domingo, 31 de março de 2013

Pouco, mas Santos venceu...


31 de março de 2013 – Campeonato Paulista – Oeste 1x2 Santos:

Em mais uma partida pelo Campeonato Paulista, Oeste x Santos fizeram jogo morno. Pouca emoção e tecnicamente fraco. Ainda mais por ter Neymar, Montillo e outros em campo que poderiam exibir melhor espetáculo. Pouco para o Santos que só pensa no Paulista, que também é verdade não requer nenhum esforço na infinita fase antes das finais.  

Muricy entrou no 4-4-2, com:
Rafael;
Bruno Peres, Neto, Durval, Guilherme Santos;
Renê Junior, Alan Santos;
Cícero, Montillo,
Giva, Neymar.

O primeiro tempo foi de pouquíssimas finalizações e chances de gol. No esquema tático santista uma linha de quatro na defesa com Bruno Peres, Neto, Durval e Guilherme Santos. Renê Junior e Alan Santos eram os volantes. Cícero e Montillo, os meias. E Giva e Neymar no ataque. Um 4-2-2-2 ou 4-4-2 em quadrado, qualquer nomenclatura para definir esse esquema que dominou os anos noventa no Brasil. Vejo essa forma de armar a equipe de forma um pouco ingênua, até antiquada. Mas não por isso ela é ruim, é ruim porque não privilegia as boas individualidades do elenco. Neymar fica aberto na esquerda, com pouca chance de movimentação com Cícero à suas costas. Montillo disputa espaço com o mesmo Cícero, ficando obrigado a cair pela direita. E os volantes de hoje com pouca capacidade de fazer a transição ofensiva. Penso que podem ter varias formas para armar esse time do Santos e essa não é a ideal. Muito também pela qualidade dos laterais, que dariam alguma dinâmica nesse formato. Uma solução seria recuar Cícero, dando mais espaço para Montillo e Neymar, e qualificar a transição ofensiva.

No segundo tempo Muricy mudou.  E o time melhorou, um pouco. Na volta do intervalo Renê Junior virou zagueiro, Cícero recuou para fazer dupla de volantes com Alan Santos, Guilherme e Felipe Anderson (saiu Bruno Peres) os alas. Essa alteração deu mais espaço para Montillo que caindo agora pela esquerda passou para Neymar acertar lindo chute de fora da área na gaveta, golaço! Mas nem com isso o Santos foi senhor do jogo e sofreu o empate. E conquistou a vitória em escanteio batido por Montillo, e não Neymar, que Cícero mandou para as redes.

O alvinegro praiano não tem elenco vasto, mas bons valores. Questiono a forma com que Muricy monta seus comandados, por achar que o técnico não proporciona que os talentos sejam ressaltados, leva sua equipe de forma um pouco ingênua para o gramado. E é pouco trancar o time com três zagueiros para que a qualidade técnica defina as partidas. Respeito o trabalho do treinador, mas poderia ser melhor.

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Alto nível no clássico, e deu Corinthians...


31 de março de 2013 – Campeonato Paulista – São Paulo 1x2 Corinthians:

Ótimo clássico no Morumbi pelo Campeonato Paulista. São Paulo x Corinthians fizeram um jogo como deveria ser, disputado. Não acho que seria o ideal levarem os times reservas para o gramado, mesmo que privilegiando a Libertadores. A frase de que os clássicos são um campeonato a parte é batida, mas real. Também é verdade que se entrassem com reservas exerceria menos pressão para qualquer resultado, mas ganhando tem o efeito inverso. E da forma que jogaram poderiam ter saído vencedor qualquer um dos rivais. Era um risco para se correr, que proporcionou ótimo cotejo.

Ney Franco entrou no 4-2-3-1, com:
Rogério Ceni;
Paulo Miranda, Tolói, Edson Silva, Carleto;
Denílson, Maicon;
Jadson, Ganso, Osvaldo;
Luis Fabiano.

Tite no mesmo 4-2-3-1, com:
Cássio;
Alessandro, Gil, Paulo André, Fábio Santos;
Ralf, Paulinho,
Emerson Sheik, Danilo, Romarinho;
            Guerrero.

São Paulo começou muito melhor o jogo, não permitia ao adversário passar de sua intermediaria. No esquema de Ney Franco, Ganso jogou centralizado, Jadson e Osvaldo abertos. E Tite tinha Danilo centralizado, Romarinho e Emerson abertos. A disputa no meio de campo ficava entre Denílson x Danilo, Maicon x Paulinho e Ganso x Ralf. E os são paulinos levavam a melhor, principalmente Denílson que não deixou Danilo ganhar uma pelo meio. E ai é que Ney levava vantagem sobre o Tite. E logo aos 5 minutos, Osvaldo arrancou pela esquerda e achou Jadson do outro lado para marcar, a bola passa por Luis Fabiano e Ganso antes de chegar até Jadson. Ou seja, São Paulo estava com todas as suas armas ofensivas em condição de participar do lance, 1x0.

Mas logo Tite percebeu seu equivoco e alterou o time para atuar no esquema mais constante este ano, 4-4-2, com Danilo aberto na esquerda. Onde o camisa 20 rende muito melhor. Com Danilo pela esquerda, Emerson centraliza, mas puxa para o meio de campo, deixando Guerrero na referência. E a alteração de Adenor logo deu resultado. Danilo recebeu, na esquerda, lançamento de Emerson, no meio de campo, e de perna trocado acertou lindo chute para empatar. Um a um, fim do primeiro tempo.

No segundo tempo a dinâmica do jogo foi o Tricolor rondando a área corinthiana perigosamente, mas o Timão se fechava bem na defesa com suas duas linhas de quatro bem compactas. Em bola mal recuada para Rogério Ceni, Pato chega antes e toca de bico nela, o goleiro atrasado acerta chute no atacante, pênalti. Que o próprio Pato converteu. Só para registrar opinião, não expulsaria Rogério, acertou o adversário no movimento do chute e não para parar a jogada, amarelo foi de bom tamanho. E com a virada o placar final de dois a um para o Corinthians.

Clássico muito bem disputado, tanto tecnicamente pelos jogadores como nas propostas táticas de seus treinadores. Alto nível nos dois quesitos. Destaco a atuação de Paulo Henrique Ganso que não decidiu a partida, longe disso, mas teve boa atuação. Acompanhou Ralf na marcação, estava no lance do gol, em seguida deu linda bola para Jadson em lance parecido com o do um a zero, no segundo tempo era peça importante nas tentativas do SPFC.

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15 minutos para a virada dos Red...


31 de março de 2013 – Campeonato Inglês – Aston Villa 1x2 Liverpool:

Em jogo isolado pela Premier League nesse domingo, Aston Villa x Liverpool se enfrentaram em Birmingham. Liverpool que está em posição intermediária no campeonato, em sétimo lugar. Já o Aston Villa na luta para não ser rebaixado. Se a diferença na tabela é grande, em campo não foi assim. Característica principal da competição inglesa.

Aston Villa começou no 4-3-3, com:
Guzan;
Lowton, Vlaar, Baker, Bennet;
Westwood, Syla, Bannan,
            Weimann,Benteke Agbonlahor.

No mesmo 4-3-3, Liverpool com:
Reina;
G. Johnson, Carragher, Agger, José Enrique;
Gerrard, Lucas Leiva, Henderson;
Downing, Súarez, Philippe Coutinho.

Os esquemas táticos estavam espelhados, mas no encaixe entre as equipe o meio de campo apresentava características diferentes. Pelo Villa, Westwood na direita e Banann na esquerda atuaram mais defensivamente, com Syla com liberdade. Nos Reds era o contrário, Lucas Leiva na cabeça da área, com Gerrard à direita e Henderson à esquerda tinham mais liberdade. Então o confronto pelo setor estava montado com os confrontos entre: Westwood x Henderson, Bannan x Gerrard, e Syla x Lucas. E se no meio de campo a situação estava truncado, o ataque do Villa foi o diferencial para o time da casa, com muita mais movimentação que o rival. Villa que apesar de em nenhum momento levar vantagem em posse de bola ou finalizações parecia mais perigoso e eficiente, e foi! Lançamento longo para a área, Agbonlahor mata na coxa para Benteke fuzilar e abrir o placar.

Se é que existe justiça no futebol Aston Villa fez por merecer o placar no primeiro tempo. Já na segunda etapa, Liverpool voltou com atitude muito diferente e tomou o jogo para si. Atuou 15 minutos com a intensidade necessária para virar o placar. Primeiro resolvendo o encaixe do meio de campo. Rouba a bola, e Gerrard, mais recuado para marcar e fugindo de Banann, dá lindo lançamento para Philippe Coutinho, e o brasileiro mete enfiada precisa para Henderson, que mais adiantado recebe nas costas de Westwood, para empatar a partida. Desfeito o triangulo do meio, empate!

No segundo gol Luis Suarez entorta o zagueiro Baker e sofre o pênalti. Uruguaio que é o responsável pela imensa maioria das finalizações de seu time, por vezes parece disputar o jogo sozinho, no melhor dos sentidos, pois sempre chamando a responsabilidade tenta resolver para sua equipe, e não a toa é o artilheiro do campeonato. Gerrard bateu e virou! Capitão que além do gol, tirou em cima da linha com um peixinho cabeçada de Benteke que tinha endereço certo. Sensacional o camisa 8. E passados os 15 minutos da virada, Liverpool dominou a partida para administrar, e o Aston Villa não teve forças para uma nova virada na partida. Até porque as modificações de seu técnico não tiveram o efeito desejado.

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sábado, 30 de março de 2013

Barça de Tello só empatou...


30 de março de 2013 – Campeonato Espanhol – Celta de Vigo 2x2 Barcelona:

Na Espanha, Barcelona foi até Vigo para pegar o Celta no Estádio de Balaidos. Praticamente campeão, Barça foi com time muito misto pensando no confronto de terça feira contra o Paris Saint Germain pelas quartas de finais da Champions League. E esbarrou em uma equipe muito menor, mas que teve aplicação durante todo o tempo em seu 4-4-2 e por isso foi premiada com um ponto valioso na luta contra o rebaixamento.

Jordi Roura esteve no banco catalão e escalou seu time no 4-3-3 barcelonista, com:
Pinto,
Daniel Alves, Bartra, Piqué, Montoya;
Thiago Alcântara, Song, Fabregas;
Alexis, Messi, Tello.

O líder como sempre foi o dono da bola, com imensa posse dela. Mas aos 38 minutos quem abriu o placar foi o Celta, com Insa. Mesmo tendo a bola na maior parte do tempo o Barcelona não teve seus passes curtos que envolvem o adversário. No meio de campo Thiago Alcântara, Song e Fabregas fizeram partida abaixo da média, mas na frente Tello abusava das infiltrações em diagonal. E os 45 do primeiro tempo Messi foi até o meio de campo improdutivo do Barça para dar lindo lançamento para Tello bater cruzado e empatar. Já no segundo tempo, virada no placar, Messi de novo aciona Tello em profundidade pela esquerda, que cruza para Lionel marcar. Placar mais “normal” para o grande favorito, mas que fazia péssima partida. E no finalzinho bola alçada na área, e gol de cabeça dos de Vigo para decretar o 2x2 final. Defeito clássico é a bola aérea defensiva dos catalães, e é importante lembrar que o gol não foi consequência da baixa estatura da equipe e sim de posicionamento. Já Daniel Alves fechou na área acompanhando um adversário enquanto Oubiña receber nas suas costas para marcar.

Barcelona ultimamente tem sofrido com imensa posse, mas com poucas infiltrações. Hoje foi exatamente o contrario. E ai a boa noticia desse empate amargo. Não teve os passes envolventes e curtos no meio de campo, mas contava com meio de campo totalmente reserva. Já as infiltrações foram feitas, principalmente por Tello. O garoto de La Masia pode ser ótima alternativa para Pedro e David Villa. E assim como o titular inconteste Pedro pode alcançar tal status, diferente de outros que surgiram como Cuenca ou Bojan, ambos já em outros times. Tello com muitas chances criadas, uma assistência e um gol foi o melhor em campo. E olho que tinha uma pulga, Messi, ao seu lado. E que logicamente deixou o dele, como sempre.

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City nada moderno de Mancini...


30 de março de 2013 – Campeonato Inglês – Manchester City 4x0 Newcastle:

Em Manchester, City pegou o Newcastle. Os azuis de Manchester seguem na caça ao rival local United, mas chegar para disputar o título de fato é bem improvável. Já o Newcastle diferente do ano passado que em boa campanha chegaram ao quinto lugar no campeonato, este ano fazem péssima temporada e brigam do meio para baixo na tabela.

Roberto Mancini mandou a campo City no 4-4-2, com:
Hart;
Zabaleta, Kompany, Lescott, Clichy;
Nasri, Yayá Toure, Barry, David Silva;
Tevez, Dzeko.

E Pardew o New Castle no 4-2-3-1, com:
Elliot;
Simpson, Taylor, Mbiwa, Jonas Gutierrez;
Cabaye, Anita;
Obertan, Sissoko, Gouffran;
Cissé.

O alvinegro no seu 4-2-3-1 tinha postura até interessante no inicio da partida, com um time bem compacto. Mas ao longo do jogo foi acuado pelo City. E os 45 do primeiro tempo Tevez abriu o placar. Cruzamento de Clichy pela esquerda, o argentino antecipou o “lateral esquerdo” Jonas Gutierrez e marcou. Importante lembrar que Jonas é meio campista e esteve na lateral esquerda improvisado, no lance do primeiro gol mostrou toda a sua falta de intimidade com a posição. O técnico Pardew deve ter esquecido a Copa do Mundo de 2010 em que o “técnico” Maradona posicionou Jonas como lateral direito, que teve atuação bizarra. Mas vá lá que Dom Diego como treinador fosse tão improvisado quanto Gutierrez na lateral direita. Pardew mesmo o colocando na esquerda para privilegiar seu pé bom, cometeu enorme erro. Ainda na primeira metade David Silva ampliou, com passe de Nasri. No segundo tempo Kompany e Perch, em jogada de Yayá, contra, fizeram o 4x0 final.

No segundo gol do jogo, marcado por Silva, dá para perceber uma das características de seu time. Nasri, teoricamente aberto na direita, estava na esquerda e depois de boa jogada passa para David, teoricamente aberto na direita, mas que está dentro da área marcar. Esse time tem posicionamento nada rígido, principalmente para seus meias. Chego até a pensar que junto com essa característica, e a pequena descompactação da equipe, tornam o time de Mancini menos “moderno”, no melhor dos sentidos. Já que hoje a maioria das equipes da ponta prezam por firme compactação da equipe e posições bem definidas.

Mancini não avançou na Champions League como queria. Mas é o segundo no difícil Campeonato Inglês, e se algum dia foi chamado de retranqueiro, hoje mesmo com 4x0 no placar colocou Aguero no ataque e em dado momento do jogo tinha apenas Barry marcando junto com a linha de zagueiros.

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Com preguiça Manchester segue rumo ao título..


30 de março de 2013 – Campeonato Inglês - Sunderland 0x1 Manchester United:

Hoje se enfrentaram pela Premier League Sunderland x Manchester United. Os Red Devils já são praticamente campeões na Inglaterra, lideram o campeonato seguidos pelo rival City, mas com vantagem para lá de confortável. 77 pontos contra 62 do segundo colocado.

Sunderland foi a campo no 4-4-2, com:
Mignolet;
Barsley, Bramble, O’Shea, Rose;
Adam Johnson, Gadner, N’Diaey, McClean
Sessegnon, Graham.

United também no 4-4-2, com:
De Gea,
Rafael, Smaliing, Vidic, Buttner;
Valencia, Anderson, Carrick, Young;
Van Persie, Kagawa.

Os times se postaram em campo com a mesma formação tática. Duas linhas de quatro defensores, outra linha de quatro meio campista, com dois volantes pelo meio e dois meias abertos, e na frente dois atacantes. Curioso observar como Alex Ferguson armou seu time, não por ser diferente, mas por estar postado como sempre. Já que o japonês Kagawa poderia atuar como meia central em 4-2-3-1, mas não foi isso que o escocês preferiu. Kagawa foi atacante ao lado de Van Persie, assim como seria Rooney ou Welbeck. Quando o holandês esta em campo fica na referência e sua dupla tende a voltar mais em direção ao meio, mas mesmo assim atuam deslocados de uma possível linha de três armadores.

O jogo começou com leve investida do time da casa nos primeiros cinco minutos, mas logo o United tomou o jogo em suas mãos e dominou, com alguma preguiça é verdade. Aos 27, Van Persie recebeu lançamento de Anderson, ciscou na frente do zagueiro e bateu em direção à área, e Bramble desviou para o gol. Já no segundo tempo o Sunderland foi melhor na partida, de novo com uma pressão inicial, mas que desta vez se estendeu ao longo da segunda etapa. Mesmo assim placar final foi de 1x0 para o United que segue firme para ser campeão.

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terça-feira, 26 de março de 2013

Espanha encurrala...


26 de março de 2013 – Eliminatórias UEFA para Copa do Mundo – França 0x1 Espanha:

Bom jogo em Paris! Aguerrido e disputado como tinha que ser, e muita qualidade técnica de lado a lado. Opções táticas também foram algumas. Espanhóis precisavam vencer para serem líderes do grupo, como poderia obedecer à lógica. E foi assim, mas não de forma simples. Com a vitória a Fúria conquista 11 pontos e ultrapassa os franceses que continuam com 10 na segunda posição do grupo, que ainda conta com Geórgia, Bielorrússia e Finlândia. Faltando três jogos para serem disputados o primeiro colocado já garante vaga na Copa do Mundo no Brasil.

França se colocou no 4-3-3, com:
Lloris;
Jallet, Varane, Koscielny, Evra;
Cabaye, Pogba, Matuidi;
Valbuena, Benzema, Ribery.
Espanha também no 4-3-3, com:
Valdés;
Arbeloa, Sérgio Ramos, Piqué, Monreal;
Xabi Alonso, Busquets, Xavi;
Pedro, David Villa, Iniesta.

O posicionamento do 4-3-3 francês foi teórico, pois sendo acuada pela Espanha recuou seus atacantes abertos, Valbuena e Ribery, que praticamente se alinharam em uma terceira linha com os segundo volantes Cabaye e Matuidi, tendo Pogba na cabeça da área. Assim, encolhida, atuou em um 4-1-4-1, com Benzema isolado na frente. Durante boa parte do jogo conseguiu segurar os atuais campeões do mundo. França que vinha atuando no 4-4-2, com dois meias abertos, preferiu não jogar de “peito aberto”, substituiu um atacante por mais um volante, congestionando a entrada da área como antídoto para a passe de bola adversária. Poderia ter sido vitoriosa sua estratégia, e seria mais eficiente sua postura se colocasse a Espanha com um pé atrás, ou uma punga atrás da orelha, com contrataques mais incisivos. Contragolpes que aconteceram, principalmente com Ribery que jogou muito bem, mas não de forma suficiente para amedrontar o rival e impedi-lo de encurralar os franceses.

A Espanha em muitos momentos variou seu posicionamento. Xavi, por exemplo, se descolava da linha de volantes para atuar no setor de um camisa 10. Iniesta, como vem acontecendo no Barcelona, mesmo jogando aberto tem por característica buscar o centro do gramado. E atônica do jogo durante a maior parte do tempo foi essa. Espanha buscando o jogo, com sua imensa capacidade de trocar passes e ficar com a bola, pelo meio, trombando na parede formada pela França. Exceção foi o momento do gol. Pedro, na direita, inverte a jogada para Monreal bem aberto na esquerda, aproveitando o corredor deixado por Iniesta, que cruza para o próprio Pedro marcar fechando na diagonal. E ai duas características, profundidade pelas pontas e diagonais, que junto com a marcação pressão são os segredos dessa escola espanhola e/ou barcelonista. Abriu a porteira para se espalhar em campo e continuar com a bola em seus pés, até o apito final decretar o 0x1.

A Fúria tem o mesmo plano de jogo do Barcelona, com 7 azuis e grená entre os titulares, e as vezes parece esbarrar no mesmo incomodo do time catalão. Iniesta “improvisado” na ponta esquerda, por característica busca o meio e o jogo se centraliza demais. Apesar do destaque claro na Espanha serem Xavi e Iniesta imagino que o segredo para abrir a chave das retrancas adversárias sejam jogadores bem abertos pelo flancos, descompactando a defesa rival. E para isso Navas, depois do gol, entrou muito bem na partida, ganhando quase todas de Evra. Pedro e o próprio Navas podem fazer esse papel. Sobraria para Iniesta? Lógico que não! Andrés volta para a sua posição de “origem”, para formar a dupla quase simbiótica com Xavi, auxiliando até o companheiro na função de se aproximar na área para deixa-lo armar mais de trás o jogo. Sobraria para qual volante? Xabi Alonso? Não! Penso que o madridista tem um pouco mais de qualidades que Busquets para ser o meio campista mais defensivo. Então, óbvio, sai Busquets? Também não! Que pode recuar para atuar ao lado de Piqué na zaga. E enfim quem perde a vaga é Sérgio Ramos, mas que ainda pode ser lateral direito, saindo Arbeloa.

Enfim, acho um pecado “desfazer” a dupla Xavi e Iniesta no meio de campo. E Iniesta não proporciona profundidade e diagonais necessárias para descongestionar o jogo espanhol. É só um pitaco para Del Bosque deixar sua seleção ainda mais favorita para a Copa que virá. Essa lógica obedece ao preceito de que poucas seleções, ou apenas a Alemanha, podem encarar a atual campeã mundial sem encostar a bunda na parede para buscar, nos curtos momentos em que terão a bola, os contragolpes.

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segunda-feira, 25 de março de 2013

Como envelhecer a jovem seleção brasileira..


26 de março de 2013 - Amistoso Internacional - Brasil 1x1 Rússia:

Parece claro que dificilmente teremos uma seleção brasileira para a Copa do Mundo em 2014 que bote medo ou se imponha em nomes contra as grandes favoritas ao titulo. É uma seleção jovem, e sofre da descontinuidade de gerações. A entrada de Scolari para dirigir o selecionado tem forte caráter político. Marin fez a escolha pela grife de Felipão em detrimento de Mano Menezes, e por mais que a decisão não tenha pesado nesse sentido, o técnico da quinta conquista brasileira de fato pode colocar mais “respeito” nos adversários e dar mais pegada à equipe. O time titular que vem se desenhando por Luiz Felipe tem algumas características próprias do gaúcho, mas temos que convir que não passe muito longe do que era com o também gaúcho Mano Menezes.

A defesa parece estar definida com Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo. E junto com Júlio César no gol, a linha não pode ser considerada inexperiente, pelo contrario. Na dupla de volantes não virá o envelhecimento da equipe. Paulinho e Ramires devem ser os favoritos para ocupar a vaga de volantes e por mais que atuem como dupla ou com um volante mais marcador com um dos dois, esse nome também não será de “peso”. Se um dia a amarelinha foi refém de Lucas Leiva e Sandro para primeiro volantes, Luiz Gustavo e Fernando são ótimas opções, porém ainda mais inexperientes que os dois anteriores favoritos para a vaga.

E a busca pelo envelhecimento segue para a linha de três meias. Existem três vagas com o esquema tático atual. Uma é de Neymar? Certo. Outra é de Oscar? Certo. Não imagino que essa maturidade da equipe seja conseguida com Kaká ou Ronaldinho Gaúcho. Kaká foi muito mal contra Rússia! Está lento e sem ritmo de jogo, e a meu ver sua recente aparição no selecionado deve tirá-lo do imaginário popular. Ou deveria. Já Ronaldinho vem muito bem no ótimo time do galo mineiro, mas mesmo reencontrando a “felicidade” para as boas atuações recentes não vejo substituindo Oscar como o camisa 10 desse time. Aliás, vale ressaltar que qualquer tentativa de abrir Oscar para os flancos da canja só se justifica para Neymar atuar pelo setor. Por ali o santista participa mais do jogo, como contra Itália. Com isso a possibilidade da alternância por essa faixa do campo de Neymar e Oscar parece uma boa opção.

Na referencia de ataque Fred pode ser pouco questionado. Entre e marca gols. E se contra a bem fechada defesa russa, participou pouco do jogo, contra a Itália foi melhor, auxiliando como pivô de algumas tabelas e saindo da área para a infiltração de seus companheiros. Com isso temos uma vaga em aberto. Para mais um meia  aberto em campo. Hulk entrou bem no jogo contra a Rússia, depois que substituiu Oscar, foi junto com Marcelo a melhor opção pela esquerda para o time. E por lá saiu o gol. Lucas seria melhor opção? Talvez, mas ainda não é o nome que dará mais rodagem para esse time. Abro a possibilidade de Zé Roberto pelo setor. O veterano está voando no Grêmio, e esse sim de fato tem mais rodagem que os demais.

Enfim, essa é a uma seleção jovem. E não enxergo a possibilidade de mudarmos essa característica para 2014, talvez a melhor opção seja definir o time logo e colocar para jogar e criar casca para enfrentar a enorme pressão que será uma Copa do Mundo em casa e com a obrigação (dos que não veem que o Brasil não tem mais o mesmo status) de impor seu jogo com os “meninos”.

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quinta-feira, 21 de março de 2013

Novidades na seleção brasileira...


21 de março de 2013 – Amistoso Internacional – Brasil 2x2 Itália:

Hoje o Brasil enfrentou a Itália em mais um amistoso, e ainda sem vitória com o comando de Felipão. Foi um grande jogo, como um clássico com tanta história merecia. Logo no primeiro tempo a seleção brasileira abriu 2x0 com Fred e Oscar. Já no segundo tempo a Itália empatou com De Rossi e Balotelli. Vamos às escalações:

Brasil no 4-2-3-1, com:
Júlio César;
Daniel Alves, David Luiz, Dante, Filipe Luis;
Fernando, Hernanes;
Hulk, Oscar, Neymar;
Fred.

Já a Itália no 4-3-1-2, com
Buffon;
Maggio, Barzagli, Bonucci, De Sciglio;
De Rossi, Pirlo, Montolivo
Giaccherini;
Osvaldo, Balotelli.

No posicionamento brasileiro a novidade foi Neymar centralizado no meio de campo. Durante a partida li alguns comentários de amigos descrevendo a seleção no 4-4-2, ou seja, com duas linhas de quatro e Neymar e Fred como atacantes. A diferença é sutil, mas enxergo o time no 4-2-3-1, por achar que Neymar estava mais encaixado na linha de Oscar e Hulk. Mas o que para mim defini o esquema é o posicionamento desses dois abertos, que na maior parte do tempo não estavam alinhados com Hernanes e Fernando. Mas como disse a diferença é sutil, e obviamente respeito à observação de todos, inclusive a maioria mais experiente neste no assunto.

Mas vamos ao que importa. A função de Neymar em campo é uma das principais questões táticas que envolvem o atual elenco canarinho, e já muito discutidas desde a era Mano Menezes. E pela primeira vez, ou uma das primeiras, o craque santista se posicionou solto no meio de campo, mas com uma referência, Fred, à sua frente. O que não acontecia com Mano. Muito interessante a solução de Scolari, que ao mesmo tempo em que não abre Neymar pelos flancos, desobrigando a marcação do lateral adversário, não o manteve isolado no ataque para ser marcado pelos zagueiros rivais, e participava da marcação acompanhando Pirlo. Digo que Neymar foi mais meia do que atacante e exemplifico no lance dos dois gols do time de amarelo. No primeiro quando o Brasil era atacado, Neymar estava envolvido na marcação e quando o time recupera a bola ele dá linda invertida para Hulk. No segundo, em situação parecida, puxa junto com Oscar contrataque muito rápido, e defini de forma brilhante a jogada, puxando para a esquerda para deixar o jogador do Chelsea cara a cara com Buffon, que definiu com muita frieza. Nessa jogada teve ótima colaboração de Fred que ao se movimentar acompanhando Neymar e atrai a zaga rival.
De forma geral achei que a seleção atuou bem. E se não dominou amplamente as iniciativas, vale lembrar que o adversário era a Itália, natural o equilíbrio. A zaga tomou sustos, e bolas nas costas, sentiu a falta de Thiago Silva, mas me agrada o posicionamento dos laterais, principalmente porque Daniel Alves foi contido. Entre os volantes Hernanes foi bem, organizava e ajudava na marcação, mas como já disse acho que não disputa posição por ali, já que a escolha será entre Ramires e Paulinho. Já Fernando me pareceu muito nervoso e muitas vezes abandou a cabeça da área, e por ali existia espaço importante para Giaccherine e Balotelli, que invertiam de posição confundindo a defesa brasileira. Luiz Gustavo talvez tivesse mais maturidade e poder de marcação que o gremista.

Na frente Oscar foi bem, auxiliou muito na marcação dos laterais e na criação ofensiva, imagino que só valha a pena desloca-lo para os flancos se o setor central for ocupado por Neymar, qualquer outra opção não justifica tirar o jovem de ser 10 brasileiro. Hulk não foi mal, mas precisa ser mais incisivo como normalmente é. O grande público tem muito preconceito com o atacante, mas pode cumprir boa função no elenco, e vejo que foi titular pela ausência de Lucas. Fred, diferente de Luis Fabiano e o próprio no jogo anterior, foi bem. Achou seu gol como de costume, mas também participou das ações ofensivas, se movimentou e fez boas tabelas como pivô.

Não concordei com a substituição de Mano por Felipão. Mas vejo esse o time do gaúcho com mais cara de “time”. Bom desempenho apesar no empate. Outra utilidade desse amistoso pode ser tirar do imaginário popular Kaká, que entrou e pouco fez no jogo. Começo as discussões sobre a seleção nacional por ai, mas muito mais pode e deve ser discutido.

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quarta-feira, 20 de março de 2013

Paulinho faz falta...

20 de março de 2013 – Campeonato Paulista – Corinthians 1x1 XV de Piracicaba:

Pelo Campeonato Paulista, Corinthians foi até Piracicaba enfrentar o XV. Empatou, e teve que suar. No inicio do jogo o Corinthians teve alguma dificuldade para sair jogando, e depois para penetrar na defesa bem fechada do time local. No segundo tempo Emerson Sheik, que substituiu Guerrero, arrancou com a bola, bateu no canto para abrir o placar. Mas aos 43 minutos, empate do XV! Diguinho deu lindo chute no canto do goleiro corinthiano. Placar final 1x1.

Tite começou no 4-4-2, com:
Danilo Fernandes;
Alessandro, Chicão, Gil, Fábio Santos;
Renato Augusto, Guilherme, Ralf, Danilo;
Romarinho, Guerrero.

O esquema inicial de Tite foi o habitual 4-4-2, com dois meias abertos, mas por volta ainda dos 25 minutos do primeiro tempo com a dificuldade de penetrar na defesa adversária Renato Augusto centralizou, para Romarinho abrir na direita. Com isso sai o 4-4-2, entra o 4-2-3-1. Mesmo sem transformar o domínio da partida em superioridade de chances claras de gol, o ataque corinthiano se movimentou buscando os espaços, que não apareceram. Importante dizer como Ralf melhorou muito seu desempenho com a bola nos pés, é visível o desenvolvimento, que já era fantástico na marcação. Já seu companheiro Guilherme tem que perder definitivamente a timidez e deslanchar no Corinthians, tem bola e as chances estão aparecendo, tem que aproveitar. Substitui Paulinho, que é muito importante para o esquema de Tite, pois como joga com os dois meias bem abertos o espaço deixado pela ausência de um armador central é ocupado pelo camisa 8. E Guilherme não conseguiu suprir essa necessidade. Até por isso Tite durante a partida fez uso do 4-2-3-1 ao invés do esquema habitual. Renato Augusto foi bem por ali, já Danilo esteve muito apagado.

Mas quem entrou com muita vontade foi Emerson Sheik, em clara demonstração de que, obviamente, não aceita ser reserva. E o fez do jeito correto, no campo. Antes da partida até imaginei que seria uma boa oportunidade de Tite entrar com ele no time titular para acalmar os ânimos. E o gaucho fez exatamente ao contrario, e saiu com Romarinho. Mas parece que mexeu com o brio de Emerson, que é peça importante no elenco, e tem que se manter motivado, e está!

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Vitória consistente do Palmeiras...


20 de março de 2013 – Campeonato Paulista – Palmeiras 2x0 Botafogo de Ribeirão Preto:

Palmeiras encarou no Pacaembu o Botafogo de Ribeirão Preto. É sempre bom relativizar o desempenho conforme o grau de dificuldade do adversário, mas o Palmeiras foi bem. Começou dominando a partida e abriu o placar em falha incrível do goleiro botafoguense no chute de Leandro de fora da área, mas ainda na primeira etapa o time de Palestra Itália perdeu Kléber e Henrique por contusão, o time sentiu e deu chances ao adversário. Mas na segunda etapa voltou bem e logo ampliou de novo com Leandro, agora em falha na saída de bola.

Gilson Kleina mandou a campo o Verdão no 4-3-1-2, com:
Fernando Prass;
Weldinho, Vilson, Henrique, Juninho;
Charles, Márcio Araújo, Léo Gago;
Wesley;
Kleber, Leandro.

Com essa formação Márcio Araújo era o cabeça de área com Charles à direita, Léo Gago à esquerda e Wesley na armação. Wesley não vinha desempenhando bem essa função, obrigado a atuar por ali com as constantes ausências de Valdívia. Mas hoje foi muito bem! Armou o time, cadenciou quando foi necessário, se movimentou pelo ataque e carimbou todas as bolas no meio de campo. Penso que Kleina está próximo de achar a formação ideal. Nesse 4-3-1-2, com a volta de Mauricio Ramos para a zaga, Vilson ocuparia a função de primeiro volante, com Márcio Araújo à direita e Léo Gago à esquerda, que foi bem no jogo de hoje, e Wesley permanece na armação. Com a volta de Valdívia seria possível Wesley substituir Léo Gago de volante e para o chileno ser o articulador. Na frente Leandro com ótima atuação praticamente garante vaga no time titular. Kleber é a única opção de referencia na área, e penso ser a melhor opção. Mas Patrick Vieira é boa alternativa para um ataque bem leve em dupla com Leandro.

É importante o Palmeiras fixar uma forma de jogar. E se por um lado existe carência técnica, acho que Kleina pode montar equipe competitiva com três volantes e um time aguerrido. Mas principalmente em relação ao jogo de hoje, acho que o posicionamento da equipe pode ser melhorado para o time correr menos à toa.

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Os 11 contra a Itália...


20 de março de 2013 – Os 11 contra a Itália:

Amanhã teremos o segundo jogo de Felipão na nova passagem pela Seleção Brasileira, em amistoso contra mais uma seleção de ponta, na Suíça. No primeiro confronto contra a Inglaterra derrota por 2x1 com gols de Rooney e Lampard, e Fred pelo Brasil. Agora a adversário será a Itália.
Luiz Felipe Scolari tem problemas para escalar o time titular para essa partida já que Lucas, Paulinho e Ramires (depois de escrito o texto Dedé também foi cortado) foram cortados por lesão. Com isso o técnico deve mandar a campo o Brasil no 4-2-3-1, com:
Júlio César;
Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz, Filipe Luis;
Luiz Gustavo, Fernando;
Hulk, Oscar, Neymar;
Fred.

Devido aos cortes de Paulinho e Ramires a única opção para a função de segundo volante seria Jean. E mesmo assim os escolhidos devem ser Luiz Gustavo (Bayern Munique) e Fernando (Grêmio), que atualmente jogam como primeiro volantes em seus clubes. O que não impede de proporcionarem boa saída de bola e qualidade nos passes para a equipe, principalmente o jogador da gremista. Felipão já acenava na convocação que, diferente do jogo anterior, teria de fato um volante mais marcador. Mas com certeza não esperava as ausências forçadas dos volantes com mais mobilidade e chegada ao ataque, e titulares no ultimo jogo.

Na frente à opção foi por Hulk na direita, Oscar centralizado, Neymar pela esquerda e Fred na referência. Sobrou para Kaká. Imagino que o gaúcho acerta de novo, pois não vejo como Kaká poderia se encaixar nessa formação. A única possibilidade é centralizado no lugar de Oscar, obrigando a deslocar o jogador do Chelsea para o lado do campo. E ai a situação é parecida com a vivida por Ney Franco no São Paulo, não vejo Kaká (Ganso) “pedindo passagem” para obrigar uma improvisação de Oscar (Jadson) pelo lado do campo, com a possibilidade, quase certeza, da perda de rendimento dos atuais titulares. Manter Oscar centralizado é reflexo do jogo anterior, quando o jovem quase pediu para Ronaldinho dar espaço para ele armar o time, foi bem e teve iniciativa, merece ser titular no lugar do concorrente midiático.
Assim como na época de Mano Menezes a opção pelos nomes e esquema tático parecem ser óbvias. A questão a ser trabalhada pelo novo comandante é a postura da equipe. É preciso que principalmente os jogadores que atuem do meio para frente tenham mais mobilidade, inversões e atitude para decidir os jogos. Veremos!

Atualização!

No último treino da Seleção o técnico Felipão parece ter mudado a escalação brasileira. Entra Dante no lugar de Thiago Silva, muito provavelmente por condição física. E a mais importante mudança seria a entrada de Hernanes na vaga de Luiz Gustavo. Com isso a característica da equipe fica mais leve. Pensei que com a presença de Paulinho e Ramires, Hernanes disputaria vaga como armador, mas ou eu estava errado ou os cortes mudaram a situação. De qualquer forma, penso que a posição onde o jogador da Lazio pode acrescentar mais ao elenco é exatamente como segundo volante, já que como armador, apesar de bom não tem destaque para figurar com a amarelinha.

Mas veremos é na canja! Os nomes escalados, e o mais incerto que é o posicionamento em campo. Scolari parece acenar com mudanças.

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segunda-feira, 18 de março de 2013

A situação tricolor...


18 de março de 2013 - Pitacos sobre o São Paulo:
O tricolor do Morumbi vem bem?  Não, e isso é claro para a maioria e principalmente seus torcedores. Mas é importante separar as coisas. Digo isso em relação às vaias ao time e ofensas ao técnico Ney Franco.
Está errado vaiar quem quer que seja das arquibancadas? Lógico que não! O torcedor tem todo o direito de se manifestar como bem entender em seu “habitat natural”, tanto sobre questões técnicas, táticas, ou o campo e bola em geral. Assim como sobre questões políticas de qualquer âmbito. Mas no caso são paulino vejo a manifestação, mesmo legítima, pouco inteligente.

Ney Franco assumiu o São Paulo no meio do ano passado. Levou o SPFC ao quarto lugar no Campeonato Brasileiro de 2012, com um time em formação classificou seu time para a Libertadores. No mesmo ano foi campeão da Copa Sul-Americana. Bom resultado! É um técnico estudioso e “jovem”, se não em idade pelo menos rompe com a ETERNA lista de postulantes a tal cargo. Qualquer um de nós que fizer uma lista de 8 nomes para substituir Ney no tricolor garanto que no mínimo 5 serão iguais e pertencentes à essa eterna e repetitiva lista.

Ney errou ao escalar três zagueiros contra o Arsenal de Sarandí pela Libertadores e mudar o esquema que vinha utilizando? No meu entender sim! Mas vamos falar a verdade, se a situação não é confortável na competição, ela também não é desastrosa. Depende só de si, ganhar do Strongest fora de casa pode ser difícil, mas é longe de ser impossível. Depois recebe o Galo no Morumbi, e penso que qualquer torcedor que imagina ser impraticável uma vitória, está só apequenando um time com tanta tradição na Libertadores. 
Vejo que Ney Franco erra na escalação, mas erram também os jogadores quando proferem discursos de derrotismo na saída de campo na Argentina. Em segundo no grupo o São Paulo está classificado para a próxima fase. E logicamente com menos importância, mas segue líder do Campeonato Paulista.

Vendo as discussões sobre a corda bamba do técnico, vira e mexe surge na conversa a situação de Paulo Henrique Ganso. E se deveria ou não ser titular. Hoje não vejo o meia pedindo passagem para ser escalado entre os 11. Melhorou, tem algumas participações interessantes em lances isolados. Mas não mais do que isso. E se alguém defende que foi uma contratação cara e por isso deve jogar, está invertendo a ordem das coisas. Foi uma negociação cara e deve atuar bem (!) para ser titular, e não o contrario. A cobrança seria com o próprio Ganso e não com Ney. Outro aspecto que vejo o comandante do São Paulo acertando é em relação à atitude de Lúcio, que mostrou clara insatisfação quando foi substituído no ultimo jogo pela Libertadores. Vi o treinador responder não tom adequado. É compreensível que o experiente zagueiro saia “puto” de campo, mas também esperado que pela rodagem tivesse a cabeça no lugar e procurasse se controlar para não atrapalhar o trabalho do grupo nesse começo de temporada. Mas o treinador diz, corretamente, que Lúcio tinha gana de jogar e ganhar e por isso o descontentamento, mas se voltar a acontecer será encarado com intenção de desestabilizar o vestiário. Correto! Responde à imprensa, conversa com o jogador, e avisa dos próximos passos. Tende a encaminhar bem a questão.

Portanto é bobagem a torcida vaiar o time no Morumbi quando deveria apoiar. Nada está perdido, pelo contrario. Erra mais ainda a administração do São Paulo ao não ser veemente em bancar Ney Franco, e não o faz por não ter essa convicção, lógico! Mas deveria, é o caso de Tite no Corinthians, tivesse sido demitido na derrota contra o Tolima não estaria desenvolvendo o trabalho atual em alto nível no alvinegro. E se exemplos do rival são ruins, outra bobagem, é só pensar em quem irá substituir o atual treinador? Por mais que existam nomes, poucos, é melhor Juvenal e os outros dirigentes bancarem o trabalho de Ney Franco, positivo no ano passado, e a temporada atual esta apenas começando. Do que continuar na roda viva de demitir técnicos toda hora. Ou seja, erram quase todos. Mas nenhum erro que cause uma calamidade pública no Morumbi.

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domingo, 17 de março de 2013

Liverpool perdeu, e poderia ter sido muito mais...


16 de março de 2013 – Campeonato Inglês – Southampton 3x1 Liverpool

Ontem o Liverpool pegou o Southampton no St. Mary’s Stadium pela Premier League, olhando a tabela e a escalação dos dois times poderia se imaginar uma clara vantagem para o time visitante. Liverpool “almeja” uma vaga na Europa League e está na parte de cima da tabela, enquanto o Soton lá em baixo tem mais olhos para um possível rebaixamento do que para ambições maiores. Mas em campo o jogo foi outro.
Liverpool veio no 4-4-2, com:
Jones;
Johnson, Skrtel, Agger, José Enrique;
Downing, Gerrard, Allen, Coutinho;
Sturridge, Suarez.

E o Soton no 4-4-1-1, com:
Boruc;
            Clyne, Yoshida, Hooiveld, Shaw;
Lallana, Cork, Schneiderlin , Ramírez;
Jay Rodriguez;
Lambert.

Chamou muito à atenção a imensa superioridade do time da casa sobre o adversário mais famoso, tanto que o primeiro tempo terminou 2x1, com gols de Schneiderlin e Lambert para o  Southampton e Philippe Coutinho, aos 46 minutos, para o Liverpool, mas um placar de Southampton 4x0 Liverpool não seria impossível. Digo que poderia ter sido um placar mais elástico para o Soton, pois além dos gols, o centroavante Lambert perdeu cara a cara com Jones e Jay Rodríguez teve clara oportunidade na pequena área. Já o Liverpool “achou” um gol depois de bate e rebate na área que sobrou para o brasileiro Philippe Coutinho marcar. Essencialmente não me pareceu um problema tático no Liverpool e sim uma pane técnica de seus zagueiros, como no primeiro gol, onde falharam Johnson e Skrtel. E a pressão foi total, as bolas tiradas pelos Reds pareciam bater em um muro e voltar a rondar sua meta.

Mas mais importante do que as falhas do time visitante eram as qualidade dos mandantes. Principalmente o quarteto ofensivo mostrou muita qualidade técnica, e com exceção de Lambert que era a referencia na área, os demais se movimentaram e inverteram constantemente de posição. Justíssimo resultado de um time em situação horrível na tabela que não foi para o jogo com o intuito de se fecharr e achar gols, se impôs ao rival de maiores investimentos.

Já no segundo tempo o Liverpool melhorou, disse que os problemas do multi campeão inglês não eram táticos e de fato não eram, mas com a alteração do seu 4-4-2 para o 4-2-3-1 o time foi melhor em campo. Melhor em relação a bisonha atuação da primeira etapa, mas na prática só igualou o jogo, e mesmo assim sem chances de um placar diferente da derrota. Suarez, que mal encostou na bola, abriu pela esquerda, Downing na direita, Sturridge era a referencia e Philippe passou a atuar pelo meio. Com a entrada do também brasileiro Lucas no lugar de Allen:
                Lucas, Gerrard;
                Downing, Philippe Coutinho, Suarez;
                Sturridge.

Muito se falou das atuações recentes de Coutinho, e ainda não tinha tido oportunidade de acompanhar, mas as impressões iniciais foram boas. No geral o desempenho não foi de gala, como todo o time, mas além do gol, quando passou a circular pela faixa central do campo o brasileiro melhorou.

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sábado, 16 de março de 2013

Mancini errou, Everton guerreou e o City perdeu...


16 de março de 2013 – Campeonato Inglês – Everton 2x0 Manchester City:

Manchester City foi até Liverpool enfrentar o time também azul de lá, Everton. City é o segundo no campeonato, mas sem chances de alcançar o United. Já o Everton disputa o quinto lugar com Arsenal e vaga na Europa League. Mas essa diferença na tabela não se viu no jogo, muito pelo contrário.
Mancini foi a campo com o Manchester City no 4-4-2, com
Hart;
Zabaleta, Kolo Touré, Nastasic, Kolarov;
Milner, Javi Garcia, Barry, David Silva;
Tévez, Dzeko.

Mas esse posicionamento durou pouco, ou nem existiu, porque logo os citizens alteraram o posicionamento tático para um 3-5-2, ou quase isso. Pois Zabaleta virou zagueiros e Milner ala direito, Kolarov ala esquerdo e David Silva se desprendeu da esquerda para circular, mas com tendência a ocupar o flanco direito de seu ataque. Para facilitar a visualização:
                Zabaleta, Touré, Nastasic;
                Milner, Javi Garcia; Barry, Kolarov;
                David Silva;
                Tévez, Dzeko.

Tremendo erro de Roberto Mancini, que imagino tenha tentado dar espaço para os avanços de Kolarov, que não aconteceram. Ao invés disso com David Silva caindo na direita e o time se embolou por lá. Já o Everton estava bem postado em campo no 4-4-2, com:
Mucha;
Coleman, Heitinga, Distin, Baines;
Mirallas, Gibson, Osman, Pienaar;
Fellaini, Anichebe.

Os azuis de Liverpool fazem boa campanha e tem jogadores de qualidade. Abriram o placar em um lindo 
chute de Osman, que com muito efeito vazou Hart. Já no segundo tempo Mancini colocou em prática de fato o 4-4-2 com os meias abertos, e o time melhorou. Pressionou ainda mais com a justa expulsão de Pienaar, que encolheu de vez o Everton. Fellaini fechou de volante e Osman abriu na esquerda. Ainda no finalzinho do jogo Fllaini puxou contra ataque e passou para Jelavic, que havia entrado, fazer o 2-0 final.

Justíssima vitória do Everton que foi muito aguerrido e bem postado em campo. Já o Manchester City perdeu um primeiro tempo inteiro com um esdrúxulo desenho tático de Mancini, e teve pouco tempo para conseguir arrancar resultado melhor.

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quinta-feira, 14 de março de 2013

Galo, na Libertadores é o melhor...


13 de março de 2013 – Taça Libertadores da América – The Strongest 1x2 Atlético Mineiro:

Ontem pela Libertadores, Galo subiu o morro para enfrentar o Strongest, e voltou sem fôlego mas com excelente resultado. Venceu para ser o time com melhor campanha até o momento na competição, 4 jogos e 4 vitórias. Maior saldo de gols, 6, e melhor ataque junto com o Olímpia do Paraguai com 11 gols marcados. Jô e Bernard tem 3 tentos marcados, empatados com outros quatro atletas em segundo na artilharia. E Ronaldinho Gaúcho é líder de assistências, com 3 passes para gols. Números conseguidos com as quatro rodadas iniciais da fase de grupo do time mineiro, onde nem todos completaram suas rodadas. Mas de qualquer forma é um começo para lá de bom para alvinegro.

Na Bolívia o time do técnico Cuca sofreu com o ar rarefeito de La Paz, e por isso apesar de superior tecnicamente ao adversário não foi melhor na partida. Abriu o placar logo aos 10 minutos com Diego Tardelli em assistência de Jô, mas ainda no primeiro tempo sofreu o empate. Empate, aliás, que vinha sendo anunciado pelo posicionamento atleticano, vejamos.

Cuca escalou o Galo no 4-2-3-1, com:
            Victor;
Marcos Rocha, Leonardo Silva, Réver, Júnior César;
Pierre, Leandro Donizete;
Diego Tardelli, Ronaldinho, Bernard;
Jô.

Na prancheta inicial se vê o time de Cuca no 4-2-3-1 tão habitual recentemente por aqui. Mas a tendência, ou orientação do técnico, de Pierre em afundar entre os zagueiros e se incorporar na ultima linha é grande, e leva o time a ameaçar uma variação para o 3-4-3. Digo ameaçar porque falta contundência na alternativa tática. Em outras palavras, levar essa possibilidade até as ultimas consequências. E ai o motivo do gol anunciado. Com o recuo de Pierre, Leandro Donizete fica sozinho na “volância” e a entrada da área desguarnecida. O time boliviano abusou das finalizações de média e longa distância contra o gol de Victor, aproveitando também a diferença de pressão do ar que altera a velocidade “normal” da pelota. Arremates estes que só não tiveram piores consequências por falta de precisão, mas em uma dessas oportunidades o goleirão bateu roupa e o centroavante Reina empatou o placar. Imagino que a variação mais agressiva para o 3-4-3 poderia evitar tal consequências se os laterais Marcos Rocha e Júnior César se descolassem da ultima linha para auxiliar Leandro Donizete no combate à frente da área. Veja essa possibilidade tática para manter o quarteto ofensivo, que vem tendo ótima atuação. Formando assim:
Victor;
Leonardo Silva, Pierre, Réver; (não necessariamente nessa ordem)
Marcos Rocha, Leandro Donizete, Júnior César;
Ronaldinho;
Diego Tardelli, Jô, Bernard.

De qualquer forma Cuca alterando Bernard, muito cansado, por Serginho e adiantando Pierre resolveu o problema do bombardeio (pouco eficiente) do time boliviano. E ainda teve estrela, pois em uma das chances de contrataque de sua equipe, o próprio Serginho teve pulmão para cruzar para Ronaldinho e o zagueiro adversário, de forma bisonha, marcar contra e decretar a vitória. Vale nota para a atuação de Ronaldinho, muito maduro e deu a cadência adequada para seus companheiros.

Boa partida atleticana! Que jogou bem, mas no final do jogo pelo desgaste parecia se contentar com o empate e de tanto garra e aplicação foi premiada com uma justíssima vitória.

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Vitória do "novo" Corinthians...


13 de março de 2013 – Tacá Libertadores da América – Corinthians 3x0 Tijuana:

Na estreia da Fiel Torcida na Libertadores o time comandado por ela não decepcionou. Corinthians fez jogo irretocável no Pacaembu. E soube aproveitar a chance que o Tijuana ofereceu, veremos como. Timão jogou para tirar a invencibilidade do líder do grupo 5, e assegurar a segunda colocação. Hoje se enfrentam San José e Millonarios e independente do resultado o alvinegro do Parque São Jorge não pode ser ultrapassado.

Tite mandou a campo:
Cássio;
Alessandro, Gil, Paulo André, Fábio Santos;
Renato Augusto, Paulinho, Ralf, Danilo;
Alexandre Pato, Guerrero.

O técnico começou com a formação do 4-4-2 que a equipe vem utilizando nesse inicio da competição. Linha de quatro zagueiros, com destaque para o posicionamento corretíssimo dos laterais nessa linha. Com quatro meio campistas à frente, Renato Augusto e Danilo bem abertos, e Paulinho e Ralf de volantes. Esquema diferente do ano passado não só pelos nomes ou posicionamento, mas pela característica. Já disse anteriormente que o Corinthians do ano passado fazia o “gol de muro”, empurrando o adversário contra seu gol e a bola entrava de algum jeito, não importava como. A formação de hoje é mais técnica, mas mantém a marcação firme, compacta e muitas vezes pressionada de outrora.

No jogo de ontem o Tijuana entrou no 4-2-3-1 e tentou anular Danilo no lado esquerdo. Para isso deslocou sua dupla de volantes em direção a ele. E ai o time Tite mostrou faceta muito interessante, o equilíbrio entre os lados. Arce era o volante que se deslocava para marcar o camisa 20, e Pellerano acompanhava essa movimentação e centralizava, com isso o lado direito do ataque corinthiano tinha espaço muito interessante. 
E os mexicanos sofreram as consequências, além de Renato Augusto em noite inspirada, deixaram de marcar a subida de Paulinho. Os dois primeiros gols foram prova disso. No primeiro Alessandro fecha em diagonal, como sempre, e passa para Renato Augusto espetado na direita, o meio acerta lindo chute que bate três vezes (!!!) na trave e Pato completa para as redes. No segundo quem ocupa o espaço deixado pelos mexicanos é Paulinho, que passa para Renato espetado na direita, de novo, que agora passa para Alessandro que fechava em diagonal, de novo, que cruza para Guerrero marcar.

Mas um jogo muito bom desse “novo” Corinthians, que sofreu no México com o gramado artificial e por oscilações naturais de um time em formação. Mas mostra muitas qualidades. Vale destacar como Ralf continua com a marcação precisa, quase onipresente, do ano passado, mas agora com mais qualidade com a bola nos pés.

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quarta-feira, 13 de março de 2013

Avança mais um favorito, mas que jogo!


13 de março de 2013 – Champions League – Bayern Munique 0x2 Arsenal:

Arsenal tinha missão quase impossível de fazer 0x3 no poderosíssimo Bayern em Munique. E logo aos três minutos abriu o placar com Giroud, gol que mostrou o tamanho do erro de Arsene Wenger em deixar o francês fora dos 11 titulares no primeiro confronto. Não só pelo gol, mas porque na ocasião centralizou Walcott no ataque, que dessa vez infiltrou aberto na direita em diagonal, bateu cruzado para um autentico camisa 9 arrematar.

Bayern foi melhor no jogo, dominou a posse de bola e as finalizações. Não jogou com o regulamento em baixo do braço, que também não seria nada absurdo. Mas não foi incisivo o suficiente para marcar o gol que obrigaria seu rival a fazer diferença de quatro gols. Sofreu com as ausências de Ribery e Schweinsteiger.
 Arsene Wenger corrigiu o erro grave do primeiro jogo, mas cometeu outro durante o segundo. Na primeira etapa Cazorla, que estava aberto na esquerda, claramente demonstrava vontade de centralizar e armar seu time, mas ali estava Rosicky muito mal na partida. Wenger poderia ter substituído Rosicky, centralizar Cazorla e abrir Gervinho ou Chamberlain. Não errou porque entrou com essa formação, mas em não mudar a equipe com o cenário posto.

Mas é justo dizer que acertou no plano de jogo. Parecia ter orientado seu time em jogar para vencer, e não em fazer três gols, pois geraria uma ansiedade que poderia ser fatal contra um adversário superior tecnicamente. Quase deu, já que aos 41 do segundo tempo ainda conseguiu mais um tento de Koscielny, 0x2. Mas o quase para um time do tamanho do Arsenal, que insiste em se apequenar, é pouco. Os gunners fizeram ótimo jogo e péssimo confronto. Onde tanto para o bem, como para o mal, tiveram as mãos de Arsene.

Avança mais um papão na Champions League. Bayern Munique se junto com Real Madrid e Barcelona como os favoritos para avançar na próxima fase, independente do resultado do sorteio de sexta feira que definirá os confrontos.

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Bayern Munique, em campo hoje com:
Neuer;
Lahm, Van Buyten, Dante, Alaba;
Javi Martínez, Luiz Gustavo;
Muller, Kroos, Robben;
Mandizukic.

Arsenal com:
Fabiasnki;
Jenkinson, Metersacker, Koscielny, Gibbs;
Arteta, Ramsey;
Walcott, Rosicky, Cazorla;
Girould.

terça-feira, 12 de março de 2013

Tropeço tricolor na terra do Comandante...


12 de março de 2013 – Taça Libertadores da América – Caracas 2x1 Grêmio:

Grêmio tropeçou na terra do Comandante. Não porque foi infinitamente melhor que seu adversário e mesmo assim perdeu, mas porque poderia ser melhor e não foi. O jogo como um todo foi equilibrado durante quase toda a partida, tanto em posse de bola como em arremates no alvo.

Time de Luxemburgo veio no 4-4-2, com:
Dida;
Pará, Werley, Cris, André Santos;
Elano, Fernando, Souza, Zé Roberto;
Vargas, Barcos.

Vanderlei repetiu a escalação dos últimos dois jogos pela Libertadores, e parece ser o time ideal. Com duas linhas de quatro. Elano pela direita, Zé Roberto na esquerda, Vargas e Barcos no ataque. Tecnicamente é superior ao Caracas, tanto que meteu 4x1 em casa. Mas o gramado em péssimo estado tentava igualar de certa forma as coisas. E o Grêmio se saiu bem, tanto que em belo cruzamento de André Santos abriu o placar com Elano. Mas no ultimo minuto da primeira etapa sofreu o empate, e aos 22 do segundo tempo a virada. Seria injusto dizer que o Caracas achou dois gols, pois como disse tanto em posse de bola como em arremates no gol o jogo foi equilibrado. Mas a impressão foi essa.

Os gaúchos não souberam impor a superioridade técnica sobre o time local. E fosse mais agressivo depois do gol não deixaria o Caracas se sentir tão à vontade para empatar. Nem o péssimo gramado e muito menos ao azar pode ser creditado o tropeço brasileiro. Faltou imposição, com o 1x0 e com alternativas claras ao gramado vergonhoso era obrigação do time de Luxemburgo vencer fora de casa. Mesmo que oscilações de desempenho sejam normais para um time em formação.

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O "velho" Barcelona avançou...


12 de março de 2013 – Champions League – Barcelona 4x0 Milan:

Todos esperavam um jogo grande, e teve exatamente esse tamanho. A disputa estava aberta, com alguma vantagem para o Milan pelo inesperado 2x0 em Milão. Inesperado, mas que contou com uma má fase do time do Camp Nou. Se cogitava até que a “era Barcelona” estava acabando, e era o que parecia. Barça teria que se reinventar. E o fez! Sem nenhum coelho da cartola, apenas retomando o que já fazia. Mas veremos a seguir.

É importante lembrar para os distraídos que a qualquer momento o Milan poderia complicar ainda mais o jogo. Fizesse um gol a missão do Barça seria ainda mais difícil. Aos 37 minutos Niang esteve cara a cara com Valdes e meteu na trave, era o 1x1 que obrigaria o Barcelona a fazer diferença de três gols, e o jogo seria outro. Não foi, mas o que vale ressaltar é que a vitória do Milan pelo tamanho do rubronegro italiano não seria zebra alguma! A camisa milanesa é tão pesada de envergar o varal (frase brilhante que vi no Twitter e não sei o autor, mas que mereceria créditos)!

Vendo o jogo de hoje deu a impressão que o maior rival do Barcelona era ele mesmo. Passa muito pela saída de Guardiola, que projetou o estilo da equipe, mas ainda mais pelo afastamento de Tito, por motivos médicos. Por melhor que seja Jordi Roura ele não era o técnico. Se Tito já poderia ser hoje chamado maldosamente de auxiliar de Pep, Rouri seria auxiliar do auxiliar. Mas mostrou qualidades e percebeu exatamente a chave para retomar o “velho” Barça, de passado tão recente. Méritos para ele, ainda mais por usar o antídoto que não era “seu”.

O melhor time do mundo vinha mal. Xis da questão era a presença de Cesc Fabregas entre os titulares, não exatamente por ele, mas pelas consequências de sua entrada. E também porque David Villa não vinha bem, com isso Tito/Roura  preferiram improvisar. Cesc entra, Iniesta passa a atuar como atacante pela esquerda. Mas Andrés não é esse ponta, e centraliza o jogo. Fabregas atuava na dele, e também tem características próprias, diferentes de Iniesta. O ex-jogador do Arsenal, não é a alma gêmea de Xavi, e ao invés de complementar Xavi na armação da equipe vindo de trás, avança em direção à área.

A consequência dessa mudança de características é que os ponteiros não alargam a defesa rival, e com isso o espaço de Messi fica reduzido. Também pelo congestionamento dos adversários na entrada da área e de seus próprios companheiros. E a verdade é uma só. Esse time foi formatado para Lionel brilhar, com um conjunto maravilhoso, mas a estrela da companhia é ele. E nunca decepciona. É o “falso nove” que ocupa as costas dos volantes, com tanta gente pelo meio isso ficava impossível. O primeiro gol é exemplar desse posicionamento.

Outra característica que voltou são as constantes mudanças táticas durante a partida. Desse ponto de visto a formação base é o 4-3-3, com:
Valdes;
Daniel Alves, Pique, Mascherano, Jordi Alba;
Xavi, Busquets, Iniesta;
Villa, Messi, Pedro.

Mas em muitos momentos onde o time está montado na defesa adversária Daniel Alves é o ponta direita, Vila fecha na área, para Messi circular. Formando um 3-4-3, com:
                
                Pique, Machereno, Alba;
                Xavi, Busquets, Iniesta;
                Messi;
                Daniel, Villa, Pedro.

E até em alguns momentos, bem mais raros, Busquets se incorpora na linha de quatro zagueiros para ter Xavi como primeiro volante, Iniesta à sua esquerda, e Messi à direita, para o argentino romper a defesa a adversária com seus dribles curtos.

E no terceiro gol dois outros aspectos foram ressaltados. O primeiro foi a marcação pressão com a roubado de Masch, no campo ofensivo. Para em seguida, e ai o segundo, Xavi enfiar para Villa marcar e talvez ficar bandeira de vez no seu retorno ao time titular. Enfim, Barça precisava se reinventar. E com armas já muito conhecidas por todos renasceu.

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quarta-feira, 6 de março de 2013

Muitas chances e placar ruim para o Flu...


6 de março de 2013 – Taça Libertadores da América – Fluminense 1x1 Huachipato:

Fluminense teve o Huachipato pela frente no Engenhão, e tropeçou. Durante todo o primeiro tempo o tricolor dominava completamente a partida. Teve muitas chances de gol, pelo menos cinco claras, e por incrível que pareça o gol não aconteceu em nenhuma delas. Aos 30 minutos o goleiro do Huachipato fez lambança em bola recuada e para se livrar acabou agarrando Deco na área, pênalti. Que Fred converteu. Mas tamanha era a pressão e as chances desperdiçadas que o técnico Abel Braga reclamava do placar magro de sua equipe. E no segundo tempo após cobrança de falta próxima a meta de Diego Cavalieri, confusão na área e gol dos visitantes. 1 a 1 placar final, péssimo em casa para o Fluminense.

Abel Braga armou o Flu no 4-2-3-1, com:
Diego Cavalieri;
Bruno Vieira, Gum, Digão, Carlinhos;
Jean, Edinho;
Wellington Nem, Deco, Thiago Neves;
Fred.

O time não foi tão confuso quanto na derrota acachapante para o Grêmio no próprio Engenhão, mas um padrão se repete. O 4-2-3-1 é torto demais para a direita. No jogo de hoje era Thiago Neves que não dava opção pela esquerda e o jogo se concentra em cima de Nem pela direita. Natural a melhor opção ser por ali, mas não só por ali. Em alguns momentos Thiago caiu pela esquerda e chances se criaram, esse movimento poderia ser mais frequente. Na partida em questão até que esse aspecto não foi o grande problema, já que a equipe criou muito, e o que faltou foram mesmo os gols. Mas pegando um time mais qualificado a necessidade se fará presente.

Um esboço de alternativa é Edinho recuar para a linha de três zagueiros liberando os dois laterais. Me parece uma opção valida para alargar a defesa adversária. Mas essa forma de jogar tem que ser mais precisa, me parece que ocorre no ímpeto ofensivo do time e não de forma sistemática, a execução fica no meio do caminho. Esse 3-5-2 faria muito bem para Thiago Neves que claramente não se senti a vontade caindo pelas beiradas. Deco já tem o instinto natural de recuar para armar os companheiros e Jean seria o primeiro volante com tranquilidade. Mas com essa movimentação é preciso desprender Wellington Nem do flanco direito para o atacante circular para os dois lados, e aproveitar a imensa velocidade para as diagonais.

Com o resultado de hoje o Flu é líder do grupo com 7 pontos e um jogo a mais que o Grêmio que está com 6, e que enfrenta o Caracas fora de casa. O próximo compromisso na competição do tricolor carioca é de novo contra o tricolor gaúcho, mas agora no sul do país. É preciso o time de Abel no mínimo querer vingar o 3x0 que tomou no Rio.  

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Castigo na Argentina...


6 de março de 2013 – Taça Libertadores da América – Tigre 1x0 Palmeiras:

Palmeiras teve sua segunda derrota na Libertadores. Agora contra o Tigre na Argentina. Mas bem diferente da derrota por 2x0 contra o Libertad no Paraguai o time brasileiro não fez por merecer tal resultado. Sempre lembrando que querer achar merecimento no futebol é uma bobagem, mas o desempenho na partida de hoje foi superior ao jogo anterior.

Gilson Kleina mandou a campo o Palmeiras no 4-2-3-1, com:
Prass;
Weldinho, Henrique, Mauricio Ramos, Marcelo Oliveira;
Márcio Araújo, Vilson;
Wesley, Valdívia, Vinicius;
Kléber.

No esquema tinha do meio para frente Wesley na direita, Valdívia centralizado, Vinicius na esquerda e Kleber a referencia na área. Diferente da partida anterior Kleina acertou o time, que tinha desenho mais definido em campo. Wesley e Vinicius tinham funções diferentes no 4-2-3-1 “torto” de Kleina. Wesley fechava mais pelo meio, enquanto Vinicius era mais um ponta pela esquerda. A presença de Valdívia como armador principal fez muita bem para Wesley, que melhorou muito seu desempenho. O chileno, aliás, que fez boa partida, criou oportunidades e organizou o time. Mas para o Palmeiras como um todo faltou o ultimo passe para Kleber. O próprio Valdivia no primeiro tempo deu pelo menos duas enfiadas para Vinicius, que era boa opção, mas ao cruzar teve o corte da defesa. No segundo tempo o time alviverde continou criando, e agora com finalizações em direção ao gol. Mas não definia a partida em que era melhor. Gilson foi muito bem nas alterações tirando Vinicius e Wesley, para a entrada de Maikon Leite e Patrick Vieira. E ressalto a qualidade das mudanças porque os substituídos não estavam mal na partida, mas os que entraram melhoram o time.

E tudo caminhava para um bom desempenho do Palestra, com empate agradável fora de casa. Mas então Kleber puxa contra ataque em direção à área, corta o primeiro, tem a chance de bater, mas com muito preciosismo tenta novo corte e perde a chance do jogo! Se o empate era agradável, a vitória seria ótimo. Mas veio o castigo. Aos 49 do segundo tempo, gol do Tigre! Péssimo resultado, ainda mais pelo bom desempenho da equipe, que dominou o jogo. Injustiça? Sempre bom lembrar a bobagem que é querer achar alguma justiça no futebol.

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