domingo, 2 de junho de 2013

Brasil, está chegando a hora...

2 de junho de 2013 – Amistoso Internacional – Brasil 2x2 Inglaterra:

Brasil enfrentou a Inglaterra em mais um Amistoso na preparação para a Copa das Confederações, que por sua vez é a preparação para a Copa do Mundo, essa sim muito importante. Esse jogo é o seguinte depois do confronto contra o Chile. Confesso que fiquei um pouco traumatizado depois de atuação tão equivocada na ocasião. Mais um empate por 2 a 2, mas não foi igual.

Felipão escalou a seleção brasileira no 4-4-2, com:
                Julio Cesar;
                Daniel Alves, Thigo Silva, David Luiz, Filipe Luis;
                Oscar, Paulinho, Luiz Gustavo, Hulk;
                Neymar, Fred.

Já o English Team veio no 4-1-4-1, com:
                Hart;
                Johson, Cahill, Jagielka, Baines;
                Carrick;
                Walcott, Jones, Lampard, Milner;
                Rooney.

Logo no começo do jogo pude observar a seleção com posicionamento parecido ao jogo contra o Chile, no 4-4-2, com um quadrado no meio de campo, esquema tático que já critiquei e na minha humilde opinião está ultrapassado e ser utilizado na seleção nacional é um absurdo tremendo. Mas a verdade é que no decorrer da partida a movimentação brasileira foi se encaixando e transformou-se em um 4-4-2 em linha, muito mais coerente com o futebol atual. Por mais contraditório que possa parecer, na primeira metade da partida quando a formação era mais caótica, foi quando o time teve melhor desempenho, com finalizações, muitas no alvo, e algumas chances claras de gol. E sem ser ameaçada pela Inglaterra. Mas deposito essa superioridade a dois fatores: empolgação dos atletas brasileiros e consequente melhora técnica, e muito desinteresse do time adversário. Fato é que principalmente Neymar se movimentou muito e fez boas jogadas, mas o time como um todo teve bastante dificuldade em ultrapassar a primeira linha de marcação dos ingleses na transição para o ataque. E essa investida ofensiva era feita pela ligação direta, em lançamentos longos.

Na segunda etapa duas alterações: entram Marcelo e Hernanes, saem Filipe Luis e Luiz Gustavo. E há o tal encaixe no 4-4-2 em linha. O primeiro gol sai em lindo chute de Hernanes que pega na trave e Fred completa, sempre deixa o seu o atacante tricolor. A essa altura Neymar já não brilhava tanto e Lucas estava em campo no lugar de Oscar. Depois disso a Inglaterra pareceu querer jogar um pouco e chegou ao empate, com Chamberlain em passe de Rooney e um golaço do Red Devil, batendo de fora da área. No finalzinho do jogo Lucas cruzou da direita para Paulinho pegar bonito de primeira num quase voleio para empatar. 2 a 2 placar final.

A discussão dos nomes que entraram em campo me parece uma discussão menor nesse momento, e o que mais preocupa é como os escolhidos iram se postar em campo. Obviamente que uma coisa depende da outra, mas acho que me faço entender. As possibilidades são muitas, mas para cada escolha existem consequências. Fato é que peça chave nesse quebra cabeça é por onde Neymar vai transitar. Solto a frente de duas linhas de quatro ao lado de uma referência na área? Aberto na esquerda no 4-2-3-1? Ou como um falso 9, sendo o homem final do time?

É necessária discussão aprofundada sobre cada opção, discussão essa já levantada por Mano Menezes quando no cargo de treinador do selecionado nacional. Mas para iniciar o dialogo, vamos a reflexões rápidas. Com Neymar ao lado de um 9, com duas linhas de quatro a suas costas, Oscar é sacrificado já que o meia do Chelsea rende mais centralizado em campo. E nessa formação Hulk não é mais indicado para ser o meia do lado oposto, já que ficaria um pouco mais distante da área e sua força tanto na chegada como na recomposição defensiva poderiam ser preteridas por um jogador mais técnico na criação das jogas. No 4-2-3-1, Neymar faria o lado esquerdo dos três meias, e com isso teria obrigações defensivas e mesmo que não acompanhe o lateral adversário “até o fim”, terá que correr para trás. Neymar como falso 9 na frente terá que fazer gols, e se não for alimentado por um setor de criação muito eficiente, será estéril.

Enfim, as possibilidades são muitas e não tenho opinião fechada sobre o assunto (até por que deveria ter? Não decidirei nada!), só gostaria de ver uma seleção trabalhando melhor em conjunto para potencializar as individualidades, que são boas! A geração é boa! Conta com jogadores jovens, já que a transição para a equipe da ultima Copa do Mundo foi praticamente interrompido, mas tem condições de fazer boas atuações. Confesso que por hora não confio que desses limões saiam uma boa... Caipirinha! Mas pode acontecer, o potencial e as possibilidades estão ai. Mas o tempo é curto.

PS: nas possibilidades de formação ainda esqueci-me de citar a variação com três volantes, utilizada nesse jogo em alguns minutos. Formação essa que pode causar histeria e revolta por ser defensiva, mas que se bem trabalhada, na pratica pode ter nos segundo volantes dois armadores. Ou no Barcelona em seus melhores momentos Xavi e Iniesta não fazem essa função marcando e atacando de área a área?

Felipe Xavier Pelin, gosta desse negocio chamado Futebol...
Facebook.com/CampoeBola

Twitter.com/CampoeBola 

Nenhum comentário:

Postar um comentário