quinta-feira, 6 de junho de 2013

Ninguém saiu contente do Canindé...

5 de junho de 2013 – Campeonato Brasileiro – Portuguesa 1x1 Internacional:

Ontem no Canindé empate entre Portuguesa e Internacional. Lusa que foi bem no jogo, dominou a maior parte da partida até Ferdinando ser expulso, mas isso foi só aos 22 da segunda etapa. Portuguesa se postou no 4-3-1-2, com:
                Gledson;
                Luis Ricardo, Lima, Valdomiro, Rogério;
                Souza, Ferdinando, Correa;
                Cañete;
                Diogo, Matheus.

Nessa formação que a Lusa em alguns momentos, principalmente no primeiro tempo, marcou no campo do adversário e trocou passes envolventes no ataque. Quando sofreu o gol de Rafael Moura, em cruzamento de Otavinho, era quem mandava nas ações. No momento do gol, Souza que deveria proteger a zaga pela esquerda, demorou em voltar e deixou o lateral Luis Ricardo sozinho, Otavio recebeu em suas costas e cruzou para He-man marcar. Não que a culpa do gol tenha sido do veterano, até porque o lateral não acompanhou o atacante de velocidade colorado, o zagueiro Lima não fez a cobertura, e do outro lado Valdomiro não estava junto com o centroavante que cabeceou. Mas digo isso para frisar que montado, o esquema tático da burrinha é bem equilibrado, e em vários vacilos tomou o gol de uma equipe superior tecnicamente. O time do Canindé poderia só ter liberado mais Matheus, que marcou muito pela esquerda, para encostar mais em Diogo e Cañete nas ações ofensivas.

Já o Inter veio posicionado no 4-4-2, com:
                Muriel;
                Gabriel, Rodrigo Moledo, Juan, Fabrício;
                Willians, Ayrton;
                D’alessandro, Fred;
                Rafael Moura, Otavinho.

Já li de analistas que o Inter joga de forma diferente ao que enxergo, obviamente respeito visões diferentes, mas vejo o colorado num 4-4-2 tradicional, com um quadrado no meio. Muito já critiquei esse sistema, que imagino ultrapassado. Mas a formação parece muito bem treinada por Dunga e diferente de outros casos ela não embola o meio de campo, com as peças se anulando no setor. Outra característica que o ex-técnico da seleção consegue minimizar é a compactação defensiva, muito difícil no 4-4-2. Um aspecto que me parece poder ser melhorado é a dinâmica da equipe, Willians e Ayrton muito presos atrás deixam a movimentação de Fred e D’ale muito visadas pelos defensores, claro que a característica desses volantes não é de sair para o jogo, mas nas rodadas anteriores Willians até conseguiu se lançar um pouco mais ao ataque, com Ayrton na proteção a área. Os vermelhos de Porto Alegre não foram bem, seu jogo depende muito do desempenho individual de seus atletas, que não estavam em sua melhor noite. E ainda sem Damião e Forlán que estão nas seleções nacionais.

Imagino que nenhum dos times tenha saído contente com o resultado. Os paulistas porque dominaram boa parte do jogo e uma vitória era possível, ainda mais se não tivessem terminado com um homem a menos. E os gaúchos, pois imaginavam que uma vitória hoje era necessária contra um time com pretensões bem mais modestas que a sua.

Felipe Xavier Pelin, gosta desse negocio chamado Futebol...
Facebook.com/CampoeBola

Twitter.com/CampoeBola 

2 comentários:

  1. perfeita analise.. só acrescento algo... williams e principalmente airton, tem qualidade técnica MUITO inferior ao que ejige uma equipe como o internacional... Erram mais passes que um garoto de 12 anos jogndo entre profissionais.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Não acho que são horríveis assim como diz, mas tem características bem defensivas mesmo, e saída de bola prejudicada. No primeiro jogo do campeonato se não me engano Willians chegou bem ao ataque. Mas de qualquer forma muito obrigado pelo elogio. Abraço!

      Excluir