26 de março de 2013 - Amistoso Internacional - Brasil 1x1 Rússia:
Parece claro que dificilmente teremos uma seleção brasileira
para a Copa do Mundo em 2014 que bote medo ou se imponha em nomes contra as
grandes favoritas ao titulo. É uma seleção jovem, e sofre da descontinuidade de
gerações. A entrada de Scolari para dirigir o selecionado tem forte caráter
político. Marin fez a escolha pela grife de Felipão em detrimento de Mano
Menezes, e por mais que a decisão não tenha pesado nesse sentido, o técnico da
quinta conquista brasileira de fato pode colocar mais “respeito” nos
adversários e dar mais pegada à equipe. O time titular que vem se desenhando
por Luiz Felipe tem algumas características próprias do gaúcho, mas temos que
convir que não passe muito longe do que era com o também gaúcho Mano Menezes.
A defesa parece estar definida com Daniel Alves, Thiago
Silva, David Luiz e Marcelo. E junto com Júlio César no gol, a linha não pode
ser considerada inexperiente, pelo contrario. Na dupla de volantes não virá o
envelhecimento da equipe. Paulinho e Ramires devem ser os favoritos para ocupar
a vaga de volantes e por mais que atuem como dupla ou com um volante mais
marcador com um dos dois, esse nome também não será de “peso”. Se um dia a
amarelinha foi refém de Lucas Leiva e Sandro para primeiro volantes, Luiz
Gustavo e Fernando são ótimas opções, porém ainda mais inexperientes que os
dois anteriores favoritos para a vaga.
E a busca pelo envelhecimento segue para a linha de três
meias. Existem três vagas com o esquema tático atual. Uma é de Neymar? Certo.
Outra é de Oscar? Certo. Não imagino que essa maturidade da equipe seja
conseguida com Kaká ou Ronaldinho Gaúcho. Kaká foi muito mal contra Rússia!
Está lento e sem ritmo de jogo, e a meu ver sua recente aparição no selecionado
deve tirá-lo do imaginário popular. Ou deveria. Já Ronaldinho vem muito bem no ótimo
time do galo mineiro, mas mesmo reencontrando a “felicidade” para as boas atuações
recentes não vejo substituindo Oscar como o camisa 10 desse time. Aliás, vale
ressaltar que qualquer tentativa de abrir Oscar para os flancos da canja só se
justifica para Neymar atuar pelo setor. Por ali o santista participa mais do
jogo, como contra Itália. Com isso a possibilidade da alternância por essa
faixa do campo de Neymar e Oscar parece uma boa opção.
Na referencia de ataque Fred pode ser pouco questionado.
Entre e marca gols. E se contra a bem fechada defesa russa, participou pouco do
jogo, contra a Itália foi melhor, auxiliando como pivô de algumas tabelas e
saindo da área para a infiltração de seus companheiros. Com isso temos uma vaga
em aberto. Para mais um meia aberto em
campo. Hulk entrou bem no jogo contra a Rússia, depois que substituiu Oscar,
foi junto com Marcelo a melhor opção pela esquerda para o time. E por lá saiu o
gol. Lucas seria melhor opção? Talvez, mas ainda não é o nome que dará mais
rodagem para esse time. Abro a possibilidade de Zé Roberto pelo setor. O
veterano está voando no Grêmio, e esse sim de fato tem mais rodagem que os
demais.
Enfim, essa é a uma seleção jovem. E não enxergo a
possibilidade de mudarmos essa característica para 2014, talvez a melhor opção
seja definir o time logo e colocar para jogar e criar casca para enfrentar a
enorme pressão que será uma Copa do Mundo em casa e com a obrigação (dos que
não veem que o Brasil não tem mais o mesmo status) de impor seu jogo com os
“meninos”.
Felipe Xavier Pelin, gosta desse negocio chamado Futebol...
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