Corinthians 1-0 Paulista – Campeonato Paulista:
Em uma das entrevistas de Mano Menezes, que se não me falha a
memória, foi após o jogo contra a Lusa, o treinador definiu o Corinthians no
4-4-2. Claro que o mais indicado para essa caracterização seja o próprio, não
vi o time nessa formação e duvidei da sinceridade do que havia dito, talvez por
estar jogando com a imprensa. Mesmo assim, no jogo contra o Paulista, a equipe
comandada por ele, se formou dessa forma.
Guilherme e Ralf como volantes, o segundo com mais saída.
Danilo caindo pela esquerda e Rodriguinho da direita para o meio, eram os
meias. Romarinho mais adiantado, ao lado de Guerrero. E o camisa 31 é
determinante nessa mudança, enquanto na partida anterior se posicionava do lado
oposto à Danilo, dessa vez foi pelo mesmo lado esquerda. E o Corinthians,
apesar de não marcar, teve boa criação. Chegou ao ataque, teve chances com
Danilo, em boa participação do goleiro adversário, com Romarinho em ajeitada de
Guerrero, e com Rodriguinho, batendo de fora da área.
No segundo tempo a produção ofensiva corinthiana caiu. E não
me parece coincidência que isso tenha ocorrido quando Romarinho passou para a
lado oposto ao de Danilo, formando um esquema mais parecido com o 4-2-3-1 que
predominou no ano passado. E o gol só saiu quando o time já tinha alterado a
forma de jogar, com Pato e Sheik abertos, Rodriguinho recompondo mais juntos
aos volantes e Guerrero na área. Emerson cruzou bola precisa para o peruano fazer
de cabeça. Terceiro gol no Paulista, terceiro de bola área. A única diferença é
que não foi um lateral que alçou na área.
Mano soltou o time, deu liberdade aos homens de frente, que
agora recompõem muito menos. Uma parte dessa mudança imagino ser um trabalho
para o time “confiar” mais em seus defensores, e os jogadores chave dessa
defesa são Ralf, Gil e Paulo André. Ou parte pode ser uma tentativa do técnico soltar
seus atacantes, obriga-los a articular lá na frente. Quase que um exercício para
soltar a “musculatura ofensiva do time”. Porque não imagino Mano Menezes em
jogos maiores com a falta de compactação, que permitiu ao Paulista até algumas
chances. Mas é preciso dizer, que é o início de um processo.
Felipe Xavier Pelin, gosta desse negócio chamado Futebol...
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