quarta-feira, 12 de março de 2014

Empate era bom, vitória possível. Mas sem vislumbrar vencer, veio a amarga derrota...

Defensor 2-0 Cruzeiro – Libertadores da América:
Gedoz foi, claro, o destaque, marcando dois gols. E junto com De Arrascaeta são as armas do Defensor

Cruzeiro perdeu mais uma no 5 da Libertadores, e deixa sua classificação mais complicada. Na primeira partida perdeu para o Real Garcilaso, time com muitas limitações, e uma vitória era possível mesmo fora de casa. E agora, de novo fora de casa, voltou com uma derrota. Mesmo que o Defensor seja muito superior ao Garcilaso, uma vitória no Uruguai era desejável, possível e até provável.


Marcelo Oliveira não alterou a forma de jogar do time mineiro, e nem deveria. O 4-2-3-1 tem características muito marcantes, com Everton Ribeiro sempre da direita para dentro, armando o time, Ricardo Goulart como meia central, infiltrando na área, e Dagoberto com jogadas mais agudas e profundidade pela esquerda.

Cruzeiro dominou todo o primeiro tempo, teve a bola em seus pés, no campo de ataque, e as ações da partida. Mas não aproveitou a superioridade de desempenho. Defensor não levou tanto perigo ao gol de Fabio, mas em um escanteio vadio nos últimos minutos da primeira etapa, Risso quase abriu o placar de cabeça, parou na trave.

A segunda etapa começou com alteração de Oliveiro, com poucos minutos sacou Marcelo Moreno da referência para ter Willian por dentro e Goulart passando a atuar mais adiantado. A ideia era interessante, já que com mais movimentação poderia criar ainda mais chances, e além de Marcelo Moreno não estar bem, não ganhava muitas bolas dentro da área.

Imaginar que os azuis de Minas poderiam vencer a partida não significa dizer que o Defensor tem time fraco. Muito organizado no 4-2-3-1, com Oliveira na armação central, e os dois pontos fortes da equipe eram com os meias extremos. De Arrascaeta e o brasileiro Gedoz eram os responsáveis pelas melhores chances dos uruguaios. E Gedoz abriu o placar de falta no primeiro terço da etapa final. Quando Ricardo Goulart sofreu pênalti em seguida era natural pensar que o Cruzeiro voltaria para o jogo, já que era melhor e só havia levado perigo e bolas paradas. Mas quando Dagoberto perde a cobrança o time se desmontou, e se desesperou. E em contra-ataque, aos 32 do segundo, de Arrascaeta puxou, chapelou dois e passou para Gedoz dominar a bola com um bom nível de dificuldade e vazar Fabio de novo para sacramentar a vitória.

Por vezes o time campeão brasileiro nos faz pensar, e com alguma razão, que seja muito técnico e falta a famosa “pegada” no meio de campo. Mas atribuo a derrota ao sentimento que um empate estava bom. E é claro que era, mas se conquista um empate buscando a vitória ou, de forma mais perigosa e longe da característica desse grupo, se trancando atrás. Cruzeiro não fez nem uma coisa, nem outra.

Felipe Xavier Pelin, gosta desse negócio chamado Futebol...
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