quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Já não é mais o pior ataque...

31 de julho de 2013 – Campeonato Brasileiro – Corinthians 2x0 Grêmio:

Corinthians e Grêmio se enfrentaram ontem no Pacaembu. Olhando a classificação antes do jogo a distância entre os times não representava exatamente a correlação de forças entre as equipes. Corinthians ainda não engrenou no campeonato e olhava mais para o baixo do que para o topo, e o tricolor gaúcho briga na parte de cima da tabela. Mesmo que já com quase 10 rodadas disputadas poucos pontos separam o líder do último colocado. As posições atuais de cada time não são claramente as reais possibilidades de cada elenco em relação à competição.

Tite armou o Corinthians no 4-2-3-1, com:
                Cássio;
                Edenilson, Gil, Paulo André, Igor;
                Guilherme, Ralf;
                Romarinho, Danilo Emerson Sheik;
                Guerrero.

Renato veio no 4-3-1-2, com:
                Dida, Pará, Werley, Bressan, Alex Telles;
                Riveros, Adriano, Zé Roberto;
                Elano;
                Barcos, Kléber.

Tite mesmo pressionado com a incomoda posição de ter o pior ataque do campeonato não mudou sua formação e foi para o jogo com a mesma postura tática, 4-2-3-1. Renato segue o esquema desde que assumiu o time, recuou Zé Roberto em relação a Elano, formando um losango no meio de campo com ele pela esquerda, Adriano na cabeça da área e Riveros na direita. Elano mais centralizado, Barcos e Kléber na frente. A opção por Kléber foi técnica, já que Vargas já estava à disposição e foi para o banco. Nesse time, os dois que iniciaram a partida, mais Vargas, disputam duas posições, e em pé de igualdade. Nem Barcos por ter características diferentes que os outros dois, já que é um típico centroavante, deveria ter preferência. Até porque o desempenho não o mesmo que em tempos de Palmeiras.

O primeiro tempo foi todo do Corinthians, dominou a bola e as ações. A pressão no campo do adversário ia sufocando o Grêmio que não conseguia sair. A saída de Zé Roberto, com um desconforto muscular, e a entrada de Guilherme Biteco pioraram a situação. Mas mesmo com Zé, a dificuldade era grande. A pressão continuava e era insistente, mas chances claras não apareciam. Apenas um chute fraco de Guilherme e uma boa finalização de Guerrero após girar em cima do marcador. Até que os 34 minutos, Danilo bateu fraco para a área, Romarinho passou para Guerrero que finalizou, no rebote de Dida, Emerson Sheik abriu o placar.

No segundo tempo, Grêmio conseguia sair mais para o jogo, contando com recuo do time da casa. Mas pouco criava e dava boas oportunidades de contra golpe ao alvinegro. O gol de Pato, ou Paulo André, foi só para tranquilizar a torcida mandante. E impossibilitar um empate fortuito do tricolor que não conseguiu levar muito perigo ao gol de Cássio. Exceção a bola na trave, que Cássio saiu muito mal do gol em cobrança de escanteio.

Corinthians fez dois gols, dois tentos de atacantes, se é que a bola de Pato já não estava dentro. E com isso não é mais o pior ataque do campeonatotem 8 gols contra 7 do Naútico ainda com um jogo a menos. O torcedor mais crítico dirá que é pouco, concordo. Mas vejo que o time de 2013, além de um certo desinteresse, sofre de um problema de identidade. Não é mais o mesmo grupo vencedor da Libertadores, talvez em nomes, mas não em características. Perdeu aquele ímpeto de sufocar o adversário, o tal gol de muro, que empurrava o adversário contra seu meta até a bola entrar. Perdeu a pegada, mas ao mesmo tempo não conseguiu um salto técnico. Ou seja, ficou em um meio termo nada agradável. Tanto é que suas melhores partidas no ano foram contra o São Paulo pela Recopa, que além da vontade que reapareceu, o time marcou forte e sufocou o rival. Assim como fez hoje, em menor escala, contra o Grêmio. Mas outra grande exibição foi contra o Tijuana, com Danilo e Renato Augusto no time. As duas linhas de quatro, com dois meais abertos imagino que seja esse salto de qualidade. Renato se machucou, não teve sequência. Mas talvez seja a hora de apostar nesse esquema, liberando dois atacantes; Pato, Emerson ou Guerrero; para terem mais liberdade no ataque.

Felipe Xavier Pelin, gosta desse negócio chamado Futebol...
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