quinta-feira, 20 de março de 2014

Mesmo no empate em casa, alguns pontos positivos do Galo...

Atlético Mineiro 1-1 Nacional do Paraguai – Libertadores da América:
Ronaldinho já não é mais o do Barça, claro, mas não perdeu a magia. Ontem deu um chapéu lindo no meio da cancha

Galo não jogou bem, isso foi evidente. O empate em casa piora um pouco a ótima campanha que faz até aqui, mas não mais que isso. Muitas vezes depois de uma temporada fantástica como a que levou ao título da Libertadores no ano passado para Minas, ficamos com a última impressão do time. E no caso da competição continental ela é exatamente do meio para o fim da temporada, onde os jogadores estão no auge de sua forma. Mas é preciso lembrar que existe um processo, um crescimento durante a temporada.


Até os dois pênaltis, e que Ronaldinho converteu apenas um, o alvinegro pressionava. Acuava seu adversário. Mas após sair na frente, mais especificamente do meio para o fim do primeiro tempo, a equipe caiu muito e chegou a ser pressionada pelo Nacional.

Posso parecer ridículo tentando achar qualidades em uma partida dessas, mas sinceramente vi algumas. Quando atacado, o time de Autuori se compacta muito melhor que na temporada passada, agora o conjunto se agrupa para defender e não depende só da entrega de correr para trás, existe maior organização. Até Ronaldinho tem preenchido bem os espaços. Outro ponto positivo da gestão do novo treinador não aconteceu no Horto, mas no Paraguai. Jogando fora de casa, Galo alternou momentos de posse de bola e cadência com o ímpeto ofensivo e da ligação direta que está no DNA desse elenco. Não ocorreu atuando em casa, mas poderia ter ajudado muito no momento em que o jogo estava difícil para os atleticanos e que culminou no gol de empate de Riveros, em cobrança perfeita de falta.

Na volta para o segundo tempo, Ronaldinho soube ler bem a partida. Enquanto na primeira etapa, os duelos no meio de eram bem definidos com Riveros enfrentando Pierre e Torales batendo com Josué, o camisa 10 sobrava por ali. Mas ao invés de aproveitar isso e obrigar os volantes adversários a se desdobrarem, Ronaldinho se adiantava demais e acabava sendo marcado por um zagueiro. Na volta do intervalo, recuou um pouco e teve mais espaço. Vale ressaltar que os momentos de posse de bola que citei anteriormente, não devem ser confundidos com o que ocorreu no segundo tempo. Galo tinha a bola na sua defesa, trocava passes fáceis até o meio de campo, ou nem isso, e alçava bolas na área. Esse é o velho Atlético, que pode variar com posse de bola mais adiantada e envolvente.

Mas o que rendeu o empate ao atual campeão da Libertadores foi um dia ruim tecnicamente. E no estilo de jogo atleticano, de bolas longas e imposição individual sobre os adversários, existem muitos riscos. Que são bem administrados pelo elenco, que não desistiu em nenhum momento de atacar. Uma boa definição para esse Atlético é ser um time frio, apesar de intenso. Mas a as jogadas não fluíram, e a bola não entrou.

Felipe Xavier Pelin, gosta desse negócio chamado Futebol...
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