do sueco, e de novo passam os laterais

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Atropelamento em Manchester!

Manchester City 4x1 Manchester United – Campeonato Inglês:


Aguero, marcou dois contra no clássico

Atropelamento em Manchester! Não, não é uma manchete de um Datena inglês. Mas o que ocorreu no clássico da cidade entre City versus United. Em jogo dos azuis muito mais criativos e com erros da defesa vermelha. Com 50 minutos, 45 + 5, o jogo já estava definido. Aguero marcando dois, Yaya Toure um, e Nasri com 5 minutos do segundo tempo. United só descontou no finalzinho em cobrança de falta perfeita de Rooney.

City e United atuaram no mesmo esquema tático, no 4-4-2 em linha. Mas a diferença fundamental entre as duas equipes é a movimentação de seus jogadores e criatividade para decidirem. O primeiro gol nasce de uma ultrapassagem do lateral esquerdo Kolarov, que Nasri atuando como meia por ali, mete de letra para ele cruzar e Aguero marcar nas costas de Vidic e a frente de Evra. Criatividade e movimentação azul, falha na defesa vermelha. O terceiro tento tem de novo Nasri com a bola dominada na esquerda, Kolarov passa mas não recebe, Negredo aparece próximo da linha de fundo e recebe para cruzar e Ferdinandi não acompanhar Aguero que marca. Criatividade e movimentação azul, e falha na defesa vermelha.
Primeiro gol, passagem de Kolarov, e Aguero entre Vidic e Evra. 
Terceiro gol (imagem 2), Negredo recebe de Nasri na linha de fundo e cruza para Aguero, Ferdinand não acompanhou

Nada se salva no jogo para o United. Mas como no jogo anterior, pela atuação de Kagawa e Valencia, só deu um esboço de resolver seu melhor problema, criação no meio de campo. No fim da partida, Moyes sacou Young e Cleverley foi para o gramado. Assim, Fellaini se adiantou para fazer a meia central num 4-2-3-1, com Valencia a sua direita e Welbeck na esquerda. E Rooney na frente. City já tinha decidido o jogo e recuado, mas essa pode ser uma alternativa.
4-4-2 do City, linha de quatro homens no meio, Aguero e Negredo no ataque
4-4-2 do United, linha de quatro homens no meio, Rooney e Welbeck na frente

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sábado, 21 de setembro de 2013

Jogo arrastado no Maracanã. Empate, mas que por pouco não dá Coritiba...

Fluminense 1x1 Coritiba:
 Wagner conduz a pelota

Jogo muito lento, até arrastado, no Maracanã. Em parte explicado pelo calor do Rio de Janeiro. Não tenho certeza, mas a impressão era dos jogadores exaustos no fim da partida. Sóbis chegou a vomitar em campo, e Ronan que entrou no segundo tempo também passou mal. E o jogo teve protagonistas improváveis nos gols. Coritiba saiu na frente em cruzamento perfeito do grandalhão Escudero, atuando de lateral esquerdo, para Lincoln marcar de cabeça. No empate tricolor, Biro Biro cruzou e o zagueirão Gum matou no peito para marcar.

Luxemburgo armou seu time no 4-2-3-1. Edinho e Diguinho volantes, os três meias com Rafinha pela direita, Wagner por dentro e Rhayner na esquerda. Rafael Sóbis na frente. E chamou muito a atenção como Rhayner buscava sempre a bola centralizado em campo, dando pouca profundidade no seu setor.
Coritiba veio no 4-3-1-2, com losango no meio de campo. Gil na cabeça de área, Robinho e Botinelli nos vértices laterais e Lincoln na armação, formavam o meio da cancha. Victor Junior e Jânio na frente.

Flu teve mais a bola na primeira etapa, e mandava no jogo. Mas criando pouquíssimas chances de gol. Em uma das primeiras subidas do alviverde ao ataque, marcou seu gol.

Finalizações no primeiro tempo
FLU 2 Finalizações 7 COR
FLU 0 Finalizações certas 3 COR
(via Squawka)

Na segunda etapa o tricolor continuou com a bola em seus pés. O Luxa voltou do vestiário com Ronan na lateral esquerda, saindo Carlinhos, e Biro Biro, saindo Diguinho. Com isso, Rafinha passou a ser o segundo volante, e Biro Biro abriu na esquerda, invertendo com Rhayner. E dele saiu o cruzamento do empate. Coritiba abriu mão de atacar, mesmo do contra-ataque. Já que seus atacantes voltavam marcando os laterais, e Lincoln era o homem mais adiantado. Mas mesmo assim teve chance clara de sair vencedor do Maracanã, em contra golpe que Gil puxou e meteu na trave.

Finalizações no segundo tempo
FLU 11 – Finalizações – 3 COR
FLU 2 - Finalizações certas – 0 COR
(via Squawka)

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