7 de agosto de 2013 – Campeonato Brasileiro – Atlético 2x2
Botafogo:
Grande jogo no Independência! E o placar pode levar o
torcedor a conclusões que não me parecem corretas. Primeiro o Galo, “poxa,
empatou em casa, ainda de férias depois de ser campeão” ou “esse time precisa
acordar”, e etc. No Fogo, “tá vendo, já perdeu a liderança” ou “precisa ganhar
fora para ser campeão” ou “olha ai! Sem o Seedorf esse time não é de nada”.
Ambos os argumentos, de lado a lado, ignoram o adversário do dia. Atlético
empatou em casa, contra o melhor conjunto do campeonato, o melhor time.
Botafogo empatou fora, contra o melhor time da temporada, até agora. Mas vamos
ao jogo!
Cuca armou o alvinegro mineiro no 4-2-3-1, com:
Vistor,
Marcos Rocha, Réver, Leonardo Silva, Richarlyson;
Pierre,
Josué;
Luan,
Ronaldinho, Diego Tardelli;
Jô.
Oswaldo foi também no 4-2-3-1 com o alvinegro carioca:
Jefferson;
Gilberto,
Bolivar, Dória, Júlio Cesar;
Gabriel,
Marcelo Mattos;
Vitinho,
Lodeiro, Rafael Marques;
Elias.
Ronaldinho voltou ao time mineiro, e com ele, e não só por
ele, voltou o futebol do time de Cuca. Formado no 4-2-3-1 de sempre, com Luan
no lugar de Bernard que deve ir para a Ucrânia. E o estilo da primeira fase da
Libertadores estava todo ali! Uma vez chamei o Galo de “time de faroeste”, que
gosta de troca franca de tiros com o adversário, ainda acho isso. Mas me
impressionou ontem como esse time parece um bando de malucos, no melhor sentido
na expressão. Disputam todas as bolas, deixam jogar e respondem em seguida. Muita
força física, técnica e psicológica dos jogadores e um trabalho tático de Cuca
que qualifica essas características.
Botafogo não teve Seedorf, o “veínho” precisa descansar, não
aguentaria o ritmo do Brasileirão a todo o momento. Ritmo do calendário! Da
bola rolando aguenta traquilo. E boa notícia para os botafoguenses é que o time
não sofre de Seedorf dependência. Faz falta? Lógico, e faria em qualquer time
do Brasil. Mas o esquema e a qualidade de jogo do Botafogo não caiu por isso.
Poderia o holandês segurar melhor a bola para arrefecer a incessante pressão mineira?
Poderia, é verdade. Oswaldo manteve o 4-2-3-1 da equipe, mas agora com Lodeiro por
dentro, Vitinho na direita e o centro avante Rafael Marques, que esta
acostumado a rodar por ali mesmo quando é o 9, na esquerda. Elias foi a
referência. E rotação entre os meias continuou, mas a dificuldade de colocar a
bola no chão e jogar, foi imposta pelo adversário.
Galo começou melhor, e foi durante quase todo o jogo. Com
bolas “quebradas” da defesa para Jô brigar lá na frente ou resvalar para Luan e
Tardelli entrarem na diagonal. Não deixou o adversário jogar. Mesmo assim os
cariocas abriram o placar, Elias de cabeça em cobrança de escanteio. O empate
só veio em cobrança e falta EXTRAORIDNÁRIA de Ronaldinho, na gaveta! Na segunda
etapa Botafogo voltou um pouco melhor e saiu na frente de novo, em lindo chute
de Lodeiro, também na gaveta! Mas a pressão imposta pelo Galo até final na
partida, resultou no gol salvador de Luan, ao estilo Galo, desviou de cabeça e
ele atrás para arrematar. E a comemoração foi SENSACIONAL! Mergulhando no galo inflável,
esse Luan é o mais maluco desse time de malucos. Corre o tempo todo, briga em
todas, acerta, erra, mas nunca por omissão. Ah! Sem esquecer que Victor e
Jefferson foram responsáveis por grandes defesas durante quase todo o jogo!
Felipe Xavier Pelin, gosta desse negócio chamado Futebol...
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