sábado, 11 de maio de 2013

Wigan campeão! E em cima do grande endinheirado...


11 de março de 2013 – Copa da Inglaterra - Manchester City 0x1 Wigan:

Final da FA Cup no lendário palco de Wembley. Manchester City, campeão inglês na temporada passada e atual vice, altos investimentos e jogadores de nome. Wigan, de investimentos bem mais modestos, e acostumado a nas ultimas temporadas frequentar com proximidade perigosa a zona do rebaixamento. Nada mais natural do favoritismo dos azuis de Manchester. Mas ai entra a mágica do futebol.

Roberto Mancini foi no 4-4-2, com:
Hart;
Zabaleta, Kompany, Nastasic, Clichy;
David Silva, Yaya Toure, Barry, Nasri;
Aguero, Tevez.

Roberto Martínez no 3-4-3, com:
Robles;
Boyce, Alcáraz, Scharner;
McArthur, McCarthy , Jordi Gómez, Espinoza;
Koné, Maloney, McManaman;

Mancini armou sua equipe com David Silva na direita e Nasri na esquerda. Tevez e Aguero no ataque, o ex corinthiano com responsabilidade de voltar mais para armar, enquanto Kun estava enfiado na área. Já Martínez posicionou seus jogadores no 3-4-3. Linha de três zagueiros com Boyce na direita, Scharner na esquerda e Alcáraz na sobra. No meio de campo McArthur era o ala pela direita, mais recuado, Espinoza na esquerda, mais adiantado. Os volantes eram McCarthy e Jordi Gómez. E na frente o rápido e habilidoso McManaman mais pela esquerda, Koné mais a direita era o homem de área, e Maloney chegava centralizado de trás.

Primeiro tempo foi equilibrado e com chances de lado a lado. A mais clara foi com Carlitos que arrematou com o gol praticamente aberto, mas o goleiro Robles fez um milagre e salvou com os pés. Na segunda etapa City iniciou pressionando, mas Wigan procurou ter a bola em seus pés e diminuiu os ataques à sua meta. Logo aos 10 minutos, Manici tirou Nasri, que não fazia partida ruim, para entrar Milner. Aos 24 entrou Rodwell no lugar de Tevez. Duas mexidas para a entrada de jogadores com características mais defensivas, e que mesmo pensando em liberar Yaya para o ataque, não surtiram efeito. Até que aos 39 minutos, Zabaleta é expulso após segundo cartão amarelo. E nesses minutos finais Wigan já pressionava. Mas a preocupação era se a desvantagem de ter um jogador a menos ia pesar na prorrogação, que com o 0 a 0 no placar seria inevitável. Não pesou, porque a tal mágica do futebol que citei no inicio apareceu. Maloney bateu escanteio pela direita e Watson, que havia entrado há 10 minutos, cabeceou para o fundo das redes! Delírio para os torcedores de Wigan! Vencer a copa nacional contra um gigante endinheirado foi a gloria!

Para quem viu o placar sem acompanhar a partida deve imaginar que em apenas um jogo é compreensível que um time menor vença, uma bola de sorte poderia resolver o jogo. Mas o que aconteceu em Londres não foi nada disso. Wigan encarou de igual para igual o milionário City, se defendeu bem sem retranca, e com a bola trabalhou passes e criou oportunidades. McManaman é o mais perigoso do time, em praticamente todas as bolas que partiu para cima da zaga proporcionava um salseiro na área, com dribles e velocidade.

Em relação ao time de Manchester nenhuma avaliação deve passar muito longe de vexame. Pela grana investida era obrigação vencer o rival menor. Pensando antes do jogo nas especulações de que Mancini deixaria o cargo, pensava que o balanço da temporada não era tão catastrófico. Segundo colocado na dificílima Premier League, com participação fraca na Champions League, mas caiu no grupo da morte com os campeões nacionais, e mesmo com todo o dinheiro investido, o emergente tem que criar casca na competição europeia e fazer sua camisa pesar. Não era um ano excelente, mas também nem tão desastroso. 
E além do mais a campanha ainda contaria com uma taça da copa, mas... Surpreendido na final, nem isso conseguiram. E como num passe de mágica minha avaliação mudou de razoável para ruim. Não que defenda a demissão do italiano, que não me agrada sempre, mas monta times interessantes. Apesar da fama de retranqueiro, trabalha com volantes com qualidade, dois meias com liberdade de movimentação. Mas e agora? Fica?! Veremos nessa movimentada janela de meio do ano.

Felipe Xavier Pelin, gosta desse negocio chamado Futebol...
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