29 de junho de 2013 – Comentário Pré Jogo – Brasil x
Espanha:
Sempre muito difícil querer imaginar o que pode acontecer em
um jogo de futebol, na verdade, não é difícil imaginar, mas sim acertar. Não me
coloco essa obrigação, mas só alguns pensamentos sobre possibilidades.
E todos
nós apaixonados por futebol, e aguardando ansiosamente esse jogo, temos as
nossas. Vamos lá!
Imaginar a seleção brasileira como favorita nesse jogo é muito
improvável, enfrentará a atual campeã mundial, com um time em formação, e que
como o próprio Felipão disse, e concordo, já tem seu objetivo comprido na
competição. A Copa das Confederações esportivamente não tem lá grande
importância, mas na preparação para a Copa do Mundo cumpriu o papel de “dar
cara” ao selecionado brasileiro. Hoje imaginamos o time que de fato teremos na
Copa. Time com a cara de Scolari, mas não muito distante do trabalho que era
feito por Mano Menezes. Algumas posturas mudaram, o plano de jogo também, mas
as peças que estão ai, já estavam com mais ou menos importância com Mano. E
essa forma que hoje tem a seleção brasileira me surpreende positivamente,
vislumbrei algo muito pior. Pelo último trabalho, no Palmeiras, do técnico
campeão mundial. Obvio que trabalhar em um clube é muito diferente em relação
ao selecionado nacional, mas as concepções sobre futebol aparecem da mesma
forma, e se não agradavam, hoje pode se dizer que são no mínimo competitivas.
Concordo com tudo? Lógico que não, mas dizer que é um fracasso como ideia me
parece exagero. Tem boas perspectivas de dar um caldo.
Em relação a final da Copa das Confederações é preciso
considerar o jogo entre Espanha e Itália. Os italianos pararam os espanhóis, e
considero que conseguiram tal façanha porque não deixaram a Roja ocupar a
intermediária defensiva da Itália, e conseguiram isso com superioridade
numérica no setor, posicionando seis meio campsitas por lá, e ainda três zagueiros
na área. Bayern de Munique fez algo parecido com o Barcelona, time de referencia
para o selecionado espanhol, na final da Champions League. Não exatamente
igual, mas de uma forma diferente tentou, e conseguiu, o mesmo objetivo. E
ganhar a própria intermediaria defensiva é tirar da Espanha a sua eterna ronda
a área adversária, onde esperam pacientemente, com uma quase infinita troca de
passes, a oportunidade de infiltração.
Mas será que esse plano de jogo seria de fato eficiente? O time
brasileiro tem características para tal? E o que mais me chama a atenção,
jogando em casa e diante de sua torcida, irá o Brasil abrir mão da iniciativa
do jogo? Talvez a questão até não seja abrir mão da iniciativa do jogo, mas
conseguirá impor tal postura diante do rival? Para tentar ganhar de forma mais
incisiva o meio de campo a formação com Luiz Gustavo na cabeça da área,
Paulinho e Hernanes saindo como segundo volantes pode ser uma ideia, povoando o
meio de campo brasileiro. E com Oscar e Neymar abertos, e Fred na frente. Para
ocorrer alguma mudança tática me parece ser a única opção, já que essa formação
já se mostra ser uma alternativa do técnico, que a utilizou em diversos jogos
na competição. Mas fico pensando se junto com a declaração de que o objetivo da
seleção já esta cumprido, não carrega junto a ideia de que então veremos a
seleção brasileira com seu esquema normal, no 4-2-3-1, para medir de forma
franca, e sem se adaptar ao adversário, forças com a melhor, ou uma das, seleções
da atualidade.
Se pegarmos só os pontos que abordei até agora parece que é impossível
uma vitoria canarinho, mas não é isso. Apenas imagino, e acho que a maioria, é
que fácil não será. Já se ouve muito que em casa, e com o apoio das
arquibancadas, o Brasil terá mais força. Fato! Mas além de achar que essa
motivação é só mais um dois aspectos da batalha que se dará os espanhóis terão
muita, mas muita mesmo, vontade de bater a camisa mais pesada entre as seleções
mundiais. E camisa pesa, mas assim como o apoio da torcida, é só mais um dos
elementos de análise do jogo de futebol.
Uma situação que vejo que pode mudar a história da partida,
obviamente, e se logo nos primeiros movimentos, Neymar, ou outro jogador, abrir
o placar. Como aconteceu contra o Japão, com Neymar aos 3 minutos, e contra o
México, aos 9 de novo com o atacante agora barcelonista. Esse tento inicial vai
encher o time de brio para marcar como nunca, e pode encontrar uma Espanha naqueles
dias de paciência extrema, onde a troca de passes não gera chances de gol. E
porque Neymar é tão importante? Pelo obvio motivo que é a principal referencia técnica
do elenco, e também por jogar contra seus futuros companheiros do clube, que
são a base espanhola. Assim como os espanhóis terão muita gana de vencer os
penta campeões e donos da casa, o camisa 10 de amarelo terá especial garra para
se apresentar no gigante catalão tendo vencido seus principais nomes.
Felipe Xavier Pelin, gosta desse negocio chamado Futebol...
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