terça-feira, 18 de março de 2014

Roma se desfigurou com as ausências...

Roma 3-2 Udinese – Campeonato Italiano:
 Ele voltou

Roma sentiu demais as ausências de Strootman e de Rossi. Garcia foi obrigado a desfazer o esquema de jogo que praticou durante quase todo o ano. Não mais no 4-3-3, agora armou sua equipe no 4-2-3-1. De Rossi era seu primeiro volante, que organizava a defesa da Roma e dava dinâmica ao esquema. Strootman, volante holandês que com a contusão ficará também fora da Copa do Mundo, era o talento no meio de campo, e com 6 gols e 7 assistências na temporada era um dos mais importantes do elenco nesses quesitos.


Time de Rudi Garcia não se encontrou no 4-2-3-1. Primeiro pois tinha que variar muito para acomodar Totti no esquema, que no desenho tático anterior tinha muito mais fluidez de movimentação e liberdade. Agora, quando seu time era atacada, Totti sobrava na frente como referência, quando atacava ele retornava para a posição central dos três meias para armar a equipe. Nessa movimentação, Pjanic e Destro tinham que realizar muitos deslocamentos. Pjanic de meia externo pela direita, no ataque, para meia central, na defesa. Destro de referência na frente, ofensivamente, para a posição de Pjanic, defensivamente.

A adaptação ao esquema não foi natural, tanto que em bons momentos houveram variações. A partir dos 30 minutos até o fim da primeira etapa, Pjanic se alinhou a Naingollan e com Taddei na cabeça da área retornou ao 4-3-3. Mas na volta para o segundo tempo, de novo iniciou no 4-2-3-1. E com menos de 10 minutos, novamente no 4-3-3. Ou melhor, na maioria do tempo, o retorno de Pjanic para ser volante desenhava um 4-3-1-2 em losango, pois Totti permanecia como armador central, com Gervinho e Destro mais à frente. Mas essa variação era muito comum na Roma com suas principais peças do elenco.

Outro aspecto que vejo para a formação um pouco desconjuntada da Roma no 4-2-3-1, é que o time fica muito descompactado. A característica que se formou no elenco é de imposição técnica ao adversário, ou de forma caricata pode-se dizer que é um elenco “da antiga”. Com Totti e De Rossi não deixa de ser verdade, ainda que desfilem o fino da bola.

Roma esteve sempre na frente do placar, e não fosse algumas boas defesas do goleiro De Sanctis, principalmente parando Di Natale, não correria grandes riscos. Ponto alto da Roma que abriu o placar com Totti, eram as bolas longas buscando Gervinho, e o atacante deu cada matada linda na pelota para puxar os contra golpes. Em um desses foi lançado por Pjanic e passou para Destro marcar. Pinzi ainda diminuiu no segundo tempo, mas logo Torosidis ampliou o resultado, e o gol de Basta com 80 minutos jogados só serviu para encostar e não ameaçar o placar romanista.

Felipe Xavier Pelin, gosta desse negócio chamado Futebol...
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