Grêmio 0-0 Newll´s Old Boys – Libertadores da América:
Grêmio caiu nas oitavas em 2013, Newell´s foi até as semi e só caiu nos pênaltis contra o campeão Galo
Com certeza esse era o jogo mais difícil de brasileiros na
Libertadores, quem sabe até o mais difícil de toda a competição. E os dois
times pareciam saber disso, e disputaram a partida como uma decisão, que era,
pela liderança do grupo. Decisão que na próxima rodada terá segunda capitulo,
já que os dois se enfrentam novamente, mas agora em Rosário.
Na primeira etapa, a bola foi do NOB, que a teve em seus pés
e pacientemente tentava articular suas ações. A pelota esteve em domínio dos
argentinos, mas é sempre muito difícil indicar se por imposição ou plano de
jogo gremistas. Fico com a segunda opção. Pois, além de sempre que a
recuperava, os brasileiros tentavam a transição rápido e logo que perdiam a
posse retornavam para a marcação. Outro aspecto é que o tricolor tinha a linha
de zagueiros bem recuada, parecendo chamar o rival. O trio de volantes, Edinho,
Ramiro e Riveros, se adiantava um para tentar pressionar os articuladores do
adversário.
Enquanto, Zé Roberto e Luan se revezavam na marcação a
Villalba, primeiro volante do rubro-negro, e para isso partiam das pontas para
o meio. Grêmio que inicialmente tinha um 4-3-2-1, com os três volantes, Zé e
Luan abertos e Barcos na frente, muitas vezes se formava em losango, com a
presença mais constante de Zé Roberto como vértice ofensivo. E para completar a
estratégia de tirar a melhor saída de bola do Newwl´s, Barcos pressionava Lopez,
deixando o veterano Heinze fazer a transição. O primeiro tempo seguiu sem
sustos aos dois, e com jogo muito estudado e disputado.
No segundo tempo, tudo mudou! E esse é mais um fator que me
leva a crer que a falta de domínio da bola pelo Grêmio foi opção. O time da
casa tinha as ações da partida, e adiantava todo seu bloco de marcação para
pressionar e reconquistar a bola. Com 15 minutos, Dudu substituiu Riveros, e
Ederson modificou sua forma de jogar. Agora postado no 4-2-3-1, com Luan pela
direita, Dudu e Zé se revezando entre a esquerda e o centro e Barcos na frente.
Apesar das chances criadas com Zé Roberto de cabeça, algumas com Barcos e a
bola na trave de Pará, o Imortal não abriu o placar. E mostrou não ter muita
intimidade com o esquema tático da moda. Mas como o próprio Ederson falou em
entrevista após a partida, pensar em conquistar 7 pontos no primeiro turno é
excelente, ainda que com um empate em casa e vitórias fora.
Felipe Xavier Pelin, gosta desse negócio chamado Futebol...
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