quarta-feira, 26 de junho de 2013

Brasil se classifica, na estrela de Paulinho, Neymar e Fred...

26 de junho de 2013 – Copa das Confederações – Brasil 2x1 Uruguai:

Jogo cheio de mística do Mineirão, sempre será. Rivalidades sul americanas são sempre explosivas, e não foi diferente. Muito diferente é da Libertadores que normalmente tem equipes hispânicas do cone sul com muita raça e a tão falada catimba e times brasileiros mais técnicos, e muitas vezes ingênuos. Reflexo claro das situações econômicas distintas. Nesse Brasil e Uruguai esse estereótipo não vale, é para lá de senso comum. Uruguaios tem sua grande geração em muitos anos, campeões, consagrados nos melhores campeonatos do mundo, e sim muito técnicos. Já o Brasil tem a reconstrução, também de bom nível, mas em conjunto nem se compara com os rivais de azul.

Felipão mandou o Brasil no 4-2-3-1, com:
                Julio Cesar;
                Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz, Marcelo;
                Paulinho, Luiz Gustavo;
                Oscar, Neymar, Hulk;
                Fred.

Seleção brasileira sem novidades em nomes e formação. Coloco a formação da linha de três meias com Oscar pela direita, Neymar por dentro e Hulk na esquerda, porque começou assim. Mas Neymar caiu para a esquerda, Oscar por dentro e Hulk inverteu de lado. Apesar de instruções diretas de Felipão para que o agora barcelonista viesse para a direita. Não imagino que seja a melhor opção a do gaucho. Como sempre falo, tenho duvidas se Neymar deve jogar pelo meio ou aberto na esquerda, e por isso alternar com Oscar é excelente, mas  para isso é melhor se posicionar entre a esquerda e o meio. E no começo do jogo embolou com Oscar que apesar de teoricamente aberto na direita fechava muito pelo meio.

Oscar Tabarez armou o Uruguai no 4-3-3, com:
                Muslera;
                Maxi Pereira, Lugano, Godin, Caceres;
                Gonzalez, Arévalo, Rodriguez;
                Cavani, Forlan, Suarez.

O Maestro armou seu time com uma linha de quatro defensores. Três volantes com Arévalo na cabeça da área, Gonzalez saindo pela direita e Rodriguez pela esquerda. Na frente Forlan atuou centralizado, mesmo que até essa fase da competição estivesse atuado mais pela direita. Pelos lados estavam Suarez, na direita, e Cavani, na esquerda. Imagino que para os dois atacantes mais jovens acompanharem os laterais brasileiros.

Jogo começou muito truncado e logo aos 13 minutos David Luiz cometeu pênalti bobo. É verdade que não se costuma marcar lances assim, mas de qualquer forma muito ingenuidade de um zagueiro já rodado. Forlan bateu no canto esquerdo de Julio Cesar, que fez bela defesa. Da forma que a partida caminhava a virada seria complicada, muito importante a defesa! Após a penalidade Uruguai mesmo que em nenhum momento tivesse maior posse de bola, era melhor que a seleção brasileira, que só a partir dos 30 minutos entrou no jogo. Mesmo assim sem criar grandes chances. Até que Paulinho deu lindo lançamento para Neymar matar bonito a bola e bater para a defesa de Muslera, no rebote Fred abriu o placar, no fim da primeira etapa. Brasil não jogou bem, mas o resultado era importante.

Na segunda etapa, logo aos 3 minutos, Thiago Silva ao invés de mandar um bico para fora da área, após boa troca de passes uruguaios em direção ao gol canarinho, possibilitou a bola sobrar para Cavani que não desperdiçou, meteu na rede para empatar. Mais um vacilo da zaga, da mesma forma imperdoável, mas agora inapelável. O grande erro dos brasileiros persistia, a saída de bola. Vejo muitas críticas direcionadas a Luiz Gustavo por tal falha, mas Paulinho e os laterais tem até mais responsabilidades que o volante nessa questão. Bernard entrou muito bem no lugar de Hulk, que hoje não esteve bem, e não faço coro com a maioria na pedida que o atacante “russo” não deva ser titular. Mas o pequenino fez mais que o incrível em pouco tempo em campo. Hernanes também entrou bem no lugar de Oscar, que cumpre papel fundamental taticamente, mas criou pouco. Mais um do trio de meias que não esteve bem. E Felipão armou o que já parece ser seu esquema alternativo, independente das peças utilizadas. Trio de volantes, com Luiz Gustavo na cabeça da área, Hernanes e Paulinho saindo. E três atacantes, com Neymar e Bernard abertos e Fred na área. Melhorou, mas ainda não se pode dizer que foi bom. E o primeiro e segundo tempos tiveram roteiro parecidíssimo. Começaram com vacilos de zagueiros de amarelo, no segundo fatal, e terminaram com gols “achados”. Neymar bateu escanteio na área, e Paulinho subiu muito para cabecear para as redes. Gol! Vitória, e classificação.

Se o jogo não foi de bom desempenho da amarelinha, que fez partidas muito melhores, serviu para mostrar outra faceta desse grupo e que reflete seu treinador, guerrear até o fim. Merecido pelo brio, merecido pela estrela individual de Fred no primeiro tento e de Paulinho e Neymar nos dois. Mas a evolução de desempenho deve continuar nessa seleção que já tem cara de time, mas precisa definir melhor alguns movimentos durante a partida, como a saída de bola e as movimentações de seus atacantes.

Felipe Xavier Pelin, gosta desse negocio chamado Futebol...
Facebook.com/CampoeBola

Twitter.com/CampoeBola 

Nenhum comentário:

Postar um comentário