Botafogo 1-0 Independiente del Valle – Libertadores da
América:
Ferreyra é craque? Não. É técnico? Não. Mas esta fazendo seus gols, e tem seu valor
Botafogo venceu no Maracanã, assume a liderança do grupo e
só pode ser alcançado pelo San Lorenzo que enfrenta o Union Española fora de
casa. Mas para além do resultado, que foi bom, é preciso o alvinegro pensar em
seu desempenho para sonhar com voos mais altos na Libertadores.
No apito final do árbitro, imagino que o botafoguense tenha
conseguido respirar. Porque a pressão não foi pequena para cima do Glorioso.
Claro que é preciso exaltar o resultado, mas não é absurdo dizer que além do
gol de Ferreyra, em bola roubada no campo de ataque por Lucas, que ainda fez o
cruzamento na medida, e dois chutaços de Jorge Wagner que pararam na trave,
Botafogo não produziu mais nada ofensivamente. No jogo de ida contra os
chilenos uma vitória botafoguense já era possível, mas por desorganização dos
brasileiros não aconteceu, e no Maracanã, pelo mesmo motivo, um empate doloroso
poderia ser arrancado. Botafogo sentiu o jogo, peleou com raça. Mas isso pode
não ser suficiente.
Húngaro escalou o mesmo time da partida de ida, com exceção
aos expulsos Bolivar e Edilson que foram substituídos por Dankler e Lucas. Mas
o que não mudou foi a postura do alvinegro. Organizados no 4-2-2-2, ou 4-4-2 em
quadrado, e com recomposição em alguns momentos no 4-2-3-1 com o recuo de
Wallyson. Mas essa formação defensiva, e variação tática, ainda não encaixou.
Muitos espaços forma cedidos ao del Valle que chegava com muita facilidade ao
campo de ataque. Vá lá que a defesa, ou os homens de trás, já que todos os
jogadores fazem parte da defesa de um time, se portaram bem e seguraram as
investidas dos rivais. Mas os espaços que foram oferecidos aos chilenos, para
chegarem à frente, foram muito grandes. Principalmente por falta de combate no
meio de campo, que deveria ser exercido por Wallyson, Lodeiro e Jorge Wagner.
Mas a desorganização para defender-se é um dos fatores do
esquema montado por Eduardo Húngaro, ela também se dá no ataque. Jorge Wagner e
Lodeiro na maior parte do tempo estão na faixa central do gramado, além de
facilitar a compactação do 4-4-2 em linha do Independiente, bloqueia a subida
dos volantes cariocas, principalmente de Gabriel que para avançar muitas vezes procurou
os flancos.
Enfim, é preciso a comissão técnica botafoguense analisar além
dos resultados. E se por acaso a proposta for ter apenas as bolas paradas e
chutes de longa distância de Jorge Wagner, estratégia tacanha mas legítima, é
preciso se defender melhor, de forma mais organizada.
Felipe Xavier Pelin, gosta desse negócio chamado Futebol...
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