Roma 3-2 Udinese – Campeonato Italiano:
Roma sentiu demais as ausências de Strootman e de Rossi.
Garcia foi obrigado a desfazer o esquema de jogo que praticou durante quase
todo o ano. Não mais no 4-3-3, agora armou sua equipe no 4-2-3-1. De Rossi era
seu primeiro volante, que organizava a defesa da Roma e dava dinâmica ao
esquema. Strootman, volante holandês que com a contusão ficará também fora da
Copa do Mundo, era o talento no meio de campo, e com 6 gols e 7 assistências na
temporada era um dos mais importantes do elenco nesses quesitos.
Time de Rudi Garcia não se encontrou no 4-2-3-1. Primeiro
pois tinha que variar muito para acomodar Totti no esquema, que no desenho
tático anterior tinha muito mais fluidez de movimentação e liberdade. Agora,
quando seu time era atacada, Totti sobrava na frente como referência, quando
atacava ele retornava para a posição central dos três meias para armar a
equipe. Nessa movimentação, Pjanic e Destro tinham que realizar muitos
deslocamentos. Pjanic de meia externo pela direita, no ataque, para meia
central, na defesa. Destro de referência na frente, ofensivamente, para a
posição de Pjanic, defensivamente.
A adaptação ao esquema não foi natural, tanto que em bons
momentos houveram variações. A partir dos 30 minutos até o fim da primeira
etapa, Pjanic se alinhou a Naingollan e com Taddei na cabeça da área retornou
ao 4-3-3. Mas na volta para o segundo tempo, de novo iniciou no 4-2-3-1. E com
menos de 10 minutos, novamente no 4-3-3. Ou melhor, na maioria do tempo, o
retorno de Pjanic para ser volante desenhava um 4-3-1-2 em losango, pois Totti
permanecia como armador central, com Gervinho e Destro mais à frente. Mas essa
variação era muito comum na Roma com suas principais peças do elenco.
Outro aspecto que vejo para a formação um pouco desconjuntada
da Roma no 4-2-3-1, é que o time fica muito descompactado. A característica que
se formou no elenco é de imposição técnica ao adversário, ou de forma caricata
pode-se dizer que é um elenco “da antiga”. Com Totti e De Rossi não deixa de
ser verdade, ainda que desfilem o fino da bola.
Roma esteve sempre na frente do placar, e não fosse algumas
boas defesas do goleiro De Sanctis, principalmente parando Di Natale, não
correria grandes riscos. Ponto alto da Roma que abriu o placar com Totti, eram
as bolas longas buscando Gervinho, e o atacante deu cada matada linda na pelota
para puxar os contra golpes. Em um desses foi lançado por Pjanic e passou para
Destro marcar. Pinzi ainda diminuiu no segundo tempo, mas logo Torosidis
ampliou o resultado, e o gol de Basta com 80 minutos jogados só serviu para
encostar e não ameaçar o placar romanista.
Felipe Xavier Pelin, gosta desse negócio chamado Futebol...
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