Atlético Mineiro 1-1 Nacional do Paraguai – Libertadores da
América:
Ronaldinho já não é mais o do Barça, claro, mas não perdeu a magia. Ontem deu um chapéu lindo no meio da cancha
Galo não jogou bem, isso foi evidente. O empate em casa
piora um pouco a ótima campanha que faz até aqui, mas não mais que isso. Muitas
vezes depois de uma temporada fantástica como a que levou ao título da
Libertadores no ano passado para Minas, ficamos com a última impressão do time.
E no caso da competição continental ela é exatamente do meio para o fim da
temporada, onde os jogadores estão no auge de sua forma. Mas é preciso lembrar
que existe um processo, um crescimento durante a temporada.
Até os dois pênaltis, e que Ronaldinho converteu apenas um,
o alvinegro pressionava. Acuava seu adversário. Mas após sair na frente, mais
especificamente do meio para o fim do primeiro tempo, a equipe caiu muito e
chegou a ser pressionada pelo Nacional.
Posso parecer ridículo tentando achar qualidades em uma
partida dessas, mas sinceramente vi algumas. Quando atacado, o time de Autuori
se compacta muito melhor que na temporada passada, agora o conjunto se agrupa
para defender e não depende só da entrega de correr para trás, existe maior
organização. Até Ronaldinho tem preenchido bem os espaços. Outro ponto positivo
da gestão do novo treinador não aconteceu no Horto, mas no Paraguai. Jogando
fora de casa, Galo alternou momentos de posse de bola e cadência com o ímpeto ofensivo
e da ligação direta que está no DNA desse elenco. Não ocorreu atuando em casa,
mas poderia ter ajudado muito no momento em que o jogo estava difícil para os
atleticanos e que culminou no gol de empate de Riveros, em cobrança perfeita de
falta.
Na volta para o segundo tempo, Ronaldinho soube ler bem a
partida. Enquanto na primeira etapa, os duelos no meio de eram bem definidos
com Riveros enfrentando Pierre e Torales batendo com Josué, o camisa 10 sobrava
por ali. Mas ao invés de aproveitar isso e obrigar os volantes adversários a se
desdobrarem, Ronaldinho se adiantava demais e acabava sendo marcado por um
zagueiro. Na volta do intervalo, recuou um pouco e teve mais espaço. Vale
ressaltar que os momentos de posse de bola que citei anteriormente, não devem
ser confundidos com o que ocorreu no segundo tempo. Galo tinha a bola na sua
defesa, trocava passes fáceis até o meio de campo, ou nem isso, e alçava bolas
na área. Esse é o velho Atlético, que pode variar com posse de bola mais
adiantada e envolvente.
Mas o que rendeu o empate ao atual campeão da Libertadores
foi um dia ruim tecnicamente. E no estilo de jogo atleticano, de bolas longas e
imposição individual sobre os adversários, existem muitos riscos. Que são bem
administrados pelo elenco, que não desistiu em nenhum momento de atacar. Uma
boa definição para esse Atlético é ser um time frio, apesar de intenso. Mas a
as jogadas não fluíram, e a bola não entrou.
Felipe Xavier Pelin, gosta desse negócio chamado Futebol...
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