31 de julho de 2013 – Campeonato Brasileiro – Corinthians 2x0
Grêmio:
Corinthians e Grêmio se enfrentaram ontem no Pacaembu.
Olhando a classificação antes do jogo a distância entre os times não
representava exatamente a correlação de forças entre as equipes. Corinthians
ainda não engrenou no campeonato e olhava mais para o baixo do que para o topo,
e o tricolor gaúcho briga na parte de cima da tabela. Mesmo que já com quase 10
rodadas disputadas poucos pontos separam o líder do último colocado. As posições
atuais de cada time não são claramente as reais possibilidades de cada elenco
em relação à competição.
Tite armou o Corinthians no 4-2-3-1, com:
Cássio;
Edenilson,
Gil, Paulo André, Igor;
Guilherme,
Ralf;
Romarinho,
Danilo Emerson Sheik;
Guerrero.
Renato veio no 4-3-1-2, com:
Dida,
Pará, Werley, Bressan, Alex Telles;
Riveros,
Adriano, Zé Roberto;
Elano;
Barcos,
Kléber.
Tite mesmo pressionado com a incomoda posição de ter o pior
ataque do campeonato não mudou sua formação e foi para o jogo com a mesma
postura tática, 4-2-3-1. Renato segue o esquema desde que assumiu o time,
recuou Zé Roberto em relação a Elano, formando um losango no meio de campo com
ele pela esquerda, Adriano na cabeça da área e Riveros na direita. Elano mais
centralizado, Barcos e Kléber na frente. A opção por Kléber foi técnica, já que
Vargas já estava à disposição e foi para o banco. Nesse time, os dois que
iniciaram a partida, mais Vargas, disputam duas posições, e em pé de igualdade.
Nem Barcos por ter características diferentes que os outros dois, já que é um típico
centroavante, deveria ter preferência. Até porque o desempenho não o mesmo que
em tempos de Palmeiras.
O primeiro tempo foi todo do Corinthians, dominou a bola e
as ações. A pressão no campo do adversário ia sufocando o Grêmio que não
conseguia sair. A saída de Zé Roberto, com um desconforto muscular, e a entrada
de Guilherme Biteco pioraram a situação. Mas mesmo com Zé, a dificuldade era
grande. A pressão continuava e era insistente, mas chances claras não
apareciam. Apenas um chute fraco de Guilherme e uma boa finalização de Guerrero
após girar em cima do marcador. Até que os 34 minutos, Danilo bateu fraco para
a área, Romarinho passou para Guerrero que finalizou, no rebote de
Dida, Emerson Sheik abriu o placar.
No segundo tempo, Grêmio conseguia sair mais para o jogo,
contando com recuo do time da casa. Mas pouco criava e dava boas oportunidades
de contra golpe ao alvinegro. O gol de Pato, ou Paulo André, foi só para
tranquilizar a torcida mandante. E impossibilitar um empate fortuito do
tricolor que não conseguiu levar muito perigo ao gol de Cássio. Exceção a bola
na trave, que Cássio saiu muito mal do gol em cobrança de escanteio.
Corinthians fez dois gols, dois tentos de atacantes, se é
que a bola de Pato já não estava dentro. E com isso não é mais o pior ataque do
campeonatotem 8 gols contra 7 do Naútico ainda com um jogo a menos. O torcedor
mais crítico dirá que é pouco, concordo. Mas vejo que o time de 2013, além de
um certo desinteresse, sofre de um problema de identidade. Não é mais o mesmo
grupo vencedor da Libertadores, talvez em nomes, mas não em características.
Perdeu aquele ímpeto de sufocar o adversário, o tal gol de muro, que empurrava
o adversário contra seu meta até a bola entrar. Perdeu a pegada, mas ao mesmo
tempo não conseguiu um salto técnico. Ou seja, ficou em um meio termo nada agradável.
Tanto é que suas melhores partidas no ano foram contra o São Paulo pela Recopa,
que além da vontade que reapareceu, o time marcou forte e sufocou o rival.
Assim como fez hoje, em menor escala, contra o Grêmio. Mas outra grande
exibição foi contra o Tijuana, com Danilo e Renato Augusto no time. As duas
linhas de quatro, com dois meais abertos imagino que seja esse salto de
qualidade. Renato se machucou, não teve sequência. Mas talvez seja a hora de
apostar nesse esquema, liberando dois atacantes; Pato, Emerson ou Guerrero;
para terem mais liberdade no ataque.
Felipe Xavier Pelin, gosta desse negócio chamado Futebol...
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