Arsenal 0-2 Bayern de Munique – Champions League:
Guardiola: Venceu o duelo de xadrez do Wenger
A partida em Londres teve muito em comum com o confronto do
dia anterior em Manchester. Talvez pelos times ingleses jogando em casa e recebendo
times “guardiolistícos”, Barça treinado por Guardiola e Bayern atual clube de
Pep. Manchester City x Barcelona e Arsenal x Bayern tiveram muitas semelhanças,
e algumas diferenças.
Muito provavelmente Guardiola assistiu à partida de seu
antigo clube em Manchester, ainda que não acredite que isso tenha influenciada
em seu plana de jogo, pareceu. Arsenal montou estratégia semelhante ao City
para encarar um time com posse de bola e no 4-3-3/4-1-4-1, um 4-2-3-1 com os
meias extremos, Cazorla e Chamberlain, marcando os laterais, e a dupla de
volantes, Wilshere e Flamini, se adiantando para pegar os meias organizadores,
Thiago Alcântara e Kroos. Mas uma vantagem dos gunners em relação ao City foi não
ter alterado seu esquema costumeiro, e não por acaso fez jogo melhor que seus
compatriotas contra time mais forte ainda.
Quando cito que Pep pode ter assistido ao jogo é porque uma
das estratégias do treinador parecia já estar pronta antes da bola rolar. Com a
dupla de volantes do Arsenal agredindo os organizadores do Bayern, ele
claramente orientou Robben e Gotze para utilizarem o espaço deixado nas costas
de Flamini e Wilshere. Porém, essa movimentação pareceu pouco natural, um tanto
travada e sem a fluidez e automatismo necessários para decidir a partida. Que
de novo teve a participação da arbitragem. Bem menos desastrosa.
Essa foto da partida demonstra o avanço dos volantes do Arsenal (bolinhas vermelhas são o posicionamento e as setas o deslocamento) e a entrada dos pontas do Bayern (bolinhas azuis são o posicionamento e as setas o deslocamento)
Kroos enfia linda bola para Robben, que domina, corta Szczesny
e sofre o pênalti. Além de tudo o arqueiro é expulso. O lance decide o jogo,
muda a configuração. Mas não podemos esquecer que logo aos 7 minutos, Ozil
sofre pênalti de Boateng (que achei que não foi) e perde a cobrança. Alaba
também não converteu a cobrança para os alemães, mas as penalidades refletem
muito o que foram o jogo, Arsenal melhor até os 25 minutos e depois foi
dominado, mesmo antes da expulsão. Mas mesmo com um a mais, Bayern teve que
trabalhar muito para marcar. E conseguiu no talento de Kroos e Robben. Primeiro
com Kroos recebendo de Lahm e dando lindo efeito na bola, que entrou na gaveta.
E depois Lahm dando assistência precisa para Muller marcar. Difícil imaginar uma virada em Munique.
Muitos aspectos táticos são importantes nessa partida, mas o texto ficaria muito longo. Uma das mudanças de posicionamento no segundo tempo foi Kroos se posicionando como vértice ofensivo do triângulo de meio de campo do Bayern, com Thiago na esquerda e Lahm na direita, que iniciou a partida na lateral direita.
Felipe Xavier Pelin, gosta desse negócio chamado Futebol...
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