Raja Casablanca 3-1 Atlético Mineiro – Mundial de Clubes:
É decepção, não tem como não ser. Galo tinha mais time, era
para vencer. Seria natural pensar que o time de Cuca estaria na final do
Mundial contra o grande Bayern de Munique, seria um grande jogo. Muitas
possibilidades, que não acontecerão. Claro, que não será possível para a
torcida atleticana pensar diferente, mas não foi por nervosismo, não foi pelo pênalti
inexistente. O Galo errou, errou muito. E respostas fáceis não mostram o mapa.
O grande adversário atleticano era a ansiedade, lugar comum
e verdadeiro desse primeiro jogo. E foi ele que o venceu. Mas por escolhas erradas para supera-lo. Cuca manteve a
formação que vinha utilizando, nada melhor que se montar com as peças que
vinham atuando e como vinham atuando. Mas os erros, que não foram poucos, foram
novos e antigos.
Na primeira etapa quando os brasileiros não conseguiram
furar a defesa marroquina, pecou na movimentação ofensiva. Tardelli se
preocupou demais em centralizar, talvez porque vinha fazendo essa função com a ausência
de Ronaldinho. Já Fernandinho do outro lado parecia ser o menos tenso da
equipe, talvez pelo distanciamento da campanha da Libertadores, que ele não
participou, e foi pouco acionado, quando teve a bola em seus pés foi bem. Mas
além dessa movimentação, o maior equivoco atleticano foi fugir de suas características
ofensivas. Galo não foi aquele time fulminante com a bola quebrada na frente
para Jô escorar e o time se armar no ataque. Decidiu tocar a bola e acalmar o
jogo, imagino (e é fácil imaginar quando Inês é morta) tranquilidade maior
seria a fidelidade ao estilo.
Se esse foi o erro ofensivo, e o fato novo. O segundo
equivoco foi defensivo, e antigo. Muito antigo. No contra golpe onde toda a
defesa se virou para o lado onde estava a bola e deixou livre o marroquino para
marcar não foi o pior, mas as perseguições individuais que proporcionavam
chances ao Raja minaram a confiança atleticana e encheram os adversários de
esperanças. Enfim, o inesperado aconteceu.
Mas agora falando com o torcedor atleticano, como fiz
através de mensagem para meu amigo Samuel. Além dessa derrota não apagar a
história já escrita por Cuca e esse grupo, a hora é de chorar. Mal dizer a
vida, e aos que bebem: a embriaguez. Curtam, como o fim de um relacionamento
longo, esse momento, para que passe logo. A vida, e o amor pelo seu clube,
seguem.
Felipe Xavier Pelin, gosta desse negócio chamado Futebol...
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