quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Empate e grande jogo entres os alvinegros...

7 de agosto de 2013 – Campeonato Brasileiro – Atlético 2x2 Botafogo:

Grande jogo no Independência! E o placar pode levar o torcedor a conclusões que não me parecem corretas. Primeiro o Galo, “poxa, empatou em casa, ainda de férias depois de ser campeão” ou “esse time precisa acordar”, e etc. No Fogo, “tá vendo, já perdeu a liderança” ou “precisa ganhar fora para ser campeão” ou “olha ai! Sem o Seedorf esse time não é de nada”. Ambos os argumentos, de lado a lado, ignoram o adversário do dia. Atlético empatou em casa, contra o melhor conjunto do campeonato, o melhor time. Botafogo empatou fora, contra o melhor time da temporada, até agora. Mas vamos ao jogo!

Cuca armou o alvinegro mineiro no 4-2-3-1, com:
                Vistor, Marcos Rocha, Réver, Leonardo Silva, Richarlyson;
                Pierre, Josué;
                Luan, Ronaldinho, Diego Tardelli;
                Jô.

Oswaldo foi também no 4-2-3-1 com o alvinegro carioca:
                Jefferson;
                Gilberto, Bolivar, Dória, Júlio Cesar;
                Gabriel, Marcelo Mattos;
                Vitinho, Lodeiro, Rafael Marques;
                Elias.

Ronaldinho voltou ao time mineiro, e com ele, e não só por ele, voltou o futebol do time de Cuca. Formado no 4-2-3-1 de sempre, com Luan no lugar de Bernard que deve ir para a Ucrânia. E o estilo da primeira fase da Libertadores estava todo ali! Uma vez chamei o Galo de “time de faroeste”, que gosta de troca franca de tiros com o adversário, ainda acho isso. Mas me impressionou ontem como esse time parece um bando de malucos, no melhor sentido na expressão. Disputam todas as bolas, deixam jogar e respondem em seguida. Muita força física, técnica e psicológica dos jogadores e um trabalho tático de Cuca que qualifica essas características.

Botafogo não teve Seedorf, o “veínho” precisa descansar, não aguentaria o ritmo do Brasileirão a todo o momento. Ritmo do calendário! Da bola rolando aguenta traquilo. E boa notícia para os botafoguenses é que o time não sofre de Seedorf dependência. Faz falta? Lógico, e faria em qualquer time do Brasil. Mas o esquema e a qualidade de jogo do Botafogo não caiu por isso. Poderia o holandês segurar melhor a bola para arrefecer a incessante pressão mineira? Poderia, é verdade. Oswaldo manteve o 4-2-3-1 da equipe, mas agora com Lodeiro por dentro, Vitinho na direita e o centro avante Rafael Marques, que esta acostumado a rodar por ali mesmo quando é o 9, na esquerda. Elias foi a referência. E rotação entre os meias continuou, mas a dificuldade de colocar a bola no chão e jogar, foi imposta pelo adversário.

Galo começou melhor, e foi durante quase todo o jogo. Com bolas “quebradas” da defesa para Jô brigar lá na frente ou resvalar para Luan e Tardelli entrarem na diagonal. Não deixou o adversário jogar. Mesmo assim os cariocas abriram o placar, Elias de cabeça em cobrança de escanteio. O empate só veio em cobrança e falta EXTRAORIDNÁRIA de Ronaldinho, na gaveta! Na segunda etapa Botafogo voltou um pouco melhor e saiu na frente de novo, em lindo chute de Lodeiro, também na gaveta! Mas a pressão imposta pelo Galo até final na partida, resultou no gol salvador de Luan, ao estilo Galo, desviou de cabeça e ele atrás para arrematar. E a comemoração foi SENSACIONAL! Mergulhando no galo inflável, esse Luan é o mais maluco desse time de malucos. Corre o tempo todo, briga em todas, acerta, erra, mas nunca por omissão. Ah! Sem esquecer que Victor e Jefferson foram responsáveis por grandes defesas durante quase todo o jogo!

Felipe Xavier Pelin, gosta desse negócio chamado Futebol...
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