África de Sul 0-5 Brasil – Amistoso Internacional:
Neymar é o cara. Mas a seleção não é só ele....
Nível do amistoso com o time africano foi fraco, principalmente
pela postura da defesa sul-africana que se posicionou muito adiantada e proporcionando
bolas nas costas que decidiram a partida para a seleção brasileira. Mas a
apesar disso, a partida mostrou alguns aspectos interessantes do time de
Felipão.
Nos acostumamos a pensar, de forma muito simplificada, que
Scolari é apenas um motivador e que baseia seu trabalho na construção de sua família.
Conceito que o próprio treinador não fez questão de desmistificar com seu último
trabalho comandando o Palmeiras. Mas a forma como vem armando a seleção nacional
não é só como paizão.
Durante a Copa das Confederações foi muito evidente as
variações que propunha. Normalmente no segundo tempo vinha com Hernanes e
armava um 4-3-3 com um cabeça de área e dois volantes de saída, dois atacantes
abertos e um centralizado como referência. Mas essa não é a única possibilidade,
e que já parece não ser a principal.
Esquema base da seleção é o 4-2-3-1. Paulinho e Fernandinho
fizeram a dupla de volantes, mas Luiz Gustavo é o titular ao lado do jogador do
Tottenham. O trio de meias tem Hulk pela direita, Oscar por dentro e Neymar
pela esquerda, com Fred no comando de ataque. Mas o posicionamento muda
conforme as fases do jogo.
Quando o time está se recompondo para defender, Oscar e
Paulinho atacam a bola pelo meio com Fernandinho mais atrás na cabeça da área.
Formando um 4-3-3, com Hulk e Neymar um pouco mais soltos. Mas a partir do
momento em que a seleção se posta atrás, muitas vezes Hulk volta por um lado e
Oscar por outro para terem duas linhas de quatro homens e Neymar com mais
liberdade a frente deles e Fred bem mais avançado.
Claro que poucas conclusões podem ser tiradas dessa goleada,
mas as movimentações estavam lá. E bem articuladas. Brasil depende muito do
talento de Neymar, mas tem um plano de jogo, tem uma proposta, não é só bola no
craque e mais nada. E na segunda etapa, ainda teve outras variações, como por
exemplo Ramires como winger por um lado, mais recuado que Neymar em um 4-2-3-1 “torto”.
Felipe Xavier Pelin, gosta desse negócio chamado Futebol...
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