Herta Berlin 1-3 Bayern de Munique – Campeonato Alemão:
"Só pegou time de craques", "Quero ver aqui no Brasil", "Com essa grana até eu", e outras pérolas podemos ouvir quando se fala da grandeza de Guardiola e sua ainda curta carreira. Parem com isso!
Guardiola chegou ao Bayern campeão de tudo, essa era frase
mais falada quando anunciado como substituto de Heynckes, antes da gestão do
antecessor terminar e colocar nas prateleiras do time bávaro a taça da
Champions League junto com as da Bundesliga e Copa da Alemanha. E o que o
espanhol fez? Logo de cara, mudou tudo no Bayern.
Ficou para trás o 4-2-3-1 de tanta intensidade que superou o
próprio Barcelona de Guardiola, que já não tinha mais Pep no comando desde o
começo da temporada. Ok, não era o Barça de Pep, mas seu filhote. O novo
treinador chegou e armou seu 4-1-4-1, obviamente com inspiração no equipe
catalão que montou, mas com menos cara de 4-3-3. Não só alterou a forma do time
jogar, trouxe um homem de confiança para o grupo. Em seu novo esquema,
Guardiola colocou Thiago Alcântara, oriundo das canteras catalãs, para ser seu
cabeça de área. E com a contusão precoce do filho de Mazinho, fez uma das
alterações mais curiosas de sua carreira. Sacou Lahm da lateral direita,
posição em que pelo menos estaria no Top 5 do mundo, para ser o 1 entre as duas
linhas de 4, e organizar o time de trás.
E a temporada de desenrolou, as vitórias vieram. Mas não sem
contestação. No primeiro momento foi muito comentado que o time já era campeão
e que seria arrogância mudar o esquema de jogo, que queria se livrar de
Heynckes e seu legado, e também que os jogadores não entendiam o que ele
queria, ou mesmo não concordavam. O tempo passou, e mesmo sem a temporada
terminar, parece que Guardiola tem o time em suas mãos, e já começa a “carrossear”
(verbo para transformar em carrossel, que acabei de inventar).
De poucos jogos para cá, Pep tem preterido seu 4-1-4-1 para
ter um 4-2-3-1, mesmo esquema tático de Heynckes. E as variações de um esquema
para outro, com a bola rolando, são muito naturais. Inclusive quando encaixa
Lahm como libero em uma linha de três zagueiros para fazer a saída de bola.
Na partida que sagrou os bávaros como campeões da
Bundesliga, Pep mudou de novo. Manteve a linha de quatro defensores, com os
três volantes, Lahm, Schweinsteiger e Kroos, a frente deles. Mas na frente, não
teve dois pontas abertos e voltando para marcar pelos extremos formando a linha
de quatro meio-campistas com os volantes de saída. Tinha sim três na frente,
alternando muito de posição, mas preferencialmente com Muller pela esquerda,
Gotze no meio e Robben na direita. Mas ao invés de Muller e Robben darem
profundidade pelas pontas, os três atuavam mais por dentro, e sempre um deles
buscando a posição de armador central, o 10. Função essa, que no papel não
existia, mas que era cumprida por um desses três, em rodizio. A profundidade
era dado pelos laterais. Guardiola parece ter definido as funções que queria
que fossem cumprida, e disse: Ocupem como quiserem! A definição dessa forma de
jogar carece mais argumentos e reflexões, mas ficaram para outro texto.
Enfim, as mudanças seguem e parece que Guardiola fica cada
vez mais à vontade. A crônica que brinda o campeonato alemão conquistado pelo
Bayern gira entorno do treinador, porque esse que escreve adora tática e também
por ser o “fato novo”, assim como a ausências de um jogador que se destaque na “multidão”
de excelentes jogadores, como: Robben, Ribery, Mandzukic, Schweinsteiger,
Kroos, Alaba, Lahm, Shaqiri, Thiago, Dante e outros. Bayern campeão da
Bundesliga, poucas coisas são mais incontestáveis.
Felipe Xavier Pelin, gosta desse negócio chamado Futebol...
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