terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Nem com tudo, nem para o gastos. O necessário...

Guangzhou Evergrande 0-3 Bayern de Munique – Mundial de Clubes:
Pep!
Bayern está na final, mais do que esperado. Assim como o Galo, em relação a esperança. Guardiola não é só um grande treinador, mas um papa títulos. Difícil pensar em Pep menosprezando uma taça dessas. Os bávaros não jogaram um futebol brilhante, e nem para o gasto. Fizeram o que tinham que fazer, dosando forças e com a intensidade necessária para uma boa apresentação.

Time de Munique tinha seu 4-1-4-1. Com Rafinha, van Buyten, Boateng e Alaba formando a linha de quatro atrás. Lahm era o primeiro volante, Thiago Alcântara e Kroos como meias organizadores. Gotze e Ribery abertos, e Mandzukic na referência.
Esquema tático do Bayern, o 4-3-3 que com o recuo dos atacantes de lado forma um 4-1-4-1

Existe uma tendência grande a relacionar a imensa posse de bola do time de Munique, assim como faziam na Catalunha, a falta de ações ofensivas. Posse de bola estéril, falta de objetividade e coisas do tipo. Não é o mal desse time. Na primeira etapa quando dominavam completamente o jogo, criavam chances. Até que Ribery abriu o placar, em chute cruzado que passou em baixo do goleiro. Mandzukic fez o segundo em cruzamento de Thiago e já na segunda etapa Gotze deu chute despretensioso que passou pelo goleirão. Não vi falhas imensas no arqueiro chinês, mas confiança não passava. Não mesmo. Um aspecto interessante que se viu foi Thiago, que na prancheta se posiciona alinhado a Kroos, bem adiantado em relação ao companheiro. Muitas vezes parecendo até um 4-2-3-1, com Thiago na armação central e Kroos ao lado de Lahm como volante.
Marcação chinesa quando perto de sua área, 4-4-2 com Elkeson e Conca na frente

Claro que a derrota chinesa era esperada, mas me surpreendi. Positivamente. E não só pelos personagens interessante como Conca, Muriqui e Elkeson. Mas principalmente Marcello Lippi. Parece meio bizarro analisar o perderdor, mas realmente achei interessante. A proposta de treinador parecia muito clara. Simpatizo com times que sabem o quanto sua missão é difícil, talvez até impossível, mas tem uma proposta de jogo. A marcação da equipe do treinador italiano começava com um bloco médio, marcando a partir do meio de campo. E posicionando-se no 4-1-4-1, com um cabeça de área, Elkeson e Muriqui abertos na linha de meias, e Conca na frente. Mas quando o time era empurrado para marcar em sua área, a formação era outra. Elkeson descolava da marcação e ficava com Conca, o cabeça de área incorporava aos meio-campistas e se formava um 4-4-2. Parecia claro o contra golpe, obvio. E se dava com Conca dominando no meio da cancha, Elkeson perto dele, e Muriqui voando do lado oposto.
Marcação chinesa quando adiantada, 4-1-4-1. As setas pretas são as movimentações para a transição ao 4-4-2 da figura anterior

Enfim, não deu. Mas era uma tentativa. Importante lembrar aos atleticanos que com certeza ficaram de olho nessa partida, que poucas conclusões, devem ser extraídas do jogo. A intensidade será maior.

Felipe Xavier Pelin, gosta desse negócio chamado Futebol...
Facebook.com/CampoeBola
Twitter.com/CampoeBola

Nenhum comentário:

Postar um comentário