quinta-feira, 18 de julho de 2013

Galo terá que fazer outra partida épica...

18 de julho de 2013 – Libertadores da América – Olimpia 2x0 Atlético:

Que não seria fácil já era obvio, mas de novo o Galo vai precisar de um jogo de volta no mínimo emocionante para ser campeão da Libertadores. A maioria dos prognósticos não se cumpriu para as escalações e formações dos times.

Hugo Almeida veio no 4-4-2, com:
                M. Silva;
                Candia, Manzur, Miranda, Benitez;
                A.Silva, Pittoni, Aranda, Gimenez;
                Bareiro, Salgueiro,

Já Cuca armou seu time no 4-3-1-2, com:
                Victor;
                Marcos Rocha, Leonardo Silva, Réver, Richarlyson;
                Josué, Pierre, Luan;
                Ronaldinho;
                Jô, Diego Tardelli.

O time paraguaio veio com a escalação que era esperada, mas não com a mesma formação. Olimpia costuma atuar com uma linha de três zagueiros, cinco meio campistas e dois atacantes. Hoje teve uma linha de quatro atrás, Candia, zagueiro, foi lateral direito, Mazur e Miranda zagueiros, Benitez foi recuado de ala para lateral esquerdo. A frente dessa linha, outra linha de quatro. Que tinha Silva, Pittoni, Aranda e Gimenez, da direita para a esquerda. Bareiro e Salgueiro na frente. Galo também veio com a escalação mais provável, e também alterou seu desenho tático. A dúvida de Cuca era entra Luan e Rosinei para substituir Bernard. Optou por Luan, mas posicionou o atacante a esquerda de Pierre como volante, com Josué saindo pelo o outro lado. Ronaldinho na ligação, Jô e Tardelli no ataque. Assim como recuou o atacante, Cuca espetou Marcos Rocha na direita, que ainda como lateral, por vezes parecia um ponta direita.

Os primeiro 15 minutos foram brigados, mas sem vantagem para nenhum lado. Só aos 20 minutos uma boa chance, em contra golpe, Marcos Rocha enfiou para Tardelli que bateu para fora. Esse lance se repetiu aos 31 minutos. Mas antes disso, aos 23, A. Silva dominou a bola na esquerda de ataque, conduziu em diagonal para o meio e bateu no canto para marcar, sem ser incomodado. Chama a atenção no lance a facilidade que o bom jogador passou pela intermediaria mineira, sem combate nenhum, e vai bater com Réver na entrada da área. Marcos Rocha estava espetado certo? Pierre o cumpria por ali, não estava na cabeça da área. Josué era o outro volante de oficio, que caia pela esquerda da defesa, não estava por ali. Tardelli não o acompanhou, e Luan sem o menor cacoete do setor não estava em sua posição. Falha do sistema em si. Gol do Olimpia.

Começo da segunda etapa o Galo vingador voltou melhor, não que tenha feita uma má primeira etapa. Mas já iniciou levando perigo, com Tadelli, que talvez tenha sido o único atleticano a fazer boa partida. O segundo tempo iniciou com mudanças dos dois treinadores. Almeida sacou Gimenez para entrar com Ferreyra, assim iria espelhar o 4-3-1-2 de Cuca. Mas o técnico brasileiro adiantou e inverteu Luan de lado, para utilizar o característico 4-2-3-1. Melhorou, mas ainda foi pouco. O gol no final foi um grande castigo, talvez até pouco justo para o Galo. 2 a 0.

O placar assusta, mas faz lembrar o jogo contra os argentinos do Newlls, e ai retoma a esperança. Mas é a final, Olimpia é copeiro, experiente nesse tipo de competição. Apesar de ser menos time que os de Rosário. Vejo que Cuca errou na formação, ousou demais taticamente. Luan talvez não estivesse preparado para cumprir essa função. De novo derrota fora de casa e sem marcar. Esse time tem que jogar com seu DNA ofensivo, que saísse com dois na conta, mas pelo menos descontando um. É verdade também que se o gol derradeiro não sai, a estratégia do treinador poderia ter sido vitoriosa. Um a zero seria um bom placar para se jogar em Minas.

Não existem motivos para os jogadores, técnico e principalmente a torcida não acreditarem. A virada é possível, de novo. A falta que o Horto fará ao alvinegro mineiro só será psicológica, a pressão será ainda maior. A sabedoria desse tipo de competição terá que ser arrancada a fórceps de todos os atleticanos, do goleiro ao ponta esquerda, passando por técnico e torcida.

Felipe Xavier Pelin, gosta desse negocio chamado Futebol...
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