Bom Senso FC:
Na rodada de meio de semana do Brasileirão, o destaque com
certeza era o título do Cruzeiro e não podia ser diferente. Mas um pouco por já
estar com as duas mãos na taça e só precisar ergue-la, outro personagem tomou a
atenção dos gramados brasileiros: o Bom Senso FC.
O grupo de jogadores que começam a discutir melhorias para o
nosso futebol deu demonstração incrível de força. O protesto combinado parecia
ser o seguinte: o juiz apita, rola a bola, e os jogadores de ambos os times
permanecem parados e de braços cruzados por 30 segundos. E antes as duas
equipes que se enfrentariam, nas diversas partidas, entram em campo segurando,
com adversários intercalados, faixas do Bom Senso FC com os dizeres: “Por um
futebol melhor para todos” ou “Amigos da CBF: cadê o Bom Senso?”. Em cada jogo
uma faixa dessas foi utilizada.
E isso aconteceu! Confesso que fiquei até um pouco
emocionado. Mas variações tiveram em cada situação.
Na partida entre Grêmio e
Vasco, por exemplo, o script foi seguida com exatidão. Em outras partidas o ato
de cruzar os braços aconteceu antes do apito inicial. Normal, mas em todas as
partidas (não lembro de alguma que não tenha ocorrido) o protesto foi
realizado. Chamou muito a atenção no jogo entre São Paulo e Flamengo a ameaça
de Alicio Pena Júnior, orientado pela CBF, de dar cartão amarelo a todos os
jogadores que protestassem. Apesar de absurda, seria muito bom que acontecesse,
pelo ridículo a que a decisão seria exposta. Mas os jogadores em campo,
capitaneados por Rogério Ceni foram muito hábeis para driblar o ridículo arbitro
que cumpria ridícula ordem. Apenas ficaram tocando a bola sem disputa-la de
fato, enquanto o rapaz do apito corria atrás da “jogada” de forma patética.
São Paulo x Flamengo, a conversa com o "professor"
Dias antes escrevi por aqui a minha preocupação quanto a
organização do movimento (sem críticas, apenas com preocupações do
desenvolvimento), e meus questionamentos foram engolidos pelos fatos. Claro,
que enfrentamentos mais agudos virão nessa reivindicação e novas formas de
organização podem surgir, mas nesse momento os jogadores tem articulação invejável.
Que continuem com essa postura, agressiva porém buscando o diálogo. Muitos de
nós sabemos que os cartolas brasileiros não são pessoas de bom senso para acatarem os
pedidos dos atletas pensando em questões técnicas, e devem ser pressionados
para atenderem as pautas. Mas os movimentos das categorias são assim. E sim,
apesar de ganharem altos salários, e nem todos, aliás a minoria, os jogadores
são trabalhadores.
Felipe Xavier Pelin, gosta desse negócio chamado Futebol...
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