2 de abril
– Champions League – Paris Saint Germain 2x2 Barcelona:
Primeira partida entre PSG x Barça foi disputada em Paris.
Grande jogo e que deixa o confronto como começou, em aberto, mas com algum
favoritismo para os catalães. Tivesse terminado no 2x2 apenas e a vantagem do
Barcelona só aumentaria. Mas Messi saiu machucado, e as noticias dizem que não
atua no jogo de volta. Será? Muitas especulações até lá, veremos. De qualquer
forma o que assegura, mesmo que de forma remota, a possibilidade do azarão de
Paris avançar foi o desempenho em campo.
Carlo Angelotti postou o PSG no 4-4-2, com:
Sirigu;
Jallet, Alex, Thiago Silva, Maxwell;
Lucas, Beckham, Matuidi, Pastore;
Lavezzi, Ibrahimovic.
Já Tito Vilanova, que felizmente voltou ao campo depois de
tratamento médico, mandou a campo o Barça no seu 4-3-3, com:
Valdés;
Daniel Alves, Pique, Mascherano,
Jordi Alba;
Xavi, Busquets, Iniesta;
Villa, Messi, Alexis.
A escalação de Ancelotti surpreendeu, para mim pelo menos.
Esperava a entrada de mais um volante para formar um trio de volantes povoando
a entrada da área, com a saída de um dos meias abertos, Lucas ou Pastores. Mais
ou menos como a França fez na semana passada contra a Espanha. Não foi o que
aconteceu, e mais surpreendente ainda foi a presença de David Beckham nos 11
iniciais, com a ausência de Verratti. Com isso seria válido pensar que o meio
de campo perderia pegada, mas que o astro inglês seria o arco para lançar a
flecha do contrataque. Talvez não foi melhor opção.
Já o Barcelona foi no seu 4-3-3, que insisto em não achar
essa forma numérica a melhor para representar o modelo, talvez um 4-1-4-1. Mas
são apenas representações, o que importa mais (e não só, como acham alguns) é a
prática. E nessa partida a característica quase alterou o esquema, quase, pois
David Villa no ataque centralizava na área, e dava passagem para Daniel Alves.
Mas no encaixe defensivo Daniel era o lateral, e Villa fechava aberto pela
direita. Messi se movimentou muito, saindo recuado para a direita como de
costume, mas não só por ali, recuou até o meio de campo e em alguns momentos,
como no gol, pela esquerda. Parecia fugir da marcação, de forma para lá de
consciente.
Se em algumas partidas questionava a escalação de Fabregas,
obrigando Iniesta a sair do meio de campo para dar profundidade na esquerda,
exceção ao brilhante jogo de volta contra o Milan na fase anterior. O jogo de
hoje não foi tão brilhante exatamente pela insistência da comissão técnica
atual em não apostar, mais certeza que aposta, na profundidade pelas pontas,
com atacantes, ou no 3-4-3 de fato com Daniel espetado na direita.
E o jogo começou muito equilibrado. Se o Barcelona, como
sempre, tinha a bola, as melhores chances de gol foram do PSG. Com Lavezzi pela
esquerda na trave e Pastore de média distancia que Valdés defendeu, por
exemplo. Mas com o decorrer da partida as investidas parisienses foram ficando
mais raras, e sem o pé atrás do perigo imposto pelo adversário, os catalães
tomaram conta do jogo e pressionavam demais. Até que em linda enfiada por
elevação de Daniel Alves para Messi, quase um clichê, gol do craque argentino!
No segundo tempo o jogo continuava dominado pelo Barcelona,
já sem Messi, e se na etapa anterior o Paris Saint Germain fez por merecer
melhor sorte, ela veio em seu pior momento na partida. Bola cruzada na área
pelo brasileiro Maxwell, que o compatriota Thiago Silva cabeceou forte na trave
e sobrou para Ibrahimovic, bem impedido, marcar, 1 a 1. Já no finalzinho do
jogo muitas emoções ainda viram. Alexis recebe lançamento na área, atrasa a
corrida e é tocado por Sirigu. Polêmico para a arbitragem, juvenil para o
goleiro italiano, mas pênalti. Que Xavi cobrou e fez, 1 a 2. Parecia caso
encerrado e PSG já pensava em como superar o insuperável fora de seus domínios,
quando Matuidi bate contra Valdés, a bola desvia em Bartrae decreta o 2 a 2
final.
Paris Saint Germain fez boa partida, e Barcelona esbarrou em
erros recorrentes. Só imagino que a opção por Beckham poderia ser mais
proveitosa do meio para o fim e não ao contrario como foi nesse confronto, opção
alias surpreendente e bem sucedida de Ancelotti. Até o Camp Nou...
Felipe Xavier Pelin, gosta desse negocio chamado Futebol...
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