segunda-feira, 8 de abril de 2013

Ferguson levou a taça, mas Mancini carimbou a faixa...


8 de abril de 2013 – Campeonato Inglês – Manchester United x Manchester City:

Hoje em Manchester a cidade se dividiu para o clássico entre United e City. Esse é um daqueles jogos que não valem nada, mas valem tudo. Velha conversa de que os clássicos são outro campeonato, e é a pura verdade. Erra quem não entende o quão importante são as rivalidades locais. No Campeonato Inglês, United já é praticamente campeão seguido pelo próprio City.

Alex Ferguson mandou os vermelhos no 4-4-2, com:
De Gea;
Rafael, Ferdinand, Jones, Evra;
Welbeck, Giggs, Carrick, A. Young;
Rooney, van Persie.

Já Roberto Mancini formou os azuis no 4-2-3-1, com:
Hart;
Zabaleta, Kompany, Nastasic, Clichy;
Yaya Toure, Barry;
Milner, David Silva, Nasri;
Tevez.

O desenho tático dos times talvez tenha sido o aspecto mais importante do duelo. United no 4-4-2 com dois meias abertos, Ryan Giggs e Carrick eram os volantes, com Young na esquerda e Welbeck na direita, Rooney e van Persie os atacantes. A única diferença era Welbeck na função de meia, já que o jovem costuma atuar como atacante e sem obrigações de transição e marcação, mas já atuou por ali. No City que normalmente joga em esquema semelhante ao seu rival, Mancini alterou a formação, que ao invés de um companheiro para Tevez no ataque como normalmente atua, o meio de campo teve três homens no setor. Milner na direita, David Silva centralizado e Nasri na esquerda. E foi exatamente essa faixa do campo que definiu o clássico.

Os azuis de Manchester dominaram o meio, e consequentemente a partida. Além de Mancini ter acrescentado um homem por ali, a postura de sua equipe foi mais pragmática. David Silva que normalmente circula bastante, guardou mais posição. O mesmo aconteceu com Yaya Toure. Já nos vermelhos, Welbeck como disse não é exatamente um meio campista e não ajudava na marcação e na transição ofensiva como deveria, já Giggs era obrigado a circular mais pelo campo, e o veterano se viu engolido pelos rivais, principalmente Yaya. E o United buscou a ligação direta e os contra ataques, já que a bola não chegava. A bola não chegou, e seus atacantes não fizeram a diferença. Já a estratégia de Manicini foi perfeita. Dominou o jogo pelo meio, na casa do adversário. E em seguida lançou mão de Aguero para ser mais incisivo no ataque, até porque Teves estava um tanto isolado entre os zagueiros adversários. E o argentino que veio do banco fez a diferença. Em bonita jogada marcou o gol da vitória do vice-campeão inglês. Que mesmo não conquistando o bi campeonato, carimbou a quase inevitável faixa do vizinho.

Mancini muitas vezes é criticado, e a culpa pela não conquista do titulo nacional recai sobre ele. Até com certa razão. Já que comparando os elencos, tenha mais nomes de peso em suas mãos que Ferguson. Mas hoje foi melhor que o escocês. Ferguson que muitas vezes peca em um engessamento da forma de jogar, que quase nunca varia conforme o adversário. Se já fez isso em final de Champions League contra o Barcelona em fase exuberante, não mudaria contra o novo rico rival em um campeonato assegurado. Perdeu, e poderia ter usado de mais alternativas para evitar a derrota.

Felipe Xavier Pelin, gosta desse negocio chamado Futebol...
Facebook.com/CampoeBola
Twitter.com/CampoeBola 

Nenhum comentário:

Postar um comentário