quarta-feira, 31 de julho de 2013

Baile não houve, mas Bayern venceu...

31 de julho de 2013 – Copa Audi – Bayern de Munique 2x0 São Paulo:

Outro confronto da Copa Audi que esta sendo disputada na Alemanh,a foi entre Bayern e São Paulo. A disputa tem caráter muito diferente para os times europeus que lá estão, Milan e Manchester City também, e para o tricolor paulista. Esse tour europeu do time paulista é uma ótima oportunidade do clube ser visto na Europa, de ganhar experiência contra times internacionais, e também financeiras. Mas pelo péssimo calendário que temos por aqui e pela fase que passa o time do Morumbi, a boa iniciativa pode fazer mais mal do que bem ao SPFC. Já para os times do velho continente é só mais um dos amistosos de preparação para a temporada que se iniciará. Mas também é verdade que algum tempo com o elenco todo reunido, será oportunidade de Paulo Autuori arrumar algumas coisas para voltar melhor para a dura realidade do Campeonato Brasileiro.

Pep Guardiola armou o Bayern no 4-1-4-1, com:
                Neuer;
                Rafinha, Javi Martinez, Dante, Alaba;
                Kroos;
                Robben, Lahm, Scweinsteiger, Ribery;
                Pizarro.

Já Autuori veio no 4-3-1-2, com:
                Rogério Ceni;
                Douglas, Tolói, Paulo Miranda, Reinaldo;
                Rodrigo Caio, Wellington, Fabrício;
                Jadson;
                Aloísio, Osvaldo.

Bayern repetiu o esquema tático que Guardiola vem implantando desde que chegou, o 4-3-3 no estilo Barcelona, ou 4-1-4-1 como prefiro chamar. Na linha de defesa, Rafinha na lateral direita, Javi Martinez e Dante na zaga, e Alaba na esquerda. Javi que na temporada passada era utilizado como primeiro volante, reapareceu como zagueiro, já que Pep quer outra característica de jogar na cabeça da área. O espanhol ainda se deu bem, já que pode atuar na primeira linha, mas fico pensando na situação de Luiz Gustavo. O volante brasileiro, de seleção brasileira, deve perder muito espaço com a chegada do novo treinador. Kroos começou como primeiro volante, mas logo inverteu com Schweinsteir que se instalou por ali. Na linha de meias, Robben na direita, Lahm era o meia pela direita, Schweinsteiger, depois Kroos, na meia esquerda, e Ribery aberto na esquerda. Pizarro era a referência na frente.

São Paulo teve o mesmo esquema que enfrentou o Corinthians no Pacaembu, e a evolução defensiva continuou. Postado com três volantes, Welington na cabeça da área, Rodrigo caio na direita e Fabrício na esquerda. Jadson era o meia central, e Osvaldo e Aloísio na frente. No encaixe para marcar o Bayern, os três volantes se ocupavam com os meias que avançavam, com Wellington na sobra, Jadson pegava o primeiro volante, Schwein ou Kroos. E os atacantes Aloisio e Osvaldo recuavam com os laterais, e se alinhavam com os segundo volantes. Na pratica, Autuori armou um 4-3-1-2 para atacar e um 4-1-4-1 para se defender. Mas por volta dos 38 mminutos, Jadson foi para a direita acompanhar Alaba e Aloísio centralizou no ataque.

O jogo como um todo foi um ataque contra defesa, mas com os alemães com pouca contundência. Normal, mesmo em começo de temporada, Bayern tem muito mais time que qualquer clube brasileiro. Mas o São Paulo se defendeu bem, conseguiu segurar o zero no placar durante todo o primeiro tempo. Na segunda etapa, Autuori veio com Ganso no lugar de Osvaldo. Inexplicável a modificação para um time que estava se defendendo e precisava sair no contra golpe, e Ganso não tem nenhuma das qualificações. Mas era um amistoso, talvez tivesse só rodando o elenco, sei lá! Mesmo tomando gols de Mandzukic e Weiser, o balanço geral do 2 a 0 sofrido pareceu bom para o tricolo. Para o são paulino que se recorda dos campeonatos mundiais vencidos, e seu time encarando Milan, Barcelona e Liverpool, saiba bem que os tempos são outros. Obviamente não se apaga a história, mas esse time não está à altura dos escretes de outrora.

Interessante observar pelo lado alemão, como os dois gols do Bayern, um de cabeça e outro de contrataque, não são exatamente a característica principal do Barcelona dirigido por Pep, muito pelo contrario. Mas se pensarmos que a posse de bola e troca de passes desse time já era excelente, e tende a melhorar com Guardiola. A vantagem de ter bola aérea para furar retrancas mais fechadas é enorme.

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Casados (City) x Solteiros (Milan)...

31 de julho de 2013 – Copa Audi – Manchester City 5x3 Milan:

Esses torneios de pré-temporada que acontecem sempre na Europa são muito legais. Boa oportunidade de rever os times antes das disputas valerem ponto, ver como os técnicos começam a pensar seus times, ver os novos reforços e os já conhecidos jogadores. Erro maior é a importância que pode se dar a esse tipo de disputa, maior do que realmente tem. A maioria das analises são pistas ou indicativos do que pode ocorrer na temporada, não podem ser taxativas e definitivas.

Manuel Pellegrini armou o City no 4-4-2, com:
                Hart;
                Richards, Javi Martinez, Lescott, Kolarov;
                Navas, Fernandinho, Yaya Toure, David Silva;
                Dzeko, Jovetic.

Massimiliano Allegri mandou o Milan no 4-3-1-2, com:
                Amelia;
                Antonini, Zaccardo, Vergara, Constant;
                Traoré, De Jong, Muntari;
                Botaeng;
                Petagna, El Shaarawy.

No Manchester City, o chileno Pellegrini substituiu Mancini, e nessa pré-temporada parece manter a ideia de desenho tático semelhante ao seu antecessor. Duas linhas de quatro jogadores com dois atacantes na frente. Mancini mantinha essa mesma formação, muitas vezes com muita mobilidade de seus meias de criação, que não só se posicionavam abertos dessa linha de meias na defesa, como no ataque circulavam por todo o gramado, principalmente David Silva. Na equipe que iniciou a partida, Jesus Navas se posicionou aberto na direita, Fernandinho e Yaya Touré eram os volantes e David Silva na esquerda. No ataque, Dzeko e Jovetic. O brasileiro Fernandinho foi bem no jogo, participou bastante e se alternou com Yaya entra defesa e ataque.

Milan de Allegri, também parece manter o esquema mais comum da ultima temporada, um 4-3-1-2 em losango. Hoje De Jong era o primeiro volante, Trouré e Muntari eram os segundo volantes, Boateng na meia. El Shaarawy e Petagna no ataque. Boateng é o homem que vai fazer o time jogar, mas não se posiciona só pelo meio, tende bastante a cair para a esquerda de ataque, e por vezes alternou com Muntari para buscar o jogo. Não vejo Prince, Boateng, como esse meia central, imagino que poderia render melhor como segundo volante, mas desde a temporada passada atua assim e com certeza é o melhor no elenco para cumprir a função. Milan que além do time que iniciou, ainda tem no elenco outros jogadores com chances de serem titulares. Balotelli que esta voltando de férias, com certeza é um deles.

Na maior parte do jogo, o cotejo foi no “pique churrasco”, os azuis de Manchester abriram logo 5 a 0 com 35 minutos do primeiro tempo. Com David Silva, Richards, Kolarov e dois de Dzeko. Milan que não havia jogado até então, contou com a desaceleração dos ingleses para descontar, com dois do faraó El Shaarawy e Petagna. E dar números finais, 5 a 3. Dzeko foi muito bem, e não só por esse jogo, mas até pelo ano passado, me pergunto que lugar irá ocupar nesse elenco. Com a saída de Tevez para a Juventus, deve ter mais chances. Aguero deve ser titular e outra vaga ficará entre o bósnio, Negredo e Jovetic. Milan e City devem ter objetivos diferentes na temporada, os ingleses tem grandes investimentos e elenco farto. Já o futebol italiano passa por grande crise econômica, o que irá impactar o desempenho dos times.

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terça-feira, 30 de julho de 2013

Noite de Valdivia e Alan Kardec no Pacaembu...

30 de julho de 2013 – Campeonato Brasileiro série B – Palmeiras 4x0 Icasa:

Palmeiras pegou o Icasa no Pacaembu, ótimo resultado contra os cearenses. Com a vitória o alviverde paulista assume a liderança da segundona com 25 pontos, seguido pela Chapecoense com 23 pontos, mas com um jogo a menos.

Gilson Kleina armou o Palmeiras no 4-3-1-2, com:
                Fernando Prass;
                Luis Felipe, Vilson, Henrique, Juninho;
                Charles, Marcio Araujo, Wesley;
                Mendieta;
                Leandro, Vinicius.

Sidney veio no Icasa com 4-3-1-2, com:
                João Ricardo;
                Neilson, Luis Gustavo, Luis Otavio, Carlinhos;
                Da Silva, Gilmak, Radames;
                Chapinha;
                Juninho Potiguar, Roberto.

Os dois times se espelharam nos esquemas táticos, com um losango no meio de campo. Palmeiras tinha Marcio Araujo na cabeça da área, Charles saindo pela direita, Wesley pela esquerda, e Mendieta no vértice ofensivo. Icasa começou marcando muito forte, em seu campo era praticamente “cada um pega o seu”. O lateral direito cearense, Neilson, se adiantava bastante para bater com Juninho, e deixava um grande vazio nas suas costas. Mas o Palmeiras chegou duas vezes do lado oposto com Charles entrando na área e batendo para fora. Aos 19 minutos, Henrique cometeu pênalti em Roberto, Radames bateu no canto direito de Prass, que foi buscar. Palmeiras se deixou envolver pela “confusão” do Icasa, e com muita movimentação, mas pouco organização, tentava criar. Aos 31 minutos, o lateral esquerdo Carlinhos recebeu passe vindo da direita, sozinho na área, e bateu para fora. O lance do pênalti foi semelhante, se antes Henrique estava lá para cometer a infração, dessa vez nem isso. Mas aos 36, Gilmak fez falta em Leandro dentro da área. Pênalti! Que Vinicius converteu. Não marcaria nenhuma das duas penalidades máximas.

Na segunda etapa os times voltaram com as mesmas formações e disposições em campo, mas o ímpeto para correr atrás dos palmeirense já não era o mesmo pelos jogadores do Icasa. Aos 13 da etapa final, entraram Valdivia e Alan Kardec, saindo Vinicius e Mendieta. Kardec marcou o segundo completando de cabeça, escanteio batido por Juninho. Wesley mandou na gaveta o terceiro, em passe de Valdivia. E de novo Kardec, já nos acréscimos depois de linda jogado de Valdivia que driblou pelo menos três adversários antes de passar para ele.

Bom resultado, sem dificuldades. Destaque para a entrada de Valdivia, com duas assistências e boas enfiadas, e Alan Kardec, com dois gols. Kardec acabou de chegar e muito em breve já estará pedindo passagem para ser titular. Substitui Vinicius, que não estava mal no jogo. Com Leandro sendo um dos melhores jogadores do elenco, a tentação de Gilson Kleina para montar um 4-2-3-1 será grande. Mas imagino que manutenção do esquema com Marcio Araujo na contenção, Wesley e Charles ajudando atrás e chegando à frente, seja a melhor opção para dar mais segurança a esse time, que vem evoluindo assim.

Medieta

Estreou como titular do Palmeiras, fez partida discreta e foi substituído por um Valdivia inspirado. Teve duas oportunidades batendo falta, que mandou para fora, e uma boa jogada na entrada da área driblando alguns defensores, mas bateu fraco no gol.

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Pouco mais de 10 minutos de Neymar no Barça...

30 de julho de 2013 – Amistoso Internacional – Lechia Gdansk 2x2 Barcelona:

Hoje o Barcelona fez sua segunda partida amistosa no inicio dessa temporada europeia. Na Polônia, os catalães enfrentaram o Lechia Gdansk. O jogo tinha poucas atrações, fora a presença de Messi, que sempre será interessante. E Neymar no banco de reservas. Jordi Roura dirigiu o time, já que Tatá Martino ainda não assumiu o time. Então ainda segue a duvida de como o argentino pensa sua nova equipe.

Barça veio no 4-1-4-1, com:
                Pinto;
                Montoya, Bartra, Sergi Gomez, Adriano;
                Song;
                Alexis, Jonathan dos Santos, Sergi Roberto, Tello;
                Messi.

Jogo terminou em 2 a 2. Lechia saiu na frente depois de cobrança de escanteio que Bieniuk completou de cabeça, aos 15 minutos. Aos 25, Montoya fez a ultrapassagem por Alexis, recebeu na linha de fundo e cruzou para Sergi Roberto invadir a área e mandar para as redes. Na segunda etapa, o lateral direito Montoya, que fez bom primeiro tempo, falhou, Grelczak (espero que o nome esteja certo!) roubou a bola e sem ângulo enfiou o pé para o time de Gdansk ficar na frente. Mas quem estava em campo? Ah! Aquele argentino baixinho lá... Messi recebeu passe açucarado de Alexis, e muito nervoso na frente do goleiro, como sempre, mandou aquela cavadinha para empatar. Já me adiantei em dizer os gols e o resultado para me livrar logo disso. Pouco importava, era amistoso, preparação, e só. O que importava era o desempenho, a movimentação. Para nós é claro, imagino que para os poloneses foi muito bom empatar, e até jogar, com Barcelona. E o time local se postou bem num 4-4-2, com linhas bem compactas.

No Barcelona, me chamou a atenção no posicionamento dos pontas. Por considerar que esse foi um dos principais problemas da reta de chegada da temporada passada. Nesse jogo, Alexis ficou bem aberto na direita e Tello na esquerda, ainda no primeiro tempo substituído por Joan. Alexis fez bom jogo, se movimentou bem em diagonal entrando na área. E ele disputará vaga com Pedro nessa ponta direita, se pensarmos que Neymar será o titular do lado oposto. Não é exatamente uma característica forte do chileno o posicionamento tático obediente, mas pode desempenhar bom papel por ali. E obviamente alternar presença na área com Messi, que pode cair para a direita, escapando da sempre reforçada marcação em cima dele. Outra movimentação que chamou a atenção foram as ultrapassagens dos laterais, Montoya e Adriano. Muitas vezes os laterais do time catalão costumam fechar mais em diagonal pelo bico da grande área.

Por volta dos 15 minutos da segunda etapa, Barcelona se remontou, e ficou postado no mesmo esquema tático, com:
                Oier;
                Kiko, Bagnack, Planas, Patric;
                Sergi Samper;
                Joan, Illie, Espinosa, Joan;
                Dongou.

Todos meninos formados nas famosas categorias de base barcelonista, muito provavelmente esses jogadores um dia estarão no time principal.

Neymar

E aos exatos 78 minutos e 27 segundos, Neymar entrou em campo. Não exatamente nesse segundo, mas fica muito mais legal desse jeito. Neymar, com o 11 nas costas, entrou no lugar de Alexis. E se dirigiu para a ponta esquerda. Joan inverteu com ele. Aos 79 minutos recebeu a primeira bola, e a primeira falta. Aos 80 trocou três passes curtos com seus companheiros. Aos 80 e 50 segundos recebeu e sofreu falta. Aos 83 mais uma bola em seus pés, recebeu um carrinho/voadora, escapou ileso e tocou a bola. Na devolução, outra falta. E por ai foi... Anotei tudo, segundo a segundo. Mais por achar engraçado, do que por alguma importância real. Em resumo: entrou, se posicionou na ponta esquerda, tocou bem a bola, recebeu algumas faltas, duas entradas duras, deu duas ensaboadas na bola, nenhum drible completo, e um passe de calcanhar. Tudo isso nos pouco mais de 10 minutos que esteve em campo.

Primeiro jogo, ainda não ao lado de Messi e os outros craques do time. Chamar Xavi, Iniesta, Busquets, Fabregas de “outros” parece brincadeira, mas se referi mais a grandeza de Messi do que inferiorizar esses monstros. Com certeza essa pequena participação será lembrada se a passagem do brasileiro for tão sensacional como quase todos acham. Mas serviu mais para tirar um pouco o peso enorme que terá nas costas. Jordi Roura fez um favor enorme para Neymar, não colocando o recém contratado no lugar de Messi. A pressão já será grande, não precisaria de mais essa.

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domingo, 28 de julho de 2013

Na abrideira alemã, deu Borussia...

27 de julho de 2013 – Super Copa da Alemanha – Borussia Dotmund 4x2 Bayern Munique:

Aos poucos a temporada europeia vai começando. No primeiro jogando “valendo” na Alemanha a reedição da final da Champions League, e também campeão e vice do Campeonato Alemão, a famosa Bundesliga. Esse tipo de competição acontece na Europa com os campeões do campeonato, disputado em pontos corridos, e da copa, disputado no mata-mata. Ambos vencidos pelo Bayern, o que obrigou a ser disputada contra o vice do campeonato, Borussia. As super copas tem importância relativa onde acontecem, servem mais como “abrideira” da temporada que virá. Mas muitas vezes envolvem muita rivalidade, aumentando a temperatura da partida, e nesse jogo não foi diferente!

Klopp armou o Borussia no 4-2-3-1, com:
                Weidenfeller;
                Grosskreutz, Subotic, Hummels, Shmelzer;
                Sahin, Bender;
                Kuba, Gundogan, Reus;
                Lewandowski.

Guardiola veio no 4-1-4-1, com:
                Starke;
                Lahm, van Buyten, Boateng, Alaba;
                Thiago Alcântara;
                Robben, Muller, Kroos, Shaqiri;
                Mandzukic.

Borussia teve o mesmo esquema tático que terminou o ano passado, com boa parte de seu elenco e o mesmo técnico. Mas algumas baixas. Na lateral direita, seu titular ainda não esta a disposição, então o treinador improvisa Grosskreutz por lá, ele que é um atacante de lado de campo. Mas a principal ausência é a de Gotze, agora no rival Bayern, onde ainda não estreou. Com a saída de uma de suas principais peças, se imaginava que Grooskreutz seria o substituto natural, para centralizar Reus. Mas ao invés disso, Klopp adiantou o ótimo volante Gundogan para ser o meia central. Lógico que essa é uma das possibilidades, e não a única. Mas já teve sucesso.

No Bayern, muito mudou. Começando pelo treinador e como ele pensa em desenhar o time que mais venceu na ultima temporada europeia. Missão complicada para Pep Guardiola, que tem pela frente que superar uma campanha anterior onde o time comandado por Heynckes ganhou Campeonato Alemão, Copa Alemã e a Champions League. Logo de cara, Pep alterou o esquema. Como já vimos em dois amistosos nesse começo de ano futebolístico no velho continente. Nessa partida tinha Thiago Alcântara, recém-chegado do Barcelona, como primeiro volante. A sua frente uma linha de 4 meias, Robben, Muller, Kroos e Shaqiri, da direita para a esquerda. E Mandzukic na frente.

Borussia foi melhor na maior parte do jogo, venceu com dois gols de Reus, um contra de van Buyten e outro de Gundogan, esse ultimo um golaço, com corte lindo e batida firme no canto. Bayern esteve no jogo, marcou duas vezes com Robben, mas não fez por merecer placar melhor. Muito pelo posicionamento tático, que não funcionou. Thiago foi bem como primeiro volante. Mas na linha dos meias, Muller parecia pouco a vontade chegando por dentro, e Kroos ao seu lado chegava pouco na área rival, tendia muito a se alinhar recuado a Thiago. Mas o que mais prejudicou o time bávaro, era Shaqiri que ao invés de dar profundidade e fortalecer parceria com Alaba, ótimo lateral esquerdo. Fechava demais para o meio, embolando por ali.

Vitória importante do aurinegro de Dortmund, que superou seu principal, badalado e mais rico algoz da temporada passada. Natural o desajuste do Bayern, que se remonta muito diferente. Sigo achando arriscado Pep alterar demais time tão encaixado e vencedor, mas...

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Morno e justo o clássico paulista...

28 de julho de 2013 – Campeonato Brasileiro – Corinthians 0x0 São Paulo:

Clássico paulista no Pacaembu, Corinthians x São Paulo. Timão faz campanha medíocre no Campeonato Brasileiro, mas entrou em campo como favorito contra o Tricolor em meio à imensa crise. Mas esse favoritismo não se viu no placar, no dominou da partida até que sim, mas não teve a fome necessária para traduzir no placar, como ocorreu no ultimo confronto.

Tite foi no 4-2-3-1, com:
                Cássio;
                Edenilson, Gil, Paulo André, Fabio Santos;
                Guilherme, Ralf;
                Romarinho, Danilo, Emerson Sheik;
                Guerrero.

Paulo Autuori no 4-3-1-2, com:
                Rogério Ceni;
                Douglas, Tolói, Paulo Mirando, Reinaldo;
                Fabrício, Wellington, Rodrigo Caio;
                Jadson;
                Ademilson, Osvaldo.

Os primeiros minutos do clássico teve o mandante recuperando bolas no campo de ataque e complicando o time do Morumbi na saída de bola, abafa esperado. Mas pouco a pouco essa pressão foi se arrefecendo, São Paulo não chegou a ser melhor, mas corria menos perigo. Primeira etapa tiveram duas chances mais claras de tirar o placar do zero, ambas corinthianas. Primeiro em chute de Guilherme, após rebote de escanteio batido pela direita, que Rogério pegou. Depois em boa tabela de Romarinho com Edenilson, que o camisa 31 bateu com perigo. São Paulo encaixou melhor sua marcação, se comparado ao jogo final da Recopa Sul-americana. O losango de meio de campo tinha Wellington como primeiro volante e acompanhando Danilo, pela direita Fabrício pegava Ralf, e Rodrigo Caio na esquerda pegava Guilherme. Ponto a ser explorado pelo alvinegro era com Romarinho e Sheik abertos, já que estes batiam com os laterais são paulinos, e poderiam levar vantagem no confronto e ficavam muitas vezes no um contra um. Mas não aproveitaram esse possibilidade. Quando o Tricolor atacava a melhor opção era Jadson, o meia muitas vezes teve espaços na entrada da área e com movimentação. Guilherme e Ralf esperavam Fabrício e Rodrigo Caio, e às vezes esqueciam o camisa 10. Mas se o Timão não aproveitou, São Paulo também não.

Na segunda etapa São Paulo voltou melhor, teve boa chance logo aos 10 minutos com Jadson em trama com Ademilson, Cássio pegou. Mas essa superioridade também durou pouco. Tite mudou, entraram Pato e Renato Augusto, saíram Sheik e Guerrero. Pato até que criou, perdeu chance clara de gol quando saiu na cara de Rogério e desperdiçou. Em outras duas oportunidades, cabeceou com perigo. E foi só! Empate morno e justo.

São Paulo entrou em campo para não perder, atitude correta de Autuori, já que o time não passa por um bom momento. Empate fora de casa não seria trágico contra o rival com muito mais conjunto, e que recentemente superou com autoridade seu time. Corinthians foi outro, em relação à Recopa. Se na ocasião foi superior pela fome em campo, atropelando. No jogo de hoje acionou o modo Brasileirão e fez jogo burocrático. Melhor para os são paulinos que se não estão contentes com a fase do time, não a aprofundaram.

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Justiça tardou mas não falhou no clássico carioca...

28 de julho de 2013 – Campeonato Brasileiro – Flamengo 1x1 Botafogo:

No Rio, o clássico de hoje era entre Flamengo e Botafogo. Rubro negro se reestruturando com a chegada de Mano Menezes e Botafogo de Oswaldo tentando manter o pique da ótima campanha no Brasileirão, e seguir disputando a ponta da tabela. Empate justo para o desempenho das duas equipes, e com emoção.

Mano Menezes armou o Fla no 4-2-3-1, com:
Felipe;
Léo Moura, Wallace, Gonzalez, João Paulo;
                Diego Silva, Elias;
                Gabriel, Carlos Eduardo, Paulinho;
                Marcelo Moreno.

Bota de Oswaldo no mesmo esquema tático, com:
                Jefferson;
                Gilberto, Bolivar, Dória, Julio Cesar;
                Marcelo Matos, Gabriel;
                Vitinho, Seedorf, Lodeiro;
                Rafael Marques.

Os dois times estavam espelhados em campo, no mesmo 4-2-3-1. E a primeira etapa refletiu bem a correlação de forças entre as equipes, Botafogo dominou o jogo, contando com melhor desempenho individual de suas peças. Aos 21 minutos, Seedorf bateu falta pela esquerda, em jogada muito bem ensaiada, Rafael Marques se descola da marcação para trás e pega muito bem na bola para marcar. Vitinho também era boa opção para o alvinegro, deitando e rolando nos dribles aos marcadores, mas por duas vezes conseguiu se desvencilhar dos rivais, mas arriscou de longe quando tinha companheiros em melhor condição. Poderia aproveitar melhor seus lances individuais. Fla só chegou por volta dos 30 minutos, primeiro com Paulinho que depois de boa troca da passes, bateu com perigo de fora da área. E depois de linda enfiada de Gabriel, Carlos Eduardo desperdiçou dentro da área. Seedorf, como quase sempre, tomava conta do meio de campo, orientando os companheiros e com a bola nos pés. Em boa tabela com Lodeiro bateu para fora e logo depois meteu na forquilha em cobrança de falta. Primeiro tempo botafoguense, sem duvidas.

Na volta do intervalo, Mano tirou Gabriel e foi com Adryan. O jovem flamenguista deu boa dinâmica ao jogo, chamando a bola e levando perigo. Aos 15 já meteu uma paulada na trave, perdendo ótima chance na pequena área. Logo depois acertou a trave de novo e Elias impedido marcou, anulado. E a pressão flamenguista continuava, Gonzalez de cabeça obrigou boa defesa de Jefferson. Mais um gol anulado de Elias, esse bem mais discutível que o primeiro. Flamengo era melhor, muito pela baixa do Botafogo, que se desinteressou no jogo. Oswaldo mexeu, sacou Vitinho e Renato foi para o gramado. A mexida do treinador não fortaleceu a marcação, Fla continuava chegando, e tirou uma boa alternativa de velocidade. E no ultimo minuto de jogo, Elias aproveitou vacilo da defesa adversária e empatou a partida em chute firme.

Merecido empate, cada um dominou uma etapa. Melhor para o Flamengo, que com time mais limitado aproveitou chance dada pelo Botafogo. Time de General Severiano tem que lamentar o resultado já que cedeu o empate em primeira etapa dominado, com autoridade, menos mal já que era um clássico. Flamengo vem se reconstruindo com Mano, que se não tem uma máquina na mão, esta montando um time coerente.

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quarta-feira, 24 de julho de 2013

Improvável título do favorito...

24 de julho de 2013 – Libertadores da América – Atlético 2x0 Olimpia:

Não seria fácil, não era para ser. O Galo não merecia um titulo assim, Cuca não merecia um titulo assim. Era preciso romper as amarras dos seus rótulos, senão não valeria a pena. Todo campeão tem suas histórias, e a do Atlético será o do improvável titulo do favorito.

Sim, Atlético era favorito. Melhor campanha da primeira fase, melhor time da primeira fase, melhores jogadores da primeira fase. Era um prato cheio para os “deuses do futebol” derruba-lo. E o Galo tratou de espantar essa zica, sofrendo contra o Tijuana, sofrendo contra o Newll’s. Se era preciso sofrer para conquistar, então que assim seja. Não seria na final que o time ia fazer um jogo perfeito fora de casa, e tratou de perder, não por um, mas logo por dois. Não seria permitido usar o Horto, porque era apelação, todos já saberiam o fim da historia. Tinha que ser em outro lugar. Mas a verdade é que o slogan do EU ACREDITO, apesar de um pouco derrotista, era o obvio. O atleticano não tinha porque não acreditar, estava quase escrito, por um roteirista adorador do surrealismo, mas mesmo assim, escrito.

Primeiro tempo o Atlético foi melhor, mas ligeiramente melhor. E para virar o placar não fez a blitz suficiente, e ainda deixou Bareiro e A. Silva em chances claras de gol. Mas não era para ser. Vinha a segunda etapa, e antes de completar o primeiro minuto Jô contou com a falha da zaga paraguaia para abrir o placar. Jô que vinha fazendo partida extraordinária, e o time precisava dele ganhando todas pelo alto, fazendo o pivô, o estilo de jogo que Cuca impôs a esse grupo precisava dele. A partir disso a pressão foi maior. O gol de tão maduro parecia inevitável. Mas aos 37 da etapa final, Ferreyra ganha de Victor, sai na cara do gol, era para fechar o caixão. E ele escorrega?! Agora os roteiristas exageraram, perderam o pé da realidade nessa história. Quase que perdeu a graça, o final já era cristalino. Aos 41, depois de cruzamento de Bernard, que terminou o jogo sem condição nenhuma de andar, Leonardo Silva cabeceou. Não cabeceou firme. A bola fez uma parábola para cima só para o torcedor ter mais certeza que ela entraria, não seria um gol ligeiro, fortuito. A bola redentora deveria demorar para entrar. E entrou, êxtase. Mas como na reta final do campeonato, essa emoção era só um aperitivo. Prorrogação. Mais um entre os vários cruzamentos na área, Réver cabeceou forte, obvio que não entraria. Não entendeu o recado dado pelo gol de seu companheiro de zaga. E a pelota explodiu na trave. Nos últimos instantes do segundo tempo da prorrogação, Alecsandro recebeu na cara do goleiro, tentou a cavadinha. Podem xingar o rapaz o quanto quiserem, era a melhor opção, bater seco ou forte e a bola teria o mesmo destino da cabeçada precisa do capitão. Não entraria. Ele entendeu o recado da bola, só entra chorada. Mas mesmo assim, para que acabar com aquele jogo épico se ainda poderíamos ter os pênaltis.

Miranda já logo de cara bate mal e no meio, com Victor no gol parecia até desaforo. Ele pegou, claro. Veio Alecsandro para a bola. Tomou não mais que dois passos de distancia, só para matar o torcedor do coração, já era candidato a vilão, e ainda bate forte e no alto, o irmão menos famoso de Richarlyson é louco. E o roteirista gostou na insanidade, 1 a 0. Ferreyra bateu no canto, e o mais improvável aconteceu, a bola passou por Victor. Guilherme nem pensou em dar sorte para o azar, meteu na lateral da rede. Candia e Aranda mandaram no meio. Jô e Leonardo Silva deslocaram o goleiro. Sobraram Gimenez e Ronaldinho. E o paraguaio bateu... Alto, forte, para seu canto esquerdo. E a bola explodiu no travessão. No travessão? Na trave? Sem duvidas tinha que explodir no improvável, e ela carimbou com força a forquilha. Explodiu! Explodiram junto com ela a falta de sorte de Cuca, explodiu a recente pequenez atribuída ao gigante mineiro, explodiu o peso da camisa, explodiu o vulgo Jô Balada. Só não explodiu a certeza de que tinha que ser sofrido, tinha que ser especial. Senão, não valeria a pena. Parabéns atleticanos!

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Empate entre Lyon e Real em amistoso...

24 de julho de 2013 – Amistoso Internacional – Lyon 2x2 Real Madrid:

Outro amistoso nessa quarta na preparação dos europeus para os campeonatos que virão. E agora se enfrentaram Lyon e Real Madrid. Lyon tantas vezes carrasco dos blancos na Champions League cedeu o empate, mas foi muito melhor em campo. Se muitas vezes me espanto com Casemiro no Real, não por seu futebol, que tem e muito, mas pela fase que estava. Fazendo gol é ainda mais surpreendente, e jogando bem.

Lyon veio no 4-2-3-1, com:
                A.Lopes;
                M.Lopes, Bisevac, Fofana, Dabo;
                Malbranque, Gonalons;
                Lacazette, Grenier, Danic;
                Lisandro Lopez.

Carlo Ancelotti armou o Real no 4-3-3, com:
                Diego Lopez;
                Carjaral, Pepe, Nacho, Cheryshev;
                Isco, Llarramendi, Di Maria;
                Ozil, Cristiano Ronaldo, Benzema.

Como tenha dito em todos os outros jogos, não se pode chegar a conclusões muito definitivas vendo esses amistosos, muito menos pelo placar. A maioria das impressões são pistas de como se formaram as equipes. Lyon foi melhor, e porque já tem cara de time, um padrão tático. Tem uma linha de quatro atrás. Malbranque e Gonalons são os volantes. O trio de meias tem Lacazette pela direita, Grenier por dentro e Danic pela esquerda. Lisandro é o centroavante. Destaque para Grenier que além do golaço, jogou muito. Gol em passe de Lacazette, que é o outro destaque. Time se compactou bem, defendia e atacava com quase todos os jogadores de linha.

Já o Real, só conseguiu empatar o jogo no finalzinho, um de pênalti convertido por Morata e outro em escanteio que o goleirão saiu caçando borboleta e Casemiro completou de cabeça. Na maior parte do jogo, os merengues foram dominados. Esquema tático parecia um pouco confuso, natural para começo de trabalho de Ancelotti no comando. Uma linha de quatro atrás. Três volantes, com Llarramendi na cabeça de área, substituído ainda no primeiro tempo por Casemiro, Isca saindo pela esquerda e Di Maria pela direita. Interessante observar que tanto o espanhol como o argentino não são jogadores defensivos e estão mais para meias ou atacantes do que para volantes. O que pode ser interessante, mas ainda foi um pouco confuso. Na frente Ozil começou pela esquerda, Cristiano Ronaldo pelo meio e Benzema na esquerda. As posições se alternaram bastante, mas foi o setor mais mal posicionado do time. Esses atacantes não voltavam para marcar e os flancos eram corredores para o Lyon, e atacante continuavam muito centralizados dificultando a armação das jogadas. Assim como seu rival Barcelona contra o Bayern, Real Madrid tinha muitos desfalques e terá muitas opções para formar seu time. Mas a primeira impressão não parece boa, pensando mais na ideia do que exatamente no desempenho, que naturalmente está longe do esperado por ainda ser começo ano futebolístico por lá. Ancelotti que formou muito bem o PSG no ano passado, e inclusive teve chances claras de avançar para a semifinal da competição passando pelo Barça. Assim como o rival catalão, poucas pistas para como será o time da capital. Veremos...

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Reencontro de Bayern e Barcelona...

24 de julho de 2013 – Amistoso Internacional – Bayern Munique 2x0 Barcelona:

Mas um amistoso na pré-temporada europeia, mas muito significativo. Jogo que repetiu os adversários do jogo mais emblemático da temporada passada, naquela partida pela semifinal da Champions League que o Bayern Munique atropelou o Barcelona. Também muito importante porque marca o reencontro de Pep Guardiola e Barcelona. Pep agora dirigindo os bávaros.

Muito difícil medir qualquer coisa através do placar final, 2 a 0 para os alemães. Bayern já começa a esboçar como será seu time para a temporada que virá. Barcelona faz só o seu primeiro jogo, muito desfalcado.

Guardiola veio no 4-1-4-1, com:
                Neuer;
                Rafinha, Boateng, Dante, Alaba;
                Kroos;
                Robben, Lahm, Thiago Alcântara, Ribery;
                Muller.

Jordi Roura no mesmo esquema, com:
    Pinto;
                Montoya, Bartra, Mascherano, Adriano;
                Jonathan dos Santos, Song, Sergi Roberto;
                Alexis, Messi, Tello.

Pep repetiu o esquema que vem utilizando desde que chegou, o 4-1-4-1 à lá Barcelona. Nesse jogo tinha Kroos como primeiro volante. Robben na ponta direita, Lahm na meia direita, Thiago na meia esquerda e Ribery na ponta esquerda. Muller era o centroavante. Mas apesar de o camisa 25 ter começado na referência, a mobilidade nessa posição foi constante, Robben e Ribery também circularam por ali. O primeiro gol já foi bem emblemático, Ribery cruzou e Lahm, atuando no meio de campo, meteu de cabeça. Lateral já bastante versátil, pois jogava nas duas, agora tem essa nova faceta. Mas ainda não consigo enxergar claramente o time titular que entrará quando estiver valendo pontos. Para atuarem nas meias tem muita qualidade e talvez só por si Lahm retorne para a lateral, mas vem bem pelo meio. Kroos repete seu posicionamento como primeiro volante, ele que na temporada passada era o meia central do Bayern, nesses jogos de preparação da temporada sua função fica um pouco esvaziada, mas com jogos mais truncados, a armação vindo de trás promete. Thiago Alcântara parece não sentir a mudança de clube, esta muito a vontade em campo. E Shaqiri está com moral com o novo treinador. Schweinsteiger entrou atuando como pela direita. Enfim, muitas opções tem a disposição o técnico Guardiola, o esquema parece definido, mas as peças ainda não.

Barcelona jogou totalmente desfalcado. Tinha Messi em campo, mas não tinha os espanhóis que participaram da Copa das Confederações e nem os brasileiros Daniel Alves e Neymar. Mas o maior desfalque para termos pistas de como se montará o time catalão é de seu treinador. Tito foi afastado do cargo, continuará tratamento de saúde. Que tudo corra bem e se recupere rápido. Então quem dirigiu o time foi Jordi Roura, como já acontecia na temporada passada. Mas agora o Barça vai ser treinado por Tatá Martino, técnico que estava no Newll’s Old Boys semifinalista da Libertadores, caindo para o Galo mineiro. No desenho, o Newll’s de Tatá era até semelhante ao esquema do Barcelona, 4-3-3 que recomposição defensiva formava um 4-1-4-1. Mas com posturars diferentes. Veremos como o argentino pensará seu novo time, não imagino nada muito diferente do que vem sendo utilizado nos últimos anos. Só gostaria que pela esquerda fosse com Neymar, e não com Fabregas ou Iniesta como por varias vezes utilizou Tito e Roura. Depois da saída de Guardiola me pareceu que o jogo do Barça enfraqueceu. A ideia continua a mesma, mas mais branda. Para esse time voar como antes penso que dois pontas mais espetados para abrir a defesa rival e marcação mais pressionada são o caminho. Veremos.

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terça-feira, 23 de julho de 2013

Os clubes e as torcidas organizadas...

23 de julho de 2013 – Clubes e as torcidas organizadas:

Pensei em escrever esse texto inspirado na atual situação do São Paulo FC e a recente confusão no clube social, envolvendo seu presidente e membros da torcida organizada tricolor. Ambos do mesmo lado do conflito. Mas me adianto a dizer que não conheço de perto nem o grupo de torcedores e nem a política do clube. De toda forma gostaria de tratar do assunto de forma geral, sem particularizações. Essa relação existe em todos os times do Brasil, e do mundo, e com nuances diferentes. E obviamente com desenhos e correlações de forças distintas. Antes de tudo, se você que esta lendo esse humilde texto e acha que torcidas organizadas são apenas um bando de baderneiros e vândalos, simplesmente feche essa janela e não leia o resto. Não é para você.

Nessa relação, obviamente, existem dois pensamentos diferentes. E dois lados, onde cada um deve enxergar o seu. Quando trato como o clube, na verdade quero dizer de quem os dirige. Não falo do Estado e sim de seu governo. Tanto os dirigentes como as torcidas têm como objetivo defender seu clube, suas cores, sua instituição. Mas estão em frentes diferentes, ou deveriam estar. Um independente do outro.
Para o clube de futebol as torcidas organizadas são importantes. É um conjunto de torcedores que se organizam como o próprio nome revela. Ela nunca deixa o time sozinho, invariavelmente quando o time joga fora de seus domínios a presença das organizadas é a base da torcida. Lógico que torcedores “comuns” também estão por ali, assim como quem torce e mora onde será o jogo, mas são a minoria. Muitas torcidas organizadas surgiram para fiscalizar o clube, fiscalizar seus dirigentes, e em muitos casos foram fundadas para derrubar determinado cartola. Muitos que os veem como baderneiros e bandidos adoram a festa que se faz nos estádios. A própria televisão que não vacila em criticar enormemente esses grupos, em suas transmissões focaliza a todo o momento o setor onde se concentram. Claro, é a parte mais bonita da arquibancada. A Torcida Organizada tem duas funções fundamentais, apoiar o time e ser um grupo que dê voz a parte do conjunto dos torcedores. A festa é facilitada com organização, afinal de contas, fazer uma bandeira, ou varias, ter sinalizadores, papeis picados, trapos e batucada, a festa em si. Festa essa que também esta enormemente ameaçada com as novas arenas, não exatamente pelo concreto armado, mas pela forma como querem obrigar o publico a se comportar. Essa festa poderia muito bem ser feita individualmente, mas porque não se organizar para fazer em conjunto? A outra função, e fundamental, é atuar politicamente no clube. Principalmente onde as eleições que definem o destino do time que tanto amam, passa longe dos torcedores da arquibanca e dependem de conselheiros. Muitas vezes envolvidos até o tutano com negócios dentro do clube, e a eleição é só mais um dos capítulos da novela maior, que é levar vantagem administrando e influindo no clube.

Para atuar politicamente e influenciar nas decisões e rumos do time, as organizadas tem como arma a pressão. Quase como um sindicato em relação aos patrões. Com algumas diferenças importantes. Em essência o sindicato representa o conjunto de uma categoria, já as organizadas representam apenas um setor e não a totalidade. Mas falam em nome de milhares de associados, tem sua base real, não são apenas um grupo de gatos pingados. E influenciam e muito na totalidade dos torcedores. Outra diferença é que em relação a trabalhadores (sindicato) e patrões existe um corte de classe, enquanto que na relação torcida organizada e cartolas ela se dá, teoricamente, de forma multi classista. Mas na pratica se formos estudar a essência de classe, a arquibancada é formada pelos trabalhadores e as diretorias dos clubes pelos patrões. E mesmo que os dois tenham interesse em defender as cores que amam, as relações e objetivos são bem diferentes. Então para influir e pressionar nos rumos do seu time, as torcidas organizadas devem ter independência dos cartolas. Independência que para começo de conversa deve ser financeira, as TOs não podem depender da grana da diretoria e nem da venda de ingressos que dela vem. Para com isso poder ter condições de tomar suas atitudes apenas pensando no clube de coração, e não na própria, e importante, existência da torcida.

Por outro lado, os dirigentes não podem ter medo das organizadas. Devem sim ter consciência de que suas atitudes não tenham influencia de interesses pessoais e que beneficiem o clube que administram. Mas muitas dessas relações já estão viciadas há anos, e um depende de outro. E em boa parte dos clubes do Brasil, nem um nem outro agem pensando em sua causa e não em si. Dirigente dá dinheiro ou benesses aos organizados, para não ser criticado. E organizados recebem dinheiros e benesses para não criticar, serem muitas vezes o braço armado das diretorias contra os demais torcedores. Os dois são atores importantes na política, e entendo política de forma muita mais ampla do que apenas eleições, do clube. E devem ter independência para poder atuar de forma coerente.

(Esse texto teve colaboração com discussão de ideias do meu amigo Lui, entendedor das arquibancadas, por lá estar a tantos anos. Valeu cara!)

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segunda-feira, 22 de julho de 2013

Inter de Dunga versus Fla de Mano, quem é melhor?

21 de julho de 2013 – Campeonato Brasileiro – Internacional 0x1 Flamengo:

No sul do país, colorados e rubro negros se enfrentaram. Interessante observar que os dois antecessores de Felipão na seleção brasileira agora estavam frente a frente por seus clubes. Os dois muito criticados quando comandavam o selecionado canarinho. Dunga me surpreende, se quando comandava os de amarelo montou time pragmático, nesse Inter deu padrão tático muito interessante à equipe, e conta com jogadores de muita qualidade. Mano Menezes também foi muito criticado na seleção nacional, e muitas críticas que considero injustas. Era perfeito? Concordo com tudo? Não, mas propunha questões táticas interessantes. Agora no Flamengo, ainda com pouco tempo de casa, já dá outra cara ao time, a sua cara. E com elenco bem mais limitado e inexperiente que seu rival do dia, conseguiu formar time no mínimo competitivo.

Dunga veio no 4-3-1-2, com:
                Muriel;
                Gabriel, Ronaldo Alves, Juan, Kleber;
                Josimar, Willians, Fabrício;
                D’Alessandro;
                Jorge Henrique, Forlan.

Mano no 4-2-3-1, com:
                Felipe;
                Léo Moura, Wallace, Gonzalez, João Paulo;
                Elias, Diego Silva;
                Bruninho, Carlos Eduardo, Paulinho;
                Marcelo Moreno.

Durante quase todo tempo, o jogo se desenhou em o Inter com a bola nos pés, mas com pouca infiltração e o Flamengo se fechava bem e buscava o contra golpe. Quando o Inter atacava, a marcação se encaixava com o primeiro volante Diego pegando D`Ale, o segundo volante Elias em Fabrício, quem saia pela esquerda do losango colorado. Carlos Eduardo ficava em Josimar, um pouco mais contido. E Marcelo Moreno voltava para marcar Willians. Os meias abertos do Flamengo batiam com os laterais. Deixando os zagueiros colorados para fazer a saída de bola. Lá na frente a linha de quatro flamenguista tinha marcação e sobra para Jorge Henrique e Forlan. Bem encaixada a marcação funcionou quase o jogo todo. Inter só chegou aos 14 minutos, quando D’Alessandro enfiou Gabriel que cruzou para trás, Juan chutou na zaga.

Quando o Flamengo tinha a bola não conseguia criar muito, era só efetivo em chutes de longa distancia e contra ataques, poucas tabelas com o centroavante Marcelo Moreno e pouca inspiração de Carlos Eduardo, foram os principais motivos. Assim como Elias esteve bastante recuado na maior parte do tempo. Sem contar que a marcação do Internacional também funcionou. Fabrício pela esquerda, batia com Léo Moura, deixando o meia aberto bater com Kleber, Willians pegava naturalmente Carlos Eduardo, e a saída de Elias pela direita de ataque dos cariocas seria boa opção. Mas como disse, aconteceu pouco.

Nesse jogo truncado, bem jogado, e bem encaixado de parte a parte, anda teve a entrada de Adryan no Flamengo, que assim que foi para o gramado já criou situações interessantes. E Leandro Damião no Inter foi para o ataque, e Jorge Henrique recuou para volante. A partida se decidiu só nos acréscimos, em falta batida na área que sobrou para Juan marcar de cabeça. Empate era ótimo negócio para o time de Mano, com elenco bem mais limitado, e ainda fora de casa. A peleja em nada serve para dar razão a balanço X ou Y dos dois na seleção, mas só confirma que ambos estão no caminho certo em seus trabalhos.

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Juninho voltou, e como jogou!

21 de julho de 2013 – Campeonato Brasileiro – Fluminense 1x3 Vasco:

Primeiro jogo de clubes no Maracanã, depois de sua “reforma” e privatização para administradores privados sem nenhuma expertise em efeitos esportivos ou gestão de arenas. Confusão de que lados ficariam as torcidas, que confesso não ter opinião por não conhecer de fato a realidade. Dentro de campo Fluminense tinha algum favoritismo inicial, que foi derrubado pelos vascaínos e pelos próprios tricolores.

Abel Braga armou um 4-2-3-1, com:
                Diego Cavalieiri;
                Bruno, Gum, Digão, Carlinhos;
                Edinho, Jean;
                Rafael Sóbis, Deco, Wagner;
                Fred.

Dorival Junior veio no 4-3-1-2, com:
                Diogo Silva;
                Nei, Jomar, Rafael Vaz, Henrique;
                Pedro Ken, Sandro Silva, Wendel;
                Juninho Pernambucano;
                Éder Luis, André.

Flu é muito parecido ao time campeão brasileiro do ano passado, mas não tem o mesmo desempenho. Muito se comenta que aquele time não tomava gols e Fred sempre deixava o seu, vitórias magras e eficientes. A equipe atual não é assim, muito por questões técnicas, principalmente defensivas. Mas taticamente vejo essa formação centralizando demais o jogo. Wagner e Rafael Sóbis fecham bastante pelo meio, embolando o meio de campo, e sem dar profundidade pelos lado, facilita a marcação. Já o Vasco esta sempre se remontando, em longa crise fora do gramado, com influência direta dentro dele. O time de Dorival tem organização, atua com um losango no meio de campo com Sandro Silva de primeiro volantes, Wendel e Pedro Ken saindo, e a recente volta de Juninho, que estava nos EUA, na ligação. Na frente, Éder Luis e André. Mas na pratica a formação não foi bem essa. Juninho voltava para buscar o jogo e ocupava a posição de Ken, que se adiantava.

Todos sabem a bola que o Pernambucano joga, mas ele ta exagerando! Jogando demais! Correndo mais que todos os seus companheiros, e correndo certo. A categoria continua intacta, deu uma matada de bola no meio do campo, e ela morreu no solo com sua chaleira. E a inversão de posição com Pedro Ken já deu resultado aos 17 minutos, Ken levou para o fundo, depois de bobeada de Edinho, e cruzou para trás, e o camisa 8 entrou na área para marcar. Vasco já tinha a vantagem, igualava o jogo contra um rival teoricamente mais forte. E aos 25 minutos, Fred tenta dominar a bola, ela escapa, o zagueiro Jomar tira, e o 9 da seleção brasileira vai de encontro ao beque e dá com o cotovelo no rosto do vascaíno. Rua! Expulso! Fred foi covarde no lance, veja que disse FOI e não que É. Vale lembrar que pouco antes, Jomar meteu a mão na face de Fred que teve o olho atingido, o que não justifica o revide no mínimo pouco inteligente. Até o fim do primeiro tempo, Vasco não exerceu grande pressão e Flu só ofereceu perigo com juntos de longa distância, com Edinho e Wagner.

Na segunda etapa o desafio do time das Laranjeiras era enorme, e ficou ainda pior com menos de um minuto. Juninho deu enfiada magistral para André, que finalizou muito bem para ampliar. Mas o Fluminense não se entregou, partiu em busca do resultado.  E mesmo com um a menos e dois de desvantagem no placar, o time de Abel deu pressão, diminuiu em escanteio e complemento de Carlinhos. Incrível como o Vasco com um a mais deixou o rival crescer no jogo e não conseguia cadenciar o jogo, Fluminense criava chances e poderia até ter empatado. Vasco parecia não acreditar que poderia fazer aquele resultado no rival, queda psicológica do time. Mas na parte final do jogo o golpe de misericórdia começou com a expulsão do zagueiro Digão e terminou com o gol de Tenório.

Fluminense é um dos times que antes de começar o campeonato se tinha como favorito, e já começa a perder pontos demais, complicando sua situação em busca do titulo. Vasco conseguiu boa vitória, e diferente do Flu não tem pretensão de titulo, Dorival mesmo com jogadores limitados deu bom padrão tático ao time e com a ajuda de Juninho Pernambucano pode evitar o desespero do rebaixamento e até beliscar uma Sul-americana, é pouco para o tamanho do time da colina, mas não acredito em nada muito maior que isso.

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domingo, 21 de julho de 2013

Empate injusto em Curitiba...

21 de julho de 2013 – Campeonato Brasileiro – Atlético-PR 1x1 Corinthians:

Empate injusto na partida entre Atlético e Corinthians, injusto porque merecia ser 0 a 0. Gramado horroroso durante quase todo o jogo, e impraticável no primeiro tempo. Responsabilidade do time mandante e da CBF que autoriza a utilização dos estádios. Está errado! Jogadores poderiam se pronunciar contra isso, assim como os treinadores. E não pode ser uma questão de que time será prejudicado ou beneficiado, não é possível praticar futebol nessas condições. Se as chuvas foram acima da média e essa é a causa, que se cancele ou adie a partida.

Vágner Mancini tinha um 4-3-1-2, com:
                Wewerton;
                Léo, Manoel, Luiz Alberto, Pedro Botelho;
                Juninho, Bruno Silva, Everton;
                Paulo Baier;
                Marcelo, Marcão.

Tite veio no 4-2-3-1, com:
                Cassio;
                Edenilson, Gil, Paulo André, Fabio Santos;
                Guilherme, Maldonado;
                Romarinho, Danilo, Renato Augusto;
                Alexandre Pato.

Atlético tinha uma linha de quatro defensores e um losango no meio de campo, esquema que vem sendo bastante comum no Brasil. Bruno Silva no vértice defensivo, Juninho na direita e Everton na esquerda, o veteraníssimo Paulo Baier no vértice ofensivo. Corinthians mesmo com Danilo e Renato Augusto, não se formou no 4-4-2 em linha, e sim no mais costumeiro 4-2-3-1. Na linha de três meias, Romarinho começou na direita, Danilo por dentro e Renato na esquerda. Mas essa formação se alternou bastante em varias circunstancias da partida... de polo aquático. Mas toda essa descrição tática de pouco serviu, o jogo se deu em condições que isso quase não importou.

Logo aos 6 minutos, Paulo Baier, algoz frequente do alvinegro do Parque São Jorge, deu bola açucarada para Marcelo abrir o placar, nas costas da defesa. Ótima vantagem abrir o placar em um campo que pouco teria jogo. E o Atlético foi melhor durante os primeiros minutos, muito porque o time do Corinthians demorou a perceber que era impossível tocar bolas laterais e aos poucos foi “quebrando” a pelota para frente, contando com a briga dos jogadores de frente. Contra as poças e os rivais. Difícil saber qual adversário era mais complicado de ser batido. Mas aos 25 minutos, Renato Augusto recebeu bola no bico da grande área direita de ataque, cercado por rubro negros conseguiu conduzir para a linha de fundo e cruzou para Pato empatar. Muito mérito do mascarado Renato Augusto, que realmente jogou de mascara para proteger recente operação na face, pois conseguiu conduzir a bola lentamente, muito próxima ao corpo, quase que a empurrando para frente. Só para se ter uma ideia, se imagine jogando na areia, parecido. E o primeiro tempo terminou com chutões de lado a lado.

Na segunda etapa, os times voltaram para o gramado que já tinha condições mínimas, bem mínimas mesmo. Mas da mesma forma que o Corinthians demorou a se adaptar no primeiro tempo ao estado da grama, demorou também a se readaptar às novas condições. Perdeu bastante tempo dando chutões, e perdeu a chance de conquistar três pontos, que já começam a fazer falta. Chances apareceram para ambas às equipes. Mas 1 a 1 foi o placar injusto para um jogo que merecia um sonoro ZERO A ZERO!

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Jogo dos sonhos de Luan e do Cruzeiro, e continuação do pesadelo são paulino...

20 de julho de 2013 – Campeonato Brasileiro – São Paulo 0x3 Cruzeiro:

Já não bastasse a crise instalada no Morumbi, a sequência dificílima de jogos do tricolor aprofunda ainda mais a situação nada agradável do clube. Foi atropelado por um Cruzeiro muito superior, que na primeira etapa se nivelou por baixo e no segundo tempo colocou no placar a diferença existente hoje entre as agremiações.

Paulo Autuori armou seu time no 4-4-2, com:
                Rogerio Ceni;
                Douglas, Lucio, Tolói, Clemente Rodriguez;
                Denilson, Rodrigo Caio;
                Jadson, Ganso;
                Luis Fabiano, Osvaldo.

Marcelo Oliveira no mesmo esquema tinha;
                Fabio;
                Mayke, Dedé, Bruno Rodrigo, Egidio;
                Souza, Nilton;
                Everton Ribeiro, Ricardo Goulart;
                Vinicius Araujo, Luan.

As duas equipes começaram o jogo no 4-4-2 clássico, em quadrado. Um 4-2-2-2, com dois volantes, dois meias e dois atacantes. Esquema que confesso ter enorme preconceito, talvez até exagerado, mas que vejo como difícil de utilizar no futebol atual. Inegável é que os azuis de Minas Gerais vêm atuando dessa forma e sabem muito melhor se espalhar em campo, e compactar, essa formação. São Paulo que desde quando era comandado por Ney Franco tinha dificuldades de posicionar Ganso e Jadson na equipe, mas com o treinador anterior esboçava mais um 4-2-3-1, com Jadson aberto. Que se a formação era discutível, pois conta com Ganso em péssima, e longa, fase, tinha padrão melhor. Mas pouco do resultado credito ao treinador e aos jogadores, o problema esta longe do gramado, mas perto de salas com carpete e ar condicionado.

O primeiro tempo foi morno, quase sem chances. E as duas equipes nesse 4-4-2, concentrando quase todo o jogo pelo meio do gramado. E sem grandes inspirações. Na segunda etapa, Luan recebeu cruzamento da direita e nas costas de Douglas, muito mal posicionado, acertou bonito chute na gaveta. E o treinador Marcelo Oliveira tirou Ricardo Goulart e foi de Lucca que abriu na direita, formando um 4-2-3-1, com Luan aberto de um lado e Everton por dentro. A partir daí o treinador ganhou o jogo. Principalmente com a entrada de Marinuccio pela esquerda e Luan centralizado. Em dois contra ataques perfeitos os mineiros definiram o placar elástico. Três gols de Luan! Jogador que vale uma nota. Nos tempos de Palmeiras era muito criticado, e até estigmatizado. Mas penso, e pensava na época (perguntem aos meus amigos de bar, risos), um jogador útil. Além da péssima fase que o alviverde passava, Luan nunca se escondia do jogo, e errava como quase todo o time. Mas levava boa culpa por chamar o jogo demais. Luan atuando pelos lados do campo, com função bem definida, tem condições de atuar nas melhores equipes do país. Não é um craque, mas bom jogador.

No São Paulo a coisa ta feia. Não vejo que a escalação, nome a nome, seja para essa situação. Mas o ambiente fora do gramado esta contaminando todo o e elenco. Se a solução mais fácil, e óbvia, do futebol é ganhar jogos, isso não bastará ao time do Morumbi. Nenhum torcedor vai torcer contra suas cores, mas se uma série horrível de derrotas como essas servir para mudanças ocorrerem no comando de futebol do clube, já terá valido a pena. Dentro do campo, imagino que Autuori tenha que ter postura mais conservadora. Posicionar bem seus volantes, três, na frente da área e fechar a casinha. Como disse meu amigo Mixirica, corinthiano, mas por um momento pensando com a cabeça de lá. Jadson e Ganso em boa fase podem muito bem atuar junto, mas não é o caso. Então é melhor deixar o meia que fez parte do grupo campeão da Copa das Confederações onde sabe atuar melhor, pelo meio. E Ganso não tem intensidade de jogo para atuar em outra posição, que fique no banco. É o caso talvez de sacar Osvaldo, que teve queda acentuada de desempenho, e deixar Aloísio brigar em campo. Até como respostas para os gritos de “ai mais que saudade, quando o São Paulo jogava com vontade”, cada vez mais presente nas arquibancadas tricolores. Digo Osvaldo, porque tirar Luis Fabiano do time só causará mais polemicas, que o que menos o time precisa.

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Vitória palmeirense, suada...

20 de julho de 2013 – Campeonato Brasileiro série B – Figueirense 2x3 Palmeiras:

Mais importante que o desempenho, inferior ao jogo anterior. Mas importante que a vitória em si. Foi o Palmeiras ter vencido fora de casa um dos 5 primeiros colocados da segunda divisão. Série B em que muitas vezes a vitória é relativizada e a derrota ridicularizada pelo nível das equipes se comparadas ao alviverde, é um campeonato onde o time perde e ganha muitas vezes para si mesmo. Nesse jogo os palmeirenses venceram, suado, a boa equipe de Florianópolis.

Adilson Batista veio no 4-4-2, com:
Tiago Volpi;
           André Rocha, Thiego, Bruno Pires, Wellington Saci;
           Mailson, Nem, Dener, Ricardinho;
           Rafael Costa, Ricardo Bueno.

Gilson Kleina manteve o 4-3-1-2, com:
                Fernando Prass;
                Luis Felipe, Vilson, André Luiz, Juninho;
                Wesley, Marcio Araujo, Charles;
                Valdivia;
                Leandro, Vinicius.

O time de Adilson Batista, de ótimo trabalho no Cruzeiro e diversos fracassos por onde passou depois, tinha duas linhas de quatro bem compactas atrás e seus dois atacantes na frente, Rafael Costa e Ricardo Bueno. Já o Palmeiras de Kleina manteve o esquema com um cabeça de área, Marcio Araujo, dois volantes saindo pelos lados, Charles e Wesley, Valdivia na ligação e Leandro e Vinicius no ataque. O desempenho dos paulistas foi abaixo do que vinha sendo, e credito muito ao posicionamento de Wesley. Às vezes penso que posso supervalorizar o papel do ex-santista nesse time, mas quando ele se posiciona muito a frente no meio de campo a equipe cai de produção. E em boa parte da partida, o retrato foi do alvinegro do sul do país bem postado atrás e o alviverde paulista com dificuldades de entrar no campo de defesa rival. Mas sempre o Figueira com algum perigo levado por seus atacantes. E o premio veio ainda aos 30 minutos, depois de Leandro já ter perdido um pênalti, com o gol de Rafael Costa, que depois de passe de Ricardo Bueno, bateu bem de fora da área para marcar.

Na segunda etapa o técnico palestrino promoveu a estreia de Alan Kardec, e mudou seu esquema de jogo. Kardec entrou no lugar de Charles, que não foi bem no jogo e de pouca chegada, por vezes até mais recuado que Marcio Araujo em campo. Com alteração o Palmeiras tinha um 4-2-3-1, com Wesley e Marcio de volantes, uma linha de trás meias Leandro, Valdivia e Vinicius, e o atacante espírita na frente. E o time melhorou com Wesley fazendo a transição ao ataque, o Palmeiras conseguia chegar à área rival e criava chances. Empate veio depois de rebote em escanteio que Vinicius bateu da entrada da área e Vilson ainda desviou para o gol. E a virada, de novo de bola parada, falta da esquerda que André Luiz fez de cabeça. Mas o jogo não era simples e novo empate, agora Ricardo Bueno marcou o dele. E o placar final só saiu depois do rebote de arremate de Alan Kardec na trave que Valdivia completou para as redes, aos 43 do segundo.

Boa vitória palmeirense, dá moral. Se o desempenho não foi dos melhores, vencer uma das boas equipes do campeonato fará muito bem ao elenco. A virada não foi exatamente pela mudança de posicionamento de Wesley, que recuado e vindo de trás contribui muito mais, já que boa parte do placar foi construído em bolas paradas. Mas é inegável que o time melhorou com a mudança no intervalo de Gilson.

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quinta-feira, 18 de julho de 2013

Galo terá que fazer outra partida épica...

18 de julho de 2013 – Libertadores da América – Olimpia 2x0 Atlético:

Que não seria fácil já era obvio, mas de novo o Galo vai precisar de um jogo de volta no mínimo emocionante para ser campeão da Libertadores. A maioria dos prognósticos não se cumpriu para as escalações e formações dos times.

Hugo Almeida veio no 4-4-2, com:
                M. Silva;
                Candia, Manzur, Miranda, Benitez;
                A.Silva, Pittoni, Aranda, Gimenez;
                Bareiro, Salgueiro,

Já Cuca armou seu time no 4-3-1-2, com:
                Victor;
                Marcos Rocha, Leonardo Silva, Réver, Richarlyson;
                Josué, Pierre, Luan;
                Ronaldinho;
                Jô, Diego Tardelli.

O time paraguaio veio com a escalação que era esperada, mas não com a mesma formação. Olimpia costuma atuar com uma linha de três zagueiros, cinco meio campistas e dois atacantes. Hoje teve uma linha de quatro atrás, Candia, zagueiro, foi lateral direito, Mazur e Miranda zagueiros, Benitez foi recuado de ala para lateral esquerdo. A frente dessa linha, outra linha de quatro. Que tinha Silva, Pittoni, Aranda e Gimenez, da direita para a esquerda. Bareiro e Salgueiro na frente. Galo também veio com a escalação mais provável, e também alterou seu desenho tático. A dúvida de Cuca era entra Luan e Rosinei para substituir Bernard. Optou por Luan, mas posicionou o atacante a esquerda de Pierre como volante, com Josué saindo pelo o outro lado. Ronaldinho na ligação, Jô e Tardelli no ataque. Assim como recuou o atacante, Cuca espetou Marcos Rocha na direita, que ainda como lateral, por vezes parecia um ponta direita.

Os primeiro 15 minutos foram brigados, mas sem vantagem para nenhum lado. Só aos 20 minutos uma boa chance, em contra golpe, Marcos Rocha enfiou para Tardelli que bateu para fora. Esse lance se repetiu aos 31 minutos. Mas antes disso, aos 23, A. Silva dominou a bola na esquerda de ataque, conduziu em diagonal para o meio e bateu no canto para marcar, sem ser incomodado. Chama a atenção no lance a facilidade que o bom jogador passou pela intermediaria mineira, sem combate nenhum, e vai bater com Réver na entrada da área. Marcos Rocha estava espetado certo? Pierre o cumpria por ali, não estava na cabeça da área. Josué era o outro volante de oficio, que caia pela esquerda da defesa, não estava por ali. Tardelli não o acompanhou, e Luan sem o menor cacoete do setor não estava em sua posição. Falha do sistema em si. Gol do Olimpia.

Começo da segunda etapa o Galo vingador voltou melhor, não que tenha feita uma má primeira etapa. Mas já iniciou levando perigo, com Tadelli, que talvez tenha sido o único atleticano a fazer boa partida. O segundo tempo iniciou com mudanças dos dois treinadores. Almeida sacou Gimenez para entrar com Ferreyra, assim iria espelhar o 4-3-1-2 de Cuca. Mas o técnico brasileiro adiantou e inverteu Luan de lado, para utilizar o característico 4-2-3-1. Melhorou, mas ainda foi pouco. O gol no final foi um grande castigo, talvez até pouco justo para o Galo. 2 a 0.

O placar assusta, mas faz lembrar o jogo contra os argentinos do Newlls, e ai retoma a esperança. Mas é a final, Olimpia é copeiro, experiente nesse tipo de competição. Apesar de ser menos time que os de Rosário. Vejo que Cuca errou na formação, ousou demais taticamente. Luan talvez não estivesse preparado para cumprir essa função. De novo derrota fora de casa e sem marcar. Esse time tem que jogar com seu DNA ofensivo, que saísse com dois na conta, mas pelo menos descontando um. É verdade também que se o gol derradeiro não sai, a estratégia do treinador poderia ter sido vitoriosa. Um a zero seria um bom placar para se jogar em Minas.

Não existem motivos para os jogadores, técnico e principalmente a torcida não acreditarem. A virada é possível, de novo. A falta que o Horto fará ao alvinegro mineiro só será psicológica, a pressão será ainda maior. A sabedoria desse tipo de competição terá que ser arrancada a fórceps de todos os atleticanos, do goleiro ao ponta esquerda, passando por técnico e torcida.

Felipe Xavier Pelin, gosta desse negocio chamado Futebol...
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