15 de junho de 2013 - Copa das Confederações - Brasil 3x0
Japão:
Começou a Copa das Confederações! Esportivamente a
competição não tem nem de perto a importância da Copa do Mundo, claro, mas também
não se equipara a Copa Américas ou Eurocopa. Mas de qualquer forma são times
interessantes em campo e um ano antes do mundial. O que é verdade, é que importância
mesmo tem para o selecionado brasileiro.
E a estreia não podia ser melhor, nos primeiros minutos
Neymar já meteu um golaço! Passe de Marcelo, para Fred matar, meio de pescoço,
a bola escapa um pouco e Neymar emenda lindo chute na gaveta! Golaço! E esse
gol logo de cara além de dar uma boa tranquilidade ao time, pode ser mais um
aspecto da discussão que julgo ser a mais importante para essa equipe. Onde posicionar
Neymar. No momento do gol a formação do Brail era no 4-2-3-1, com:
Julio
Cesar;
Daniel
Alves, Thiago Silva, David Luiz, Marcelo;
Paulinho,
Luiz Gustavo;
Oscar,
Neymar, Hulk;
Fred.
Assim como aconteceu no amistoso contra a França, nos
minutos iniciais Neymar se posicionou por dentro na linha de três meias, para
depois ficar aberto da esquerda, Hulk na direita e Oscar pelo meio, com
inversões constantes e interessantes, mas o ponto de partida era esse. Confesso
que não tenho opinião fechado sobre o assunto, se pelo meio, na esquerda ou de
falso 9. A escolha de Felipão, até por não ter opinião certeira, me agrada. Ele
inverte, reveza, e conta com muita versatilidade e inteligência de Hulk e
principalmente de Oscar.
Brasil jogou bem, o time parece ter uma cara, e alguns
caras. A linha de defesa é essa não tem onde e não porque mudar. Luiz Gustavo
fez ótima partida, sem aparecer muito deu segurança atrás. Paulinho, além do
belo gol em passe de Daniel Alves, também teve boa atuação. Mas um dos
problemas que enxerguei nessa atuação de poucas falhas, passa pelo volante
corinthiano. Brasil sofreu na saída de bola. Luiz Gustavo não é nenhum brucutu,
muito pelo contrário, mas joga bem recuado. Paulinho tem que facilitar essa transição,
e não o fez sempre. Obvio que não só ele tem essa função, outros têm que
ajudar, mas em seus pés é uma das melhores opções.
A linha média brasileira também foi muito bem. Neymar, pelo
meio e na esquerda, marcou um golaço, mas também marcou o adversário, fez a
bola rodar, deu passes em profundidade. Oscar também foi muito bem, deu lindo
passe para Jô (quem diria!) com muita frieza marcar, mas o mais importante é
como ele faz essa linha ser dinâmica. Fosse um meio mais clássico, um Ganso por
exemplo, essa movimentação seria muito difícil. E o meia do Chelsea, faz com perfeição,
tanto aberto como pelo meio. Hulk, na maioria do tempo aberto na direita, é um
jogador de muita força (acham que to de brincadeira, né?!), não só física, mas
na intensidade do jogo. Fecha bem os
espaços na recomposição e sempre cria chances e incomoda os rivais no ataque. Força
também mental que tem ao não se intimidar com as constantes pedidas de Lucas em
seu lugar. Lucas é um ótimo jogador, lógico, poderia muito bem atuar por ali.
Mas não daria essa força, intensidade, que Hulk proporciona. Deixa o super herói
(nem tanto vai!) trabalhar. Fred não brilhou como tem feito, mas só porque não
deixou o seu, como quase sempre. Mas participou bem do jogo, proporcionou
alternativas aos companheiros. E quase marcou em passe de Neymar, que o 9 definiu
o lance com muita rapidez.
Outra característica que me chamou a atenção é que essa
seleção não é torta para nenhum lado. O que era um risco considerável, com
Neymar espetado e Hulk do outro lado muito recuado. Isso não acontece, ainda
bem. Falta só atuações melhores dos laterais, principalmente de Daniel Alves,
que teve bons lances mas na maioria do tempo não esteve bem.
Japão não é adversário qualquer, ou deve ser desprezado por
completou. Mas tem muitas falhas na criação de suas jogadas, como muito já foi
dito. Atuou no 4-2-3-1, com:
Kawashima;
Ushida,
Yoshida, Konno, Nagatomo;
Hasebe,
Endo;
Kiyotake,
Honda, Kagawa;
Okasaki.
Ótima estreia e bastante animadora para o torcedor
brasileiro. Que encara o México, que assim como os nipônicos, não são uma seleção
de baixo nível, mas passam por fase muito ruim.
Felipe Xavier Pelin, gosta desse negocio chamado Futebol...
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