quarta-feira, 19 de março de 2014

Mourinho no contra golpe e de bola parada? Meia verdade...

Chelsea 2-0 Galatasaray – Champions League:
Eto'o, Torres e Demba Ba nunca resolveram de verdade a posção 9 do Chelsea. Mas pelo menos o camaronês vem fazendo gols decisivos

O gol logo no início, com menos de 4 minutos, complicou a vida dos turcos e deu ao Chelsea as condições quase ideais para a classificação. Oscar enfiou Eto’o que mandou para o fundo das redes. Mas quem pegar a ficha do jogo e disser que o time de Mourinho marcou primeiro, se encolheu para o contra golpe e ainda ampliou em cobrança de escanteio, estará mentindo? Não, mas dizendo uma meia verdade.
De fato após o tento inicial, Chelsea se recolheu atraindo o Galatasaray para seu campo. Mas na altura em que amplia com Cahill, depois de rebote em cabeçada de Terry, Chelsea tinha o controle das ações e freava a pressão turca.


Mourinho não alterou a forma de seu time atuar, no 4-2-3-1. Com Ramires e Lampard fazendo a dupla de volantes. O trio de meias era formado por Hazard na esquerda, Oscar por dentro e Willian na direita, o centroavante camaronês era a referência de ataque. Roberto Mancini, ex-treinador do campeão inglês Manchester City, organizou sua equipe no 4-3-1-2 em losango. Felipe Melo na cabeça da área, Kurtulus e Inan como vértices laterais e volantes de saída, Sneijder o armador central, Drogba e Buruk Yilmaz na frente.

Esse desenho se dava ofensivamente, com Sneijder muitas vezes escapando para o lado esquerdo para fugir da marcação. Além do meia holandês ter chamado pouco a responsabilidade de criação da equipe, essa movimentação facilitava as coisa para o Chelsea, já que encaixava a marcação do time de Mourinho com mais facilidade, tirando a superioridade numérica do Galatasaray do meio de campo. Com os avanços de Inan para bater com Ramires, e Kurtulus, bem mais defensivo, duelando com Lampard, seria natural imaginar: quem marcaria Sneijder? Deslocando-se para a esquerda de ataque, ficava a cargo de Ivanovic, assim como Yilmaz pelo outro lado era cuidado por Azpilicueta. E Drogba tinha a dupla de zagueiros em seu encalço.

Isso ofensivamente. E quando disse que o Chelsea já atacava mais e crescia em posse de bola quando ampliou o placar, ao mesmo tempo que tirava a bola de seu campo de defesa, dificultava muito a armação ofensiva do adversário. Isso porque na recomposição, Sneijder e Yilmaz acompanhavam os laterais e Drogba ficava muito isolado na frente. Por mais que recuar para esperar o contra golpe fosse uma boa para o Chelsea, um pouco que atacasse matava as principais armas do Galatasaray.

E jogo transcorria sem maiores problemas, Mancini precisava fazer algo. Em um primeiro momento recuou Felipe Melo para terceiro zagueiro, com Kurtulus na cabeça da área e Inan mais adiantado ao lado de Sneijder. A idéia pareceu interessante, já que jogava Yilmaz, depois Bulut, mais a frente, para incomodar a dupla de zagueiro junto com Drogba. Mas a solução não deu certo, e Mancini foi se complicando. Sacou um volante para voltar com Felipe para o meio, colocando mais um zagueiro. Se confundiu inteiro. A missão que já não era simples se tornou impossível.

Felipe Xavier Pelin, gosta desse negócio chamado Futebol...
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