Oeste 1-2 Corinthians – Campeonato Paulista:
Mano Menezes ficou irritado com as avaliações de que foi
retranqueiro no clássico contra o Palmeiras, e concordo com ele. Muitas vezes
dizemos que técnico X ou Y é defensivo demais apenas olhando a escalação e os
RGs (posicionamento de origem) dos atletas. Não é porque tem três volantes que
seu time necessariamente, e pode ser boa estratégia, será apenas para esperar
ser atacado.
Para a partida contra o Oeste, parece que Mano não desistiu
da ideia que começou a implantar no Pacaembu, com variações e adequações.
Mudança de rumo extremamente necessária devido ao início muito ruim de trabalho
até aqui.
É sempre muito complicado julgar se o treinador quis
executar aquilo que vimos em campo (se é que foi possível decifrar de forma
adequada as intenções), ou suas orientações. Mas ai está o risco de queremos
analisar taticamente as equipes, e sujeitos ao erro.
Como disse, a ideia do clássico permaneceu, e o time se
postou no 4-3-3 (ou 4-3-2-1, esquema arvore de Natal). Ralf segue centralizado
como cabeça de área, e com dois jogadores a sua frente. Se contra o Palmeiras
eram Guilherme, na direita, e Bruno Henrique, na esquerda. Com a ausência de
Guilherme pelo terceiro cartão, Bruno Henrique passou para a direita, e agora
tinha Danilo ao seu lado. Claro que a característica dos jogadores mudam, e
Danilo, por ser um meia, teve mais avanços que Bruno e menos velocidade que o
volante, mas partia desse posicionamento inicial.
No setor ofensivo, praticamente sem mudanças de
posicionamento. Jadson, pela direita, e Romarinho, pela esquerda, estavam um
passo atrás de Guerrero (por isso talvez a nomenclatura melhor seja o 4-3-2-1).
Jadson, que foi destaque absoluto do jogo com uma assistência para Romarinho e
um golaço, esteve mais solto, circulou mais. Não vejo que seu posicionamento
inicial seja por dentro (pelo meio), e sim pela direita, onde faz a marcação.
Mas contra o time do interior, se movimentou mais pelo meio. Outra movimentação
interessante foram as inversões com Danilo, por vezes Jadson voltava marcando
ao lado de Bruno, ou fazia a saída de bola por ali, enquanto Danilo estava mais
solto na frente. Enfim, Jadson correu por todo o gramado, marcou, deu passe e
guardou o seu. Belo início no Corinthians.
Felipe Xavier Pelin, gosta desse negócio chamado Futebol...
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