domingo, 4 de agosto de 2013

Clássico dos experientes maestros, deu Seedorf...

4 de julho de 2013 – Campeonato Brasileiro – Vasco 2x3 Botafogo:


Grande clássico no Maracanã entre Vasco e Botafogo, jogo bom que só caiu quando as pernas de Juninho Pernambucano e Seedorf já cansadas não conseguiam ditar o ritmo. Botafogo tem muito mais time que o Vasco, mas não teve o jogo assegurado e quase deu a oportunidade de um empate para o rival, que mesmo inferior no conjunto e individualmente fez bom papel na partida.

Vasco de Dorival Junior desenhou o Vasco no 4-2-3-1, com:
                Diogo Silva;
                Nei, Renato Silva, Rafael Vaz, Youtun;
                Sandro Silva, Guiñazu;
                Eder Luis, Juninho, Pedro Ken;
                André.

Oswaldo foi com o Botafogo no 4-2-3-1, com:
                Jeffersn;
                Gilberto, Bolivar, Dória, Júlio Cesar;
                Marcelo Mattos, Gabriel;
                Vitinho, Seedorf, Lodeiro;
                Rafael Marques.

Vasco mudou, com a estreia do volante Guiñazu se formou no 4-2-3-1. Vinha atuando no 4-3-1-2, mas Dorival abriu Pedro Ken na esquerda e o alinhou a Juninho por dentro e Eder Luis na esquerda. Com o volante ex colorado, imagino que Dorival contava com mais proteção a defesa e poderia ter Pedro Ken mais à frente. Até quando Guiñazu esteve em campo, saiu com 32 minutos, tinha lógica, mas não foi durante todo o jogo. Pedro Ken para mim é uma eterna incógnita, não o vejo com força na marcação para ser segundo volante, e nem com criação para ser armador central e muito menos velocidade para atuar como hoje. O camisa 10 da colina me lembra Ibson, ambos tem condições de atuar como terceiro homem no meio de campo, sem criar e nem marcar tanto. Mas preenchendo espaços por ali. Por isso enquanto Vasco tinha um Eder Luis, muito abaixo do que já jogou, pela direita, tinha Ken na esquerda centralizando demais sem dar opção pelo seu lado. Tudo ficava nas costas de Juninho, e André lá na frente, que parece ter saída daquele poço que estava. Quem sabe era uma fase do centroavante, ou deslumbramento mesmo.

Botafogo teve o mesmo esquema, 4-2-3-1, e as mesmas características, movimentação do três meias, que fazem desse time o líder do campeonato. Seedorf tem se acostumado a cair pela esquerda no segundo tempo, quando parece bem cansado. Fico imaginando que seria melhor que o holandês poderia “descansar” (entre muitas aspas!) centralizado, para não perder a compactação defensiva. E a alteração de Oswaldo, pelo segundo jogo consecutivo, tirando Vitinho para entrada de Elias, não ajuda. Elias centraliza no ataque e Rafael Marques abre no lugar de Vitinho, com isso o time perde demais na marcação. Já que Seedorf está exausto de um lado e Rafael mesmo muito voluntarioso não tem cacoete de marcador do outro lado.

Botafogo foi melhor durante quase todo o jogo. Antes dos 15 minutos já tinha criado duas boas chances, com Lodeiro e Vitinho. Aos 22 minutos, gol anulado de André depois de cobrança de falta de Juninho. Menos de um minuto depois, Gabriel bateu fraquinho para o gol e a bola caiu no pé de Rafael Marques que abriu o placar. Os dois lances foram para os bandeiras, André mesmo que milimetricamente me parecia impedido e Rafael não. Aos 30, ótimo passe de Vitinho que puxava pelo meio, para Seedorf na direita, o veterano se “apavorou” na frente do goleiro e meteu cavadinha para ampliar. Vitinho que fez excelente partida, muito liso, dribla bem, peca um pouco nos passes que as vezes é um pouco fominha, mas essa assistência para Seedorf mostra evolução. No último minutos da primeira etapa, Eder Luis deu bonito passe para Juninho, e o reizinho deu magistral drible, saiu na cara do goleiro e deu o gol para André. Monstro! Como joga esse pernambucano!

A segunda etapa começou com Botafogo mais recuado e com chance do contra golpe matador, e os teve até o apito final, sem sucesso. Mas com o gol de André com menos de 2 minutos recolocou os cruz maltinos na partida. E conforme os maestros foram perdendo o folego, o jogo foi caindo. Seedorf se instalou na direita, e perguntava com 30 minutos quando faltava para acabar, Juninho sentiu a perna depois de chute de fora da área e só permaneceu em campo pois as três alterações já tinham sido feitas.

Bom clássico. Vitória botafoguense era esperada, tem melhor time, mas deu chances do empate vascaíno. Vasco que depende muito de Juninho para funcionar, Guiñazu pode dar mais segurança na marcação quando puder atuar os 90 minutos.

Felipe Xavier Pelin, gosta desse negócio chamado Futebol...
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