23 de abril de 2013 – Champions League – Bayern Munique 4x0 Barcelona:
Grande jogo em Munique! Bayern era sério candidato para
vencer com autoridade o grande Barcelona, e o fez! De forma brilhante. Mas dificilmente
alguém tinha algum prognostico parecido com o que acabou de acontecer no Allianz
Arena. Muitos aspectos para serem estudados, muitas lições, muitos personagens.
Semis da Champions League, não esperávamos por menos.
Jupp Heynckes mandou o Bayern no 4-2-3-1, com:
Neuer;
Lahm, Dante, Boateng, Alaba;
Javi Martinez, Schweinsteiger;
Robben, Muller, Ribery;
Mario Gomez.
Tito Vilanova escalou o Barcelona no 4-3-3 (ou 4-1-4-1 como
prefiro definir), com:
Valdés;
Daniel Alves, Bartra, Piqué, Jordi
Alba;
Xavi, Busquets, Iniesta;
Pedro, Messi, Alexis Sánchez.
Barcelona não perdeu o jogo, e sim Bayern impôs uma derrota
com muita autoridade. Penso que é importante colocar isso porque os catalães
nos últimos 5 jogos pela Champions desse ano tem 2 empates (Barcelona 1 a 1
PSG, PSG 2 a 2 Barcelona), 2 derrotas(Milan 2 a 0 Barcelona e Bayern Munique 4
a 0 Barcelona) e apenas uma vitória (Barcelona 4 a 0 Milan). E desses jogos o único
em que o Barcelona foi derrotado de fato foi o de hoje, nos outros tropeçou em
suas próprias pernas, principalmente por decisões equivocadas de sua comissão técnica.
Jupp Heynckes formatou de forma perfeita o plano de jogo para vencer e
extremamente bem executado por seus comandados.
De forma simplista o jogo pode ser definido de duas formas,
uma legitima e outra nem tanto. A primeira e verdadeira é que Bayern se
defendeu bem e nos contrataques e bolas aéreas matou o jogo, nessa avaliação existe
muita verdade. Sim, Bayern se defendeu muito bem e definiu o jogo em bolas
alçadas na área, primeiro aos 25 minutos em ajeitada de Dante que Muller marcou
e depois aos 49 que Muller ajeitou e Mario Gómez fez. Mas agrediu muito os espanhóis,
tanto que terminaram com mais que o triplo de finalizações que o rival, 13 a 4.
E essa é a diferença para as vitórias de Chelsea no ano passado (Chelsea 1 a 0
Barcelona e Barcelona 2 a 2 Chelsea) e da Internazionale de José Mourinho na
Champions League 2009/10 (Inter 3 a 1 Barcelona e Barcelona 1 a 0 Inter). Tanto
Chelsea como Inter avançaram nessa mesma fase da competição se defendendo
muito, e nenhum demérito existe nisso, e “achando” gols contra um Barcelona que
os colocava com a bunda na linha de fundo e rondava suas áreas, dominando quase
que completamente as ações. Essa vitória do Bayern foi diferente, mas veremos. A
outra forma, injusta e simplista, de definir o resultado final pelos erros da
arbitragem. Eles existiram? Sim, Super Mario estava impedido em seu gol, e
Muller faz falta em Alba no gol de Robben. Mas de nenhuma forma foram esses
lances que definiram a partida, ou podem desmerecer a brilhante vitória alemã.
E por ultimo como esse Super Bayern foi diferente? Bayern é
um time com algumas semelhanças ao Barcelona, gosta da posse de bola, mas sabia
que não podia brigar nesse quesito. Teria que entregar a redondinha nos pés do adversário
e marcar. Mas não fez isso recuado em sua área, ou com a bunda na linha de
fundo, ou no seu primeiro terço de campo. Então marcou em cima e pressionando
para sufocar a saída de bola dos catalães? Também não. Marcou a partir do meio
de campo e com sua linha de zagueiros bem adiantada, ou seja, se compactou
longe da sua área e fez com que os lances se desenhassem no terço médio do
campo. Dava a bola para o Barça, mas não deixava que ficassem na eterna troca
de passes próximos ao gol e esperando uma oportunidade. E nesse meio de campo,
Javi Martinez pegou Iniesta, Schweinsteiger em Xavi, Mario e Muller se revezavam
em Busquets. Pelos lados do campo, Alaba batia com Alexis, Lahm com Pedro,
Robben com Alba, Ribery com Daniel Alves. E nesse resta um, sobrava quem? Ele,
Lionel Messi. E bem na posição onde melhor desempenha seu futebol, flutuando
nas costas dos volantes e à frente dos zagueiros, o tal falso 9. Mas o
argentino estava claramente mal fisicamente, muito mal. A melhor forma do Barça
é exatamente essa, para Messi sobrar. Mas hoje não conseguiu jogar, sua condição
física não deixou.
Para esse plano de jogo ser bem executado Heynckes dependia
de que ele fosse bem executado. E contou com Schweinsteiger dominando o meio de
campo e gastando a bola. Javi Martinez roubando muitas bolas e dando enfiadas
perigosas e passes de calcanhar dentro da área de ataque. Robben correndo o
campo todo. Muller muito decisivo. Lahm brilhante como sempre. Dante seguro na
zaga. E muito mais. O importante que fica desse jogo é esse brilhante time do
Bayern de Munique. E ainda tem mais. Definido? Praticamente.
Felipe Xavier Pelin, gosta desse negocio chamado Futebol...
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