Corinthians 2-3 São Paulo – Campeonato Paulista:
Luís Fabiano e Ganso são os mais cobrados do elenco são paulino, pela expectativa. E resolveram!
A grande dúvida antes do clássico paulista era a escalação
do Corinthians, já que Jadson estava fora e o São Paulo viria sem muitas
mudanças. Muricy manteve o 4-2-3-1 que vem utilizando, com Maicon e Souza como
volantes; Pabon, Ganso e Osvaldo na linha de meias, e Luís Fabiano na frente.
Mano Menezes optou por manter a escalação da última partida,
e apenas substituir Jadson por Renato Augusto. Manteve Romarinho como
referência na frente e Luciano aberto na direita. Muitas vezes tenho uma
avaliação diferente da maioria em como caracterizar o esquema corinthiano.
Enxergo o time de Mano no 4-3-2-1, ou 4-3-3 para simplificar. Mas a grande
questão é que a frente dos três volantes, Ralf na cabeça da área, Guilherme e
Bruno Henrique como volantes de saída, não vejo um armador central. E sim dos
meias que atuam abertos, e recompõem pelos lados defensivamente. Claro que o
meio de campo ofensivo não fica vago e é ocupado com variações, tanto com um
dos meias fechando ou os volantes avançando.
Importante no clássico é que essa forma de jogar do
alvinegro tinha encaixe espelhado ao esquema de jogo tricolor. As marcações não
eram individuais, mas pelas áreas de movimentação, Ganso x Ralf, Maicon x
Guilherme e Souza x Bruno Henrique, eram os duelos por ali. Pelos lados os
meias abertos do Parque São Jorge batiam com os laterais do Morumbi e vice e
versa.
O gol contra de Antonio Carlos logo no início da partida, em
jogada de Luciano, mudou a dinâmica da partida, que era de ações ofensivas
alternadas. A partir daí, Corinthians abriu mão do ataque e se viu agredido
pelo São Paulo, e sem alternativas de contra golpe. O tricolor trocava passes,
valorizava a posse, mas tinha dificuldades de entrar na bem articulado defesa
rival. Até que Ganso “fugiu” de Ralf e acertou lindo chute na gaveta para
empatar.
Segundo tempo foi mais franco, com boa jogada de Douglas e
Pabon que resultou no tento de Luís Fabiano, e o empate, de novo contra de
Antonio Carlos, agora em jogada de Guerrero. E o camisa nove entrou na vaga de
Renato Augusto, sem o esquema tático se modificar. Romarinho abriu e fazia
dupla de meias com Luciano.
Mas o São Paulo foi premiado com gol de Rodrigo Caio de
cabeça. Time de Muricy que tomou mais iniciativas no disputado clássico, e
mereceu a vitória pelo recuo exagerado e sem alternativa de contra-ataque do
Corinthians.
Um único detalhe, e voltando à escolha de Mano Menezes: não
que o treinador poderia prever a situação. Mas se Guerrero tivesse iniciado a
partida, seria boa alternativa para segurar a bola no ataque após abrir o
placar. Pois, quando o peruano entrou, ganhou a maioria das jogadas em que fez
o pivô. E mesmo não sendo uma opção de velocidade, como Romarinho, poderia
desafogar a pressão do São Paulo. Ótima jogo, e o melhor clássico paulista até
aqui. E que mostrou força que ainda não via nos comandados de Muricy.
Felipe Xavier Pelin, gosta desse negócio chamado Futebol...
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