2 de março de 2013 – Libertadores da América – Emelec 2x1 Fluminense:
Emelec e Fluminense fecharam os jogo de ida das oitavas na
Libertadores. E o resultado mais frequente nessa fase da competição se repetiu,
2 a 1 para os mandantes. Grêmio e Tigre repetiram o placar. Essa situação mantém
o confronto em aberto, para os cariocas foi importante. Enfrentaram time forte,
fora de casa e conseguiram marcar, mesmo perdendo e com um pênalti discutível
tem boas chances de avançar. Emelec é aquele time que se caso o Flu for
eliminado, grande parte das pessoas irá avaliar como vexame, mas é uma
avaliação para lá de simplista, que se baseia apenas em que o time vem do
Equador e não pode ser bom, só.
Emelec atuou no 4-4-2, com:
Dreer;
Vera, Morante, Narváez, Bagui;
Valencia, Corozo, Quiñones, Gimenez;
Mondaini, de Jesus.
Fluminense de Abel começou no 4-2-3-1, com:
Diego Cavalieri;
Bruno, Gum, Leandro Euzébio,
Carlinhos;
Jean, Edinho;
Rhayner, Wagner, Wellington Nem;
Rafael Sóbis.
Emelec joga com duas linhas de quatro, e dois à frente. Na
linha do meio de campo, Valencia, de 23 anos, pela direita é a melhor arma dos
equatorianos. Rápido e arisco puxa, os contra golpes em diagonal para o meio,
nessa movimentação Mondaini cai pela esquerda e de Jesus pela direita. De Jesus
e Mondaini são os atacantes descolados das duas linhas de quatro. O primeiro é
o atacante de área, mas também tem mobilidade para sair dela. Já o segundo é
batedor de escanteios e com mais características de armação do que propriamente
de um atacante de movimentação, combinação mais comum para uma dupla de frente.
Já o Fluminense usava o esquema tático mais comum
recentemente, 4-2-3-1. Mas as movimentações táticas do time de Abel são muito
interessantes, e valem atenção. Por vezes Edinho recua entre os zagueiros, que
formam um trio. Os laterais virão alas e se alinham com Jean e Wagner, um
quarteto. E na frente Rhayner, Sóbis e Wellington Nem. Formando um 3-4-3. Em outros
momentos a linha de quatro zagueiros atrás permanece, Wagner recua para se
alinhar a Jean, com Edinho na cabeça da área. Wellington Nem e Rhayner permanecem
abertos no ataque e Rafael Sóbis recua, num falso 9. No estilo Barcelona!
Exageros à parte é um pouco isso. Mas ao mesmo tempo a equipe peca um pouco na
descompactação, e muitas vezes essas movimentações táticas poderiam ser menos tímidas.
E Wagner demorou para entrar no jogo.
Emelec começou pressionando, e com menos de 10 minutos já
havia levado perigo a mete de Cavalieri em chutes de Mondaini. Com 15 minutos
Flu entrou no jogo. Mas mesmo tendo a posse de bola não levava muito perigo ao
gol adversário. Principalmente pela ótima compactação das duas linhas dos
equatorianos. E o jogo transcorreu por ai, com algumas mudanças de Abel que
surtiram pouco efeito.
Emelec abriu o placar em cruzamento pela direita, lado mais
perigoso, de Vera que Leandro Euzébio marcou contra. Fluminense empatou em
linda jogada! Jean puxou rápido pelo meio, abriu na direita para Wellington
Nem, que inverteu com perfeição para Carlinhos na esquerda, lateral ajeitou
para Wagner na entrada da área, e o meia mandou um balaço na gaveta. Detalhe
que Thiago Neves, já estava em trabalho (inicial, visando o segundo tempo) de
aquecimento. O gol da vitória foi um pênalti discutível em Gaibor, jovem de 21
e que parece bom de bola, que ele mesmo bateu e converteu. Jogo de volta não será
fácil, mas o tricolor tem boas chances de avançar.
Felipe Xavier Pelin, gosta desse negocio chamado Futebol...
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