quarta-feira, 17 de julho de 2013

Recopa fica no Parque São Jorge...

17 de julho de 2013 – Recopa Sul-americana – Corinthians 2x0 São Paulo:


O que importava estava em campo, e isso era a rivalidade entre Corinthians e São Paulo. O titulo em si não diz muito coisa, ainda mais completamente descontextualizado no calendário. O jogo em disputa não representava o mesmo para os dois lados. Corinthians em bom momento histórico, passando por bons ares, de títulos, vitórias, talvez o mais especial do alvinegro. São Paulo há alguns anos parece ter entrado tardiamente na era dos ditadores a frente do clube. Tricolor que não faz muito tempo ganhava tudo, e a base dessas glórias era a organização, a estrutura, em ser um clube diferente. Não por coincidência esse jogo se mudou. Mas o que muito assemelha os times que hoje entraram em campo era a má fase no Campeonato Brasileiro.

Tite armou seu time no 4-2-3-1, com:
                Cássio;
                Edenilson, Gil, Paulo André, Fábio Santos;
                Guilherme, Ralf;
                Romarinho, Danilo, Emerson Sheik;
                Guerrero.

Paulo Autuori veio no 4-3-1-2, com:
                Rogério Ceni;
                Douglas, Lucio, Tolói, Juan;
                Wellington, Rodrigo Caio, Denilson;
                Ganso;
                Luis Fabiano, Osvaldo.

Corinthians no seu esquema característico, linha de quatro atrás, Guilherme e Ralf como volantes. Uma linha de três meias, com Romarinho pela direita, Danilo por dentro e Emerson na esquerda. Guerrero na referência. São Paulo fazia seu segundo jogo no comando de Paulo Autuori, e repetiu o esquema tático da estreia. A mesma linha de quatro defensiva, com três volantes a frente. Wellington saindo pela esquerda, Rodrigo Caio na cabeça da área, e Denílson saindo pela esquerda. Ganso fazia a ligação para Osvaldo e Luis Fabiano. No encaixe dos times, Guilherme batia com Denílson, Danilo com Rodrigo Caio, Ralf com Ganso. Os meias abertos corinthianos batiam com os laterais tricolores. No meio de campo sobrava Wellington, que era vigiado a distancia por Fabio Santos, isso era possível porque a profundidade do São Paulo estava do outro lado com Osvaldo em cima de Edenilson.

Corinthians não deixou o São Paulo jogar, pressionava no campo do adversário. Teve suas primeiras chances com Romarinho, e depois em bola roubada no ataque Danilo finalizou para a defesa de Rogério. São Paulo só conseguiu criar uma trama ofensiva quando Ganso, que pouco fez durante toda a partida, caiu pela esquerda e Luis Fabiano puxou para o meio, ganhando no pivô dos meio campistas rivais, acionou Osvaldo que finalizou para fora. Mas a superioridade do time da casa era grande, e gol já maduro saiu aos 36, quando Edenilson deu lindo lançamento para Sheik entre Lucio e Juan, que dominou, levou para o fundo, cruzou para Guerrero, e Romarinho chegou batendo. Superioridade no desempenho se fez também no placar.

Para o segundo tempo o técnico do time do Morumbi substituiu Wellington por Aloísio, e também o esquema de jogo. Agora as equipes estavam espelhadas no 4-2-3-1. Nos primeiros minutos surtiu efeito, e o time conseguiu jogar. Mas a superioridade tática do Corinthians se fez também nas disputas individuais. A essa altura a virada já era improvável, e o gol de Danilo foi só para confirmar antecipadamente o titulo para o Parque São Jorge.

Clássico é clássico, impossível prever resultado. Mas na frieza da analise era difícil imaginar que o São Paulo ainda sem cara poderia superar um time com padrão como o Corinthians. As consequências dessa derrota para o rival são imprevisíveis no Morumbi, mas terão. Corinthians ganha um pouco de fôlego para um inicio fraco no Brasileirão. Fato é que as duas equipes voltam à dura realidade que estão no campeonato nacional.

Felipe Xavier Pelin, gosta desse negocio chamado Futebol...
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