8 de março de 2013 – Libertadores da América – Atlético Mineiro 4x1 São Paulo:
Atlético Mineiro passou o carro no São Paulo. Já havia
vencido no Morumbi por 1 a 2, e agora meteu 4 a 1 no Independência. Galo levou
seu estilo ao máximo, muita pegada na marcação, bolas alçadas para o pivô Jô e
muita movimentação de Bernard e Tardelli. A missão do São Paulo não era
simples, mas ser eliminado por esse adversário não é catastrófico, o placar
final sim, merece criticas.
Cuca mandou para o gramado Atlético no 4-2-3-1, com:
Victor;
Marcos Rocha, Gilberto Silva,
Réver, Richarlyson
Leandro Donizete, Pierre;
Diego Tardelli, Ronaldinho,
Bernard;
Jô.
Ney Franco no mesmo 4-2-3-1, com:
Rogério Ceni;
Paulo Miranda, Rafael Tolói, Edson
Silva, Carleto;
Denílson, Wellington;
Jadson, Ganso, Douglas;
Luis Fabiano.
Galo fez partida irretocável. Pressionou durante todo o
tempo e foi melhor, tivesse em algum momento levado um gol poderia causar
sustos, quando a partida ainda não estava definida. Nem isso ocorreu. Em muitos
momentos, alguém desinformado da situação do confronto poderia imaginar que o
Galo é quem buscava o resultado. Jogava com muito mais vontade. Time de Cuca
tem estilo muito definido de jogo, que já chamei de faroeste, gosta de trocar
tiros com o adversário, e tem sido mais matador. Mas também é verdade que nos últimos
jogos tem se compactado melhor, principalmente por Tardelli e Bernard voltando
na marcação. Jô fez partida especial, além dos três gols, é peça fundamental no
plano de jogo atleticano, é o alvo das bolas “quebradas” em direção ao ataque,
e hoje ganhou todas! Tardelli e Bernard se movimentam demais, inclusive
invertendo de posição. E dando uma verticalidade e chegada em diagonal que
normalmente tem faltado nas equipes armadas no 4-2-3-1 por aqui. Fora tudo
isso, tem Ronaldinho em grande fase, e uma defesa muito sólida.
São Paulo teve baixa antes de começar a ingrata missão,
Osvaldo que é um dos melhores jogadores do time, estava fora. A opção por
Douglas pode ser discutida, mas somada a ausência de Aloísio, é mais compreensível.
Silvinho acabou de chegar e Ademilson é um garoto que já teve olhares negativos
na eliminação frente ao Corinthians pelo Paulista. Quando digo que Osvaldo é um
dos e não o melhor do grupo, é pela presença de Jadson. O meia fez ótima
partida, não se conteve em ficar preso em uma das pontas, buscou o jogo,
brigou, fez o que pode para ajudar. Por vezes penso até se faz sentido sacrificá-lo,
aberto em campo e não centralizado como prefere, para ter Ganso no time. Essa
possibilidade não caberia hoje pela ausência de atacantes, mas de forma geral é
de se analisar. Ganso que não foi mal, mas também não brilhou. Camisa 8 tem
melhorado, mas de longe não é ainda o que pode render, ou o que já foi.
Tricolor não foi bem, porque não conseguiu se impor no jogo, e ai vejo mais méritos
do adversário, do que deméritos do time de Ney Franco.
Confronto muito esperado, e gera desdobramentos. Galo vem
fazendo campanha sensacional, mas tem uma infinidade de secadores esperando a
queda de Cuca para dizer que era cavalo paraguaio, que não tem tradição na competição,
etc. Fato é que o time de Cuca faz, até agora, competição irretocável, e chegue
aonde chegar, merece elogios. Não vejo esse time subindo nas tamancas e
sofrendo por salto alto, tem tudo para continuar nesse caminho. No São Paulo, é
muito difícil que os julgamentos tenham algum equilíbrio perante o resultado.
Mas a verdade é que caiu para adversário duríssimo, um dos melhores até agora,
e não cabe desesperos. Mandar Ney Franco embora seria um erro, como outros, da
diretoria. Técnico merece criticas, mas faz bom trabalho. Elenco não era e nem
será fraco depois da derrota, pode melhorar e a mudança no comando técnico não
fará isso acontecer por si só.
Felipe Xavier Pelin, gosta desse negocio chamado Futebol...
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