Manchester United 0-3 Manchester City – Champions League:
Dzeko nunca foi titular de fato e de direito do City na temporada. Mas o bósnio bota uma pressão em Negredo e Aguero! É o terceiro artilheiro entre os atacantes, Yaya marcou 21 vezes, na temporada, 20 gols, só atrás do argentino com 26 e do espanhol que tem 23 gols
David Moyes vem sendo contestado rodada após rodada,
natural. Já seria assim se estivesse bem, mal como está, imagina? A tarefa não
é simples, claro, mas a temporada do escocês não dá indícios de melhora, ou boas
desculpas para o péssimo primeiro ano de trabalho. Mas também é verdade que se
pensar nas últimas semanas, a véspera do clássico de Manchester era uma das
melhores. A vitória convincente sobre o Olympiakos fortalecia minimamente seu
trabalho.
O treinador não foi para o grande jogo de mãos abanando,
tinha uma ideia. Desmontou o 4-4-2 herdado e utilizado desde a saída de
Ferguson. Teve Carrick na cabeça da área, Fellaini pela esquerda e Cleverley
pela direita como segundo volantes, Mata partia da direita para o meio, Welbeck
e Rooney eram os atacantes. Um 4-3-1-2 em losango, mas com suas
particularidades.
Na saída de bola, e na fase ofensiva, o desenho se definia
bem. Porém quando atacado pela esquerda do adversário, Cleverley saia para
combater Clichy, lateral rival pelo setor, e o trio de volantes balançava para
lá, com Fellaini e Carrick. Mas quando atacado pelo lado oposto, o balanço não
era tão intenso e Welbeck voltava marcando Zabaleta, armando uma linha de
quatro meio-campistas. Na teoria, a proposta de Moyes era interessante, já
estava na hora de tentar algo novo, o 4-4-2 em linha sentia falta de criação
pelos lados com péssima temporada da maioria do meias, assim como a chegada de
um box-to-box para participar do rodizio que preencheria a posição da armação
central. Mas na prática o plano de jogo do comandando dos Red Devils foi um
desastre, uma verdadeira zona.
Pegando pela frente um dos melhores times da Premier League
seria fatal. Coom menos de um minuto, em uma pressão alucinante dos citizens,
Nasri meteu a bola na trave e Dzeko concluiu. City, de Pellegrini, que veio no
4-2-3-1, com David Silva por dentro, Navas pela direita e Nasri pela esquerda,
e Dzeko na referência, que teoricamente encaixaria no esquema tático do United,
mas que não tomou conhecimento do vizinho rival.
Dzeko ainda marcou mais um em cobrança de escanteio de
Nasri, e Yaya passou a régua no 3 a 0 batendo da entrada da área. Se a ideia de
Moyes parecia ter suas razoes, e até uma boa solução ou alternativa, apostar
que encaixar em adversário com jogadores em tão alto nível técnico foi cruel.
Yaya batendo com Cleverley? Carrick muitas vezes não achava Silva e Fernandinho
anulou Fellaini. E a convicção em seu plano de jogo não era tão grande, apesar
de substituir Cleverley por Kagawa, deixando o japonês na mesma função, logo
Valencia entrou em campo modificando o esquema inicial. E o pior, Rooney foi
ser volante ao lado de Carrick.
Rooney, sem sombra de dúvidas, é o melhor do elenco vermelho.
Líder de assistências do elenco na temporada e terceiro geral da Premier League
e artilheiro do time no campeonato. Mas Wayne tem que fazer tudo, armar,
marcar, fazer gols. Em um lance, já como volante, a bola saiu pela lateral e
Rooney foi bater, parecia fazer questão da cobrança, já que Evra estava ao seu
lado e sendo ignorado pelo camisa 10, que só cedeu a chance de “balançar o
esqueleto”, para quem era de direito, depois de perceber que a melhor opção de
passe seria ele próprio.
Felipe Xavier Pelin, gosta desse negócio chamado Futebol...
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