quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Ponte de Jorginho avançou, de novo na coerência de seu jogo...

Ponte Preta 1-1 São Paulo – Copa Sul-americana:
 Jorginho, se encontrou na Ponte, que agora tem bom substituto para Guto Ferreira

Dia histórico para a Ponte Preta! Macaca vai para a final da competição continental, e pode fazer mais na final. Parabéns a Nega Véia que mesmo com duro revés no Brasileirão consegue essa façanha. Não conheço o dia a dia do alvinegro campineiro, mas me parece que a administração pontepretana vem fazendo bom trabalho, caminhando com passos firmes e sendo um polo do interior atraindo bons talentos do estado paulista.

Após e durante a eliminação do São Paulo pela Ponte Preta ouvi comentários que o tricolor tem time inferior ao rival. Esse comentário, além de mentiroso, minimiza o ótimo trabalho de Jorginho nesses dois jogos e polpa Muricy das críticas merecidas ao renomado e campeão treinador.

A classificação da Ponte é da coerência, assim como no primeiro jogo, o time tinha proposta de jogo muito clara. Se defendia com duas linhas de quatro homens e apenas Elias e Leonardo na frente. Mas quando ia ao ataque, o lado esquerdo com Rildo foi a principal, e quase única, opção. A linha de meio de campo tinha Fellipe Bastos aberto na direita, Baraka e Fernando Bob no meio, e Rildo na esquerda. O time de Campinas tinha o resultado da partida a seu favor e, claro, poucas ambições ofensivas. Mas na estratégia que se propôs foi melhor que o São Paulo, não fosse o furtuito gol de Luís Fabiano no finalzinho e classificação seria com vitória.

Quando digo que o gol de Fabiano não foi muito significativo, não desmereço o atacante, mas sim a produção e criação ofensiva do tricolor. Diferente da primeira parida, Muricy teve Douglas na vaga de Lucas Evangelista, e com isso um time mais organizado. Douglas era o meia pela direita no trio do meia, com Ademilson na esquerda e Ganso por dentro. Mas mesmo mais organizado que no jogo de ida, o time com Rodrigo Caio com “zagueiro puro” perde seu molho. A movimentação da ótima revelação são paulina variando como primeiro volante e libero dava dinâmica ao time, e que se perde com as peças mais fixas. E é bom lembrar para quem cogitou Ganso na seleção brasileira, por conta da LINDA jogada do fim de semena, que o meia fez partida apagadíssima.

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Flamengo carismático e batalhador é campeão da Copa do Brasil...

Flamengo 2-1 Atlético Paranaense – Copa do Brasil:
 Flamengo campeão! Gol gols de Hernanes e Elias, que junto com Jaime e Paulinho são a alma desse time

Flamengo é campeão da Copa do Brasil! E os dois jogos da final contra o Furacão foram muito representativos de seus participantes, jogos limitados tecnicamente, mas de dois times que sabem de suas limitações e usam bem suas armas. Para o rubro-negro carioca, esse último jogo foi ainda mais significativo. Gol de Elias, seu melhor jogador, em linda jogada de Paulinho, sua revelação. E o toque final do gol de Hernane, o brocador, de voleio! Time muito simples e carismático como seu treinador, parabéns Jaime de Almeida e seus comandados.

Flamengo manteve sua forma de jogar, no 4-2-3-1. Que não escalação parece torto, e em posicionamento é. Paulinho é mais ofensivo pela esquerda, que Luiz Antônio pela direita. Mas o volante que faz o lado na linha dos três meias foi a melhor armar ofensiva do time na primeira etapa, com sua finalizações de fora da área e a cobrança de falta que explodiu na trave.

Chama a atenção quando Jaime saca Carlos Eduardo para mandar Diego Silva para o gramado. Alteração que parecia defensiva, mas na prática não foi. A mudança liberou Elias para fazer a função que era de Carlos Eduardo, e em 30 segundos com a atribuição de armar a equipe o volante fez mais que o meia em 45 minutos, e logo enfiou Hernane que finalizou com perigo.

No valente time do Furacão, Mancini, que faz excelente campanha no Brasileiro, errou. Ao entrar com Felipe na vaga do suspenso Everton, ele teve um jogador com menos movimentação, menos pegada no meio de campo e que praticamente não criou. Precisava do resultado, natural pensar em um jogador mais ofensivo que João Paulo, mas a alternativa não funcionou. Vida que segue, para conquistar a vaga na Libertadores do ano que via Campeonato Brasileiro.

Falando em vaga na Libertadores, tomara que parem de tratar a Copa do Brasil como um caminho para a principal competição do continente. Muito mais importante que o acesso a ela, é a conquista da taça. E aos que criticam os pontos corridos, que valorizem, como deve ser valorizada, a competição nacional de mata-mata. Parabéns ao Flamengo que superou adversários dificílimos nessa jornada.

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Real deixa Juventus viva, e Galatasary perdeu ótima oportunidade...

Real Madrid 4-1 Galatasaray – Champions League:
 Na ausência de CR7, o galês chamou a responsa!

Real já está nas oitavas e será líder de seu grupo, Galatasaray precisava dá vitória para dependerem de um empate na última rodada. Merengues levaram, e com isso a decisão fica para o jogo na Turquia. Quem vencer entre Gala e Juve fica com a vaga, e o empate é dos italianos. É até curioso pensar que a Juventus ainda tem chances de avançar, diante de tremendos vacilos, mas os turcos também não deixaram por menos.

Real foi para o jogo repleto de reservas, se formou no 4-2-3-1, tão constante na temporada passada, mas que parece não ser a principal opção de Ancelotti nos jogos mais recentes. Tinha Bale aberto na direita, Isco por dentro, e di Maria na esquerda, na frente o jovem Jesé. A dupla de volantes também era formada por Illarramendi e o brasileiro Casemiro, que normalmente são opções no banco de reservas. Galatasaray se montou no 4-4-2 em linha. Brumo e Amrabat eram os meias abertos, Inan e Felipe Mello os volantes. No ataque, Drogba e Bulut.

Antes dos trinta minutos, Sergio Ramos perdeu bola lançada para Bulut, foi obrigado a fazer a falta e acabou sendo expulso. O treinador remontou a linha de quatro defensores com Nacho, sacando Jesé. Formou um 4-3-1-1, com di Maria se alinhando aos volantes, Isco com um pouco mais de liberdade e Bale na frente. E de falta o galês abriu o placar batendo falta com muito efeito, mas que o goleiro foi mal na bola. Turcos ainda conseguiram o empate antes do intervalo com Bulut, que já havia “expulsado” Ramos, em lindo passe de Drogba.

E o Galatasaray não conseguiu exercer a pressão para conseguir a necessária vitória. Real foi quase sempre melhor. Na segunda etapa, ampliou o placar com Arbeloa, depois di Maria em passe de Arbeloa e finalmente passou a régua com Isco.

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PSG ganha no ultimo minuto, Olympiakos depende só de si...

PSG 2-1 Olympiakos – Champions League:
 Cavani deu a vitória ao PSG!

Jogo em Paris entre franceses e gregos, mas interessava e muito aos portugueses. Benfica precisava vencer o Anderlecht, torcer para uma vitória do já classificado PSG, e a missão mais difícil para a classificação, com certeza, será vencer o time de Ibrahimovic, mesmo em Portugal, na última rodada. Olympiakos ia arrancando empate até os minutos finais, e seria o ponto da classificação, só precisando vencer o Anderlecht e ir às oitavas.

Blanc foi com seu time titular e com a formação mais frequente, no 4-3-3. Thiago Motta de primeiro volante, com Matuidi e Verratti mais adiantados formavam o trio de meio de campo. Na frente, Lavezzi e Cavani aberto, e Ibrahimovic na frente. Olympiakos se armou no 4-1-4-1 para se defender. Samaris era o volante mais marcador entre as linhas, no quarteto de meio de campo, Campbel e Holebas eram os extremos, Maniatis e Fuster por dentro. Esse último com um pouco mais de liberdade para fazer companhia a Mitroglu na frente.

Natural que o time da casa dominasse a partida, mas os gregos marcavam mal. Principalmente os avanços do lateral direito van der Wiel, que não por acaso deu o passe para Ibra marcar. Holebas seria o responsável por bater com o lateral, mas muitas vezes ficava preocupado com o meio da cancha e o deixava ser combatido por Bong, lateral esquerdo grego. Como consequência desse falho encaixe, o zagueiro Siovas ficava com Cavani que fechava por ali. Ou seja, na mano a mano e sem sobra. Cenário armado. Cruzamento e Zlatan mandou para dentro. Olympiakos só ameaçou em poucas bolas arrematadas por Mitroglu.

Nos primeiros segundo da segunda etapa, Verratti que já tinha sido amarelado, tomou mais um cartão e foi expulso. Com isso Lavezzi foi para o banco e Rabbiot para o gramado, mas nem assim os gregos conseguiam impor superioridade. Mesmo assim, conseguiram empatar faltando dez minutos para o fim do jogo. Mas Cavani aos 45 da etapa final deixou os mandantes de novo na frente.

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Bayern garante a liderança e de quebra leva o City...

CSKA 1-3 Bayern de Munique – Champions League:

Partida na nevada Rússia valia pouco para o Bayern, mas já assegurou a primeira posição do grupo. CSKA precisava de uma vitória para sonhar com uma classificação improvável na última rodada. Agora o grupo já se defini com os alemães na primeira posição e Manchester City, mesmo sem jogar, em segundo.

Interessante na partida observar como o time de Pep Guardiola iria se posicionar. Teve seu consagrado 4-1-4-1, na cabeça de área tinha Javi Martinez, ao invés de Lahm, o capitão foi meia organizador formando o triangulo de base alta no meio de campo com Kroos ao seu lado. Os extremos do meio de campo tinham Robben na direita e Muller na esquerda. Isolado na frente Gotze, posição que tanto se especulou que jogaria, mas que Mandzukic pelo elevado nível de atuações não permitiu.

Com menos de trinta minutos de jogo, Lahm saiu contundido. E deu lugar para Thiago Alcântara. Com essa substituição pensei que possivelmente Pep não teria “inventado” Lahm como primeiro volante se Thiago não tivesse se contundido logo que chegou. A posição seria do filho do Mazinho. Hoje ocupou a função de meia organizador como o substituído, pois com a contusão de Schweinsteiger houve a necessidade de Javi entrar na equipe, e este é mais marcador e teria que ser o cabeça de área.

No início da partida, Bayern tinha pouco profundidade pelas pontas. Muller e Robben sempre buscando o jogo em direção ao centro de ataque e da intermediaria. Quando Muller “descobriu” a ponta esquerda, abriu a defesa rival e encontrou Robben sozinho na área, fechando em diagonal, para o holandês abrir o placar. O segundo gol da partida foi de Gotze, que se até então não se destacava na famigerada função do falso 9, fez jogada típica dessa posição, recebeu e partiu driblando na direita para o meio até arrematar para o fundo das redes.

CSKA ainda teve tempo de fazer o seu. Honda, depois de perder duas chances incríveis de tirar o zero dos russos, converteu pênalti cometido por Dante ao colocar a mão na bola. E Muller também de pênalti, sofrido por Robben, deu números finais a partida.

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terça-feira, 26 de novembro de 2013

Alemães deixaram a batata quente não mão dos italianos...

Borussia Dortmund 3-1 Napoli – Champions League:
 Ele ri só depois do jogo, durante as caras são bem diferentes! Klopp!

Para o Borussia, o jogo era uma final de Copa do Mundo, jogava sua participação na competição, e por que não a defesa de seu vice campeonato? Tinha apenas 3 ponto até aqui, e era superado na tabela por Napoli, o rival de hoje, com 6 e Arsenal que tinha vencido todos os seus jogos. E com a vitória jogou a batata quente na mão dos italianos. Eles que façam nhoque, disseram os alemães tirando seu salsichão do prato!

E a coisa é feia para os da bota, encaram os Gunners já líderes do grupo. Se os ingleses podem estar desinteressados com a partida, o que dizer do Olympique que já está desclassificada da competição e com sonoros ZERO pontos conquistados?

Klopp montou o Dortmund no seu 4-2-3-1, com Reus e Kuba abertos na linha de três meias, Mhkhitaryan por dentro e Lewandowski na área. O problema estava na defesa, praticamente reserva com Sokratis e o volante Bender no miolo, o lateral esquerda Durm e Grosskreutz na direita, vale lembrar que o último é atacante e está improvisado por lá desde o início da temporada com a ausência de Piszczek. Lateral aliás que vem retornando a equipe após contusão, participou do segundo tempo.

Napoli se formou no 4-2-3-1, que acho mais parecido com um 4-4-2. Tem os volantes Dzemaili e Behami, Callejon e Mertens são os meias abertos. A variação do esquema fica por conta de Pandev, que por vezes é o armador central e em outros momentos faz companhia a Higuain lá na frente. Interessante observar que no meio de campo da equipe de Rafa Benitez tiveram algumas mudanças. Pandev fazia a de Hamsik que estava fora de combate. Dzemaili e Mertens substituíram os teoricamente titulares Insigne e Inler, e os dois preteridos permaneceram no banco.

Dortmund iniciou o jogo com sua pressão característica, marcante na excelente temporada passada. E logo de cara abriu o placar com Reus cobrando pênalti. Mas após a abrideira, o time aurinegro cedeu a posse de bola ao rival. E não marcava bem, muito descompacto. Só teve mais tranquilidade com o gol de Kuba, já na segunda etapa, após perder um caminhão de boas chances. Napoli ainda diminui com Insigne, mas Aubameyang decidiu o jogo, em contra golpe que não vacilou, já que tinha perdido ótima oportunidade em lance semelhante.

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Partida filosófica, disputa de paternidade, Ajax e Barça...

Ajax 2-1 Barcelona – Champions League:
 Como simbolizar Ajax e Barça em uma só figura? Cruyff

Ajax e Barça pareciam não jogar por pontos, não jogar pela principal competição europeia. Jogavam pela posse de um estilo, que nasce da relação entre os dois, simbolizado por Cruyff. Em jogo estava a paternidade da criança. Claro que tudo isso é licença poética, mas que ambos não abrem mão de seus estilos isso é fato. A disputa era filosófica.

As duas equipes atuam no 4-3-3, que se transforma no 4-1-4-1 defensivamente. Linhas de quatro homens atrás, um cabeça de área, dois meias organizadores, dois pontas e uma referência no ataque. Mas interessante observar que os esquema táticos, por serem iguais, não se encaixam. E o que fez o Ajax? Adiantou Klaassen, girando seu triangulo de meio de campo, assim o meio-campista pegava Song, o mais recuado dos três barcelonistas. Serero e Blind, que agora formava a base baixa do triangulo vigiavam Xavi e Iniesta.

Natural pensar que isso pudesse acontecer, é uma questão de imposição técnica. Quase que um “os incomodados que se mudem”. Mas o que se viu não foi isso! Impressionante a superioridade que os holandeses impuseram ao poderoso Barça, desfalcado é verdade. E o primeiro tempo quase perfeito do Ajax, de muita pressão no campo ofensivo, foi premiado com o placar de 2 a 0. Primeiro com Serero em cruzamento de van Rhijn, lembra da rotação do triangulo? Xavi ficou responsável por ele, mas não o acompanhou dentro da área, foi fatal. E depois com Hoesen, que arrematou rebote do goleiro Pinto em chute de Fischer.

Logo no início da segunda etapa, o lateral van Rhijn atrasou mal a bola para a defesa, Neymar chegou na frente e o zagueiro Veltman foi obrigado a fazer a falta. Falta que vi fora da área, mas não o juiz, Xavi converteu. E que ainda teve o zagueiro expulso! Mesmo com um homem a mais durante quase metade do jogo, Barça não conseguiu reverter o placar, e o Ajax se defendeu bem. Gostaria de destacar no time holandês a participação de Klaassen que fez a variação no meio de campo, que citei antes, e que com a expulsão do zagueiro acabou por mudar de novo de posicionamento para ocupar a direita da segunda linha do 4-4-1 que se formou. E também Schone, o ponta deu um chute com muito efeito na primeira etapa, quase um golaço!

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Zenit vacila e cai para Atlético de Madrid reserva...

Zenit 1-1 Atlético de Madrid – Champions League:
 Nem o super herói conseguiu placar melhor para os russos

Jogo na Rússia pouco valia para o espanhóis, e por isso trataram de mandar a campo equipe mista. Mais era importantíssimo para os donos da casa, que poderiam tomar conta da segunda posição do grupo, já que a liderança já pertence ao adversário de hoje. Mas não foi o que aconteceu, e agora Zenit muito provavelmente será ameaçado pelo Porto que pode superar o Áustria Viena. Mas o alento é que na última rodada dessa fase, iram enfrentar o austríacos, time mais fraco do grupo, enquanto os portugueses pegam o Atlético de Madrid na Espanha.

Zenit se armou no 4-2-3-1 para o jogo. Tinha Shatov aberto na esquerda, Shirokov por dentro, Hulk aberto na direita e Kershakov na referência. Atléti de Simeone, com muitas mudanças de seu time titular, teve ligeira mudança tática. Ao invés do 4-4-2 que vem utilizando, El Xolo montou sua equipe no 4-1-4-1. Guilavogui era o cabeça de área entre as linhas de defesa e meio de campo, essa última formada por Cristian Rodrigues na direita e Adrian na esquerda fazem os extremos. Por dentro Gabi se alinhava a Koke, a frente do primeiro volante. Na frente Raul Garcia, mas Koke tinha bastante liberdade e por vezes avançava para fazer companhia a Raul.

Apesar da necessidade do resultado o time russo criava pouquíssimo. No início da partida, Atléti adiantava sua linha de meias e volantes para pressionar a marcação, inclusive Guilavogui, com isso abria-se espaço nas suas costas. Shatov chegou a receber por ali, mas essa era a oportunidade de Shirokov, mas o meia preferia avançar em direção à área, onde tinha a marcação dos zagueiros.

No começo na etapa final, Atlético parecia mais disposto a aproveitar os contra golpes, e em um deles Raul acionou Adrian que abriu o placar. A coisa ficou veio para os da vodca, mas que seguiam criando pouco apesar do domínio muito superior da ações. Tanto que o gol de empate só veio em jogada bizarra que o zagueiro Alderweireld cortou para cima, e a bola fez um balão para trás e acabou entrando no gol, acompanhada do olhar próximo e “atento” do bom arqueiro Courtois.

Hulk foi a melhor arma ofensiva do Zenit, aberto pela direita disparou os arremates mais perigosos de sua equipe. No final da partida com as alterações do treinador teve ainda mais liberdade já que se formou um 4-4-2 em linha onde ele estava solto na frente com o centroavante.

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domingo, 24 de novembro de 2013

Cada estocada era mais um gol no placar...

Manchester City 6-0 Tottenham – Campeonato Inglês:
 Aguero está impossível na temporada! Largou dois na goleada

Goleada impressionante do Manchester City e não foi contra qualquer um. A adversário batido e abatido o Tottenham se fez presa fácil. Importante vitória do City, já que bate um dos times que disputam a ponta da tabela. Premier League muito disputada até aqui.

Um duelo muito interessante se travou em campo, Yaya Toure versus Paulinho. Os dois se cruzaram em muitos momentos no encaixe no 4-4-2 em linha de Pellegrini e o 4-2-3-1 de André Villas-Boas. Após o gol de Navas com menos de um minuto pareceu encher Paulinho com um ímpeto impressionante, claro que a posicionamento avançado do volante não era fruto só de sua vontade de empatar o jogo. Formou dupla com Sandro, que tem características mais defensivas que Dembele, seu parceiro mais constante no meio de campo do Tottenham, e com isso ganhou liberdade. Mas a verdade é que Yaya levou vantagem na disputa. Paulinho circulou muito em suas costas, mas ofereceu pouco perigo. Em alguns momentos teve a companhia de Fernandinho na sua marcação. E ainda é importante lembrar que Toure fez linda tabela que desmontou a defesa londrina, deixando inclusive Paulinho para trás, antes de passar para Aguero marcar. Pareceu um tanto exagerada a ofensividade do ex-corinthiano.

Mas apesar de interessante o duelo não determinou a partida. Quem construiu a goleada foi a assertividade dos azuis de Manchester. Não criaram com a volúpia que se seguiria o resultado, mas cada estocada resultava em um novo gol. A abrideira ficou com Navas, Sandro marcou contra (em jogada de Negredo), Aguero deixou mais dois, e Navas passou a régua. Grande jogo!

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sábado, 23 de novembro de 2013

Não resulve o sofrimento vascaíno, mas é claro que ajuda...

Vasco 2-1 Cruzeiro – Campeonato Brasileiro:
 Marlone, que não deve ficar no Vasco na próxima temporada

Os três pontos contra o já campeão Cruzeiro não resolvem o sofrimento vascaíno, mas é claro que ajudam. Não sai da zona de rebaixamento e torce contra Coritiba, Fluminense e Bahia para quem sabe na próxima rodada escapar da degola.

Time de Adilson encarou um desinteressado Cruzeiro e se armou com Abuda e Guiñazu como volantes, a frente deles Marlone e Pedro Ken, e no ataque Edmilson e Thalles. Iniciou o jogo com Ken e Marlone abertos como meias e os atacantes descolados da linha de meias. Mas com o tempo, Thalles começou a abrir na direita, Pedro Ken centralizou na armação e Marlone continuava na esquerda. Formando um 4-2-3-1, opção que pareceu mais interessante, já que desobrigava um pouco defensivamente Marlone, fazia com que Pedro Ken participasse mais do jogo, ainda que pouco, e não dependia da frágil saída de bola de sua dupla de volantes. Cruzeiro se manteve como quase todo o campeonato no 4-2-3-1, ainda que com o ataque perigo de sempre, tinha uma preguiça imensa na marcação.

O gol de Thalles de cabeça antes dos 5 minutos deu mais tranquilidade aos cruzmaltinos e a bomba de Edmilson do meio da rua, em contra golpe puxado por Marlone, asseguraram a vitória. Mas fato é que o time de Adilson tem criação muito incipiente, depende muito da inspiração de Marlone, que hoje não foi tão bem, e da jogadas individuais de Thalles, talvez o melhor jogador da partida.

Resultado pouco importava para o time dirigido por Marcelo, que alterou a forma de jogar diversas vezes. Teve Willian quase sempre aberto na esquerda, Ricardo Goulart por dentro, Everton na direita e Vinicius Araújo na frente. Com a entrada de Júlio Baptista, e saída de Vinicius, Goulart foi o centroavante. Com a saída de Goulart, e entrada de Elber pela direita, Everton foi o armador central. Além da imensa capacidade ofensiva, que não se viu no jogo de hoje, a versatilidade é uma das características desse Cruzeiro.

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Não foi bom para ninguém...

Criciúma 1-1 Vitória – Campeonato Brasileiro:
 Imagem de Vitória x Criciúma no primeiro turno

Empate no Heriberto Hulse não foi bom resultado para o Tigre e nem para o rubro-negro baiano. Criciúma ainda corre o risco de voltar para a zona de rebaixamento ainda nessa rodada se Coritiba, Bahia e Fluminense ganharem. Já o Vitória briga na parte de cima da tabela, ocupa a sétima posição e talvez seja o último dos times que ainda disputam vaga para a Libertadores.

Criciúma começou pressionando o time de Ney Franco no início do jogo, e conseguia resultado. A marcação alta do time da casa parecia muito consciente, já que se repetiu no início da segunda etapa. Já que era melhor na partida, e abriu o placar em pênalti infantil do zagueiro Victor Ramos que meteu a mão na bola, Wellington Paulista converteu. O time de Argel se armava no 4-2-3-1 que por vezes se transformava num 4-4-2, dependendo do posicionamento de Lins e Morais. Muitas vezes, Lins se colocava ao lado de Wellington como atacante, assim Morais voltava marcando pelo lado.

Vitória sofreu com a pressão, mas após o gol correu menos riscos. Só conseguiu ser melhor na segunda etapa. Como disse a pressão do time da casa se repetiu no segundo tempo, mas sem o mesmo sucesso. E com menos de 10 minutos da etapa final, veio o empate. Cruzamento na área e Dinei marcou. Ney seguiu com a formação do seu time no 4-2-3-1, mas alterou algumas peças, Maxi Biancucchi abriu na direita e Juan, o lateral esquerdo, virou armador central com a entrada de Danilo Tarracha para fazer a função atrás.

Depois do empate o jogo ganhou ritmo intenso. Muitas chances de parte a parte, mas o Criciúma tinha menos poder de fogo com a saída de Lins, e entrada de Cassiano, para puxar os contra golpes. Vitória foi melhor, mas não conseguiu virar o placar. Tigre abriu o placar, mas não conseguiu segurar. Enfim, ruim para os dois.

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quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Coerência da Ponte Preta vence o São Paulo...

São Paulo 1-3 Ponte Preta – Copa Sul-americana:
 Vitória da Macaca debaixo de chuva no Morumbi

Quando veio o empate da Ponte Preta, disse que era um ótimo resultado para a Macaca. Com a virada, chamei de mais que ótimo resultado para os campineiros. Após o último gol do jogo, em que Uendel determinou o 1 a 3 final, além de arrancar um resultado impressionante o time alvinegro me arrancou também os adjetivos.

Muricy mandou seu time para o gramado com mudanças. Rodrigo Caio seguiu como zagueiro, mas dessa vez ao lado de Antônio Carlos, e como “zagueiro puro”, já que Paulo Miranda era lateral pela direita e Reinaldo pela esquerda. E vaga de Douglas foi ocupada por Lucas Evangelista, que atuou no meio de campo ao lado de Ganso, e apesar de muita movimentação e buscar as jogadas, não dava coerência ao time tricolor.

A ponte de Jorginho tinha proposta mais clara. Se defendia com duas linhas que quatro homens atrás, com os volantes Baraka e Fernando Bob por dentro, Fellipe Bastos aberto na direita e Rildo na esquerda. A frente das duas linhas, o meia Elias e o atacante Leonardo. Mas quando partia para o ataque, Rildo espetava na ponta esquerda, Bastos e Bob avançavam para completar o meio de campo em losango com Baraka na cabeça da área e Elias na armação.

Até os 25 minutos, mais ou menos, só dava São Paulo. E já abria o placar em bonito chute colocado de Ganso da entrada da área. Mas com poucos minutos para acabar a etapa inicial, a Ponte se soltou e arriscou o ataque. E pelo lado esquerdo, o mais forte dos pontepretanos, Rildo passou para Uendel que cruzou e Antônio Carlos meteu contra.

Na etapa final, Muricy já fez uma alteração, sacando Lucas e mandando Wellington para o gramado. Mas a Ponte logo de cara virou o jogo, em rebote de difícil defesa de Ceni que Leonardo mandou para as redes. Quando Uendel fez o terceiro, Luís Fabiano já estava em campo, e mesmo sem mudar o patamar do jogo, o atacante criou boas chances, e que poderiam ter diminuído o desastre no Morumbi. Em uma driblou o goleiro, bateu e a zaga cortou, em seguida mais um corte milagroso dos zagueiros de Campinas no arremate de Welliton. Em outra levou perigo de cabeça.

A vantagem campineira é imensa, assim como surpreendente. Mas marcada por uma sorte de campeão, ou no mínimo vice, e principalmente de um time bem armado e orientado por Jorginho.

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terça-feira, 19 de novembro de 2013

Cada qual com suas armas, Brasil e Chile fizeram grande jogo...

Brasil 2-1 Chile – Amistoso Internacional:
 Robinho e Hulk, autores dos gols da vitória brasileira

Grande amistoso disputado nos Estados Unidos! Brasil e Chile, os dois já na Copa do Mundo, fizeram jogo que nem parecia que pouco valia. Partida disputada, e cada qual com a suas armas fizeram um duelo disputado.

Felipão armou a seleção brasileira de forma diferente do que vem fazendo. Teve um 4-4-2, com duas linhas de quatro homens atrás, Neymar e Jô como atacantes. No meio de campo se alinhavam, Paulinho e Luiz Gustavo como volante por dentro, Oscar e Hulk eram os meias abertos. Chile do técnico Sampaoli iniciou no 3-4-3, com três zagueiros atrás, a linha de meias com dois alas abertos e dois volantes e na frente dois atacantes abertos e um por dentro.

Mas como disse antes, fora a diferença nas pranchetas, as seleções tem características muito distintas. Brasil muito bem postado, compacto na marcação e objetivo quando ia ao ataque. No primeiro gol do jogo foi a marcação por pressão que fez a diferença, bola roubada no campo de ataque e Oscar passou para Hulk fuzilar. Chile tinha muita movimentação e com 22 minutos já tinha feito duas substituição, Diaz por Beausejour e Valdívia por Fuenzalida. E alterado o esquema tático, saindo do 3-4-3 para o 4-3-1-2 em losango.

Com essa formação tinha o volante Carmona como cabeça de área à frente da linha de quatro defensores, dois zagueiros e dois laterais. Como vértices laterais do losango que se formou estavam Alexis Sanchez e Beausejour. O vértice ofensivo, ou o meia, ou o enganche, era Valdivia. Na frente, Vargas e Gutierrez. Parece forte o que disse, mas se eu bem entendi o que Sampaoli propôs, Alexis era um segundo volante. Mas curioso é que na segunda etapa, o discípulo de El Loco Bielsa, inverteu. Vargas e Gutierrez que eram atacantes viraram segundo volantes, Alexis e Bonseaujour que estavam no meio de campo viraram atacantes. El Loquinho Sampaoli. Mas o time apesar da movimentação interessante, tinha pouca objetividade. Em um desses poucos momentos, Vargas pegou a segunda bola, quebrada por Bravo e a primeira disputada por Beausejour, e bateu bonito de fora da área, no cantinho. Isso aos 33 minutos da etapa final.

Então veio a melhor característica do selecionado brasileiro, muita tranquilidade para voltar a estar à frente no placar. E em bonita jogada de Neymar que achou livre Maicon aberto na direita, o lateral cruzou na medida para Robinho só completar para as redes.

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Não só por 20 centavos, ou Ribery, é por Pogba e Matuidi...

França 3-0 Ucrânia – Repescagem europeia para a Copa do Mundo:
 A Ucrânio foi para o Sakho! Piada infame, eu sei! Desculpa...

Simples não seria para os franceses, mas a definição mais apropriada é que seria muito difícil. Impossível, para os mais incrédulos. Mas o clima do Stade de France era propicio para o emocionante jogo que viria.
França jogava em casa e se armou n 4-3-3. Cabaye era o primeiro volante, com Pogba e Matuidi a sua frente como segundo volantes. Na frente, Valbuena e Ribery abertos e Benzema na referência. Ucrânia se montou com duas linhas de quatro homens, Yarmolenko aberto na direita e Konoplyanka na esquerda na linha do meio de campo. Na frente, Bezus e Zozulia.

Característica marcante do time de Deschamps é qualidade de seus volantes de saída, Pogba e Matuidi, e a movimentação de Valbuena. O meia tem como posição inicial a ponta direita, e volta marcando por ali, mas com a bola em posse francesa ele se movimenta em direção a posição central da meia cancha, e por todo o ataque, para armar o time. No time ucraniano, me atentei a movimentação defensiva dos laterais, que fecham como zagueiros no balanço defensivo com muita naturalidade.

Mas o que determinou o jogo foi ímpeto francês. Desde os primeiros minutos partindo para cima. Logo aos 20 minutos abriu o placar com o zagueiro Sakho, em rebote de tiro forte de Ribery após cobrança de falta de Valbuena. Por volta de 10 minutos após o gol que abria o difícil caminho, o goleiro ucraniano falha, a bola passa por ele e Benzema completa para o gol. Mas o juiz anula por posição irregular, e o mais incrível é que o atacante não estava impedido! Lembranças vieram, e os que torciam contra logo pensaram: “eles vão pagar!”. Pelo lance de Henry em situação parecida. Mas para deixar a coisa mais confusa ainda, logo em seguida o próprio Benzema marcou o segundo gol do jogo, em passe de Valbuena, e agora impedido!

O jogo se encaminhava para o nervosa prorrogação, a essa altura a Ucrânia já tinha um homem a menos, mas a pressão francesa já não era a mesma. Até que em bola cruzada na área, Husyev faz contra o gol que classificaria última campeão do mundo ameaçada de não vir ao Brasil (fora um desastre quase impossível do Uruguai).

Já não pensamos mais a seleção como se fosse o time do nosso país, e queremos que as melhores equipes venham para cá, não que fiquem fora os rivais mais fortes. Pelo menos as que tenham os jogadores mais conhecidos em seus elencos. E muita gente comemorou a vinda de Frank Ribery, que com muita justiça é cotado para ser um dos melhores do mundo na temporada passada, para as terras tupiniquins. Mas incorporando o bordão das manifestações do Passe Livre, digo: Não é por Ribery, ou os 20 centavos, é por Pogba e Matuidi. Dupla sensacional de jovens volantes.

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Cristiano Ronaldo! O jogador em melhor momento no futebol mundial...

Suécia 2-3 Portugal – Repescagem europeia para a Copa do Mundo:
 Se fosse só marketing, como os tolos dizem, Cristiano Ronaldo não sentiria o jogo e a necessidade de decidir em momentos importantes

A manchete estava anunciada: Ibrahimovic x Cristiano Ronaldo! Na primeira partida CR7 saiu na frente de Ibra e com um gol do craque, Portugal saiu na frente. Mas isso parece não bastar para o atacante, teve que fazer muito mais.

Suécia e Portugal não mudaram suas esquemas táticos para o jogo, continuaram no 4-4-2 em linha e 4-3-3. E a única mudança nas escalações foi a entrada de Hugo Almeida na referência de ataque e saída de Postiga.

Mesmo precisando do resultado, o time sueco não conseguia impor a pressão necessária para fazer o placar nos primeiros minutos. E pior, Portugal foi melhor nos 45 minutos iniciais. E Ronaldo queria jogo. Na segunda etapa, Suécia resolveu ir ao ataque. Portugal não tem um time envolvente, tem apenas as bolas alçadas na área, os contra golpes e... Cristiano! E a junção dos dois últimos fatores foi determinante. Com 5 minutos da etapa final, CR7 marcou e contra-ataque.

O sonho parecia estar sendo desfeito para o time amarelo, mas o outro craque da manchete fez questão de dizer que não estava na chamada por acaso. Se o rival português não tem uma grande equipe para dar apoio ao seu futebol, Ibra tem problema ainda maior. Só conseguiu entrar no jogo e fazer a diferença em cobrança de escanteio que ele meteu de cabeça e em falta na entrada da área que colocou seu time à frente no placar.

Mas ai veio o show do jogador em melhor momento no futebol mundial. Mais um contra golpe e mais um de Ronaldo. E para garantir de vez os portugueses na Copa do Mundo, João Moutinho enfiou linda bola para o hat-trick de Cristiano Ronaldo. E ai talvez a melhor notícia, jogada bem tramada pela equipe de Paulo Bento.

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segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Argentina sem Messi tem Aguero e Di Maria como peças fundamentais...

Argentina 2-0 Bósnia – Amistoso Internacional:
 Kun!

Sem Lionel Messi, a albiceleste tem duas peças fundamentais e esquema alternativo. Argentina enfrentou a Bósnia, também já classificada para a Copa do Mundo no Brasil. E venceu com tranquilidade por 2 a 0 nos Estados Unidos.

Sabella montou a Argentina no 3-5-2, com três zagueiros e Mascherano como primeiro volante a frente deles. Completando o meio de campo, di Maria e Maxi Rodriguez era os organizadores da equipe, os alas eram Zabaleta pela direita e Rojo pela esquerda. E na frente, Kun Aguero e Palacio. E assim, os hermanos enfrentaram a Bósnia que se armou no 4-2-3-1. A trinca de meias formada por Ibisevic na direita, Misimovic por dentro, Viska na esquerda, e a frente deles o centroavante Dzeko.

Fundamentais no time de Sabella, com ou sem Messi, são Aguerro e di Maria. Kun marcou os dois gols do jogo, o primeiro em contra golpe puxado por Angel, que passou para Palacio e que depois de travado por Begovic acabou sobrando para o atacante do Manchester City marcar. E o segundo, Kun recebeu passe açucarado de Maxi e fuzilou.

Com essa formação, Argentina tem atacantes com muita mobilidade. Palacio e Aguero não são atacantes pesados, e sim de muita movimentação. E apesar do faro de gol impressionante de Kun, ele não é o típico centroavante, esse esteve no banco, Higuain. Se não tem o típico camisa 9, como se costuma identificar o atacante de referência na área, a equipe argentina também não teve o 10 clássico, ou enganche como é conhecido por lá. E a responsabilidade de armação parte dos pés de Maxi e di Maria, e os dois se dividem e se completam na função. Ambos não são volantes, mas se posicionam como tal. Enquanto o jogador do Real Madrid puxa sempre na velocidade, o meia do Newll´s cadencia.

Lógico que Messi faria falta em qualquer equipe, mas se engana que pensa que os argentinos dependem da Pulga. Principalmente pelo imensa mobilidade tática de seus jogadores e boa estruturação de Sabella chegarão fortes ao Brasil.

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Tite, Corinthians e Mano...

Tite, Corinthians e Mano:
 Titebilidade

O caso não é simples, e de nenhuma forma tenho posições determinantes. Mas gostaria de pensar sobre, com alguns argumentos e possibilidades, de acertos e erros. De cara digo, sem pretensão de ser dono da verdadeira resposta, que não concordo com a saída de Tite do comando do Corinthians, ou do maior técnico da história do time alvinegro. Reluto em usar a alcunha, por não me julgar na posição de tal afirmação, mas que vinda de gente muito mais vivida e experiente no futebol parece ter lá suas razões.

Tite teve uma passagem brilhante pelo Corinthians, campeão de tudo que disputou. Mas tenho sempre medo do endeusamento depois da “morte”. Chorão, vocalista da banda de rock Charlie Brown Jr, era legal mas não era um gênio. Chico Science era ainda mais legal, mais ainda assim não era um gênio. Enfim, é possível entender, relevando gostos pessoais, o que quero dizer.

Das mesma forma que Adenor ganhou a Libertadores e o Mundial, caiu contra o Tolima, e principalmente não consegue fazer o time reagir no Brasileiro atual, e no de 2012. No jogo de ontem no Pacaembu, além de mostrar a imensa gratidão que a Fiel tem com o treinador, a partida desnuda os motivos que a diretoria não o escolheram para ser o técnico em 2014. O time não reage! E não jogou nem por ele! Mas o que deve ser lembrado pela torcida corinthiana não é isso. E sim do técnico dirigindo o time das numeradas do Pacaembu, depois de ter sido expulso, e torcedores em volta pedindo silencio para que o comandante pudesse ser ouvido do campo. Cena épica! Ou também no comportamento de Tite, e de Edu Gaspar, na tragédia de Oruro. Comportamento dos dois que aliviou bem a barra da instituição Corinthians diante de tal erro de seus torcedores (sobre as prisões já me manifestei completamente contrário, mas não é o foco aqui).

É muito difícil para nós, que não estamos entre os muros, avaliarmos o que deve ser feito ou não. Mas é possível termos opinião e saudável discutirmos. Vejo que o melhor dos mundos seria manter o atual técnico, e em base uma conversa profunda sobre o balanço do ano, chegar a medidas para avançar no ano que vem. Minha maior crítica ao técnico é que tenha ficado refém do esquema tático, e muito dependente da intensidade que já não tinha mais. Esse grupo já era diferente do campeão de 2012, mais técnico, menos intenso. Sempre achei que um 4-4-2 em linha resolveria os problemas, mas enfim.

A chegada de Mano Menezes é uma decisão ainda mais espinhosa. O último técnico que fez sucesso no clube foi ele. E vale dizer que no ano da virada, do acesso e dos primeiros anos da administração de Andres, ele estava no comando e ainda que distante no tempo deu base para o equipe que viria a se formar com Tite. Mas o treinador vivi momento complicado na carreira. Vejo que fez bons trabalhos na seleção brasileira e no Flamengo, arrumou a casa e vinha organizando. Mas nos dois casos, o time jogou mais com a sua saída. Mas também com base no seu trabalho. Vejo em Mano, que tenho profunda admiração e carinho especial, uma dificuldade em vencer. Ele vence, claro. Sua passagem pelo Corinthians é prova disso, campeão da Copa do Brasil, com o primeiro 4-2-3-1 a que me atentei na vida, e logo em seguida tivemos a Copa da África do Sul que chancelou o esquema da moda. Mas a mesma passagem tem fracassou como na final da Copa do Brasil para o Sport, de Carlinhos Bala, e a queda na Libertadores, como o gol de Vagner Love.

De qualquer forma é um assunto complexo, e de muitas respostas possíveis. Fato é que o Corinthians, como gestão, mostrou de novo uma postura mais moderna. Não mandou seu técnico embora por uma série de derrotas, ou empates, e nem por pressão da torcida. Avaliou ao fim da temporada que o ciclo chegaria ao fim, decisão certa ou errada? É a tal discussão complexa a que me referi, mas tomada de forma correta, apesar de talvez ter faltado um pouco de carinho com Tite.

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sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Portugal leva o placar minimo para o Suécia...

Portugal 1-0 Suécia – Repescagem europeia para a Copa do Mundo:
 Letal!

Não foi simples para Portugal, consegue levar o placar mínimo para a Suécia e o confronto por vaga na Copa do Mundo no Brasil permanece em aberto. Lógico que as vagas tem que ser decididas na bola, mas que dá vontade de ver as duas seleções por aqui, isso dá!

Paulo Bento tem o esquema português definido, arma os gajos no 4-3-3. Veloso é o primeiro volante, a sua frente completam o triangulo de meio de campo Moutinho e Raul Meireles, que são segundo volantes e responsáveis pela armação da equipe. Na frente, Cristiano Ronaldo e Nani abertos, Postiga na área.
Suécia veio com duas linhas de quatro homens no seu 4-4-2 em linha, Kakaniklic e Larsson eram os meias abertos. Na frente, Elmander e Ibrahimovic. Mas Elmander era quem voltava no meio de campo para marcar Veloso, e no início do jogo até se incorporava ao meio de campo em uma espécie de 4-1-4-1, mas que durou pouco.

Os suecos vinham com clara intenção de levar para seu país o placar mais seguro, e sem tomar gols. Mas mesmo com o time da casa indo para cima e com mais posse de bola, o primeiro tempo foi de mais agressividade sueca, que arrematava mais contra o gol de Rui Patrício. Mas o time amarelo e azul não jogava exatamente se fechando atrás para buscar o contra golpe, chegava no campo de ataque sem pressa excessiva. Mas na segunda etapa o recuo do time de Ibra foi muito grande. Portugal seguia jogando mal, e sem chances de abrir o placar.

A pouca criatividade portuguesa passava por Moutinho, que não foi bem no jogo. O volante organizador abria demais em campo, ao invés de junto com Raul agredir no um contra os dois volantes adversários. E o pior abria pela direita, lado de Nani, que não tem característica de entrar na área. Se essa movimentação ocorresse do lado oposto, com Cristiano, o camisa 7 poderia invadir a área. Seria uma variação interessante do 4-3-3 base para um eventual 4-4-2. Mas não foi.

E a principal arma do tropa lusitano eram os cruzamentos em direção a área. E em uma desses inúmeros chuveirinhos, Cristiano cabeceou e abriu o placar. Em seguida anda meteu uma bola na trave, de novo de cabeça, de novo em bola alçada na área.

A principal chamada do jogo era CR7 x Ibra, e com toda a razão. Ibra foi melhor no primeiro tempo e Cristiano “só” marcou O gol do jogo. Ponto para o português! Ibra viveu de ganhar todas as primeiras bolas pelo alto, e sempre deixando a bola em domínio próprio ou de seu time. Por técnica pura, Ibrahimovic talvez seja melhor que o craque português. Mas CR7 é letal, impressiona! Que venha o segundo, e derradeiro capitulo.

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Bom Senso FC, enorme demonstração de força!

Bom Senso FC:
 Grêmio x Vasco

Na rodada de meio de semana do Brasileirão, o destaque com certeza era o título do Cruzeiro e não podia ser diferente. Mas um pouco por já estar com as duas mãos na taça e só precisar ergue-la, outro personagem tomou a atenção dos gramados brasileiros: o Bom Senso FC.

O grupo de jogadores que começam a discutir melhorias para o nosso futebol deu demonstração incrível de força. O protesto combinado parecia ser o seguinte: o juiz apita, rola a bola, e os jogadores de ambos os times permanecem parados e de braços cruzados por 30 segundos. E antes as duas equipes que se enfrentariam, nas diversas partidas, entram em campo segurando, com adversários intercalados, faixas do Bom Senso FC com os dizeres: “Por um futebol melhor para todos” ou “Amigos da CBF: cadê o Bom Senso?”. Em cada jogo uma faixa dessas foi utilizada.

E isso aconteceu! Confesso que fiquei até um pouco emocionado. Mas variações tiveram em cada situação. 
Na partida entre Grêmio e Vasco, por exemplo, o script foi seguida com exatidão. Em outras partidas o ato de cruzar os braços aconteceu antes do apito inicial. Normal, mas em todas as partidas (não lembro de alguma que não tenha ocorrido) o protesto foi realizado. Chamou muito a atenção no jogo entre São Paulo e Flamengo a ameaça de Alicio Pena Júnior, orientado pela CBF, de dar cartão amarelo a todos os jogadores que protestassem. Apesar de absurda, seria muito bom que acontecesse, pelo ridículo a que a decisão seria exposta. Mas os jogadores em campo, capitaneados por Rogério Ceni foram muito hábeis para driblar o ridículo arbitro que cumpria ridícula ordem. Apenas ficaram tocando a bola sem disputa-la de fato, enquanto o rapaz do apito corria atrás da “jogada” de forma patética.
São Paulo x Flamengo, a conversa com o "professor"

Dias antes escrevi por aqui a minha preocupação quanto a organização do movimento (sem críticas, apenas com preocupações do desenvolvimento), e meus questionamentos foram engolidos pelos fatos. Claro, que enfrentamentos mais agudos virão nessa reivindicação e novas formas de organização podem surgir, mas nesse momento os jogadores tem articulação invejável. Que continuem com essa postura, agressiva porém buscando o diálogo. Muitos de nós sabemos que os cartolas brasileiros não são pessoas de bom senso para acatarem os pedidos dos atletas pensando em questões técnicas, e devem ser pressionados para atenderem as pautas. Mas os movimentos das categorias são assim. E sim, apesar de ganharem altos salários, e nem todos, aliás a minoria, os jogadores são trabalhadores.

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quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Duas seleções candidatas a sensação da Copa do Mundo se enfrentaram...

Bélgica 0-2 Colômbia – Amistoso Internacional:
 O artilheiro colombiano tem tudo para se destacar na Copa de 2014!

Bélgica e Colômbia se enfrentaram hoje na preparação para a Copa do Mundo. As duas seleções já estão classificadas para virem ao Brasil, e são duas candidatas a revelação da competição. Claro que não entrão pensando em título, mas em fazer bom papel. E tem condições e nomes para isso. Belgas e colombianos tem jogadores presentes nas principais ligas europeias e em grandes clubes.

Bélgica se formou no 4-2-3-1. E tinha Witsel e Defour como volantes. A linha de três meias era formada por De Bruyne aberto na direita e Hazard na esquerda, ambos do Chelsea. Fellaini, do Manchester United, completava o meio de campo ofensivo por dentro. Benteke era o centroavante, esse do Aston Villa. Ou seja, toda a linha de frente do time europeu atua na Premier League inglesa.
Colômbia se formou num 4-4-2 em linha. Na linha de meio de campo, Sanchez e Aldo Leão eram os volantes, James Rodriguez e Cuadrado eram os meias abertos pelas beiradas. James com um pouco mais de liberdade que seu companheiro. Na frente Falcão Garcia, do Mônaco, e Muriel. O segundo voltando mais em direção a posição central do meio de campo.

Primeiro tempo foi praticamente nulo, a principal chance foi com Benteke de cabeça. Mas na segunda etapa o jogo começou de fato. E logo de cara Falcão abriu o placar, em passe do meia James que estava muito sumido no jogo. Ibargo, que substituiu Muriel e atuava aberto na esquerda, ampliou em bonita jogada e chute forte. Bélgica mudou seu esquema, teve Fellaini saindo da meia central para ser o box-to-box, posição que está mais acostumado a jogar. Meteu duas bolas na trave, mas não chegou a oferecer perigo ao placar sul-americano.

Fora os que iniciaram em campo, Colômbia teve a entrada do bom volante Guarin da Inter de Milão e Jackson Martinez. Na Bélgica o meia Mertens do Napoli também foi para o gramado, o atacante Lukaku do Everton, o volante Dembele do Tottenham e o atacante Mirallas do Everton também entraram. Enfim, duas seleções muito interessantes e que tem ainda mais jogadores que nem no banco estavam.

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Atuação de gala de Cícero, Montillo e Thiago Ribeiro...

Santos 3-0 Bahia – Campeonato Brasileira:
 Cícero e Montillo tem mais liberdade que os demais, e hoje marcaram seus gols

Santos fez grande partida contra o Bahia. Time que varia muito o desempenho, e dessa vez variou para cima. Contou também com o tricolor baiano inofensivo, e que pode terminar a rodada na zona de rebaixamento. Até provável que aconteça, já que o Fluminense deve vencer o Náutico.

Claudinei segue armando a equipe no seu 4-4-2, e talvez seja o maior motivo de tantas oscilações do time. No esquema, Thiago Ribeiro e, hoje, Geuvânio são os atacantes pelos lados. E ambos tem muitas obrigações defensivas, voltando marcando os laterais rivais. No meio de campo se forma um quadrado, Arouca e Alison na marcação, Cícero e Montillo na armação. Os meias aliás que muitas vezes são os homens mais adiantados em campo.

No jogo de hoje enfrentando o Bahia com poucas pretensões, ou capacidades, ofensivas e com atuação de gala de Montillo, Cícero e Thiago Ribeiro, a vitória foi construída com certa facilidade. Mas é interessante observar que nos dois últimos gols, a jogada só acontece porque Geuvânio e Thiago não estão tão recuados. No primeiro de Cícero, Geuvânio da enfiada na medida para Thiago cruzar com a mesma precisão para Cícero marcar (junto com Montillo os homens mais adiantados, lembra?). No segundo do camisa 8, Thiago rouba a bola no campo de ataque, lógico que ele tem que marcar, como fez, mas agora no campo de ataque, e cruza, Montillo ajeita e Cícero marca. E o argentino foi quem abriu o placar em jogada individual.

Já vi comentários que Claudinei é retranqueiro na montagem do time, não concordo. Só vejo que distancia demais seus atacantes do gol e dá liberdade demais para seus meias. Armadores que tem quase como carga genética a oscilação de desempenho e a equipe depende demias deles. Mas de qualquer forma, é importante frisar que mesmo patinando, Santos passa longe de fazer a campanha desastrosa que anunciava o início de temporada.

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quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Vitória magrinha, mas importante do Grêmio...

Grêmio 1-0 Vasco – Campeonato Brasileiro:
 Impressionante como o Pirata caiu de rendimento

A grande questão no Grêmio continua sendo a opção de Renato pela formação dos três zagueiros e três volantes que vem armando o time. No jogo de hoje contra o Vasco não foi isso que aconteceu. O tricolor tinha uma linha de quatro defensores, dois zagueiros e dois laterais, a mesma formação dos três volantes, e no lugar do terceiro zagueiro entrou Zé Roberto a frentes de Souza, Ramiro e Riveros. O ataque seguiu com Kléber e Barcos.

Adilson que mudou seu time, e usou o 3-5-2 que Portaluppi deixou para trás, pelo menos nessa partida. Formou a zaga com Jomar, Cris e Renato Silva, os dois alas eram Fagner e Wendel, no meio de campo Abuda e Guiñazu mais concentrados na marcação e Pedro Ken com liberdade. Na frente Edmilson e Marlone.

O jogo começou com o time da casa melhor em campo. Marlone, o melhor jogador do Vasco e pretendido por alguns times para a temporada que vem, na recomposição defensiva voltava no meio de campo para suprir a inferioridade numérica no setor. E com isso o time de Adilson tinha alguma dificuldade para fazer uso do contra golpe, pois o jogo parecia se desenhar com essa estratégia. Mas entre os 15 e 20 minutos, Alex Telles perdeu duas bolas no meio de campo e proporcionou contra-ataques, um deles que Marlone definiu em direção ao gol. Somado a essa situação e a já famosa inoperância ofensiva gremista, o time pareceu se abater. E deixou que o Vasco melhorasse no jogo. Mas essa melhora não se tornou domínio e durou pouco.

Aos cinco minutos da segunda etapa, quando Maxi Rodriguez já se aquecia na beira do gramado, Zé Roberto bateu escanteio da esquerda e o zagueiro Rhodolfo marcou de cabeça. Como já parecia, Zé foi substituído por Maxi. E mesmo para quem defende a entrada do meia entre os titulares deve admitir que o substituto foi muito melhor que o veterano. Criou mais chances, deu mais passes, participou mais e foi mais ousado. Ainda assim foi pouco para o Grêmio, mas a vitória foi importante e o mantém na terceira posição.

Me entrincheiro aos que defendem o início de Zé Roberto entre os 11 que começam em campo, mas pela bola que Maxi demonstrou hoje, mudo de “bandeira”. Devendo que Renato atue com um quarteto de defensores e um armador, que no caso pode ser Maxi ou Zé Roberto. Sempre gosto de lembrar que essa minha opinião não está baseada na premissa de que três zagueiros e três volantes é um esquema retranqueiro e tudo mais, não é isso. Só acho que essa possibilidade se esgotou e já não traz os resultados de tempos atrás.

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Vitória esmeraldina e o Ibrahimovic do cerrado...

Goiás 2-0 Ponte Preta – Campeonato Brasileiro:
 Eduardo Sasha comemora seu gol

Goiás recebeu a Ponte em sua casa, venceu e contou com o empate botafoguense para empurrar a estrela solitário para fora do G4. Legitimo “chega pra lá que eu tô passando”. Macaca que parece entregue ao rebaixamento no Brasileirão, mas com sonhos muito maiores que vão além das fronteiras nacionais.

Técnico Enderson Moreira armou os esmeraldinos no 4-2-3-1. Amaral e Deivid como volantes, Renan Oliveira aberto na direita, Ramon por dentro e Eduardo Sasha na esquerda. E a volta de Walter ao time, depois de contusão. Hugo que ainda desfalca a equipe deu lugar a Ramon. O 4-2-3-1 do Goiás que toma essa caraterística muito mais na defesa, recomposição, do que no ataque, onde parece mais um 4-4-2. Já que Sasha é quem espeta ofensivamente para fazer companhia a Walter.

A Nega Véia de Campinas tinha três zagueiros em campo, mas não comece a numeração do esquema tático com um 3. Diego Sacoman foi lateral esquerdo na linha de quatro defensores, com os zagueiros César e Ferron no miolo e Artur na lateral direita. O meio de campo tinha Magal na cabeça da área, Alef e Fernando Bob saindo como vértices laterais do losango e Elias na armação completava a forma geométrica. Adailton e Willian na frente.

E o time do centro-oeste brasileiro foi melhor na maioria do tempo, Ponte pouco levou perigo. Mesmo melhorando seu desempenho quando Jorginho substituiu Diego por Rildo e saiu do 4-3-1-2 para o 4-2-3-1. Eduardo Sasha aproveitou a sobra de falta batida na área e emendou para as redes, Ramon completou jogada de Sasha e, o lateral direito, Vitor para definir o 2 a 0 final.

A jogada do último gol da partida nasce de passe de Walter para os dois tramarem. E essa movimentação do centroavante se repetiu, e repete-se em muitos jogos. O mítico atacante sai da área em direção ao meio de campo e tem a entrada dos jogadores que atuam pelos lados entrando na diagonal que se abre atrás dele. E com boa qualidade de passe consegue iniciar lances como esse. Mal comparando, e em claro tom de brincadeira. Walter é o Ibrahimovic do cerrado!

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Parabéns Cruzeiro, campeão de espinha dorsal e característica...

Vitória 1x3 Cruzeiro – Campeonato Brasileiro:
 O 7 e 10, o ponta direito e o meia central, Everton Ribeiro e Ricardo Goulart

Cruzeiro é campeão! De fato, de direito e agora pelos rigorosos critérios matemáticos, que de tão rigorosos nos fazem esperar o esperado, quase inevitável. Já era campeão e já tinha comemorado, em sua casa e com sua torcida. Não por desrespeito aos adversários que por um milagre ainda teriam chances, mas pelo transbordar do sentimento que já não cabia mais no peito. Parabéns a esse grande time!

Que dirigido por Marcelo Oliveira tem espinha dorsal e característica. Suas peças chave começam pelo goleiro Fabio, passam pela segurança de Dedé na zaga e o volante Nilton e termina na parceiro Everton Ribeiro e Ricardo Goulart. A característica marcante desse time e como deve ser lembrado, é ser fulminante. Começando pelo 5 a 0 na primeira rodada sobre o Goiás, e vai pelos 13 jogos onde marcou 3 ou mais gols, vencendo todos os adversários do campeonato pelo menos uma vez.

Quando trato em destaque de alguns jogadores, em nada quero dizer que os outros são dispensáveis, e claro que os times que se iniciam na competição invariavelmente não são os que terminam, mas ai vai outro nuance desse campeão. Muitas foram aos sucessões em meio ao torneio. Quando Ceará não esteve apto para entrar em campo, o jovem Mayke deu conta e se destacou na lateral direita. Nilton formava dupla com o veterano Leandro Guerreiro, Souza chegou e foi dono da posição por algum tempo, até o também jovem Lucas Silva tomar conta do setor. Diego Souza era talvez o diferencial técnico da equipe no início desse Brasileirão, foi embora e quase não fez falta, Ricardo Goulart saiu do banco para parecer que sempre esteve em campo. Willian veio no negociação que levou o meia para a Europa, e depois da contusão de Dagoberto, deixou o atacante mais badalado no banco. Que depois fez grandes partidas. Borges iniciou e terminou como o 9 do time, mas por ali passaram Vinicius Araújo e o próprio Ricardo Goulart improvisado. Enfim, elenco! Dos fortes, bem conduzido e administrado.

Mas ainda o que mais me chamou a atenção nessa equipe estava na posição 10 e 7 (que não são seus números nas camisas, mas o número identifica as posições em campo), ou o meia central e o ponta pela direita, ou Ricardo Goulart e Everton Ribeiro. Ricardo não é um armador, é ponta de lança de entrada na área e de gols. Everton sim era a cabeça em campo. E as inversões dos dois deram o molho desse time sólido.

Parabéns Cruzeiro, o campeão Brasileiro!

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terça-feira, 12 de novembro de 2013

Reflexões sobre o Bom Senso FC...

Bom Senso FC:

Uma reportagem muito interessante na Folha da semana passada, não lembro o dia, descreveu de forma muito interessante o movimento do Bom Senso FC. Com suas responsabilidades e distribuição de tarefas. Simpatizo muito com a iniciativa dos jogadores e acabei pensando em como seria melhor a continuidade da iniciativa. Mas a verdade é que não cheguei a uma conclusão.

Das possibilidades que imaginei, uma delas era sobre a estrutura do Bom Senso FC. Quanto seria interessante para o grupo de jogadores que encabeçam a iniciativa ter uma estrutura mais formal? Ter um grupo executivo por exemplo, ou um comitê central para os mais da esquerda. Essa possibilidade poderia dar mais agilidade às decisões, assim como assertividade, já que a distância e os compromissos dos jogadores podem ser um fator de dificuldade. Esse aspecto também daria mais legitimidade aos líderes, perante as divergências que virão. E ótimo que elas existem, mas o ideal é que possam ser discutidas e não atravanquem as respostas que o movimento dará à sociedade.

Mas não acho que a coisa seja tão simples assim. Ok, Paulo André, Alex e mais alguns outros a partir de agora respondem pelo movimento e vamos lá! Não. Primeiro que a formação desse “comitê executivo” teria que ter muito cuidado em sua formação, para não ser deslegitimado. Mas o que mais me preocuparia é como os jogadores, com seus níveis diferentes de proximidade com os movimentos sociais, encarariam essa possibilidade. Me parece que a possibilidade primeira seria de afastar boa parte deles. E uma pequena “burocratização” matar no nascedouro um movimento tão importante. Então penso que melhor que ele, o movimento, não seja de respostas tão ágeis e assim permaneça mais consistente. Vida longa ao Bom Senso FC, que possa avançar em suas conquistas, mas acima de tudo que possa avançar na discussão sobre e com os trabalhadores da bola.

Ultimo pensamentos: Já vi alguns fazendo críticas aos líderes do BSFC relacionando a participação no movimento a questões técnicas, de dentro do gramado. Quem faz isso não passa de um canalha, ataque aos movimentos sociais dessa ordem são covardes. E não é porque o jogador, criticado por tanto tempo pela não participação política, faz parte do movimento que treina menos ou coisa parecida.

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domingo, 10 de novembro de 2013

Pato definiu o placar e uma teoria sobre suas atuações...

Corinthians 1-0 Fluminense – Campeonato Brasileiro:
 Desinteressado? Acho que o problema é outro

Jogo sugeria um modorrento 0 a 0, e foi assim até os minutos finais. Mas no finalzinho do jogo, o juizão marcou pênalti, que não deu para entender se em Sheik ou Paulo André, e deu alguma graça ao jogo. Alexandre Pato que havia entrado no segundo tempo pediu a bola, ajeitou a na marca da cal, correu, bateu, alto e forte, gol! E deu números finais a partida. Além de definir o placar, reforçou uma teoria.

Tite manteve o esquema tático Corinthians, 4-2-3-1. Romarinho na direita, Douglas por dentro e Sheik na esquerda. A única diferença é a presença de Renato Augusto no comando de ataque, o meia vem sendo escalado por ali. Já o Flu de Luxemburgo, tinha um 3-5-2. Gum, Leandro Euzébio e Anderson na zaga. Edinho e Diguinho como volante. Felipe na ala esquerda e Jean na direita. Wagner na meia e Sóbis e Marcelinho no ataque.

No encaixe entre os times Felipe vigiava Romarinho, Jean do outro lado deixava Emerson a cargo de Gum. E o Corinthians insistiu em jogadas pelo lado do Sheik, sem aproveitar a velocidade de Edenilson e Romarinho para cima do veterano Felipe. Na primeira etapa Corinthians até criou um pouco. Douglas de cabeça e Renato Augusto depois de cruzamento levaram perigo. Mas atuavam contra um time sem pretensões ofensivas, apenas pensando em empatar. Três zagueiros, dois volantes de contenção, dois alas que não avançam e pouca ousadia.

Na segunda etapa o jogo piorou muito e praticamente não teve chances. Luxa alterou por duas vezes o esquema de do seu time. Primeiro com Felipe fixo de lateral, e o zagueiro Gum na lateral direita. Adiantando Jean para o meio de campo num 4-4-2. Depois sacou Wagner e com Igor Juião aberto na direita teve um 4-2-3-1. E a emoção ficou só para o lance final, de Pato. Alexandre pede a bola, bate e marca. Uma atitude de quem quer se redimir. Mas para mim prova que o atacante não é desinteressado em campo como a maioria diz, simplesmente não sente a pressão. Talvez por ter começado muito cedo no futebol, ou por temperamento mesmo. Não sentir as vibrações que vem de dentro e fora de campo pode ser bom, deixar o jogador frio para decidir em momentos agudos. Mas também pode ser péssima, e levar o sujeito a não perceber a hora em que a entrega é fundamental. Tá aí, Pato! Categoria ele tem, difícil negar.

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Cruzeirenses perderam o pudor, e com razão...

Cruzeiro 3-0 Grêmio – Campeonato Brasileiro:

Raposa já é campeã! Nenhuma ousadia afirmar isso, mesmo a algumas rodadas atrás. Se o Furacão não tivesse vencido o São Paulo, essa brilhante campanha cruzeirense seria premiada com a possibilidade de erguer a taça diante da maioria dos seus torcedores. Mas foi praticamente isso que aconteceu, todo cruzeirense perdeu o pudor de gritar campeão. Apesar de que se existisse alguma possibilidade de virada seria uma ZICA gigantesca, nem isso tirará a taça dos azuis de Minas Gerais.

Marcelo mandou seu time armado no 4-2-3-1. Nilton e Lucas Silva como volantes, Ricardo Goulart, Everton Ribeiro e Dagoberto como meias e Borges na frente. E a característica do time segue muito forte. Talvez umas das grandes qualidades dessa equipe seja como consegue desorganizador a defesa rival, muitas movimentação, inversões, dribles e passes em profundidade.

Grêmio de Renato não foi uma presa fácil, fez boa partida. Talvez o placar tenha sido dilatado demais para o jogo. Mas isso fica por conta da pujança cruzeirense. Renato insiste no 3-5-2. Werley, Rhodolfo e Bressan como zagueiros. Souza, Ramiro e Riveros os volantes. Pará e Alex Telles os alas. E só Kléber e Barcos na frente. E o time ia bem na marcação, Alex Telles se preocupava com Everton quando ele caia pela direita de ataque. Pará deixava Dagoberto passar para ser marcado pelo zagueiro Werley, e no meio de campo Souza ficava com Ricardo Goulart. Mas como disse antes as posição cruzeirenses sofrem muitas alterações, e os marcadores gremistas pouco se confundiam com isso, permanecendo em seus setores. E ofensivamente, que o grande problema do time, não foi mal. Não fez gols, é verdade, mas criou chances, que nos últimos jogos eram escassas.

Mas primeiro Borges marcou um golaço, e de canela! Quando a fase é boa, voleio pega na canela e entra na gaveta. Willian entrou junto com Luan no segundo tempo, substituindo Dagoberto e Everton Ribeiro, e quase como um prêmio ao elenco marcou o segundo gol. Difícil apontar “o cara” desse time, mas o maior candidato é Everton Ribeiro, líder de assistências do campeonato, mas quem não pode ficar esquecido, de forma nenhuma, é Ricardo Goulart. O meia cai por todos os lados do campo, articula as jogadas junto com Everton, se infiltra na área, joga de centroavante e  faz gols. Como o terceiro do jogo, de bate e... pronto!

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