Chelsea 2-0 Galatasaray – Champions League:
Eto'o, Torres e Demba Ba nunca resolveram de verdade a posção 9 do Chelsea. Mas pelo menos o camaronês vem fazendo gols decisivos
O gol logo no início, com menos de 4 minutos, complicou a
vida dos turcos e deu ao Chelsea as condições quase ideais para a
classificação. Oscar enfiou Eto’o que mandou para o fundo das redes. Mas quem pegar
a ficha do jogo e disser que o time de Mourinho marcou primeiro, se encolheu
para o contra golpe e ainda ampliou em cobrança de escanteio, estará mentindo?
Não, mas dizendo uma meia verdade.
De fato após o tento inicial, Chelsea se recolheu atraindo o
Galatasaray para seu campo. Mas na altura em que amplia com Cahill, depois de
rebote em cabeçada de Terry, Chelsea tinha o controle das ações e freava a
pressão turca.
Mourinho não alterou a forma de seu time atuar, no 4-2-3-1.
Com Ramires e Lampard fazendo a dupla de volantes. O trio de meias era formado
por Hazard na esquerda, Oscar por dentro e Willian na direita, o centroavante camaronês
era a referência de ataque. Roberto Mancini, ex-treinador do campeão inglês
Manchester City, organizou sua equipe no 4-3-1-2 em losango. Felipe Melo na
cabeça da área, Kurtulus e Inan como vértices laterais e volantes de saída,
Sneijder o armador central, Drogba e Buruk Yilmaz na frente.
Esse desenho se dava ofensivamente, com Sneijder muitas
vezes escapando para o lado esquerdo para fugir da marcação. Além do meia holandês
ter chamado pouco a responsabilidade de criação da equipe, essa movimentação
facilitava as coisa para o Chelsea, já que encaixava a marcação do time de
Mourinho com mais facilidade, tirando a superioridade numérica do Galatasaray
do meio de campo. Com os avanços de Inan para bater com Ramires, e Kurtulus,
bem mais defensivo, duelando com Lampard, seria natural imaginar: quem marcaria
Sneijder? Deslocando-se para a esquerda de ataque, ficava a cargo de Ivanovic,
assim como Yilmaz pelo outro lado era cuidado por Azpilicueta. E Drogba tinha a
dupla de zagueiros em seu encalço.
Isso ofensivamente. E quando disse que o Chelsea já atacava
mais e crescia em posse de bola quando ampliou o placar, ao mesmo tempo que
tirava a bola de seu campo de defesa, dificultava muito a armação ofensiva do
adversário. Isso porque na recomposição, Sneijder e Yilmaz acompanhavam os
laterais e Drogba ficava muito isolado na frente. Por mais que recuar para
esperar o contra golpe fosse uma boa para o Chelsea, um pouco que atacasse
matava as principais armas do Galatasaray.
E jogo transcorria sem maiores problemas, Mancini precisava
fazer algo. Em um primeiro momento recuou Felipe Melo para terceiro zagueiro,
com Kurtulus na cabeça da área e Inan mais adiantado ao lado de Sneijder. A
idéia pareceu interessante, já que jogava Yilmaz, depois Bulut, mais a frente, para
incomodar a dupla de zagueiro junto com Drogba. Mas a solução não deu certo, e
Mancini foi se complicando. Sacou um volante para voltar com Felipe para o
meio, colocando mais um zagueiro. Se confundiu inteiro. A missão que já não era
simples se tornou impossível.
Felipe Xavier Pelin, gosta desse negócio chamado Futebol...
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