domingo, 9 de março de 2014

Em clássico de encaixe espelhado, São Paulo provou força...

Corinthians 2-3 São Paulo – Campeonato Paulista:
Luís Fabiano e Ganso são os mais cobrados do elenco são paulino, pela expectativa. E resolveram!

A grande dúvida antes do clássico paulista era a escalação do Corinthians, já que Jadson estava fora e o São Paulo viria sem muitas mudanças. Muricy manteve o 4-2-3-1 que vem utilizando, com Maicon e Souza como volantes; Pabon, Ganso e Osvaldo na linha de meias, e Luís Fabiano na frente.


Mano Menezes optou por manter a escalação da última partida, e apenas substituir Jadson por Renato Augusto. Manteve Romarinho como referência na frente e Luciano aberto na direita. Muitas vezes tenho uma avaliação diferente da maioria em como caracterizar o esquema corinthiano. Enxergo o time de Mano no 4-3-2-1, ou 4-3-3 para simplificar. Mas a grande questão é que a frente dos três volantes, Ralf na cabeça da área, Guilherme e Bruno Henrique como volantes de saída, não vejo um armador central. E sim dos meias que atuam abertos, e recompõem pelos lados defensivamente. Claro que o meio de campo ofensivo não fica vago e é ocupado com variações, tanto com um dos meias fechando ou os volantes avançando.

Importante no clássico é que essa forma de jogar do alvinegro tinha encaixe espelhado ao esquema de jogo tricolor. As marcações não eram individuais, mas pelas áreas de movimentação, Ganso x Ralf, Maicon x Guilherme e Souza x Bruno Henrique, eram os duelos por ali. Pelos lados os meias abertos do Parque São Jorge batiam com os laterais do Morumbi e vice e versa.

O gol contra de Antonio Carlos logo no início da partida, em jogada de Luciano, mudou a dinâmica da partida, que era de ações ofensivas alternadas. A partir daí, Corinthians abriu mão do ataque e se viu agredido pelo São Paulo, e sem alternativas de contra golpe. O tricolor trocava passes, valorizava a posse, mas tinha dificuldades de entrar na bem articulado defesa rival. Até que Ganso “fugiu” de Ralf e acertou lindo chute na gaveta para empatar.

Segundo tempo foi mais franco, com boa jogada de Douglas e Pabon que resultou no tento de Luís Fabiano, e o empate, de novo contra de Antonio Carlos, agora em jogada de Guerrero. E o camisa nove entrou na vaga de Renato Augusto, sem o esquema tático se modificar. Romarinho abriu e fazia dupla de meias com Luciano.

Mas o São Paulo foi premiado com gol de Rodrigo Caio de cabeça. Time de Muricy que tomou mais iniciativas no disputado clássico, e mereceu a vitória pelo recuo exagerado e sem alternativa de contra-ataque do Corinthians.

Um único detalhe, e voltando à escolha de Mano Menezes: não que o treinador poderia prever a situação. Mas se Guerrero tivesse iniciado a partida, seria boa alternativa para segurar a bola no ataque após abrir o placar. Pois, quando o peruano entrou, ganhou a maioria das jogadas em que fez o pivô. E mesmo não sendo uma opção de velocidade, como Romarinho, poderia desafogar a pressão do São Paulo. Ótima jogo, e o melhor clássico paulista até aqui. E que mostrou força que ainda não via nos comandados de Muricy.

Felipe Xavier Pelin, gosta desse negócio chamado Futebol...
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