domingo, 30 de junho de 2013

Brasil venceu a favorita Espanha, e de forma sensacional!

30 de junho de 2013 – Copa da Confederações – Brasil 3x0 Espanha:

Felipão disse e concordo que a missão da Copa das Confederações já estava cumprida para os brasileiros. Se o objetivo era “dar cara” para a seleção, Scolari o fez, e quase a sua imagem e semelhança. Com seus defeitos e virtudes. Vencer a Espanha foi a cereja do bolo, e não uma cereja qualquer. Com muita autoridade, sem grandes alterações para parar a FAVORITA Espanha, Brasil meteu 3 a 0.

Felipão mandou o Brasil no 4-2-3-1, com:
                Julio Cesar;
                Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz, Marcelo;
                Luiz Gustavo, Paulinho;
                Hulk, Oscar, Neymar.
                Fred.

Del Bosque armou o 4-3-3, com:
                Casillas;
                Arbeloa, Pique, Sergio Ramos, Jordi Alba;
                Xavi, Busquets, Iniesta;
                Pedro, Fernando Torres, Mata.

Os dois BIGODES armaram suas equipes da mesma forma que fizeram durante toda a competição. Na Espanha a novidade foi Juan Mata no ataque, o jogador do Chelsea poderia ser boa opção para ser o oposto de Pedro e dar profundidade nas pontas, que tanto já falamos por aqui. Poderia sanar a principal falha espanhola, mas não conseguiu. E a verdade é que esse aspecto foi secundário no jogo, porque a seleção brasileira foi muito superior. No Brasil a única alteração foi o posicionamento de Luiz Gustavo, que hoje estava na direita, e Paulinho pela esquerda. Mudança que surtiu muito efeito, com Paulinho avançando para caçar Xavi, que recua para armar, e Luiz Gustavo um passo atrás esperando as subidas de Iniesta. Combinado com boa alternância entre marcação adiantada e vigor na frente da área, um linha de defesa alta, foram os principais elementos coletivos para vencer.

Com a missão de montar de fato uma equipe para a Copa do Mundo já comprida, vencer a Espanha foi sensacional, e vencer como foi, é ainda mais brilhante. Felipão não fez nenhuma adaptação drástica para enfrentar os espanhóis, apenas mudou de lado os volantes, taticamente o Brasil foi o mesmo, no 4-2-3-1. E venceu na intensidade do seu jogo. Venceu de peito aberto, em disputa “franca” contra um rival com base coletiva montada há muito mais tempo. O gol de Fred no primeiro minuto não pode ser considerado um acaso, a seleção brasileira vez isso contra México e Japão, mas com Neymar. No fim do primeiro tempo linda jogada de Neymar para Oscar que enfiou o camisa 10 para ampliar a contagem. E não seria nenhum exagero que o placar da primeira etapa tivesse terminado com um 4 a 0 para os canarinhos, se Oscar e Fred tivessem convertido chances claras de gol. Brasil ocupou o meio de campo com a força de Luiz Gustavo e Paulinho, que foram perfeitos no jogo. Assim como quase todo o time. Lembrou muito a semi da Champions League entre Bayern de Munique e Barcelona, quando os alemães também com organização e muito força individual superaram o Barça, mas é verdade que Bayern x Barça era um duelo mais igual entre as partes. O que só enaltece ainda mais a vitória brasileira!

É justíssimo que o torcedor brasileiro acreditasse fielmente em sua seleção, mas analistas dizerem agora que os espanhóis não eram de nada ou algo parecido me parece uma bobagem enorme, e apequena a GIGANTE conquista do selecionado nacional. Espanha era sim favorita, e dizer isso não significa dizer que o Brasil não poderia vencer. E bobagem maior ainda pensar que tudo esta perfeito, e que mesmo num jogo como essa, de quase perfeição, não tenham aspectos a serem melhorados. Já disse muitas vezes que esportivamente a Copa das Confederações não tem grande importância, mas para a seleção brasileira uma vitória dessas tem. E dificilmente Felipão deixará qualquer ar de soberba paire sobre o grupo. Se taticamente Scolari tem seus defeitos, para ganhar a mente e os corações dos jogadores ele é excelente.

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sábado, 29 de junho de 2013

Como será o amanhã, responda quem puder der!

29 de junho de 2013 – Comentário Pré Jogo – Brasil x Espanha:

Sempre muito difícil querer imaginar o que pode acontecer em um jogo de futebol, na verdade, não é difícil imaginar, mas sim acertar. Não me coloco essa obrigação, mas só alguns pensamentos sobre possibilidades. 

E todos nós apaixonados por futebol, e aguardando ansiosamente esse jogo, temos as nossas. Vamos lá!
Imaginar a seleção brasileira como favorita nesse jogo é muito improvável, enfrentará a atual campeã mundial, com um time em formação, e que como o próprio Felipão disse, e concordo, já tem seu objetivo comprido na competição. A Copa das Confederações esportivamente não tem lá grande importância, mas na preparação para a Copa do Mundo cumpriu o papel de “dar cara” ao selecionado brasileiro. Hoje imaginamos o time que de fato teremos na Copa. Time com a cara de Scolari, mas não muito distante do trabalho que era feito por Mano Menezes. Algumas posturas mudaram, o plano de jogo também, mas as peças que estão ai, já estavam com mais ou menos importância com Mano. E essa forma que hoje tem a seleção brasileira me surpreende positivamente, vislumbrei algo muito pior. Pelo último trabalho, no Palmeiras, do técnico campeão mundial. Obvio que trabalhar em um clube é muito diferente em relação ao selecionado nacional, mas as concepções sobre futebol aparecem da mesma forma, e se não agradavam, hoje pode se dizer que são no mínimo competitivas. Concordo com tudo? Lógico que não, mas dizer que é um fracasso como ideia me parece exagero. Tem boas perspectivas de dar um caldo. 

Em relação a final da Copa das Confederações é preciso considerar o jogo entre Espanha e Itália. Os italianos pararam os espanhóis, e considero que conseguiram tal façanha porque não deixaram a Roja ocupar a intermediária defensiva da Itália, e conseguiram isso com superioridade numérica no setor, posicionando seis meio campsitas por lá, e ainda três zagueiros na área. Bayern de Munique fez algo parecido com o Barcelona, time de referencia para o selecionado espanhol, na final da Champions League. Não exatamente igual, mas de uma forma diferente tentou, e conseguiu, o mesmo objetivo. E ganhar a própria intermediaria defensiva é tirar da Espanha a sua eterna ronda a área adversária, onde esperam pacientemente, com uma quase infinita troca de passes, a oportunidade de infiltração.

Mas será que esse plano de jogo seria de fato eficiente? O time brasileiro tem características para tal? E o que mais me chama a atenção, jogando em casa e diante de sua torcida, irá o Brasil abrir mão da iniciativa do jogo? Talvez a questão até não seja abrir mão da iniciativa do jogo, mas conseguirá impor tal postura diante do rival? Para tentar ganhar de forma mais incisiva o meio de campo a formação com Luiz Gustavo na cabeça da área, Paulinho e Hernanes saindo como segundo volantes pode ser uma ideia, povoando o meio de campo brasileiro. E com Oscar e Neymar abertos, e Fred na frente. Para ocorrer alguma mudança tática me parece ser a única opção, já que essa formação já se mostra ser uma alternativa do técnico, que a utilizou em diversos jogos na competição. Mas fico pensando se junto com a declaração de que o objetivo da seleção já esta cumprido, não carrega junto a ideia de que então veremos a seleção brasileira com seu esquema normal, no 4-2-3-1, para medir de forma franca, e sem se adaptar ao adversário, forças com a melhor, ou uma das, seleções da atualidade.

Se pegarmos só os pontos que abordei até agora parece que é impossível uma vitoria canarinho, mas não é isso. Apenas imagino, e acho que a maioria, é que fácil não será. Já se ouve muito que em casa, e com o apoio das arquibancadas, o Brasil terá mais força. Fato! Mas além de achar que essa motivação é só mais um dois aspectos da batalha que se dará os espanhóis terão muita, mas muita mesmo, vontade de bater a camisa mais pesada entre as seleções mundiais. E camisa pesa, mas assim como o apoio da torcida, é só mais um dos elementos de análise do jogo de futebol.

Uma situação que vejo que pode mudar a história da partida, obviamente, e se logo nos primeiros movimentos, Neymar, ou outro jogador, abrir o placar. Como aconteceu contra o Japão, com Neymar aos 3 minutos, e contra o México, aos 9 de novo com o atacante agora barcelonista. Esse tento inicial vai encher o time de brio para marcar como nunca, e pode encontrar uma Espanha naqueles dias de paciência extrema, onde a troca de passes não gera chances de gol. E porque Neymar é tão importante? Pelo obvio motivo que é a principal referencia técnica do elenco, e também por jogar contra seus futuros companheiros do clube, que são a base espanhola. Assim como os espanhóis terão muita gana de vencer os penta campeões e donos da casa, o camisa 10 de amarelo terá especial garra para se apresentar no gigante catalão tendo vencido seus principais nomes.

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quinta-feira, 27 de junho de 2013

Espanha avança, mas Itália parou a Roja...

27 de junho de 2013 – Copa das Confederações – Espanha 0x0 Itália:

Todos esperavam um jogão, e foi. Se não técnica e taticamente, o que só aconteceu no primeiro tempo, o restante do foi de emoção. O massacre que podia se imaginar da seleção espanhola sobre a italiana não aconteceu e por muitos méritos vindos da bota, que soube se colocar na partida de forma adequada e não se acovardar.

Espanha de Del Bosque veio no 4-3-3 de costume, com:
                Casillas;
                Arbeloa, Pique, Sergio Ramos, Jordi Alba;
                Xavi, Busquets, Iniesta;
                Pedro, Fernando Torres, David Silva.

Itália de Prandelli no 3-6-1, com:
                Buffon;
                Barzagli, Bonucci, Chiellini;
                Maggio, Candreva, De Rossi, Pirlo, Marchisio, Giaccherini;
                Gilardino.

Azzura tinha três zagueiros atrás. Uma linha com seis no meio com dois alas pelos lados, Maggio na direita e Giaccherini na esquerda, dois meias um pouco menos abertos, com Candreva na direita e Marchisio na esquerda, e dois volantes por dentro, De Rossi na direita e Pirlo na esquerda. Ou seja, nessa linha de seis homens, de dentro para fora, um volante, um meia e um ala para cada lado. Com Gilardino na frente. A estratégia pareceu, e foi, acertada. Congestionou sua intermediária defensiva, tomando para si o que era de direito, e se entrincheirando com uma superioridade numérica no setor. Quando isso acontece o time italiano tirou da Espanha sua principal arma ofensiva, que é a ronda paciente da área rival para esperar as infiltrações. Essas infiltrações que mesmo nos melhores momentos da Roja, antiga Fúria agora menos furiosa, já são tímidas e as trocas de passes incessantes são a arma contra as precipitações das jogadas. Mas a dificuldade agora era superior, não só chegar de fato ao gol rival, e sim chegar à fase anterior, perto da meta alvo.

No lado espanhol imagino que o erro para superar tal obstáculo seja o mesmo que o seu time base, o Barcelona. Assim como no time azul e grená, a Espanha não abriu a defesa adversária. Para alargar o amontoado, no melhor sentido, de marcadores, poderiam abrir Pedro e David Silva bem espetados pelos lados, para forçar que os alas italianos jogassem mais para trás, se alinhando com os três zagueiros. Obviamente que essa é uma disputa que se dá por imposição técnica, e não só Prandelli acertou ao não afundar seus alas, como os mesmo souberam não sucumbir à pressão. Mas a verdade é que os atacantes abertos da Espanha pouco tentaram forçar o contrário, recuavam para buscar a bola, não ajudando Xavi e Iniesta a terem mais espaços para criar. Isso também acontece no Barcelona quando ao invés de ter um outro Pedro no lado oposto ao do verdadeiro, se tem um meia, que tende muito mais ao buscar a armação das jogadas, do que oferecer perigo no um contra um pelos lados, acontece na Catalunha com Iniesta ou Fabregas, e aconteceu agora no “governo central” com David Silva e antes com o próprio Fabregas. Vale lembrar que se defensivamente os alas azuis tiveram atuação fundamental, ofensivamente eram também a principal arma. Tanto que a única chance real de gol no jogo aconteceu em bola cruzada por Maggio, ala direito, para Giaccherini, ala esquerdo, que de cabeça levou perigo. E depois o mesmo Giaccherine acertou a trave já na prorrogação.

E toda essa disputa técnica e tática aconteceu no primeiro tempo, porque na segunda etapa as duas equipes já não se aguentavam em pé. Muito pelo cansaço de final da temporada europeia e pelo calor. Tanto no segundo tempo como na prorrogação os times pareciam pugilistas cansados nos instantes finais de Rocky, o lutador. Trocando socos ao vento, esperando que por sorte algum acertasse em cheio, para a câmera lenta entrar em ação, com sangue e suor sendo esguichados no ar e alguém beijar a lona. E de fato se algum golpe fosse desferido com precisão, dificilmente o atingido se recuperaria. Durante toda a partida Espanha teve a bola em seus pés, lógico, mas a Itália levou mais perigo quando estava inteira. Mas na prorrogação os espanhóis também tiveram suas chances.

A estocada final não veio, e quem veio foram as penalidades para decidir o confronto. E cobranças que chamaram a atenção pela qualidade das finalizações dos dois lados, contra goleiros de muita qualidade. Até que Bonucci isolou sua chance. Para Jesus, só ele salva (inevitável a piada infame), Navas classificar os atuais campeões mundiais.

Grande jogo! Classificação espanhola, como era de se esperar. Mas a Itália, de camisa muito mais pesada, teve muitos méritos de parar os de vermelho com muita aplicação tática e imposição técnica e numérica nas disputas, e impossível não pensar que se Balotelli estivesse em campo a historia não seria outra. Agora é no Maracanã! Agora é contra o Brasil! Conseguirá o excrete canarinho abrir mão de seu modo de jogar para parar o tik taka catalã, ops... Espanhol? Jogando em casa não irá propor o jogo? Estufar o peito e enfrentar o adversário?! Veremos no domingo o jogo que muito já aguardamos... Promete!

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quarta-feira, 26 de junho de 2013

Brasil se classifica, na estrela de Paulinho, Neymar e Fred...

26 de junho de 2013 – Copa das Confederações – Brasil 2x1 Uruguai:

Jogo cheio de mística do Mineirão, sempre será. Rivalidades sul americanas são sempre explosivas, e não foi diferente. Muito diferente é da Libertadores que normalmente tem equipes hispânicas do cone sul com muita raça e a tão falada catimba e times brasileiros mais técnicos, e muitas vezes ingênuos. Reflexo claro das situações econômicas distintas. Nesse Brasil e Uruguai esse estereótipo não vale, é para lá de senso comum. Uruguaios tem sua grande geração em muitos anos, campeões, consagrados nos melhores campeonatos do mundo, e sim muito técnicos. Já o Brasil tem a reconstrução, também de bom nível, mas em conjunto nem se compara com os rivais de azul.

Felipão mandou o Brasil no 4-2-3-1, com:
                Julio Cesar;
                Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz, Marcelo;
                Paulinho, Luiz Gustavo;
                Oscar, Neymar, Hulk;
                Fred.

Seleção brasileira sem novidades em nomes e formação. Coloco a formação da linha de três meias com Oscar pela direita, Neymar por dentro e Hulk na esquerda, porque começou assim. Mas Neymar caiu para a esquerda, Oscar por dentro e Hulk inverteu de lado. Apesar de instruções diretas de Felipão para que o agora barcelonista viesse para a direita. Não imagino que seja a melhor opção a do gaucho. Como sempre falo, tenho duvidas se Neymar deve jogar pelo meio ou aberto na esquerda, e por isso alternar com Oscar é excelente, mas  para isso é melhor se posicionar entre a esquerda e o meio. E no começo do jogo embolou com Oscar que apesar de teoricamente aberto na direita fechava muito pelo meio.

Oscar Tabarez armou o Uruguai no 4-3-3, com:
                Muslera;
                Maxi Pereira, Lugano, Godin, Caceres;
                Gonzalez, Arévalo, Rodriguez;
                Cavani, Forlan, Suarez.

O Maestro armou seu time com uma linha de quatro defensores. Três volantes com Arévalo na cabeça da área, Gonzalez saindo pela direita e Rodriguez pela esquerda. Na frente Forlan atuou centralizado, mesmo que até essa fase da competição estivesse atuado mais pela direita. Pelos lados estavam Suarez, na direita, e Cavani, na esquerda. Imagino que para os dois atacantes mais jovens acompanharem os laterais brasileiros.

Jogo começou muito truncado e logo aos 13 minutos David Luiz cometeu pênalti bobo. É verdade que não se costuma marcar lances assim, mas de qualquer forma muito ingenuidade de um zagueiro já rodado. Forlan bateu no canto esquerdo de Julio Cesar, que fez bela defesa. Da forma que a partida caminhava a virada seria complicada, muito importante a defesa! Após a penalidade Uruguai mesmo que em nenhum momento tivesse maior posse de bola, era melhor que a seleção brasileira, que só a partir dos 30 minutos entrou no jogo. Mesmo assim sem criar grandes chances. Até que Paulinho deu lindo lançamento para Neymar matar bonito a bola e bater para a defesa de Muslera, no rebote Fred abriu o placar, no fim da primeira etapa. Brasil não jogou bem, mas o resultado era importante.

Na segunda etapa, logo aos 3 minutos, Thiago Silva ao invés de mandar um bico para fora da área, após boa troca de passes uruguaios em direção ao gol canarinho, possibilitou a bola sobrar para Cavani que não desperdiçou, meteu na rede para empatar. Mais um vacilo da zaga, da mesma forma imperdoável, mas agora inapelável. O grande erro dos brasileiros persistia, a saída de bola. Vejo muitas críticas direcionadas a Luiz Gustavo por tal falha, mas Paulinho e os laterais tem até mais responsabilidades que o volante nessa questão. Bernard entrou muito bem no lugar de Hulk, que hoje não esteve bem, e não faço coro com a maioria na pedida que o atacante “russo” não deva ser titular. Mas o pequenino fez mais que o incrível em pouco tempo em campo. Hernanes também entrou bem no lugar de Oscar, que cumpre papel fundamental taticamente, mas criou pouco. Mais um do trio de meias que não esteve bem. E Felipão armou o que já parece ser seu esquema alternativo, independente das peças utilizadas. Trio de volantes, com Luiz Gustavo na cabeça da área, Hernanes e Paulinho saindo. E três atacantes, com Neymar e Bernard abertos e Fred na área. Melhorou, mas ainda não se pode dizer que foi bom. E o primeiro e segundo tempos tiveram roteiro parecidíssimo. Começaram com vacilos de zagueiros de amarelo, no segundo fatal, e terminaram com gols “achados”. Neymar bateu escanteio na área, e Paulinho subiu muito para cabecear para as redes. Gol! Vitória, e classificação.

Se o jogo não foi de bom desempenho da amarelinha, que fez partidas muito melhores, serviu para mostrar outra faceta desse grupo e que reflete seu treinador, guerrear até o fim. Merecido pelo brio, merecido pela estrela individual de Fred no primeiro tento e de Paulinho e Neymar nos dois. Mas a evolução de desempenho deve continuar nessa seleção que já tem cara de time, mas precisa definir melhor alguns movimentos durante a partida, como a saída de bola e as movimentações de seus atacantes.

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quarta-feira, 19 de junho de 2013

Mais uma vitória, e contra a ameaça de sombrero...

19 de junho de 2013 – Copa das Confederações – Brasil 2x0 México:

Mais um jogo do Brasil, mais uma vitória importante. Ainda mais contra o México que já surpreendeu tanto a seleção brasileira. Os primeiros 15 ou 20 minutos foram excelentes, e mais uma vez um gol relâmpago, e dele! Neymar! Mais um belo gol, Daniel Alves cruzou, a zaga rebateu, e o camisa 10 pegou de primeira para abrir o placar. Diferente do inicio do jogo passado onde ele estava pelo meio, agora na esquerda, mas fechou perfeitamente na área, enquanto o time atacava pelo lado oposto. Time de Felipão foi o mesmo, no 4-2-3-1, com:
                Julio Cesar;
                Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz, Marcelo;
                Paulinho, Luiz Gustavo;
                Hulk, Oscar, Neymar;
                Fred.

Depois dos ótimos minutos iniciais, Brasil insistiu em alguns problemas. A transição ofensiva é talvez o pior deles. No ultimo jogo Paulinho esteve muito adiantado em campo e Luiz Gustavo muito recuado, eram talvez a resposta para essa dificuldade, mas no jogo de hoje não observei isso. Muitas vezes o volante do Corinthians recuou para buscar a bola, e Salcido que o acompanhava em campo não o fazia no campo brasileiro, voltava para a intermediária mexicana. Mesmo assim os zagueiros negavam a bola aos meio campistas para rifar a pelota em direção ao ataque. Rifar talvez não seja a palavra, David Luiz e principalmente Thiago Silva tem qualidades para dar lançamentos, mas esse tipo de jogada tem uma boa dose de risco, e depende muito dos que estão na frente. É um expediente valido, e deve ser utilizado, mas não pode ser recurso único para chegar ao ataque. Outra característica que deve ser melhorada é a incapacidade da equipe de trocar sequencias mais longas de passe na intermediaria ofensiva. Muito pelo sumiço de Oscar, que não foi bem. O meia que começou atuando na faixa central do gramado já estava mal, na segunda etapa Felipão tratou de mata-lo de vez abrindo na direita, e dificultar ainda mais as inversões entre ele e Neymar.

Já o time mexicano veio alterado em relação à primeira partida. Posicionou-se no 4-3-3, com:
                Corona;
                Mier, Rodriguez, Moreno, Torres;
                Flores, Torrado, Salcido;
                Giovani dos Santos, Chicharito, Guardado.

Se no primeiro jogo o time se posicionou no 4-2-3-1, dessa vez o esquema foi o 4-3-3. Os laterais Flores e Salcido saíram de suas posições para virarem volantes, imagino que o técnico tenha imaginado qualificar um pouco sua meia cancha, que foi de qualidade no passe horrorosa no jogo anterior. Outra alteração foi que Giovani dos Santos abriu na direita, saindo Aquino. Assim o time tinha três volantes e sem um armador central. A intenção me pareceu acertada, mas a execução desastrosa. O time começou muito bagunçado, os laterais se mandavam como se não houvesse amanhã. Mas conseguiu crescer no jogo. Muito devido às deficiências brasileiras.

É obrigação ressaltar a bola que Neymar esta jogando! Muito se falou que ele iria evoluir indo para o Barcelona, e acredito nisso. Mas nem precisou chegar lá para crescer. Imagino se na seleção o tratamento em relação ao jovem não é mais igual aos outros jogadores do elenco, se na seleção é menos mimado e mais orientado. Se toda a desconfiança que começamos a ter, não fez bem. E mais, se os imensos compromissos publicitários não faziam muito mal ao atleta. Todas essas são suposições. Fato é que em um lance de contra ataque brasileiro, na arrancado, ele é marcado por Guardado, recebe o contato normal de jogo, e não se joga, segui, depois recebe contato faltoso e cai, amarelo para o adversário. Em outros tempos, cairia logo de cara. Vejo com muitos bons olhos também a marcação dele ao lateral adversário, óbvio que não deve ser uma constante, e revezar com Oscar nessa função é o ideal, mas fato é que não se pode defender com menos de 10 homens no futebol de hoje, e correndo para trás, o menino participa mais do jogo. Mas a verdade que essa vontade de marcar nunca faltou a ele, mas muitas vezes para ser “preservado” atuava muito distante do restante da equipe defensivamente.

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segunda-feira, 17 de junho de 2013

Inicio melhor seria quase impossível...

15 de junho de 2013 - Copa das Confederações - Brasil 3x0 Japão:

Começou a Copa das Confederações! Esportivamente a competição não tem nem de perto a importância da Copa do Mundo, claro, mas também não se equipara a Copa Américas ou Eurocopa. Mas de qualquer forma são times interessantes em campo e um ano antes do mundial. O que é verdade, é que importância mesmo tem para o selecionado brasileiro.

E a estreia não podia ser melhor, nos primeiros minutos Neymar já meteu um golaço! Passe de Marcelo, para Fred matar, meio de pescoço, a bola escapa um pouco e Neymar emenda lindo chute na gaveta! Golaço! E esse gol logo de cara além de dar uma boa tranquilidade ao time, pode ser mais um aspecto da discussão que julgo ser a mais importante para essa equipe. Onde posicionar Neymar. No momento do gol a formação do Brail era no 4-2-3-1, com:
                Julio Cesar;
                Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz, Marcelo;
                Paulinho, Luiz Gustavo;
                Oscar, Neymar, Hulk;
                Fred.

Assim como aconteceu no amistoso contra a França, nos minutos iniciais Neymar se posicionou por dentro na linha de três meias, para depois ficar aberto da esquerda, Hulk na direita e Oscar pelo meio, com inversões constantes e interessantes, mas o ponto de partida era esse. Confesso que não tenho opinião fechado sobre o assunto, se pelo meio, na esquerda ou de falso 9. A escolha de Felipão, até por não ter opinião certeira, me agrada. Ele inverte, reveza, e conta com muita versatilidade e inteligência de Hulk e principalmente de Oscar.

Brasil jogou bem, o time parece ter uma cara, e alguns caras. A linha de defesa é essa não tem onde e não porque mudar. Luiz Gustavo fez ótima partida, sem aparecer muito deu segurança atrás. Paulinho, além do belo gol em passe de Daniel Alves, também teve boa atuação. Mas um dos problemas que enxerguei nessa atuação de poucas falhas, passa pelo volante corinthiano. Brasil sofreu na saída de bola. Luiz Gustavo não é nenhum brucutu, muito pelo contrário, mas joga bem recuado. Paulinho tem que facilitar essa transição, e não o fez sempre. Obvio que não só ele tem essa função, outros têm que ajudar, mas em seus pés é uma das melhores opções.

A linha média brasileira também foi muito bem. Neymar, pelo meio e na esquerda, marcou um golaço, mas também marcou o adversário, fez a bola rodar, deu passes em profundidade. Oscar também foi muito bem, deu lindo passe para Jô (quem diria!) com muita frieza marcar, mas o mais importante é como ele faz essa linha ser dinâmica. Fosse um meio mais clássico, um Ganso por exemplo, essa movimentação seria muito difícil. E o meia do Chelsea, faz com perfeição, tanto aberto como pelo meio. Hulk, na maioria do tempo aberto na direita, é um jogador de muita força (acham que to de brincadeira, né?!), não só física, mas na intensidade do jogo.  Fecha bem os espaços na recomposição e sempre cria chances e incomoda os rivais no ataque. Força também mental que tem ao não se intimidar com as constantes pedidas de Lucas em seu lugar. Lucas é um ótimo jogador, lógico, poderia muito bem atuar por ali. Mas não daria essa força, intensidade, que Hulk proporciona. Deixa o super herói (nem tanto vai!) trabalhar. Fred não brilhou como tem feito, mas só porque não deixou o seu, como quase sempre. Mas participou bem do jogo, proporcionou alternativas aos companheiros. E quase marcou em passe de Neymar, que o 9 definiu o lance com muita rapidez.

Outra característica que me chamou a atenção é que essa seleção não é torta para nenhum lado. O que era um risco considerável, com Neymar espetado e Hulk do outro lado muito recuado. Isso não acontece, ainda bem. Falta só atuações melhores dos laterais, principalmente de Daniel Alves, que teve bons lances mas na maioria do tempo não esteve bem.

Japão não é adversário qualquer, ou deve ser desprezado por completou. Mas tem muitas falhas na criação de suas jogadas, como muito já foi dito. Atuou no 4-2-3-1, com:
                Kawashima;
                Ushida, Yoshida, Konno, Nagatomo;
                Hasebe, Endo;
                Kiyotake, Honda, Kagawa;
                Okasaki.

Ótima estreia e bastante animadora para o torcedor brasileiro. Que encara o México, que assim como os nipônicos, não são uma seleção de baixo nível, mas passam por fase muito ruim.

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quinta-feira, 13 de junho de 2013

Lusa bateu o Fluminense, e mereceu contra o atual campeão brasileiro...

12 de junho de 2013 – Campeonato Brasileiro – Portuguesa 2x1 Fluminense:

Outro jogo que fechou o último dia de Campeonato Brasileiro foi a Lusa contra o tricolor carioca, mas esse diferente dos outros dois da noite é remarcado da segunda rodada, quando os cariocas tinham compromisso pela Libertadores.

Pimenta mandou a Lusinha no 4-3-1-2, com:
                Gledson;
                Luis Ricardo, Lima, Valdomiro, Rogério;
                Correa, Bruninho, Matheus;
                Souza;
                Cañete, Diogo.

Abel mandou o Flu no 4-2-3-1, com:
                Ricardo Berna;
                Bruno, Gum, Digão, Carlinhos;
                Edinho, Diguinho;
                Rafael Sóbis, Wagner, Biro Biro;
                Samuel.

Defino a Portuguesa no 4-3-1-2 com um losango no meio de campo, mas com variações. Bruninho quase sempre esteve na cabeça da área, Correa marcava e saia pela direita e  Matheus fazia o mesmo pela esquerda. Souza começou aberto na esquerda e Cañete mais incorporado a linha dos volantes com Diogo isolado na frente. Um 4-1-4-1, com Bruninho entre os volantes e zagueiros e Diogo no ataque. Mas a forma mais constante era mesmo apenas com três volantes, Souza saia da esquerda em direção ao centro e alternava com Cañete entre a armação e o ataque.

Já o Fluminense vinha no 4-2-3-1 de costume, e também na mesma dinâmica. Time muito descompacto e pouco criativo. Edinho bem atrás e por vezes quase se incorpora a um trio de zagueiros, com Diguinho saindo. Na linha de meias, Sóbis caia pela direita, Wagner pela meio e Biro Biro na esquerda. Samuel Rosa na área. Mas o maior pecado do time de Abel é a falta de criatividade, e esse aspecto passa por Wagner, que é o armador central, e participa pouco do jogo. Ponto positivo é que Sóbis não se conteve em abrir na direita, tomou a iniciativa e caiu pelo meio, ocupando um espaço vago no meio, pela falta de comando de Wagner e também porque o meio parece sempre puxar para trás seu posicionamento. Sóbis foi quem criou as melhores chances. Sem Fred na seleção Wellington Nem que foi para a Europa são baixas importantes para o atual campeão brasileiro. Duas peças fundamentais para o time de Abel, que no ano passado tinha seu ponto alto a defesa, que hoje já não é tão segura. Fred irá voltar. Mas Nem será difícil de substituir.

O primeiro tempo teve bastante igualdade, com ligeira superioridade carioca. Mas aos 21 minutos o experiente Souza mandou uma bala de fora da área e marcou bonito gol. Lusa não dominou o jogo, mas esperava bem para em alguns momentos tentar investida ao ataque, me parece uma forma adequada de encarar o jogo. Fluminense criava poucas chances, mas criava poucas jogadas de perigo. Só conseguiu em cobrança de falta de Rafael Sóbis de longe, que a bola serpentiou na frente do goleiro antes de entrar. Baita efeito nela! Já no segundo tempo, aos 37, em boa trama ofensiva a Portuguesa conseguiu a vantagem merecida. Bruninho enfiou para o lateral esquerdo Rogério, que cruzou para Diogo marcar. 2 a 1 para um time que mesmo inferior tecnicamente, fez jogo seguro e criou mais chances.

Portuguesa não tem o time dos sonhos, óbvio, e vem de um passado recente horrível. Mas nesse brasileiro não a toa tirou pontos de adversários favoritos como o próprio Fluminense, Internacional e Corinthians.

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quarta-feira, 12 de junho de 2013

Avanços no Peixe e Galo irreconhecível, formaram a vitória praiana...

12 de junho de 2013 – Campeonato Brasileiro – Santos 1x0 Atlético:

O ultimo dia antes da parada para a Copa das Confederações começou com Santos x Atlético na Vila Belmiro. Primeira vitória santista, em jogo sonolento do até então elétrico Galo e de Peixe com pequenos avanços.

Claudinei veio com o Santos no 4-4-2, com;
                Rafael;
                Galhardo, Gustavo Henrique, Durval, Léo;
                Arouca, Cícero;
                Pedro Castro, Leandrinho;
                Neilton, Willian José.

Já Cuca mandou o Atlético no 4-2-3-1, com:
                Victor;
                Michel, Rafael Marques, Gilberto Silva, Richarlyson;
                Leandro Donizete, Pierre;
                Marcos Rocha, Ronaldinho, Luan;
                Alecsandro.

Alvinegro praiano veio no mesmo esquema tático de quando era treinado por Muricy, já critiquei muito tal formação, e continuo com a mesma opinião. Mas algumas pequenas mudanças surgiram, e para melhor. A primeira delas é no posicionamento de Arouca e Cícero. Os dois com o antigo treinador atuavam muito a frente. Cícero como meia e Arouca como segundo volante, e tinham Renê Junior na proteção. Hoje com os dois um passo atrás tiveram melhor desempenho. O próprio Cícero comentou a questão no intervalo. Tanto que o gol logo aos 3 minutos foi de tiro de Cícero de fora da área, chegando de trás. Chute, aliás, que contou com pequeno desvio na trajetória, mas Victor aceitou. Na recomposição defensiva Neilton fechava a direita, Leandrinho a esquerda, e Pedro Castro por dentro. Mas organizado do que vinha ocorrendo. Boa movimentação desses “meninos” de frente do time praiano. Mesmo que alguma desorganização ainda paire no ar. Como disse, pequena melhoras, mas que resultaram em uma importante vitória. A verdade é que os santistas não criaram muito mais que o de costume, conseguiram o gol cedo e seguraram o placar.

Já o Galo veio com mudanças importantes, não contou com quase todo seu ataque. Bernard, Jô e Tardelli estavam fora, só Ronaldinho do melhor time do primeiro semestre. Com as ausências Cuca adiantou Marcos Rocha para atuar pela direita na linha de três meias, com Ronaldinho por dentro e Luan na esquerda. Essa mudança me parece uma possibilidade válida, mas não surtiu o efeito desejado. Primeiro porque o time ficou torto para a esquerda e só buscava Luan por lá, Marcos Rocha esquecido no lado oposto. Esquecido e isolado, já que Michel pouco avançou para aproximação. Outro aspecto é que Richarlyson não é um lateral de apoio refinado, nem lateral é exatamente, os volantes Pierre e Leadro 
Donizete têm mais qualidades defensivas do que no ataque. O que resultou numa chegada com poucos na frente. Na segunda etapa Cuca mudou, ou corrigiu, Neto Berola abriu na direita e Marcos Rocha voltou a lateral. Saindo Michel. O time melhorou, mas ainda não era o Galo da Libertadores. Luan buscou muito o meio, com Ronaldinho adiantado. Tão na frente que o craque virou centroavante com a saída de Alecsandro. Péssima partida do time em geral, e com um tempo perdido em alteração de Cuca que não deu liga.

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Jogo de Luis Fabiano e Elano na Arena Grêmio...

12 de junho de 2013 – Campeonato Brasileiro – Grêmio 1x1 São Paulo:


Em um dos jogos que fechou a quinta rodada antes da pausa para a Copa das Confederações, grande jogo na Arena Grêmio. Mais um possível último jogo de Luis Fabiano e de alterações de Luxemburgo.

Tricolor gaúcho veio no 4-2-3-1, com:
                Dida;
                Pará, Werley, Bressan, Alex Telles;
                Adriano, Souza;
                Welliton, Zé Roberto, Kléber;
                Barcos.

Tricolor paulista no mesmo esquema, com:
                Rogério Ceni;
                Douglas, Lucio, Paulo Miranda, Juan;
                Rodrigo Caio, Wellington;
                Aloisio, Ganso, Osvaldo;
                Luis Fabiano.

As duas equipes vieram mudadas em relação aos últimos jogos. Luxemburgo armou sua equipe no 4-2-3-1, normalmente costuma postar seu time no 4-4-2 com dois meias abertos. Mas na partida de hoje tinha Wellinton na direita, Zé Roberto por dentro, Kléber na esquerda, no trio de meias. Com Barcos na frente, do meio para trás sem alterações. Não imagino o Gladiador muito a vontade na posição que ocupou hoje, mas mesmo não voltando tanto na marcação, não foi mal. Ney Franco também mudou, ainda que já tendo utilizado o esquema de hoje, ultimamente vinha no 4-3-1-2 com um losango no meio de campo. Mas hoje formou um trio de meias com Aloísio na direita, Ganso por dentro e Osvaldo na esquerda. Luis Fabiano na referência.

Grêmio começou melhor nos primeiros movimentos, mas lá pela metade do primeiro tempo os paulistas já igualaram as ações, e foram até melhores em alguns momentos. Mesmo antes disso, Luis Fabiano recebeu na entrada da área, mandou um drible da vaca no zagueiro, bateu cruzado e Dida pegou. Grande lance! O centroavante parecia com vontade acima da média e fazia boa partida. De lado a lado existiam boas trocas de passes em direção ao gol, e mesmo sem muitas finalizações o jogo foi movimentado e interessante.

Na segunda etapa Luxemburgo mudou. Entraram Elano e Guilherme Biteco, que ficaram como meias. Saindo Adriano e Welliton. Com a alteração Zé Roberto passou a ser volante e o esquema voltou ao mais usual, 4-4-2. Grêmio começou avassalador. Pressão total! Elano entrou e com 10 minutos já tinha finalizado duas vezes com perigo de fora da área, e um pouco depois meteu uma paulada da trave. São Paulo se encolheu, e não levou perigo nos contra golpes. Ímpeto gremista foi premiado aos 41 minutos, depois de escanteio batido por Zé Roberto, Souza desviou e Kléber completou para as redes. 1 a 1 final.

Algumas notas são validas. O juizão distribui cartões de forma descontrolado, muito exagero. Ganso, de novo, fez partida apagada. Mesmo na primeira etapa quando seu time estava bem, e fez falta principalmente na segunda etapa quando seus companheiros precisavam dele para cadenciar o jogo e controlar o placar favorável. Ou mesmo para puxar o contra ataque, com lançamentos e obviamente não com velocidade. Elano entrou muito bem no jogo, mereceu um gol, é até estranho não ter começado entre os 11. Atribuo essa escolha do “professor” para preservar o meio campista, que há tempos não esbanja condição física exuberante.

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sexta-feira, 7 de junho de 2013

Quase foi um jogão, mas não...

5 de junho de 2013 – Eliminatórias Conmebol para Copa do Mundo – Argentina 0x0 Colômbia:

Jogo na Argentina tinha tudo para ser bom, nem tanto na disputa pela classificação, já que as duas seleções tem tudo para irem ao Brasil. Mas por serem boas equipes. Não foi!

Argentina de Sabella veio no 4-3-1-2, com:
                Romero;
                Zabaleta, Fernandez, Garay, Rojo;
                Di Mariam Mascherano, Biglia;
                Montillo;
                Higuaín, Aguero.

E o Uruguai de Pekerman no mesmo esquema com:
                Ospina;
                Zuñiga, Zapata, Yepes, Armero;
                Ramirez, Aguillar, Sanchez;
                James Rodriguez;
                Jackson Rodriguez, Falcao Garcia.

A albiceleste tem esquema muito interessante com o posicionamento de Di Maria, que é atacante, como volante pela direita, Mascherano e Biglia mais postados também na função. Montillo é o meia de ligação, posição que tem obviamente cadeira cativa de Lionel Messi, mas que nessa partida iniciou no banco. Aguero e Higuain no ataque. O desenho e a dinâmica desse time me lembram o Uruguai montado por Oscar Tabarez na Copa de 2010. Quem fazia função parecida a de Di Maria era Álvaro Pereira, se posicionando como volante, mas com saída pelos lados quando o time ataca. Dependendo do posicionamento dessa peça o esquema se altera do 4-3-1-2 para o 4-2-3-1. No Uruguai essas inversões eram mais nítidas, mas imagino que a ideia seja parecida.

Já a Colômbia jogando da mesma forma tinha seus atletas mais presos nas funções. Aguillar era o cabeça de área. Ramirez saindo pela direita e Sanchez pela esquerda. O jovem James Rodriguez o enganche, com Jackson e Falcao no ataque.

O jogo começou igual, com uma superioridade ligeira do time da casa na posse de bola. Logo aos 8 minutos, Di Maria enfiou Higuain, que saiu na cara do gol, mas foi abafado pelo goleiro em saída muito rápida e precisa. Em seguida os colombianos responderam com cruzamento da direita que Falcao cabeceou para fora. O atacante, ex Atlético de Madrid e agora no Monaco, não costuma perder chances como essa. E o jogo embalava, aos 18 depois de falta batida, de novo por Di Maria, o zagueiro colombiano errou, sobrou para Higuain que deu uma pancada no meio do goleiro e do gol, boa defesa, a bola voltou para Rojo que de cabeça perdeu também. Foi a melhor chance do jogo! E o jogo embalava! Até que o lance que definiu o rumo da peleja. Higuain disputando bola com goleiro e Zapata, o arqueiro já tinha a pelota em suas mãos, Zapata fazia um corta luz, e o atacante argentino dá um chutinho no zagueiro. Zapata foi em direção ao “agressor” e em meio a prováveis xingamentos chuta o rival. Juiz veio decido e mandou os dois para a rua.

Tenho uma teoria! Que nem eu mesmo digo com muita convicção, mas. Higuain de fato deixa o pé, e acerta o adversário, na disputa da bola. Já o zagueiro revida com o lance decidido e seu algoz no chão. Seria razoável amarelo para o argentino e vermelho para Zapata? É verdade que pela confusão a solução foi acertada, de forma nenhuma vejo que o “professor” errou. Mediou o conflito, que é sua função. Mas aventei essa possibilidade. O que acham?

Depois disso a partida foi truncada, brigada, mas sem grandes novidades. Algumas movimentações táticas interessantes no rearranjo dos times com um homem a menos, mas nem a presença de Messi abrilhantou o espetáculo. Lionel substitui Montillo, que mesmo cumprindo função tática diferente do que esta acostumado, estava muito tímido e pouco fez no jogo. 0 a 0 e fim!

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Jogo morno, mas vitória lusitana importante...

7 de junho de 2013 – Eliminatórias UEFA para Copa do Mundo – Portugal 1x0 Rússia:

Portugal encarou a Rússia em busca da classificação para a Copa do Mundo de 2014 aqui no Brasil. Rússia que era até então líder do grupo e com sua defesa se tomar nenhum gol, importante vitoria lusitana já que estava esta empatada com Israel no segundo lugar. Portugal tem 14 pontos e 7 jogos, Rússia tem 12 pontos e 4 jogos, Israel 11 com 6 jogos. Grupo que conta com Azerbaijão, Irlanda do Norte e Luxemburgo. Lembrando que só os primeiros de seus grupos se classificam de forma direta para o mundial.

Portugal veio no 4-2-3-1, com:
                Rui Patrício;
                João Pereira, Neto, Bruno Alves, Fábio Coentrão;
                Raul Meireles, Miguel Veloso;
                Vieirinha, João Moutinho, Cristiano Ronaldo;
                Postiga.

Já Rússia se formou no 4-1-4-1, com:
                Akinfeev;
                Anyoukov, Berezutski, Ignashevic, Kombarov;
                Denosiv;
                Bystrov, Shirokov, Faizulin, Zhirkov;
                Kershakov.

A equipe lusitana tinha um 4-2-3-1, mas com Moutinho que era o armador por dentro recuando bastante para buscar o jogo. Na frente Vieirinha espetado na direita, do lado esquerda Cristiano Ronaldo procurava mais o meio da canja e invertia com Postiga que era a referência do time no ataque, mas voltando bastante para as inversões com CR7 e para o pivô. A equipe russa se armou para defender, e quando o fazia, tinha Denisov na cabeça da área, entre duas linhas de quatro na defesa e outra no meio de campo, Kershakov isolado na frente. Porém nos poucos momentos em que se lançou para frente os dois meio campistas abertos avançavam para encostar no centroavante.

O jogo em geral não teve grandes emoções, foi morno. Logo aos 8 minutos, Veloso bateu falta na área e Postiga chapou para as redes. Portugal teve as iniciativas na maior parte do tempo, e a equipe russa pouco perigo levava nos contra golpes. Só aos 35 minutos teve sua primeira chance quando Rui Patrício saiu mal do gol e com o gol fazia Kershakov mandou para fora. Na segunda etapa a dinâmica foi a mesma, mas sem grandes emoções.

Cristiano Ronaldo buscou sempre o jogo, mas não teve participação brilhante, na etapa final Nani entrou em campo no lugar de Postiga, e abriu na esquerda. CR7 foi a referência de ataque.

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quinta-feira, 6 de junho de 2013

Baile em Criciúma...

5 de junho de 2013 – Campeonato Brasileiro – Criciúma 3x1 Santos:

O que aconteceu em Criciúma foi mais que um jogo, foi um baile. E só quem se divertiu foi o Tigre, Santos de muitas despedidas (já que depois de Neymar e Muricy quem pode ter feito seu ultimo jogo foi Durval, que volta para o Sport) não mudou muito desde a saída de seu treinador, não poderia ser diferente pelo curto tempo. Mas indicativos mais animadores para a torcida praiana eram possíveis.

Vadão mandou o Criciúma no 4-2-3-1, com:
                Bruno;
                Pacheco, Ewerton Páscoa, Matheus Ferraz, Marlon;
                Elton, Serginho;
                Lins, Vitor Junior, Fabinho;
                Marcel.

Time de Vadão é muito bem armado, usa o 4-2-3-1 que é o esquema da moda, mas melhor executado que a maioria dos utilizados no Brasil. Uma linha de quatro defensores, Elton e Serginho são os volantes, a linha de três meias tem Lins na direita, João Vitor por dentro e Fabinho na esquerda. Marcel é a referência. Os meias abertos tanto atacam como marcam, e se Lins talvez seja o destaque da equipe não é por isso que ele fica solto do seu lado e Fabinho volta mais. O time é equilibrado. A parte fatores importantes como vontade ou velocidade, que eram bem superiores, o time do sul deu um banho tático no Santos.

Santos que mesmo com a saída de Muricy pouco mudou, nem de longe quero colocar qualquer culpa em Claudinei, já que esta no cargo a pouquíssimo tempo. Mas a formação desse 4-4-2 em quadrado, muito ultrapassado, segue um desastre. E aqui não tenho nenhuma perseguição com Muricy, que já saiu, nem com o próprio esquema em questão, já que vi no Internacional de Dunga o mesmo esquema melhor executado.
Enxergo com bons olhos a saída do antigo técnico, que parecia cansado, de saco cheio, sem paciência, estafado. E vejo que o Santos procura um caminho muito interessante, em detectar seu DNA e apostar nisso. Logicamente a vocação do time praiano é revelar garotos. Mas tenho receio que se o trabalho não for bem conduzido, esses mesmo meninos podem ser jogados na fogueira do fracasso por não tirarem deles seu melhor futebol. O momento para essa transição me parece propicio, já que com a imensa ressaca da saída de Neymar e os sucessos no passado recente do clube, sequencia de Paulistas e a Libertadores, a torcida pode ser menos exigente com esse grupo. Outra característica, e ai tenho opinião diferente da maioria que escutei, é que esse elenco santista não é exatamente formado só por garotos, e tem sim qualidades. Se pensarmos que ali estão: um ótimo goleiro como Rafael, que apesar de jovem não é recém chegado da base; na zaga Edu Dracena e Durval, já formam essa dupla a muito tempo, inclusive nas recentes conquistas; no meio de campo Arouca já foi selecionável e Cícero tem muita experiência. Não é um time desprezível, como a maioria tratava para explicar a péssima fase recente. Enfim, o alvinegro praiano tem que mudar, e esse pode ser um bom momento. O rumo parece estar certo, tem que ser bem executado.

Já do lado do Criciúma, esse time deve ter como objetivo permanecer na primeira divisão, pensando que acabou de subir. Mas pelo bom começo de campeonato, e se nada de drástico acontecer até o fim da temporada, deve ter balanço altamente positivo. Digo que o inicio é bom não só com base nos resultados, que até agora foram de duas derrotas e dois empates, mas os dois revezes foram contra Internacional e Fluminense, e o desempenho em campo é muito promissor. Vadão que não é nenhuma novidade no mercado de treinadores, montou um time muito alinhado com o futebol disputado hoje em dia. E fez opções interessantes. Tem no banco Tartá, Daniel Carvalho e Thiago Heleno, imagino que coloca-los para jogar seria muito mais simples para o treinador. Mas que parece ter como critério o desempenho técnico e não só a grife dos jogadores.

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Ninguém saiu contente do Canindé...

5 de junho de 2013 – Campeonato Brasileiro – Portuguesa 1x1 Internacional:

Ontem no Canindé empate entre Portuguesa e Internacional. Lusa que foi bem no jogo, dominou a maior parte da partida até Ferdinando ser expulso, mas isso foi só aos 22 da segunda etapa. Portuguesa se postou no 4-3-1-2, com:
                Gledson;
                Luis Ricardo, Lima, Valdomiro, Rogério;
                Souza, Ferdinando, Correa;
                Cañete;
                Diogo, Matheus.

Nessa formação que a Lusa em alguns momentos, principalmente no primeiro tempo, marcou no campo do adversário e trocou passes envolventes no ataque. Quando sofreu o gol de Rafael Moura, em cruzamento de Otavinho, era quem mandava nas ações. No momento do gol, Souza que deveria proteger a zaga pela esquerda, demorou em voltar e deixou o lateral Luis Ricardo sozinho, Otavio recebeu em suas costas e cruzou para He-man marcar. Não que a culpa do gol tenha sido do veterano, até porque o lateral não acompanhou o atacante de velocidade colorado, o zagueiro Lima não fez a cobertura, e do outro lado Valdomiro não estava junto com o centroavante que cabeceou. Mas digo isso para frisar que montado, o esquema tático da burrinha é bem equilibrado, e em vários vacilos tomou o gol de uma equipe superior tecnicamente. O time do Canindé poderia só ter liberado mais Matheus, que marcou muito pela esquerda, para encostar mais em Diogo e Cañete nas ações ofensivas.

Já o Inter veio posicionado no 4-4-2, com:
                Muriel;
                Gabriel, Rodrigo Moledo, Juan, Fabrício;
                Willians, Ayrton;
                D’alessandro, Fred;
                Rafael Moura, Otavinho.

Já li de analistas que o Inter joga de forma diferente ao que enxergo, obviamente respeito visões diferentes, mas vejo o colorado num 4-4-2 tradicional, com um quadrado no meio. Muito já critiquei esse sistema, que imagino ultrapassado. Mas a formação parece muito bem treinada por Dunga e diferente de outros casos ela não embola o meio de campo, com as peças se anulando no setor. Outra característica que o ex-técnico da seleção consegue minimizar é a compactação defensiva, muito difícil no 4-4-2. Um aspecto que me parece poder ser melhorado é a dinâmica da equipe, Willians e Ayrton muito presos atrás deixam a movimentação de Fred e D’ale muito visadas pelos defensores, claro que a característica desses volantes não é de sair para o jogo, mas nas rodadas anteriores Willians até conseguiu se lançar um pouco mais ao ataque, com Ayrton na proteção a área. Os vermelhos de Porto Alegre não foram bem, seu jogo depende muito do desempenho individual de seus atletas, que não estavam em sua melhor noite. E ainda sem Damião e Forlán que estão nas seleções nacionais.

Imagino que nenhum dos times tenha saído contente com o resultado. Os paulistas porque dominaram boa parte do jogo e uma vitória era possível, ainda mais se não tivessem terminado com um homem a menos. E os gaúchos, pois imaginavam que uma vitória hoje era necessária contra um time com pretensões bem mais modestas que a sua.

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quarta-feira, 5 de junho de 2013

Quem diria? Vasco bateu o time da moda...

5 de junho de 2013 – Campeonato Brasileiro – Vasco 2x0 Atlético MG:

Dois momentos muito diferentes nas duas equipes. Vasco em sua quase terna crise financeira, política e consequentemente técnica. Atlético em um dos seus melhores começos de ano em alguns anos, vive excelente fase técnica, semifinalista da Libertadores, e o “time da moda”no Brasil.

Paulo Autuori veio com o Vasco no 4-3-1-2, com:
                Michel Alves;
                Elsinho, Luan, Renato Silva, Nei;
                Pedro Ken, Sandro Silva, Wendel;
                Carlos Alberto;
                Edmilson, Alisson.

Cuca no mesmo esquema, com:
                Victor;
                Marcos Rocha, Gilberto Silva, Leonardo Silva, Richarlyson;
                Leandro Donizete, Pierre, Josué;
                Guilherme;
                Jô, Luan.

Vasco teve o retorno de Carlos Alberto que estreou no Campeonato Brasileiro, e tinha além do próprio como meia de ligação, Sandro Silva na cabeça da área, Pedro Ken saindo pela direita e Wendel pela esquerda. Na frente Edmilson mais fixo na referência e Allisson caindo pela esquerda. Atlético ainda de ressaca da Libertadores, que costuma atuar no 4-2-3-1, alterou sua formação para jogar com três volantes a frente da linha de quatro defensiva. Guilherme era preferencialmente quem buscava conduzir a equipe ao ataque, mas Luan também circulou por ali, com Jô lá na frente.

Galo dominou a maior parte do jogo, mas no inicio quem criou chances foi o Vasco, duas vezes com Carlos Alberto. Na primeira cabeceou depois de falta batida por Wendel, Victor pegou. E na segunda recebeu na área, driblou o defensor e bateu cruzado para fora. Só por volta dos 35 minutos o alvinegro mineiro chegou com perigo, Jô deixou Leandro Donizete na cara do gol, o volante bateu mal para defesa de Michel. Aos 43 minutos, Jô de cabeça obrigou Michel a fazer agora defesa muito difícil. Na segunda etapa a dinâmica continuava a mesma, Atlético comandando as ações. Mas aos 24 minutos do segundo tempo, Wendel enfiou Alisson, que bateu cruzado para abrir o placar. Atleticanos ainda buscaram, e chegavam. Alecsandro que entrou no intervalo, teve pelo menos duas chances claras de gol, em uma bateu por cima e outra o goleiro Michel, em noite inspirada, defendeu. Já nos acréscimos, Abuda em contra golpe fechou o caixão, 2 a 0.

Vasco conseguiu ótimo resultado pela pressão em São Januario, que até já derrubou René Simões. E o Galo esta demorando muito para conseguir melhores resultados no campeonato e deve fazer falta lá na frente. Ainda mais que a Libertadores só falta depois da Copa das Confederações, é melhor jogar com tudo agora, para se poupar depois.

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No finalzinho, deu Cruzeiro!

5 de junho de 2013 – Campeonato Brasileiro – Cruzeiro 1x0 Corinthians:

Depois da primeira partida em que goleou, Cruzeiro vem de um empate e uma derrota no ultimo jogo, em os dois fora de casa e o ultimo contra o Botafogo, que esta muito bem nesse inicio de campeonato. Corinthians ainda não entrou no Brasileiro e vem de dois empates e uma vitória sofrida contra o adversário difícil que foi e é a Ponte Preta.

Marcelo Oliveira armou os mineiros no 4-2-3-1, com:
                Fabio;
                Ceara, Dedé, Bruno Rodrigo, Egidio;
                Leandro Guerreiro, Nilton;
                Dagoberto, Diego Souza, Everton Ribeiro;
                Anselmo Ramon.

Tite montou o Corinthians no mesmo esquema, com:
                Cássio;
                Alessandro, Gil, Paulo André, Fábio Santos;
                Guilherme, Ralf;
                Emerson Sheik, Douglas, Danilo;
                Alexandre Pato.

Nos primeiros jogos que pude acompanhar dos azuis de Minas o esquema tático mais parecia um 4-4-2 do que o 4-2-3-1 atual, Everton fechava muito pelo meio e Dagoberto espetado na ponta. Já o Corinthians quando tem Emerson aberto também atua na maior parte do tempo com esse esquema um pouco “torto”. Imaginei que essa seria a tônica. Mas não foi e os times vieram com esquemas muito bem postados. Corinthians um pouco mais compacto pela sequencia mais longa do trabalho, e principalmente por vontade acima da media de Sheik que trabalhou muito na recomposição defensiva.

Primeiro tempo foi de igualdade, o Cruzeiro com mais posse de bola e o Corinthians com mais chances. Na primeira Emerson deu linda enfiada para Pato, que dessa vez não tentou driblar o goleiro e foi abafado por Fábio. Na segunda, Fabio Santos deu ótimo lançamento para o centro avante que bateu e de novo Fábio fez ótima defesa. Nenhuma das duas chances foram tão claras como as que ultimamente o atacante vem perdendo, mas pesam ainda mais sobre suas costas.

No segundo tempo, o jogo ainda era igual, com o alvinegro com um pouco mais de posse de bola, Mas muito menos incisivo, até apático. Elber que entrou no lugar de Anselmo Ramon botou fogo no jogo, e levou perigo. Em seus primeiros movimentos recebeu lindo lançamento de Diego Souza, sumido na maior parte do jogo, mas não conseguiu marcar. Logo em seguida ganhou na corrida de Fabio Santos, em jogada que o atacante cruzeirense estava bem atrás do lateral, colocou na frente e foi tocado pelo corinthiano fora da área, caiu dentro dela, juiz marcou pênalti e expulsou Fábio Santos. Dagoberto bateu para abrir e fechar o placar, 1 a 0.

Cruzeiro fez jogo duro contra adversário com mais conjunto. Corinthians pagou por não conseguir marcar quando dominou a partida. Briga de cachorro grande, ambos com pretensões de disputar o topo da tabela, e o mandante levou a melhor, natural.

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SPFC parou no Goiás muito bem postado na defesa...

5 de  junho de 2013 – Campeonato Brasileiro – São Paulo 0x1 Goiás:

São Paulo encarou o Goiás no Morumbi, e parou na defesa do alviverde. São Paulo veio no mesmo esquema tático do jogo contra Atlético em Minas, que ficou melhor definido na segunda etapa, 4-3-1-2, com:
                Rogério Ceni;
                Douglas, Lucio, Paulo Miranda, Juan;
                Rodrigo Caio Wellington, Maicon;
                Ganso;
                Luis Fabiano, Osvaldo.

Já o Goiás veio no 4-4-2, com:
                Renan;
                Vitor, Ernando, Rodrigo, Willian Matheus;
                Thiago Mendes, Valmir;
                Ramon, Hugo;
                Walter, Araújo.

Jogo começou e no primeiro minutos, depois de cruzamento da direita o zagueiro Rodrigo, ex jogador do SPFC, cabeceou para marcar. Depois desse inicio nada animador, o tricolor paulista dominou o jogo. Na primeira etapa insistiu muito em jogadas pelo meio da defesa adversária que estava congestionada, pela presença dos dois volantes e dois meias que habitavam o setor. Ganso muito adiantado tinha pouquíssimos espaços, Maicon era quem levava o time para o ataque. O camisa 8 poderia ter invertido de posição com o próprio Maicon ou Rodrigo Caio, para recuar e armar sua equipe vindo de trás. Não o fez. E a equipe como um todo não explorou os flancos do gramado, em que o time do centro oeste tinha marcação mais frouxa. O Goiás ainda teve boas oportunidades em contra golpes, em uma delas Hugo saiu na cara de Rogério e mandou para fora.

Na segunda etapa Ney Franco mudou. Com a entrada de Aloísio, que abriu na direita, Rodrigo Caio passou para a lateral no lugar de Douglas substituído, se armaram no 4-2-3-1. Mas a essa altura Goiás já tinha encaixado sua marcação no 4-1-4-1, com Valmir Lucas na cabeça da área; Ramon, Thiago Mendes, Hugo e Araújo a sua frente, e esse ultimo pronto para puxar os contra ataques com Walter e depois Neto Baiano na frente. São Paulo não conseguiu ultrapassar a barreira bem formada dos visitantes e sucumbiu.

Boa parte da pequena torcida presente no Morumbi pediu a volta de Muricy, imagino que boa parte deles não tenha acompanhado o trabalho do técnico multi campeão nos últimos tempos, pois não vem em bom momento. De qualquer forma é um tropeço, para uma equipe bem postada. Mais méritos do Goiás em segurar o São Paulo, do que o contrário.

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Suárez definiu contra a França, ele é um inferno!

5 de junho de 2013 – Amistoso Internacional – Uruguai 1x0 França:

Uruguai e França se enfrentaram no Estádio Centenário em Montevidéu. Uruguaios que participarão da Copa das Confederações que acontecerá em alguns dias aqui no Brasil. E França enfrenta a seleção brasileira no domingo, em mais um amistoso na preparação da mesma competição.

Oscar Tabárez entrou no 3-5-2, com:
                Muslera;
                Coates, Lugano, Cáceres;
                Maxi Pereira, Gargano, Arévalo Rios, Álvaro Pereira;
                Lodeiro;
                Cavani, Forlán.

Já Deschamps mandou seu time no 4-2-3-1, com;
                Mandanda;
                Sagna,Koscielny, Mangala, Trémoulinas;
                Capoue, Matuidi;
                Payet, Valbuena, Gourcuff;
                Giroud.

A azul celeste tem sua espinha dorsal muito semelhante a grande campanha da Copa do Mundo de 2010, mas o esquema tático já não é o mesmo. Hoje jogaram com uma linha de 3 zagueiros, dois alas, dois volantes, um meia de ligação e dois atacantes; por isso um 3-5-2 ou 3-4-1-2. Na ligação para o ataque esta o botafoguense Lodeiro e na frente Cavani e o colorado Forlán. Já os franceses vêm no 4-2-3-1 da moda, com ausências como Ribery que não viajou e Benzema no banco.

O jogo começou com ímpeto inicial do time da casa, mas esse domínio não durou 15 minutos. E a França tomou conta da partida, com mais posse de bola e finalizações. Teve chance de abrir o placar primeiro com Payet, que deu lindo drible na entrada da área e bateu forte, Muslera fez boa defesa. Depois em contra ataque muito rápido, o próprio Payet tinha Gourcuff a seu lado contra apenas Arévalo e o goleiro, Payet demorou para definir o lance, e quando passou para Gourcuff o atacante já era abafado por Muslera. França que tinha linhas muito compactas e levava vantagem sobre o Uruguai muito espalhado em campo. Outra característica interessante dos algozes do Brasil em 98 é a proximidade entre seu quarteto ofensivo. Tanto horizontalmente, seus meias jogam muito juntos, como Giroud que joga mais a frente encosta na linha anterior. Isso possibilita boa troca de passes. Destaque da equipe francesa foi Payet, responsável pelos principais lances de perigo, bateu bem de fora da área. E se atuar no domingo contra o selecionado brasileiro, pode levar perigo, já que a seleção canarinho tem sofrido em arremates de longa distância.

Mas na segunda etapa Tabárez fez muitas alterações, uma delas foi a entrada de Luis Suárez, e ele definiu o jogo. Em bom passe de Maxi Pereira, o atacante do Liverpool bateu cruzado para abrir o placar. Luizito é um inferno para qualquer defesa rival! Se o atacante deu números finais à partida, outra alteração foi fundamental. No meio de campo entraram Gaston Ramirez e Egurem, essa dupla deu mais pegada ao meio da canja uruguaia, que não deixou mais os europeus dominarem sua intermediaria. Mas o problema que existia desde a primeira etapa prosseguia, time azul celeste ataca com poucas peças. Seus avantes muitas vezes tem que definir a jogada com grande inferioridade numérica.

Bom amistoso, que se não teve muitos lances de perigo, deu para conhecer melhor dois futuros adversários da seleção brasileira. Outro destaque valido foi a partida do zagueiro Coates que foi muito seguro durante todo o jogo, defensor que quando surgiu causou muito barulho, mas estava sumido desde então. Parece que tardiamente vai responder as expectativas.

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terça-feira, 4 de junho de 2013

Não foi uma virada, mas Palmeiras superou adversidade...

4 de junho de 2013 – Campeonato Brasileiro série B – Palmeiras 2x1 Avaí:

Palmeiras mudou após sua primeira derrota na segunda divisão nacional para o América MG no ultimo sábado em Itu, em alguns sentidos. Ainda no mesmo estádio, o time de Parque Antártica contra o Avaí enfrentou adversário mais duro que o anterior, e se cada vitória não passa de obrigação e algum revés é simplesmente um desastre, o alviverde corria riscos.

Gilson Kleina manda o Palmeiras no 4-2-3-1, com:
                Bruno, Ayrton, Mauricio Ramos, Henrique, Juninho;
                Marcio Araujo, Charles;
                Vinicius, Tiago Real, Leandro;
                Caio.

Já Ricardinho, sim aquele meia grisalho de Corinthians e São Paulo, veio no 4-3-1-2, com:
                Diego;
                Vinicius Bovi, Leandro Silva, Alef, Juninho;
                Eduardo Costa, Alê, Cleber Santana;
                Marquinhos;
                Marcio Diogo, Beto.

A primeira mudança que salta aos olhos é a ausência de Wesley nos 11 iniciais, essa alteração transforma também o esquema tático da equipe. Se com o ex-santista em campo o Palmeiras se armava em um 4-3-1-2, que pelo meio campista na maior parte do tempo estar muito adiantado mais parecia um 4-4-2. Contra o time de Florianópolis, os palestrinos se postaram em um indiscutível 4-2-3-1. Marcio Araujo e Charles seguem na volância; Vinicius na direita, Tiago Real por dentro e Leandro na esquerda formam o trio de meias, com Caio isolado na frente. Jogo começou tranquilo para os paulistas que dominavam as ações, e logo aos 4 minutos abriram o placar com Leandro, que em bola cruzada por Vinicius emendou bonito chute de primeira para abrir o placar, 1 a 0. E a abrideira já tirava um belo peso das costas.

Com o placar a favor, Palmeiras continuava mandando no jogo e até ameaçava movimentações interessantes. Os três meias invertiam constantemente de posições, dando dinâmica ao ataque e confundindo a defesa rival. E nos poucos momentos em que foi atacado teve postura compacta na defesa. A formação parecia muito mais equilibrada, do que nos jogos anteriores com Wesley que não era meia, não era volante e nem abria em um dos flancos. Parecia estar sempre no meio do caminho. Mas ainda no primeiro tempo, Tiago Real se instalou na direita, e o jogo se concentrou do lado oposto, com Vinicius e Leandro. O time já não conseguia reter tanto a bola e os passes já não eram tão envolventes. Até por características dos atletas, que são muito mais agudos, do que articuladores. E aos 21, veio o castigo. Marcio Diogo arrancou com a bola desde o meio de campo até entrar na área, mais por falta de chegada dos defensores palmeirenses do que por proteção, velocidade ou habilidade do atacante; entrou na área e bateu para empatar.

Nas entrevistas dos dias anteriores ao jogo, Kleina batia na tecla de que o time precisava ter tranquilidade para superar adversidades, e estava ai a prova de fogo. É verdade que não seria exatamente uma virada, mas ainda assim superação de um contratempo. E o time trabalhou para isso. Lançou-se ao ataque, se não com muita qualidade, com vontade de superar sua própria dificuldade. Aos 30 do segundo, Ronny que tinha acabado de entrar, deu seu primeiro toque na bola ao receber passe em bola roubada no campo de ataque, e bateu para marcar o gol da vitória. Pronto, a mudança mais importante.  Se a dificuldade era superar adversidades, somada a uma formação mais equilibrada, o balanço é de evolução. Se não é o time dos sonhos, pelo menos melhora com o tempo.

Importante citar que minha critica ao futebol desempenhado por Wesley, e quando digo que o time melhorou sem ele, não é só responsabilidade do jogador. Mesmo em má fase técnica, vejo que Kleina o posiciona mal em campo. Wesley não é meia, ou se já foi, teve sua melhor fase quando atuava como segundo volante. Já disse outras vezes que imagino esse time num 4-3-1-2, com Marcio Araujo na cabeça da área, até para não ter responsabilidade de sair jogando, Wesley e Charles saindo pelo lado, um meia articulador e dois atacantes.

Caio também vale um comentário. Não é um centroavante brilhante, com certeza, mas no jogo que começou como titular, foi bem. Participou das jogadas de ataque, como pivô ou mesmo voltando para auxiliar na transição, ganhou boas bolas em jogadas aéreas, em duas delas teve chances claras de marca que o goleiro Diego fez defesas muito difíceis. Qualquer esforço para ficar com Kleber no elenco imagino desnecessário, já que o futebol do atacante mais experiente pouco se destaca em relação ao jovem que atuou contra o Avaí.

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