terça-feira, 14 de maio de 2013

Palmeiras eliminado. Exceto para Bruno, não houve desastre...


14 de maio de 2013 – Libertadores da América – Palmeiras 1x2 Tijuana:

Palmeiras foi eliminado contra os mexicanos do Tijuana. Torcida fez a sua parte, encheu o Pacaembu e fez festa. Chegar as oitavas já era lucro para o alviverde, obviamente, não pela sua tradição, mas pelas limitações de seu atual elenco. A realidade poderia não ter chegado, avançar era possível. A falha de Bruno, que o próprio na saída do primeiro tempo definiu como grotesca, desestabilizou completamente a equipe. A história poderia ser diferente, repito, não foi. Mas vida que segue, nenhum absurdo é essa eliminação, difícil imaginar tal agrupamento chegando muito mais longe na Libertadores.

Gilson Kleina mandou a campo o Palmeiras no 4-4-2, com:
Bruno;
Ayrton, Henrique, Mauricio Ramos, Marcelo Oliveira;
Charles, Marcio Araujo;
Wesley, Thiago Real;
Kléber, Vinicius.

Já o Tijuana se postou no 4-1-4-1, com:
Saucedo;
Nuñes, Gandolfi, Aguillar, Castilho;
Pellerano;
Ruiz, Arce, Corona, Martínez;
Riascos.

Tijuana veio diferente do primeiro confronto, no México estavam no 4-2-3-1. Hoje tiveram Pellerano na cabeça da área, uma linha de quatro a sua frente com Ruiz (que entrou no lugar do centroavante Moreno) na direita, Arce e Corona, o segundo mais recuado que no jogo de ida quando era o meia de ligação, e  Martínez na esquerda. O Neymar mexicano tinha mais liberdade e no ataque encostava em Riascos, isolado na frente.

Já o Palmeiras veio do mesmo jeito. Usando o velho 4-4-2, com dois volantes, dois meias e dois atacantes, em quadrados. Muito já critiquei essa formação por aqui, no Santos de Muricy e na seleção brasileira de Felipão, a critica segue, e até um pouco repetitiva. Mas no Palmeiras ela é um pouco mais amena por não achar que o elenco é tão qualificado. Quando disse que a história poderia ser diferente passa um pouco por outra postura tática da equipe. Wesley jogando adiantado rende menos, poderia melhorar sua má fase técnica se estivesse posicionado mais atrás. O esquema seria um 4-3-1-2, com Marcio Araujo de primeiro volante, Wesley saindo pela direita, Charles ou mesmo Souza pela esquerda, Thiago Real ou o eterno contundido Valdivia de armador, Vinicius e Kléber no ataque.

Mas a verdade é questões táticas nesse alviverde não eram protagonistas. A questão era a vontade que esse grupo apresentava, e apresentava. Com o 0 a 0 fora de casa, imaginei o Palmeiras sem loucuras para reverter o placar e consequentemente sem dar o contra golpe para os mexicanos e vencendo no abafa, com a motivação de seus atletas e das arquibancadas. Torcida palmeirense que não é, ou pelo menos em um passado recente, muito afeita a abraçar times limitados, o fez.

Jogo era truncado até os 25 minutos. Palmeiras tinha a bola, mas com dificuldades de chegar ao setor de ataque. Até esse momento chances importantes não tinham sido criadas, para nenhum lado. Quando Ayrton bateu falta no travessão de Saucedo. Mas logo em seguida, Tijuana criou chance pela direita, Martinez já dentro da área deu para Riscos, que bateu muito fraco e Bruno meio que caindo para defender e já repor a bola em jogo, tomou um frango incrível. Balde de água fria. Acho até que com o time equilibrado, na bola, o Palmeiras poderia virar a partida. Mas a essa altura equilíbrio já tinha ido para o espaço. Também discordo de quem diz que o time do Tijuana não representa nada e que é fraquíssimo, tem alguns bons jogadores e organização mínima. Mas contra o galo tem poucas chances, com certeza. Depois do segundo gol, de Arce em lindo chute de fora da área, o desespero foi elevado à máxima potencia e só um milagre salvaria.

Para arrematar. Discutir arbitragem é muito chato, mas vamos lá. No primeiro tempo o juiz distribuiu cartões a torta e a direita, mas em nenhum lance vi que expulsões eram necessárias. Pênalti que Souza converteu é bem discutível, intenção o jogador do Tijuana não teve, mas por ele mesmo cabecear a bola na própria mão aberta dentro da área, era passível de ser anotado. Quase que por inabilidade, mas a regra de infração por toques nos braços é bem interpretativa. Gol de Kléber foi injustamente anulado por impedimento, estava na mesma linha. Mas não vejo que o “professor” interferiu no resultado. Como disse no inicio, vida que segue para o Palmeiras. Imaginar chegar longe na Libertadores era surreal para as capacidades desse time, obrigação é voltar para a primeira divisão do campeonato nacional.

Felipe Xavier Pelin, gosta desse negocio chamado Futebol...
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