Bayern de Munique 1-1 Arsenal – Champions League:
Vida difícil de Wenger enfrentar o time de Pep, mas não a como negar que planejou bem o jogo
Já imaginou ter que encarar o atual campeão da Europa em
jogo eliminatório, na casa do adversário, e tendo que descontar dois gols que
sofreu em seus domínios? Essa era a vida de Arsene, e do Arsenal. Bayern de
Munique, Allianz Arena. A vitória do time comandado por Pep Guardiola era
praticamente certa, ou melhor a ida para as quartas.
O técnico do time bávaro com muita frequência alterna as
escalações do Bayern, mas ultimamente tem mudado a formação tática inicial. Ao
invés de montar um 4-1-4-1, como no início de seu trabalho, Guardiola tem
armado um 4-2-3-1. Pegue uma folha de papel, desenhe bolinhas formando um
4-1-4-1, e faça o mesmo com o 4-2-3-1. Vai perceber que basicamente, e de forma
muito simplória (que não é uma característica boa para análises táticas), a
mudança é uma rotação do trio central do meio de campo. Ao invés de um cabeça
de área e dois organizadores, um meia e dois volantes. Mas obviamente, que a
dinâmica do time ao redor dessa rotação também tem muitas, e importantes,
mudanças.
Na partida contra o Arsenal, Pep começou com Schweinsteiger
e Thiago Alcantâra de volantes e Gotze como armador central. Vale dizer que no
fim de semana (e quem sabe até antes) o treinador já fez o mesmo.
Mas a classificação alemã era quase certa, e o destaque foi
para Arsene Wenger. Tenho algumas dúvidas e críticas em relação ao treinador do
Arsenal, mas um fato é que o francês foge do convencional e tem alternativas
ousadas para algumas partidas. E contra o Bayern foi assim.
Wenger manteve o 4-2-3-1 dos Gunners, mas sacou um volante
para ter jogadores mais velozes no meio de campo. Uma das alternativas para
ganhar velocidade na “meiúca”, foi deslocar Ozil para a direita, para
acompanhar Alaba. Podolski foi a novidade, aberto na direita. E no meio tinha o
volante Arteta, Cazorla e Chamberlain. Esse trio tinha a responsabilidade de
atacar defensivamente (apesar de parecer contraditório, quero dizer ter
agressividade sem a bola) o coração do Bayern. Arteta, Cazorla e Chamberlain,
mesmo sem perseguições individuais, ficavam responsáveis por Schwein, Thiago e
Gotze. Ao mesmo tempo que o 4-2-3-1 de Guardiola seu trio de volantes e meia,
Arsenal também o fazia.
Arsenal não se classificou, mas não se pode dizer que o plano
de jogo de Wenger foi derrotado. Arrancou um dificílimo empate na casa do
Bayern.
Notinha C&B: Pep começa a rodar taticamente o Bayern, e
dar a dinâmica que tinha o Barcelona quando ele estava à frente do time.
Variações que tanto faltam o Barça de Martino.
Felipe Xavier Pelin, gosta desse negócio chamado Futebol...
Facebook.com/CampoeBola
Twitter.com/CampoeBola
Nenhum comentário:
Postar um comentário