quarta-feira, 24 de abril de 2013

Atuação emblemática da seleção brasileira...


24 de abril de 2013 – Amistoso Internacional – Brasil 2x2 Chile:

O que vimos hoje no Mineirão foi importante, claro que para o Brasil de forma negativa. A postura proposta por Felipão é emblemática e desnuda o atraso impressionante do futebol brasileiro em geral, óbvio que existem exceções. Mas principalmente depois de assistir Bayern Munique x Barcelona na terça e hoje Borussia Dortmund x Real Madrid pela Champions League, jogos modernos e de altíssimo nível técnico e tático, é até absurdo o que assistimos.

Scolari montou a seleção brasileira no 4-4-2, com:
Diego Cavalieri;
Jean, Dedé, Réver, André Santos;
Paulinho, Ralf;
Jadson, Ronaldinho;
Leandro Damião, Neymar.

Já Jorge Sampoili mantou os chilenos no 4-2-3-1, com:
Herrera;
Alvarez, Gonzalez, Rojas, Mena;
Leal, Reyes;
Menezes, Cortez, Vargas;
Rubio.

Felipão montou o Brasil no 4-4-2 clássico, em quadrado, de forma até ingênua. Nessa formação que nos remete para os idos da década de 90, tem uma linha de quatro zagueiros, dois volantes, dois meias e dois atacantes. Essa forma de jogar faz algum tempo foi abandonada pela imensa maioria dos técnicos pelo mundo, e até mesmo no Brasil. Principalmente porque a compactação defensiva, onde todos os jogadores tem que participar é quase impossível. Voltando para marcar os jogadores se embolam e deixam muitos espaços para o adversário. O futebol mudou, para fugir do termo evoluiu, e se durante muito tempo a qualidade técnica dos brasileiros resolvia qualquer parada.  Hoje isso não basta, não mais. No segundo gol do Brasil toda a qualidade técnica brasileira foi utilizada, tabela de Ronaldinho para Jadson, que deu linda enfiada para Alexandre Pato, que teve generosidade impressionante para um centroavante ao passar para Neymar marcar com o gol escancarado. Mas no restante da partida não se viu nenhuma criação parecida, foi só isso.

Não acho que a tática é tudo no futebol, mas é um aspecto importante. AsSim como técnico, físico, psicológico, entre outros. Mas a forma como Felipão armou a seleção e expôs seus comandados frente a uma multidão de torcedores e um time bem armado, nada sensacional, foi inacreditável. Devido a tamanho erro da comissão técnica qualquer avaliação técnica, se um jogador foi bem ou mal, é precipitada, até injusta. A zaga errou saídas de bola, mas os laterais avançam “com se não houvesse amanhã” e nem pensam em ajudar na transição para o ataque. No gol de Eduardo Vargas, um petardo, o chileno teve espaço incrível à frente da área. Mas observem que os volantes, Paulinho e Ralf, estavam deslocados para a esquerda, porque nenhum atacante ou meia volta marcando por ali, sobrou para Jadson que não conseguiu evitar. Esses são só exemplos, outros também existiram.

Em tempo, não vejo nenhum absurdo nas vaias. Diferente das torcidas pelos clubes, não acho que o apoio para a seleção nacional deve ser incondicional. E se o futebol mudou dentro das quatro linhas, mudou também fora. As seleções não têm mais a importância de outrora, e isso para todos nós, e não só para os que estavam e vaiaram no Mineirão.

Felipe Xavier Pelin, gosta desse negocio chamado Futebol...
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