Manchester United 3-0 Olympiakos – Champions League:
Estive em pensando durante o jogo: Rooney observe Giggs, no fim da carreira você vai atuar como ele
Era difícil imaginar que o United virasse o confronto contra
os gregos. Obviamente não pelo placar, mas pelo que o time vinha jogando.
Leonardo Bertozzi na transmissão fez uma comentário muito pertinente, que os
jogadores tinham que chamar a responsabilidade. É a pura verdade, e em muitas
das minhas analises não levei isso em consideração. Em uma equipe com nomes de
tal calibre não poderia recair as responsabilidades apenas sobre Moyes, que tem
uma das tarefas mais difíceis do futebol atual, substituir Ferguson, e também
sua parcela no momento da equipe.
O clima em Old Trafford foi outro, não só nas arquibancadas.
Jogadores dos Red Devils sentiram o jogo, sentiram a responsabilidade. Exemplos
disso foram os laterais Rafael e Evra, o brasileiro que nunca se firma como bom
lateral que tem potencial para ser e o francês passava por temporada muito
ruim, por vezes até no banco de reservas para ter um titular improvisado em sua
posição. Os dois desfrutaram do doping natural de um confronto tão importante,
e não tiveram overdose, com pilha exagerada.
Parte foi motivação, parte foi organização. Muitas vezes
tenho divergência na avaliação que o Manchester atua no 4-2-3-1, enxergo um
4-4-2 em linha com Rooney voltando para armar o jogo. E digo isso com base na
movimentação dos meias externos, que tanto na marcação como no ataque tem
movimentação mais curta, de meias, e não como pontas que recuam para marcar.
Mas na partida contra o Olympiakos essa dinâmica foi diferente, Rooney atuou
bem atrás, com Valencia e Welbeck espetados nos flancos. Muitas vezes Wayne
estava com Giggs e Carrick dando combate defensivo no meio de campo enquanto os
wingers não recompunham tanto. Rooney foi líder da partida em roubadas de bola,
com 5 desarmes, e dribles, 6. O camisa 10 combatia e roubava atrás para
avançar, driblando, e levar a bola ao ataque.
Além de Rooney, fundamental para a vitória foram van Persie
e Giggs. O holandês por motivos óbvios, meteu os três gols. E o galês pela
organização e experiência que deu ao meio de campo. No primeiro gol, lançamento
lindo de Giggs para van Persie que sofreu pênalti e converteu. No segundo outra
pintura de bola longa de Giggs que parou em Rooney, que assistiu van Persie
para marcar. E no terceiro, o artilheiro balançou as redes de falta. Olhando a
fixa e sem assistir o jogo, Giggs poderia passar desapercebido. Mas fez as assistências
invisíveis dos organizadores de meio de campo, no melhor estilo Xavi ou
Iniesta.
Camisa pesa? Pesa. E depois de uma vitória dessas ainda mais,
os adversários desse gigante inglês ficaram no mínimo apreensivos para o
confronto, que antes poderia ser comemorado no sorteio.
Felipe Xavier Pelin, gosta desse negócio chamado Futebol...
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