Defensor 2-0 Cruzeiro – Libertadores da América:
Gedoz foi, claro, o destaque, marcando dois gols. E junto com De Arrascaeta são as armas do Defensor
Cruzeiro perdeu mais uma no 5 da Libertadores, e deixa sua
classificação mais complicada. Na primeira partida perdeu para o Real
Garcilaso, time com muitas limitações, e uma vitória era possível mesmo fora de
casa. E agora, de novo fora de casa, voltou com uma derrota. Mesmo que o
Defensor seja muito superior ao Garcilaso, uma vitória no Uruguai era desejável,
possível e até provável.
Marcelo Oliveira não alterou a forma de jogar do time
mineiro, e nem deveria. O 4-2-3-1 tem características muito marcantes, com
Everton Ribeiro sempre da direita para dentro, armando o time, Ricardo Goulart
como meia central, infiltrando na área, e Dagoberto com jogadas mais agudas e
profundidade pela esquerda.
Cruzeiro dominou todo o primeiro tempo, teve a bola em seus
pés, no campo de ataque, e as ações da partida. Mas não aproveitou a
superioridade de desempenho. Defensor não levou tanto perigo ao gol de Fabio,
mas em um escanteio vadio nos últimos minutos da primeira etapa, Risso quase
abriu o placar de cabeça, parou na trave.
A segunda etapa começou com alteração de Oliveiro, com
poucos minutos sacou Marcelo Moreno da referência para ter Willian por dentro e
Goulart passando a atuar mais adiantado. A ideia era interessante, já que com
mais movimentação poderia criar ainda mais chances, e além de Marcelo Moreno
não estar bem, não ganhava muitas bolas dentro da área.
Imaginar que os azuis de Minas poderiam vencer a partida não
significa dizer que o Defensor tem time fraco. Muito organizado no 4-2-3-1, com
Oliveira na armação central, e os dois pontos fortes da equipe eram com os
meias extremos. De Arrascaeta e o brasileiro Gedoz eram os responsáveis pelas
melhores chances dos uruguaios. E Gedoz abriu o placar de falta no primeiro
terço da etapa final. Quando Ricardo Goulart sofreu pênalti em seguida era
natural pensar que o Cruzeiro voltaria para o jogo, já que era melhor e só
havia levado perigo e bolas paradas. Mas quando Dagoberto perde a cobrança o
time se desmontou, e se desesperou. E em contra-ataque, aos 32 do segundo, de
Arrascaeta puxou, chapelou dois e passou para Gedoz dominar a bola com um bom
nível de dificuldade e vazar Fabio de novo para sacramentar a vitória.
Por vezes o time campeão brasileiro nos faz pensar, e com
alguma razão, que seja muito técnico e falta a famosa “pegada” no meio de
campo. Mas atribuo a derrota ao sentimento que um empate estava bom. E é claro
que era, mas se conquista um empate buscando a vitória ou, de forma mais
perigosa e longe da característica desse grupo, se trancando atrás. Cruzeiro não
fez nem uma coisa, nem outra.
Felipe Xavier Pelin, gosta desse negócio chamado Futebol...
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