24 de abril de 2013 – Champions League – Borussia Dortmund 4x1
Real Madrid:
Jogos muito aguardados às vezes decepcionam, talvez pela
ansiedade de tais disputas, talvez pela equiparação técnica em alto nível que
podem embolar o jogo, por nervosismo de um jogo muito importante, por
conservadorismos em busca de avançar “a qualquer custo”. E o que vimos nos dois
confrontos até agora pelas semis da Champions League não foi nada disso! Se
todos esperavam grandes jogos em fase tão importante da grande competição europeia,
fomos premiados por partidas sensacionais!
Klopp escalou Dortmund no 4-2-3-1, com:
Weindenfeller;
Piszczek, Subotis, Hummels, Schmelzer;
Bender, Gundogan;
Kuba, Gotze, Reus;
Lewandowski.
José Mourinho mandou Real também no 4-2-3-1, com:
Diego López;
Sérgio Ramos, Varane, Pepe, Fábio
Coentrão;
Xabi Alonso, Khedira;
Modric, Ozil, Cristiano Ronaldo;
Higuain.
Jogo começou com Borussia em ritmo alucinante nos primeiros
15 minutos e logo de cara Lewandowski abriu uma noite que, com certeza, será
inesquecível para o polonês. Cruzamento de Gotze pela esquerda e gol dele, aos
8 minutos. Um pouco antes a primeira chance clara de gol surgiu aos 6 minutos
em bola roubada de Khedira, que Reus puxou muito rápido pelo meio, bateu no
gol, Diego López defendeu, e quase que o camisa 9 marcou. Esses dois lances
mostram de forma muito clara a principal movimentação desse time do Borussia.
Na prancheta inicial Mario Gotze, 20 anos, trabalha centralizado e Marco Reus,
23, na esquerda e as inversão de posição deles, além da imensa qualidade
técnica, é o que dá o brilho desse time “surpreendente”, atualmente vice
campeão da Bundesliga, bi campeão alemão de 2010/11 e 2011/12 e da copa da
Alemanha em 2011/12.
Mas o jogo teve um nome: Lewandowski! O artilheiro fez os
quatro gols do seu time. Centroavante tem que ter posicionamento, sorte,
estrela, empurrar para dentro, e ele teve e fez tudo isso. Mas dois gols não
tiveram “só” essas características. No segundo lindo domínio girando, na bola
que sobrou. No terceiro, fez o mesmo e ainda deu uma puxada nela procurando
espaço para bater. Grande jogo do camisa nove que agora tem 10 gols da
competição, contra 12 de Cristiano Ronaldo que também guardou o seu.
Real Madrid entrou tardiamente no jogo, no primeiro e
segundo tempo. E sofreu muito pela ausência de Di Maria, argentino que não
começou jogando por motivos particulares, tendo que ficar mais tempo na Espanha
para o nascimento de sua filha. Com a ausência do atacante, a opção de José
Mourinho foi a entrada de Modric. Com isso Ozil foi deslocado para a direita,
onde normalmente atua Di Maria, e Modric centralizado, lugar de Ozil, no mesmo
4-2-3-1. Mas o croata tem características distintas as do alemão, joga “um
atrás em campo”. Em muitos momentos vimos Khedira até mais avançado, próximo
aos atacantes. E Ozil sumiu aberto pela direita. Talvez a opção do técnico
português tenha sido equivocada, mas não era simples. Se Di Maria faz muito bem
a movimentação de ponta direita que por vezes aparece até como volante na
marcação. Modric poderia ter feito esse pendulo de forma parecida. Mas
obviamente com prioridades invertidas, mais para ajudar na saída de bola do que
para atacar aberto, mantANDO assim Ozil centralizado. No segundo tempo foi o
que aconteceu. Mas ai o Borussia já tinha crescido tanto no jogo que não
adiantou.
Vejo de forma muito mais surpreendente essa vitória. Bayern
tinha reais chances de vencer o Barcelona, não que tamanha autoridade era
esperada, mas podia. Borussia até podia vencer o Real, mas seria uma zebra, e tamanha
autoridade era impensável. Se os dois resultados não eram esperados, é verdade
que Real, Barça e Bayern podiam ser considerados em patamar superior ao
Dortmund, mas é futebol! E o que mais chama a atenção nos dois jogos é que
ninguém fez uso, legítimo, da retranca. As cartas foram colocadas na mesa, e
venceu quem propôs o jogo. Em tempo, é importante dizer que surpreendente foi a
forma que o Borussia superou os merengues, mas para quem assistiu boa parte da
Champions League esse futebol vistoso dos alemães não é nenhuma novidade.
Felipe Xavier Pelin, gosta desse negocio chamado Futebol...
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