quinta-feira, 23 de maio de 2013

Desespero virou favoritismo...

23 de maio de 2013 – Libertadores da América – Tijuana 2x2 Atlético Mineiro:

Resultado era desesperador até a metade do segundo tempo, mesmo que caindo no horto os mexicanos estariam mortos, sair tomando dois gols fora nem o caldeirão do Independência tranquilizaria os atleticanos. Pior do que o placar era só o desempenho do alvinegro de Minas, tomou sufoco durante quase todo o jogo. Mas ao fim da partida o desespero virou até favoritismo para avançar.

Turco Mohamed armou os xolos no 4-3-3, com:
Saucedo;
Nuñes, Gandolfi, Ortiz, Castilho;
Ruiz, Pellerano, Arce;
Riascos, Moreno, Martinez.

Já Cuca mandou sua equipe no 4-2-3-1, com:
Victor;
Marcos Rocha, Gilberto Silva, Junior César;
Leandro Donizete, Pierre;
Diego Tardelli, Ronaldinho, Bernard;
Jô.

Na primeira etapa só deu o time da casa, foram 6 finalizações contra apenas uma de Marcos Rocha. Esquemas táticos por vezes são de definições discutíveis, no jogo de ida contra o Palmeiras vi os mexicanos no 4-2-3-1 com Arce e Pellerano de volantes, Corona como meia central, Martinez e Riascos abertos e Moreno na frente. Já no jogo de volta no Pacaembu se formaram em um 4-1-4-1 com Pellerano na cabeça da área, uma linha de quatro no meio com Ruiz, Arce, Corona e Martinez, e Riascos isolado na frente. Hoje contra o Galo, novo jeito de jogar. No 4-3-3, tinham Pellerano como primeiro volante no meio, Ruiz saia pela direita e abria bastante e Arce saindo da esquerda para o meio aramava a equipe no ataque, na frente Riascos, Moreno e Martinez se movimentaram muito.

Galo sofreu principalmente pelo espaço dado em sua intermediaria defensiva. No setor tinha Leandro Donizete e Pierre, já o Tijuana avançava bastante seus segundo volantes e os atacantes não se aprofundavam na área e invertiam sempre de posição, circulando por ali. Zagueiros atleticanos não saiam para marcar, e quando o fizeram levaram nas costas, e os atacantes não voltavam para ajudar. Jô, Diego Tardelli, Ronadinho e Bernard se concentravam só em atacar, sem recomposição defensiva. Compactação não é característica desse time de Cuca, mas quando seu jogo de ligação direta não encaixou deveria ter colocado seu time para correr para trás.

Na primeira etapa em que os xolos dominaram, Moreno saiu da referência e bateu de calcanhar para Riascos que fechava em suas costas na diagonal, Gilberto Silva tentou cortar, mas a bola sobrou para o próprio atacante abrir o placar. E o 1 a 0 pareceu até pouco pelo volume de jogo mexicano. Na segunda etapa o domínio continuava e em contra golpe, Moreno foi lançado e bateu de longe, Victor espalmou nos pés de Martínez que ampliou. Lembra do desespero? Olha ele ai. Cuca já havia tirado Bernard e colocado Luan. E mesmo sem melhorar muito no jogo, Ronaldinho bateu escanteio, a zaga rebateu para trás, e a bola caiu para Diego Tardelli livre, 2 a 1. Já era um resultado ótimo para levar para o Brasil. Mas já nos acréscimos, Diego Tardelli enfiou Luan, e o atacante trombando com o zagueiro, brigou, a bola sobrou e o figuraça Luan empatou, sensacional! No ultimo minuto.

É verdade que depois que Luan entrou, quando voltava um pouquinho já complicava os mexicanos. Tijuana deve lamentar muito o resultado, deixaram empatar com dois gols na frente, e poderia ter sido mais pelo volume apresentado por eles. Vi muitos dizendo que o Tijuana não seria pareô contra o Atlético, não vejo dessa forma. Me parece um time bem arrumado, com opções táticas interessantes, e alguns bons jogadores. Galo tem mais bola e mais força, deve passar. Mas no mínimo não foi tão simples assim.

Felipe Xavier Pelin, gosta desse negocio chamado Futebol...
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