terça-feira, 4 de junho de 2013

Não foi uma virada, mas Palmeiras superou adversidade...

4 de junho de 2013 – Campeonato Brasileiro série B – Palmeiras 2x1 Avaí:

Palmeiras mudou após sua primeira derrota na segunda divisão nacional para o América MG no ultimo sábado em Itu, em alguns sentidos. Ainda no mesmo estádio, o time de Parque Antártica contra o Avaí enfrentou adversário mais duro que o anterior, e se cada vitória não passa de obrigação e algum revés é simplesmente um desastre, o alviverde corria riscos.

Gilson Kleina manda o Palmeiras no 4-2-3-1, com:
                Bruno, Ayrton, Mauricio Ramos, Henrique, Juninho;
                Marcio Araujo, Charles;
                Vinicius, Tiago Real, Leandro;
                Caio.

Já Ricardinho, sim aquele meia grisalho de Corinthians e São Paulo, veio no 4-3-1-2, com:
                Diego;
                Vinicius Bovi, Leandro Silva, Alef, Juninho;
                Eduardo Costa, Alê, Cleber Santana;
                Marquinhos;
                Marcio Diogo, Beto.

A primeira mudança que salta aos olhos é a ausência de Wesley nos 11 iniciais, essa alteração transforma também o esquema tático da equipe. Se com o ex-santista em campo o Palmeiras se armava em um 4-3-1-2, que pelo meio campista na maior parte do tempo estar muito adiantado mais parecia um 4-4-2. Contra o time de Florianópolis, os palestrinos se postaram em um indiscutível 4-2-3-1. Marcio Araujo e Charles seguem na volância; Vinicius na direita, Tiago Real por dentro e Leandro na esquerda formam o trio de meias, com Caio isolado na frente. Jogo começou tranquilo para os paulistas que dominavam as ações, e logo aos 4 minutos abriram o placar com Leandro, que em bola cruzada por Vinicius emendou bonito chute de primeira para abrir o placar, 1 a 0. E a abrideira já tirava um belo peso das costas.

Com o placar a favor, Palmeiras continuava mandando no jogo e até ameaçava movimentações interessantes. Os três meias invertiam constantemente de posições, dando dinâmica ao ataque e confundindo a defesa rival. E nos poucos momentos em que foi atacado teve postura compacta na defesa. A formação parecia muito mais equilibrada, do que nos jogos anteriores com Wesley que não era meia, não era volante e nem abria em um dos flancos. Parecia estar sempre no meio do caminho. Mas ainda no primeiro tempo, Tiago Real se instalou na direita, e o jogo se concentrou do lado oposto, com Vinicius e Leandro. O time já não conseguia reter tanto a bola e os passes já não eram tão envolventes. Até por características dos atletas, que são muito mais agudos, do que articuladores. E aos 21, veio o castigo. Marcio Diogo arrancou com a bola desde o meio de campo até entrar na área, mais por falta de chegada dos defensores palmeirenses do que por proteção, velocidade ou habilidade do atacante; entrou na área e bateu para empatar.

Nas entrevistas dos dias anteriores ao jogo, Kleina batia na tecla de que o time precisava ter tranquilidade para superar adversidades, e estava ai a prova de fogo. É verdade que não seria exatamente uma virada, mas ainda assim superação de um contratempo. E o time trabalhou para isso. Lançou-se ao ataque, se não com muita qualidade, com vontade de superar sua própria dificuldade. Aos 30 do segundo, Ronny que tinha acabado de entrar, deu seu primeiro toque na bola ao receber passe em bola roubada no campo de ataque, e bateu para marcar o gol da vitória. Pronto, a mudança mais importante.  Se a dificuldade era superar adversidades, somada a uma formação mais equilibrada, o balanço é de evolução. Se não é o time dos sonhos, pelo menos melhora com o tempo.

Importante citar que minha critica ao futebol desempenhado por Wesley, e quando digo que o time melhorou sem ele, não é só responsabilidade do jogador. Mesmo em má fase técnica, vejo que Kleina o posiciona mal em campo. Wesley não é meia, ou se já foi, teve sua melhor fase quando atuava como segundo volante. Já disse outras vezes que imagino esse time num 4-3-1-2, com Marcio Araujo na cabeça da área, até para não ter responsabilidade de sair jogando, Wesley e Charles saindo pelo lado, um meia articulador e dois atacantes.

Caio também vale um comentário. Não é um centroavante brilhante, com certeza, mas no jogo que começou como titular, foi bem. Participou das jogadas de ataque, como pivô ou mesmo voltando para auxiliar na transição, ganhou boas bolas em jogadas aéreas, em duas delas teve chances claras de marca que o goleiro Diego fez defesas muito difíceis. Qualquer esforço para ficar com Kleber no elenco imagino desnecessário, já que o futebol do atacante mais experiente pouco se destaca em relação ao jovem que atuou contra o Avaí.

Felipe Xavier Pelin, gosta desse negocio chamado Futebol...
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