sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Bom Senso FC, enorme demonstração de força!

Bom Senso FC:
 Grêmio x Vasco

Na rodada de meio de semana do Brasileirão, o destaque com certeza era o título do Cruzeiro e não podia ser diferente. Mas um pouco por já estar com as duas mãos na taça e só precisar ergue-la, outro personagem tomou a atenção dos gramados brasileiros: o Bom Senso FC.

O grupo de jogadores que começam a discutir melhorias para o nosso futebol deu demonstração incrível de força. O protesto combinado parecia ser o seguinte: o juiz apita, rola a bola, e os jogadores de ambos os times permanecem parados e de braços cruzados por 30 segundos. E antes as duas equipes que se enfrentariam, nas diversas partidas, entram em campo segurando, com adversários intercalados, faixas do Bom Senso FC com os dizeres: “Por um futebol melhor para todos” ou “Amigos da CBF: cadê o Bom Senso?”. Em cada jogo uma faixa dessas foi utilizada.

E isso aconteceu! Confesso que fiquei até um pouco emocionado. Mas variações tiveram em cada situação. 
Na partida entre Grêmio e Vasco, por exemplo, o script foi seguida com exatidão. Em outras partidas o ato de cruzar os braços aconteceu antes do apito inicial. Normal, mas em todas as partidas (não lembro de alguma que não tenha ocorrido) o protesto foi realizado. Chamou muito a atenção no jogo entre São Paulo e Flamengo a ameaça de Alicio Pena Júnior, orientado pela CBF, de dar cartão amarelo a todos os jogadores que protestassem. Apesar de absurda, seria muito bom que acontecesse, pelo ridículo a que a decisão seria exposta. Mas os jogadores em campo, capitaneados por Rogério Ceni foram muito hábeis para driblar o ridículo arbitro que cumpria ridícula ordem. Apenas ficaram tocando a bola sem disputa-la de fato, enquanto o rapaz do apito corria atrás da “jogada” de forma patética.
São Paulo x Flamengo, a conversa com o "professor"

Dias antes escrevi por aqui a minha preocupação quanto a organização do movimento (sem críticas, apenas com preocupações do desenvolvimento), e meus questionamentos foram engolidos pelos fatos. Claro, que enfrentamentos mais agudos virão nessa reivindicação e novas formas de organização podem surgir, mas nesse momento os jogadores tem articulação invejável. Que continuem com essa postura, agressiva porém buscando o diálogo. Muitos de nós sabemos que os cartolas brasileiros não são pessoas de bom senso para acatarem os pedidos dos atletas pensando em questões técnicas, e devem ser pressionados para atenderem as pautas. Mas os movimentos das categorias são assim. E sim, apesar de ganharem altos salários, e nem todos, aliás a minoria, os jogadores são trabalhadores.

Felipe Xavier Pelin, gosta desse negócio chamado Futebol...
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