quinta-feira, 4 de julho de 2013

Em Rosario deu Newlls, e no Horto?

2 de junho de 2013 – Libertadores da América – Newlls Old Boys 2x0 Atlético:

Recomeçou a Libertadores! E depois da parada na competição, já iniciaram as semifinais. Galo foi até Rosario na Argentina para medir forças com o Newlls. Fácil ninguém achou que seria, exceto a turma de sempre do oba oba que mais serve para confundir e dizer que os brasileiros são sempre favoritos. Que de tempos para cá os times do Brasil levam grande vantagem em termos econômicos e, portanto técnicos é verdade, mas essa relação não se dá de forma tão direta e nem sempre é determinante. Para o bem do futebol!

Tatá Martino mandou sua equipe no 4-3-3, com:
                Guzman;
                Caceres, Vergini, Heinze, Casco;
                Bernardi, Mateo, Perez;
                Figueroa, Scocco, Maxi Rodriguez.

O rubro negro argentino se formou em seu esquema mais constante até agora na Libertadores, mesmo sem contar com Vilalba, um de seus volantes titulares. Uma linha de quatro atrás, três volantes, com Mateo na cabeça de área, Bernardi saindo pela direita, Perez saindo pela esquerda. Na frente Figueroa e Maxi Rodriguez fazem as pontas, e Scocco, o artilheiro, mais adiantado é a referencia no ataque.

Cuca veio no 4-2-3-1, com:
                Victor;
                Marcos Rocha, Rafael Marques, Gilberto Silva, Richarlyson;
                Josué, Pierre;
                Bernard, Ronaldinho, Diego Tardelli;
                Jô.

Nessa formação quem o Galo vem fazendo sua brilhante campanha. Mas no encaixe com o rival, foram que as coisas se complicaram. Primeiro tempo foi de dominou dos argentinos, mas com poucas chances. E a oportunidade mais clara teve nos pés dos mineiros, Rafael Marques arrancou em contra golpe depois de roubar a bola, passou para Ronaldinho que deu linda enfiada para Bernard, que tentou driblar o goleiro e foi desarmado. Tivesse passado estaria com o gol aberto. Mas durante boa parte da primeira etapa, Mateo afundava entre os zagueiros, liberando os dois laterais como alas, obrigando Bernard e Tardelli a recuar muito na marcação. Ronaldinho e Jô ficavam muito adiantados fazendo sombra nos zagueiros, e os segundo volantes tinham espaço para trabalhar no meio, os alas avançam, e tanto Maxi como Figueroa fechavam eventualmente para o meio, confundindo a marcação dos laterais brasileiros. Movimentação que complicou toda a defesa do Atlético, mas que conseguiu passar ilesa.

Na segunda etapa, o dominou seguia com o Newlls, mas o Atlético já não era tão acuado. Mas ainda pressão era grande, aos 12 minutos Maxi deu de biquinho na entrada da área para boa defesa de Victor. E aos 16 minutos, depois de rebater mal o escanteio, nova bola alçada na área por Figueroa, que dessa vez encontrou Maxi Rodrigues para fazer de cabeça. Aos 28 mais um lance de perigo, de novo nos pés de Maxi, e dessa vez Rafael tirou em cima da linha. Com 35 minutos outro golpe, agora Scocco acertou falta de longe para fazer o 2 a 0.

Foi um dia em que nada deu certo para o Atlético, contra uma equipe bem armada e com ótimos valores, fora de casa, é fatal. Atlético segue muito descompacto, assim como em seus melhores momentos. Pode-se até observar Ronaldinho pedindo um time mais próximo. E pensando nessa questão, percebi que o maior pecado é da linha dos zagueiros, que joga muito recuada, já que hoje os atacantes recuaram bastante na marcação e mesmo assim o time estava distante. Mas mesmo assim não se pode culpar a zaga toda reserva pela derrota, Gilberto e Rafael não foram mal. Faltou exatamente o que sobrava nas fases anteriores, brilho intenso das individualidades atleticanas.

Logicamente o resultado não é bom, mas no Horto o Galo é fortíssimo. Fácil e oportunista cravar aqui que se dará a virada, não pela opinião em si, mas sim porque não tenho essa convicção. Mas possível é! E tanto torcida como o time tem que ao máximo retomar o clima de até então na Libertadores, nada melhor do que fazer isso no Independência.

Felipe Xavier Pelin, gosta desse negocio chamado Futebol...
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