quarta-feira, 26 de março de 2014

Moyes até que tentou, mas na prática foi atropelado pelo City...

Manchester United 0-3 Manchester City – Champions League:
Dzeko nunca foi titular de fato e de direito do City na temporada. Mas o bósnio bota uma pressão em Negredo e Aguero! É o terceiro artilheiro entre os atacantes, Yaya marcou 21 vezes, na temporada, 20 gols, só atrás do argentino com 26 e do espanhol que tem 23 gols

David Moyes vem sendo contestado rodada após rodada, natural. Já seria assim se estivesse bem, mal como está, imagina? A tarefa não é simples, claro, mas a temporada do escocês não dá indícios de melhora, ou boas desculpas para o péssimo primeiro ano de trabalho. Mas também é verdade que se pensar nas últimas semanas, a véspera do clássico de Manchester era uma das melhores. A vitória convincente sobre o Olympiakos fortalecia minimamente seu trabalho.


O treinador não foi para o grande jogo de mãos abanando, tinha uma ideia. Desmontou o 4-4-2 herdado e utilizado desde a saída de Ferguson. Teve Carrick na cabeça da área, Fellaini pela esquerda e Cleverley pela direita como segundo volantes, Mata partia da direita para o meio, Welbeck e Rooney eram os atacantes. Um 4-3-1-2 em losango, mas com suas particularidades.

Na saída de bola, e na fase ofensiva, o desenho se definia bem. Porém quando atacado pela esquerda do adversário, Cleverley saia para combater Clichy, lateral rival pelo setor, e o trio de volantes balançava para lá, com Fellaini e Carrick. Mas quando atacado pelo lado oposto, o balanço não era tão intenso e Welbeck voltava marcando Zabaleta, armando uma linha de quatro meio-campistas. Na teoria, a proposta de Moyes era interessante, já estava na hora de tentar algo novo, o 4-4-2 em linha sentia falta de criação pelos lados com péssima temporada da maioria do meias, assim como a chegada de um box-to-box para participar do rodizio que preencheria a posição da armação central. Mas na prática o plano de jogo do comandando dos Red Devils foi um desastre, uma verdadeira zona.

Pegando pela frente um dos melhores times da Premier League seria fatal. Coom menos de um minuto, em uma pressão alucinante dos citizens, Nasri meteu a bola na trave e Dzeko concluiu. City, de Pellegrini, que veio no 4-2-3-1, com David Silva por dentro, Navas pela direita e Nasri pela esquerda, e Dzeko na referência, que teoricamente encaixaria no esquema tático do United, mas que não tomou conhecimento do vizinho rival.

Dzeko ainda marcou mais um em cobrança de escanteio de Nasri, e Yaya passou a régua no 3 a 0 batendo da entrada da área. Se a ideia de Moyes parecia ter suas razoes, e até uma boa solução ou alternativa, apostar que encaixar em adversário com jogadores em tão alto nível técnico foi cruel. Yaya batendo com Cleverley? Carrick muitas vezes não achava Silva e Fernandinho anulou Fellaini. E a convicção em seu plano de jogo não era tão grande, apesar de substituir Cleverley por Kagawa, deixando o japonês na mesma função, logo Valencia entrou em campo modificando o esquema inicial. E o pior, Rooney foi ser volante ao lado de Carrick.

Rooney, sem sombra de dúvidas, é o melhor do elenco vermelho. Líder de assistências do elenco na temporada e terceiro geral da Premier League e artilheiro do time no campeonato. Mas Wayne tem que fazer tudo, armar, marcar, fazer gols. Em um lance, já como volante, a bola saiu pela lateral e Rooney foi bater, parecia fazer questão da cobrança, já que Evra estava ao seu lado e sendo ignorado pelo camisa 10, que só cedeu a chance de “balançar o esqueleto”, para quem era de direito, depois de perceber que a melhor opção de passe seria ele próprio.

Felipe Xavier Pelin, gosta desse negócio chamado Futebol...
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