2 de maio de 2013 – Libertadores da América – São Paulo 1x2
Atlético Mineiro:
São e Galo se enfrentaram na partida mais aguardada, pelo
menos por aqui, das oitavas da Libertadores. Ingredientes não faltavam. Água
malandra de Ronaldinho e Rogério Ceni, classificação tricolor com vitória sobre
o Galo, R10 querendo se divertir, Tardelli, Josué e Richarlyson contra o ex-time.
Enfim, o jogo prometia.
Ney Franco foi no 4-2-3-1, com:
Rogério Ceni;
Paulo Miranda, Lúcio, Rafael
Tolói, Carleto;
Denílson, Wellington;
Jadson, Ganso, Osvaldo;
Aloísio.
Cuca acompanhou o relator também no 4-2-3-1, com:
Victor;
Marcos Rocha, Gilberto Silva, Réver,
Richarlyson;
Leandro Donizete, Pierre;
Diego Tardelli, Ronaldinho,
Bernard;
Jô.
Mesmo com esquemas iguais, as características eram um pouco
distintas. No São Paulo, Osvaldo espetado na esquerda. No Atlético, era Bernard.
No São Paulo, Ganso era o armador central. No Atlético, Ronaldinho. No São
Paulo, Aloísio era a referência de ataque. No Atlético, Jô. Mas aberto na
direita, e ai estava a diferença. São Paulo tinha Jadson, que é armador,
puxando para o meio e muitas vezes invertendo com Ganso. Atlético tinha
Tardelli, que é atacante, centralizava e invertia com Jô.
Jogo começou com os donos da casa no comando e logo aos 9
minutos, em uma das inversões entre Ganso e Jadson, Denilson enfia bola para
Aloísio, que cruza, a zaga rebate, Ganso que vinha da direita para o centro,
domina, finta dois defensores e passa para Jadson, fechando pelo meio, abrir o
placar. Logo depois, Aloísio se machuca e é substituído por Ademilson. Tricolor
continuava melhor. Só por volta dos 25 minutos, Galo entra de fato na partida.
Domina a posse de bola, mas leva pouco perigo. E o São Paulo desperdiçando
chance atrás de chance. Pelo menos quatro oportunidades claras do jovem
Ademilson.
Até que aos 36 minutos o lance que mudou a historia da
partida, Lúcio chega atrasado e com o pé alto em Bernard, amarelo, o zagueiro
já tinha sido advertido com essa coloração, expulso. Ney tira Ademilson, que
tinha entrado, e recompõe a zaga com Rhodolfo. Assim, duas linhas de quatro e
Ganso, que jogou bem, mais isolado na frente. A expulsão de Lúcio mudou o jogo,
mas pouco tem envolvimento com o gol marcado por Ronaldinho de cabeça, que nem
precisou sair do chão, Paulo Miranda também tão pouco. Ney já tinha reconstruído
a zaga, todos que estariam na área para defender o escanteio estavam lá. Rogério
poderia ter ido na bola, não foi.
Galo tinha a faca e o queijo, meia cura, na mão para matar
de fez o confronto. Com um jogador de vantagem poderia abrir Tardelli e Bernard
pelas pontas, e trabalhar a bola com Ronaldinho e Josué, que entrou na partida,
vindos de trás. Não foi isso que aconteceu, e pelo contrario, Ronaldinho se
enfiou na área, Bernard e Tardelli também. Mas mesmo assim Diego, em passe de
Marcos Rocha, virou a partida. Quando digo que poderia ter matado o confronto
era fazer o 1 a 2 ou até mais, teve chances para isso. São Paulo tem missão espinhosa
pela frente. Só não digo que é impossível por ter vencido o jogo da classificação
e ter atuado melhor hoje quando em igualdade numérica. Mas que será praticamente
um feito heroico a classificação, isso será.
Muitos ao final da partida poderiam pensar que se o menino
Ademilson tivesse feito pelo menos uma ou duas das quatro chances claras que
teve a história seria diferente. Verdade. Mas se Lúcio não tivesse sido expulso
da forma tola como foi, também não. Se Rogério tivesse defendido cabeçada do
Gaúcho, também não. E principalmente, se Luis Fabiano estivesse em campo, também
não! Cada um deve ter a responsabilidade que lhe cabe no elenco, a dos
experientes é uma. E a do menino é pequena.
Felipe Xavier Pelin, gosta desse negocio chamado Futebol...
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