quarta-feira, 12 de março de 2014

Duelo tático de altíssimo nível entre Pep e Arsene...

Bayern de Munique 1-1 Arsenal – Champions League:
Vida difícil de Wenger enfrentar o time de Pep, mas não a como negar que planejou bem o jogo

Já imaginou ter que encarar o atual campeão da Europa em jogo eliminatório, na casa do adversário, e tendo que descontar dois gols que sofreu em seus domínios? Essa era a vida de Arsene, e do Arsenal. Bayern de Munique, Allianz Arena. A vitória do time comandado por Pep Guardiola era praticamente certa, ou melhor a ida para as quartas.


O técnico do time bávaro com muita frequência alterna as escalações do Bayern, mas ultimamente tem mudado a formação tática inicial. Ao invés de montar um 4-1-4-1, como no início de seu trabalho, Guardiola tem armado um 4-2-3-1. Pegue uma folha de papel, desenhe bolinhas formando um 4-1-4-1, e faça o mesmo com o 4-2-3-1. Vai perceber que basicamente, e de forma muito simplória (que não é uma característica boa para análises táticas), a mudança é uma rotação do trio central do meio de campo. Ao invés de um cabeça de área e dois organizadores, um meia e dois volantes. Mas obviamente, que a dinâmica do time ao redor dessa rotação também tem muitas, e importantes, mudanças.

Na partida contra o Arsenal, Pep começou com Schweinsteiger e Thiago Alcantâra de volantes e Gotze como armador central. Vale dizer que no fim de semana (e quem sabe até antes) o treinador já fez o mesmo.
Mas a classificação alemã era quase certa, e o destaque foi para Arsene Wenger. Tenho algumas dúvidas e críticas em relação ao treinador do Arsenal, mas um fato é que o francês foge do convencional e tem alternativas ousadas para algumas partidas. E contra o Bayern foi assim.

Wenger manteve o 4-2-3-1 dos Gunners, mas sacou um volante para ter jogadores mais velozes no meio de campo. Uma das alternativas para ganhar velocidade na “meiúca”, foi deslocar Ozil para a direita, para acompanhar Alaba. Podolski foi a novidade, aberto na direita. E no meio tinha o volante Arteta, Cazorla e Chamberlain. Esse trio tinha a responsabilidade de atacar defensivamente (apesar de parecer contraditório, quero dizer ter agressividade sem a bola) o coração do Bayern. Arteta, Cazorla e Chamberlain, mesmo sem perseguições individuais, ficavam responsáveis por Schwein, Thiago e Gotze. Ao mesmo tempo que o 4-2-3-1 de Guardiola seu trio de volantes e meia, Arsenal também o fazia.

Arsenal não se classificou, mas não se pode dizer que o plano de jogo de Wenger foi derrotado. Arrancou um dificílimo empate na casa do Bayern.

Notinha C&B: Pep começa a rodar taticamente o Bayern, e dar a dinâmica que tinha o Barcelona quando ele estava à frente do time. Variações que tanto faltam o Barça de Martino.

Felipe Xavier Pelin, gosta desse negócio chamado Futebol...
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