quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Galo é quase igual, e completamente diferente. O que muda?

Zamora 0-1 Atlético Mineiro – Libertadores da América:
Já teve a primeira trombada no ar! Jogo difícil, com mais de 40 jogados da segunda etapa, Ronaldinho cobra escanteio e Jô mete de cabeça

Torcedor do Galo parece que não vai se iludir com a vitória sobre o Zamora da Venezuela, e nem tem motivos para isso. Pelo desempenho da equipe, pela fragilidade do adversário e pelo que aponta as propostas de seu novo treinador. Mas a vitória na primeira partida da defesa do título da Libertadores foi importantíssima, para acalmar as desconfianças e dar tempo para avançar na proposta de jogo.


O time alvinegro no papel é praticamente o mesmo que foi campeão das Américas no ano passado. Sem Bernard, com Fernandinho, que substituiu muito bem a alegria nas pernas do garoto. Sem Leandro Donizete, com Josué, que mesmo com Cuca já figurava entre os 11 inicias pela lesão do companheiro. E principalmente sem um lateral esquerdo, Dátolo foi improvisado por ali. Junior César estreou ontem pelo Botafogo, e disputa posição com seu quase homônimo, Júlio Cesar.

Se nos nomes a equipe é semelhante, na prancheta, estática, é idêntico. O mesmo 4-2-3-1. Mas na verdade é completamente diferente. Aquele estilo de jogo elétrico de Cuca, com muita ligação direta para Jô disputar a primeira, bola não existe mais, exceto em alguns momentos da segunda etapa. Agora o Galo sai tocando a bola do campo de defesa, até chegar ao campo rival.

Compreendo, e concordo, que Autuori queira incrementar seu próprio estilo no jogo da equipe. Mas fico na dúvida se não está podando características muito marcantes desse grupo. Para essa proposta de jogo do novo treinador, algumas peças podem sofrer.

Uma delas são os volantes. Pierre e Josué não são os famosos brucutus, mas também nenhum primor técnico. São bons na defesa e levam bem a bola até os meias, mas não são de infiltrações e chegada no ataque. Para uma equipe que quer furar a defesa adversária por “via terrestre” é preciso a chegada dos volantes. Outro que pode sentir é Ronaldinho, o meia fez Libertadores fantástica ano passado, mas não mais é aquele jogador que participa assiduamente do jogo todo. Muitas vezes na temporada passada via a bola passar por cima de sua cabeça, e ficava com a segunda bola para uma enfiada ligeira. Com a nova forma de jogar, talvez tenha que trabalhar mais, articular mais.

Da mesma forma que não me agrada o início de ano do Galo, me parece um tanto exagerado pedir a saída de Autuori. Temos pouquíssimos jogos na temporada, e não se pode ter a sombra de um time campeão como uma criança tem pelo seu pai, o herói sem defeitos. A equipe de Cuca era fantástica, empolgante, mas tinha lá seus defeitos e proporcionou emoção, até demais, para os corações atleticanos.

Felipe Xavier Pelin, gosta desse negócio chamado Futebol...
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